Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 32
Capítulo XXXI


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, eu queria agradecer à little j por ter deixado a primeira recomendação da Fanfic. Muuuito obrigada não só pela recomendação, mas por acompanhar a história e sempre deixar reviews *-*
Queria agradecer também a todos que estão acompanhando a Fanfic e deixando reviews. Vocês não tem noção do quanto me inspiram para escrever sempre mais e melhor :D
P.S.: Tenho uma notícia boa e uma má para dar, portanto, leiam as notas finais.
Obrigada :D



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Capítulo XXXI




Rachel Berry

Minha cabeça doía. Eu estava deitada em minha cama observando o teto há vinte minutos, e minha cabeça ainda doía. Talvez aquilo fosse um pouco demais até para mim. Talvez eu nunca conseguisse assimilar tudo o que estava acontecendo. Respirei fundo e balancei a cabeça. Eu estava tentando ficar com raiva de Quinn. Eu queria odiá-la por ter mentido e ter escondido tantas coisas de mim. Eu queria odiá-la por ter contado tudo ao Sam Evans, mas não ter dito uma palavra a sua namorada. Mas a verdade é que, bem lá no fundo, eu não conseguia culpa-la por tudo aquilo. Se eu estivesse em seu lugar, será que eu me diria alguma coisa? Provavelmente não.

Suspirei. Eu também não podia culpa-la por contar tudo ao Sam. Minha cabeça estava doendo há horas, e eu só sabia de tudo há pouco tempo. Como deve ter sido difícil para a Quinn guardar aquele segredo! Ela provavelmente estaria a ponto de explodir. E por mais que eu deteste admitir, Sam Evans é um garoto confiável. Ele provavelmente não teve nenhum problema em acreditar em tudo aquilo. Eu, por outro lado, diria que Quinn estava louca. Ela não conseguiria me convencer. No entanto, lá estava eu, acreditando em absolutamente tudo. Talvez porque pessoas demais estivessem envolvidas. Se fosse uma brincadeira, seria uma de muito mau gosto.

Levantei da cama e fui até o banheiro lavar o rosto. Eu não contara nada aos meus pais, é claro. Talvez fosse melhor que eles ficassem no escuro, assim como eu gostaria de ter ficado. Mordi o lábio inferior e joguei um pouco de água no rosto. E se Shelby decidisse nos entregar? Eu não leio mentes... Será que também me levariam? Não que isso importasse. Se Quinn fosse, então eu iria junto. Eu não deixaria que nada –– e nem ninguém –– se metesse entre nós duas.

Voltei para o meu quarto, deitei-me na cama novamente e liguei a televisão. Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto quando eu vi que estava passando “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, com o Jonnhy Deep. Às vezes, eu gostava de assistir aqueles filmes infantis. Eu me sentia uma criança. Inocente, sem preocupações, feliz. Como eu queria que minha vida toda fosse assim. Mas você cresce, e ganha mais responsabilidades. E ser responsável é uma droga.

Olhei para o meu relógio de pulso, e peguei meu celular. Ele estava piscando, e eu sabia muito bem quem estava me mandando mensagens. Mensagens que eu tentava ignorar, embora não realmente conseguisse. Abri a última e suspirei. Era idêntica às outras. Mordi o lábio inferior.

Sim, Quinn, você pode vir até minha casa.

–– Rach.

Não adiantava negar. Eu sabia que ela viria de qualquer jeito, o que ela fizera questão de deixar bem explícito na última mensagem. E a verdade é que eu a queria por perto. Nada naquele momento fazia sentido, e eu precisava de Quinn ao meu lado para entender o que estava acontecendo. Escutei alguém bater na porta do meu quarto. Coloquei o travesseiro sobre a cabeça e resmunguei um “entre” em voz baixa.

“Rachel? Estrelinha?”

“Sim?”

“Há alguém aqui esperando por você”

“Sei” resmunguei.

A porta se fechou. Senti alguém sentar na cama, e uma mão tocar minha perna. Tirei o travesseiro do rosto e quase soltei um gemido ao ver Quinn sentada perto de mim. Ela tinha uma expressão exausta em seu rosto, e parecia quase tão confusa quanto eu. Respirei fundo. Aquilo deveria ser quase tão difícil para ela quanto era para mim. Afinal, ela também não sabia de tudo. Pensar nisso me acalmou, e me fez abrir um meio sorriso.

