Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 19
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Minha semana de provas acabou õ/ e eu estou tão feliz que resolvi escrever mais um capítulo pra vocês.
Tem uma pergunta pra vocês na nota final. O que vocês decidirem, é o que eu vou fazer. Por favor, respondam :)



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Capítulo XVIII

Finn Hudson

Uma coisa que eu nunca pensei que fosse dizer, mas naquela situação eu simplesmente precisei admitir: Santana Lopez estava absolutamente certa. Aslam de pelúcia, música da Katy Perry... Meu Deus, como eu ia competir com aquilo? Talvez eu não deva. A Rachel sabe que eu gosto dela, e se mesmo assim ela escolheu a Ice Queen, então significa que ela não me quer. Mas tentar não custa nada.

–– Não acredito que você vai ouvir a Santana – disse Puck contrariado. – Pelo amor de Deus, Finn! A Rachel gritou para todo mundo que era gay...

– Bi – resmunguei.

– E a Fabray praticamente teve um orgasmo. Se as duas estão mesmo juntas, nada do que você faça vai mudar isso.

– Não custa nada tentar.

– Você é um otário, Hudson.

– E você é um pé no saco, Puckermann.

Ignorei Puck e procurei alguma música em minha mente que eu pudesse cantar para Rachel. E então, eu lembrei de uma música que minha mãe escutava quando eu era pequeno. Sorri. Fleetwood Mac estava prestes a ter uma nova perfomance da música Everywhere.

– Você vai para a próxima aula? – perguntou Puck, arqueando a sobrancelha.

– Sim, eu vou.

– Beleza.

– Você está bem? – perguntei, encarando Puck. Ele parecia irritado. Não podia ser só por minha causa, podia? Eu tinha certeza que, em meu lugar, ele faria exatamente a mesma coisa. Eu só estava correndo atrás da garota que eu queria, e isso não era crime nenhum, era? Então por que diabos eu me senti tão mal ao ver a expressão no rosto do meu melhor amigo?

– Vamos, Finn – disse Puckermann, dando um soco de leve no meu braço e tornando sua expressão indecifrável. Revirei os olhos, mas acabei o seguindo. Contudo, antes que eu chegasse na sala de aula, senti alguém me puxar e me empurrar contra o armário. Senti todo o sangue gelar no meu corpo.

– Você tem algumas explicações a dar, Finn Hudson.

Encarei Quinn Fabray, mas eu realmente não me importava com o que ela ameaçasse fazer. Eu iria me declarar para a Rachel, mesmo que isso significasse levar um pé na bunda no meio de todo o Glee Club. Talvez ela sentisse pena de mim, e tivesse ao menos a decência de não se agarrar com a Ice Queen na minha frente. Suspirei e fechei os olhos. Eu estava preparado para morrer.

Rachel Berry

–– Você não deveria ir embora? – perguntei, encarando Blair.

Eu perdera metade das aulas do dia por causa dela. O sinal acabara de tocar, indicando o fim do último tempo antes do intervalo. Para a minha falta de sorte, era a aula do senhor Schue, então eu realmente não podia me dar ao luxo de faltar.

– Acho que sim – concordou ela, dando de ombros. – Eu ainda queria falar com a Quinn.

– Você deveroa falar com ela depois. Dê-lhe um tempo. De qualquer forma, ela não pode ficar aqui.

– Sim, ela foi suspensa. E você não me disse o motivo.

Minha vontade foi de dizer "isso não é da sua conta", mas ia contra a nova política de boa-conviência que eu tinha em mente. Afinal, elas eram irmãs, e Blair tinha todo o direito de saber.

– Ela meio que brigou em sala de aula.

– Mesmo? – perguntou Blair sem, contudo, parecer surpresa.

– Sim. Ela estava me defendendo de uma líder de torcida que partiu para cima de mim.

– E por que ela partiu para cima de você?

– Porque ela me provocou.

– Isso não faz sentido.

– Digamos que eu tenha respondido à provocação.

– E ela se irritou?

– Isso.

– E voou para cima de você?

– É por aí.

– E a Lucy... Quero dizer, a Quinn te defendeu?

– Exatamente.

Blair ficou calada alguns segundos, sua testa franzida. Logo depois ela soltou um pequeno suspiro e se levantou do banco da arquibancada.

– Você tem razão. Mais tarde eu falo com ela, se ela estiver ao menos disposta a olhar na minha cara.

– Você não pode culpá-la se ela não estiver.

– Isso nem passou pela minha cabeça. Na verdade, eu provavelmente não me daria uma segunda chance. Eu estou contando com o fato de Lucy sempre ter sido melhor do que eu.

– Quinn.

– Sempre me esqueço – disse Blair, balançando a cabeça.

– Chamá-la de Lucy não vai fazer com que ela volte a ser quem era.

– Não, não vai. Ela mudou muito, principalmente depois do acidente.

– Que acidente? – perguntei, franzindo o cenho.

– Ela não te contou?

– Não. Que acidente? – repeti a pergunta.

– Talvez você devesse perguntar a ela.

– Ou talvez você devesse me dizer.

– Sério Rachel, não quero causar problema entre vocês. Converse com a Quinn, tenho certeza de que ela vai te contar tudo.

– Se você me contar, eu te ajudo com ela.

– O que? – perguntou Blair surpresa.

– Sabe, eu digo que você mudou e quer realmente se arrepende.

– Mas é a verdade!

– Desculpe-me, mas não adianta nada você me dizer isso. Quinn não acredita em você.

– Mas acredita em você.

– Sim. Você me conta, eu faço sua imagem pra Quinn, e quando ela estiver pronta, ela me conta por si mesma.

– E você vai fazer minha imagem pra Quinn só para eu te contar?

– Não. Vou fazer porque acho que você realmente quer reatar sua relação com ela, e consertar as merdas que fez. Digamos que saber mais sobre ela