“Olá” disse por fim.

“Oi, amor” disse Quinn, inclinando-se sobre mim e beijando levemente meus lábios.

“Como você está?” perguntei, sentando-me na cama e segurando sua mão. “Desculpe não ter respondido suas mensagens antes. É só que...”

“Eu entendo” disse Quinn. “Eu também estou confusa, Rach”

“Muita coisa para processar” resmunguei.

“Coisa demais” concordou Quinn.

Indiquei a cama com a cabeça e ela sentou ao meu lado. Descansei a cabeça em seu ombro, e seu braço envolveu minha cintura. Era incrível o quanto Quinn Fabray fazia eu me sentir extremamente bem. Meu coração batia mais rápido, e eu sentia como se borboletas voassem pelo meu estômago. E era a melhor sensação do mundo.

“Desculpe por não ter contado” disse Quinn.

“Eu entendo, Quinn” disse, suspirando. “Vamos esquecer isso só por hoje, certo?”

"Certo" concordou minha namorada, acariciando minha cintura. Virei meu rosto em sua direção, e ela tinha aquele lindo sorriso em seu rosto. Aquele sorriso que eu tanto amava. Aquele sorriso que fazia com que eu parasse de respirar. Quinn abaixou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. Como eu era sortuda por tê-la ao meu lado! Se eu tinha que passar por tudo aquilo para ficar perto dela, então eu passaria. Porque Quinn Fabray definitivamente valia a pena.

"Quinn?" sussurrei.

"Rachel?" sussurrou ela de volta, sem desviar os olhos dos meus nem por um segundo.

Mas no final das contas, eu nem precisei dizer nada. Porque ela sabia. Seus lábios quentes e macios tocaram os meus, e sua mão direita acariciou meu rosto. Mexi-me, tentando encontrar uma posição confortável, e acabei por sentar em seu colo. Quinn arqueou uma de suas lindas sobrancelhas, e eu mordi o lábio inferior. Então ela não podia ler a minha mente, huh? Eu acho que poderia fazer um bom uso disso. Passei a língua pelos lábios de Quinn, e coloquei as duas mãos em cada lado de seu rosto, trazendo-o para mais perto e iniciando um beijo quente e urgente. Eu nunca notara antes, mas Quinn Fabray fazia coisas acontecerem em meu corpo. Como aquela sensação quente logo abaixo do meu ventre, ou como minha respiração parecia ficar muito ofegante sempre que seus lábios tocavam meu pescoço.

"Quinn" suspirei baixinho.

Uma de suas mãos ainda estava em minha cintura, mas a outra apertava a minha coxa. Quinn distribuía beijos pelo meu pescoço, e só parou quando eu puxei-a levemente pelos cabelos e a beijei. Eu não conseguia me cansar de ter seus lábios sobre os meus. Era tão certo! Era tão delicioso! Era tão perfeito! Porque Quinn Fabray era perfeita, e ela era completamente minha. Separamo-nos em busca de ar, e foi a minha vez de distribuir beijos pelo seu pescoço. Involuntariamente, eu me inclinei mais em sua direção, e meus quadris não estavam mais em contato com suas pernas. Senti sua mão deslizar pela lateral no meu corpo, e gemi baixinho em seu ouvido quando ela apertou minha bunda.

"Isso é tão bom" murmurou Quinn, puxando meu rosto para o dela e mordendo meu lábio inferior. "Oh, Rachel, isso é muito bom"

"Pode ficar melhor" sussurrei em seu ouvido, para logo em seguida morder levemente o lóbulo de sua orelha.

Quinn puxou meu quadril para baixo, e nós duas gememos quando eu caí sentada em seu colo. Ela me puxou mais para baixo, como se houvesse alguma forma de nós encaixarmos ainda mais, e suas mãos foram subindo e descendo pelo meu corpo.

"Eu te quero tanto" disse Quinn.

Mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a porta do meu quarto foi aberta e Brittany S. Pierce entrou por ela. Brittany arqueou a sobrancelha e abriu um largo sorriso. Quinn xingou em voz alta, e eu enterrei minha cabeça em seu pescoço, sem sair de cima dela.

"Vocês iam se comer?" perguntou Brittany, caindo na risada. "Desculpe atrapalhar esse momento tão... hã... bizarro"

"Bizarro?" perguntou Quinn. "Desculpe Brittany, mas pensei que você estivesse falando de mim e Rachel, e não de você e Santana"

"Oh, Q., acredite em mim quando eu digo: não há nada de bizarro quando somos Santana e eu. Nós conhecemos muito bem o corpo uma da outra... Agora, vocês duas" Brittany balançou a cabeça e começou a rir alto. "Parecem dois filhotes de cachorrinho no cio pela primeira vez"

"Cale a boca" resmungou Quinn.

"Tanto faz" resmungou Brittany. "Será que você pode parar de montar sua namorada, Rachel? Eu queria ter uma conversa com vocês. Embora, é claro, se vocês me convidarem para participar da festinha, eu terei o maior prazer de ensinar como é que se faz"

"Pelo amor de Deus!" exclamei abismada, saindo de cima de Quinn e sentando-me na beirada da cama. "Passar tanto tempo ao lado da Santana definitivamente não te fez bem!"

"E eu achando que ela era doce e inocente" resmungou Quinn. "As aparências enganam"

"Eu estou preocupada" disse Brittany, puxando a cadeira de minha escrivaninha, colocando-a de frente para mim e se sentando nela. "Eu sei que a Corcoran é sua mãe, Berry, mas eu não consigo deixar de pensar que ela vai nos trair"

"Concordo" disse, soltando um pequeno suspiro. "Shelby é traiçoeira. Sempre me abandonou quando eu mais precisava. E essa história de querer me proteger... Eu não engulo"

"Você acha que ela pode estar armando alguma coisa?" perguntou Quinn. "Querendo nos pegar de surpresa?"

"Não sei" disse Brittany, passando a mão pelo rosto. "Mas eu acho que deveríamos falar com a Wonder"

"Quem é Wonder?" perguntei confusa.

"Uma amiga" disse Brittany. "Ela é quem me ajudou a entender tudo o que estava acontecendo comigo"

"Como você descobriu?" perguntei. "Você, Quinn, essa Wonder... Como vocês descobriram que podiam ler mentes? E como você conheceu essa daí, S.?"

"Eu sofri um acidente de carro" disse Quinn. "Eu nunca te contei porque..."

"Eu sabia" cortei-a, e senti meu rosto corar. "Blair me contou"

"Certo" resmungou Quinn, mas ela não parecia irritada. "Depois do acidente, eu percebi que podia ler a mente das pessoas. E ironicamente, eu apenas me acidentei porque salvei a vida da Brittany"

"Sim" concordou Brittany. "Eu estava lá naquele dia porque era perto da casa da Wonder. Mas algo me distraiu... Eu parei no meio da rua e vi um carro estacionado não muito longe de onde eu estava. Havia duas pessoas nele, e eu não as reconhecia. Pelo menos não até agora"

"Minha mãe?" arrisquei.

"Sim" concordou Brittany. "Ela estava em um carro preto, e parecia observar a entrada da casa da Wonder. Eu nem vi o carro se aproximando"

"Eu não sabia que a Wonder morava por lá" comentou Quinn.

"Não" concordou Brittany. "Ela se mudou depois daquilo. Eu descobri há alguns anos atrás"

"Espere aí" disse Quinn, franzindo o cenho. "Quando você salvou a Rachel, você já lia mentes? Eu pensei que..."

"Não" cortou Brittany. "Eu já sabia. Como eu disse, meu tio sempre me falava que eu era especial, e tal. Um dia... Bem, um dia eu estava andando no parque e vi uma garota muito linda. E eu queria falar com ela, eu queria saber seu nome, mas eu fiquei com vergonha de me aproximar. E eu quis lê-la. Em toda a minha vida, eu nunca quis tanto saber o que se passava na mente de uma pessoa como naquele momento. E então, eu simplesmente ouvi. Eu me assustei um pouco no começo, mas depois que encontrei a Wonder, ela acabou por tirar muitas de minhas dúvidas e me ensinou a controlar isso"

"Quem era essa garota?" perguntei, arqueando a sobrancelha.

"Bem..." Brittany corou furiosamente. "Era a Santana, alguns dias antes de ela entrar no McKinley pela primeira vez"

"Isso é tão romântico!" exclamei. "Você sempre a amou. Mas se podia ler a mente dela, então porque você nunca se declarou?"

"Você não entende, Rach" disse Brittany, balançando a cabeça. "A Q. aqui nunca teve problemas em admitir os sentimentos dela por você. Você a fascina desde a primeira vez em que ela te viu, e ela começou a te stalkear desde então. Sabe, seguindo-te pelos corredores, checando suas atualizações no Facebook, conferindo seus tweets e algum post no Tumblr, e coisas do tipo"

"Espere aí" disse, estreitando os olhos na direção de Quinn. "Você me perseguia?"

"Por uma boa causa" resmungou Quinn, corando quase tanto quanto Brittany. Revirei os olhos.

"Enfim" disse Brittany, voltando minha atenção para ela novamente. "Santana não queria admitir seus sentimentos. Ela é muito apegada a sua popularidade, e ela detesta rótulos. Não adiantaria nada eu me declarar. Só ia fazer com que ela ficasse ainda mais confusa, e quando Santana fica confusa, ela foge"

"Então você se afastou e tentou conquistá-la, para que ela se declarasse para você" concluí.

"Levou muito tempo" admitiu Brittany. "Mas eu enfim consegui"

"E agora, a vaca da Shelby quer tirar isso de nós. De todas nós. Não podemos permitir isso, garotas. Vamos procurar essa tal de Wonder. Vamos impedir que Shelby nos entregue para o que quer que seja. Ela não vai controlar nossas vidas. Ela não vai nos ferrar!" disse, sentindo minha voz subir algumas oitavas.

Brittany e Quinn me encararam impressionadas.

"Sabe, Q., cada dia eu gosto mais de sua namorada"

"Não goste tanto assim" disse Quinn. "Ela ainda é minha"

"Eu não tenho dúvidas" disse Brittany, abrindo um largo sorriso. "E espero honestamente que sempre seja"

Não pude deixar de sorrir. Porque se dependesse de mim, eu sempre seria a garota da Quinn.





Brittany Pierce

"Eu estou nervosa" admitiu Rachel.

"Vai ficar tudo bem" disse Quinn. "Você se lembra do plano, certo?"

Revirei os olhos. Quinn tinha feito uma pegadinha idiota para o Figgins, mas ela acabaria servindo muito útil como uma distração. Enquanto a Fabray tirava o diretor do caminho, Rachel e eu iríamos para o banheiro feminino mais perto do ginásio, entupiríamos com papel higiênico e inundaríamos o colégio. Nós tínhamos bolado essa plano na casa da Rachel, e parecia uma boa maneira de darmos uma escapada no colégio sem que fôssemos notadas. Porque agora Shelby era uma professora, e se deixássemos de aparecer assim, do nada, ela pensaria que tínhamos fugido e iria atrás da gente. Mas se ela, o diretor, e o resto dos professores estivessem ocupados demais para sequer notar quem estava ou não no colégio, então poderíamos escapar pela saída do ginásio, alcançar o estacionamento e dar uma fugidinha para ter uma conversa rápida do Madame Wonder. É claro que havia uma grande possibilidade de tudo dar errado, mas Quinn lia mentes, e eu também. Então se qualquer coisa acontecesse, leríamos na mente de alguém e comunicaríamos por via de mensagens.

"Que horas são?" perguntei.

"Faltam vinte e cinco minutos" disse Quinn. "Eu preciso ir encontrar a Santana no banheiro próximo a sala do Figgins. Vocês vão ficar bem, certo?"

"Vá logo, Fabray" resmunguei.

Quinn beijou Rachel um pouco entusiasmada demais. Não as atrapalhei. Em parte, porque era realmente muito engraçado ver Rachel e Quinn dando uns amassos. Elas tinham feito aquilo milhares de vezes, mas ainda assim pareciam incrivelmente inexperientes. E em parte, porque eu não tinha muita certeza do que ia acontecer daqui para frente. Se eu não tivesse trabalho a fazer, provavelmente estaria me agarrando com Santana no armário do zelador, como sempre fazíamos. Rachel e Quinn se separaram. A loira deu um pequeno aceno de cabeça em minha direção, e sumiu na curva do corredor.

"Vamos" disse, puxando Rachel para o lado oposto. "Temos muito o que fazer, hobbit"

"Odeio quando você me chama assim" resmungou Rachel.

"Prefere Ru Paul?" perguntei rindo.

"Você é má" disse Rachel, batendo de leve no meu braço. Mas eu podia ver que ela estava se esforçando para ficar séria e não cair na risada. "Você tem certeza que o armário do zelador está aberto?"

"Sim" concordei. "Está sempre aberto nesse horário"

"Como você sabe?" perguntou Rachel. "Ah, sim, você lê mentes"

"Hum, claro" concordei, abrindo um sorriso malicioso. "É definitivamente esse o motivo"

Rachel estreitou os olhos em minha direção e eu dei de ombros.

"Vamos logo, anãzinha"

Afinal, nós não tínhamos o dia todo. Chegamos no armário do zelador e, assim como eu previra, ele estava aberto. Rachel e eu pegamos todos os rolos de papel higiênico que conseguimos colocar nas mochilas, e saímos correndo em direção ao banheiro mais próximo do ginásio. Entramos, jogamos vários rolos de papel higiênico em cada uma das privadas, e esperamos. Quando o relógio batesse dez horas, nós correríamos para o ginásio, encontraríamos Quinn e iríamos vazar do colégio.

Quinn Fabray

"Você está parecendo uma iniciante, Santana" disse.

"Cale a boca, Fabray" retrucou a latina, revirando os olhos. "Quanto tempo?"

"Faltam cinco minutos"

"Ainda bem, porque eu..."

"Shiii" disse, levando um dedo aos lábios e pedindo silêncio.

Eu podia escutar passos rápidos no corredor. Olhei para o relógio novamente e franzi o cenho. Eu não conseguia ouvir a mente da pessoa, o que me levava a pensar que só podia ser Rachel. Mas por que diabos ela estava sozinha, e por que diabos ela não estava cumprindo com o plano? Ocorreu-me então que alguma coisa havia dado errado. Mas se fosse esse o caso, então elas teriam me avisado, certo? Mordi o lábio inferior e consultei o relógio mais uma vez. Os barulhos de passos sumiram, e eu quase suspirei aliviada. Se fosse mesmo Rachel, então ela tinha escapado bem a tempo. Porque eu já ouvia a mente de Figgins no início do corredor.

"Ele está chegando" disse. "Prepare-se"

Santana se aproximou de mim e encostou o ouvido na porta. Os pensamentos de Figgins estavam tão altos que me faziam ficar enjoada. Revirei os olhos e conti o riso quando Santana fingiu enfiar o dedo na garganta. Olhei para o relógio novamente. Dez horas em ponto. Escutei o barulho de porta batendo.

"Ele entrou no escritório" sussurrei. "Eu tenho que ir agora. Não seja pega"

"Não serei" disse Santana.

Abri cuidadosamente a porta do banheiro e saí correndo o mais rápido que consegui na direção oposta ao escritório de Figgins, mas eu devia saber que alguma coisa estava errada quando não ouvi o barulho de gritos. Entrei correndo no ginásio, e Rachel e Brittany não estavam por perto. Franzi o cenho novamente e olhei para o relógio. Mas quando senti alguém tocar meu ombro, eu soube. Virei-me, pronta para xingar Shelby de todos os nomes que conseguia pensar, mas para a minha grande surpresa, não era ela quem estava parada atrás de mim acompanhada de dois homens vestindo o uniforme do Governo.

Era Wonder.


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Notas finais do capítulo

Acho que por essa ninguém esperava UHAUAHUAHUA. E então, mereço reviews?
As boas e más notícias. A boa é que talvez MR tenha uma continuação. A ideia me bateu ontem, e realmente me agradou. Ela vai se passar sete anos após MR, e também vai ser Faberry. Se vocês se interessarem, eu posso postar a sinopse nno próximo capítulo, aí vocês me dizem se gostariam de ler ou não.
A má notícia é que eu estou sem computador. O meu caiu no chão e a tela quebrou, portanto, perdi absolutamente tudo, inclusive aquele novo projeto que eu já tinha postado a sinopse aqui para vocês. Eu pretendo seguir com ele, a não ser que vocês prefiram ler a continuação de MR.
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo!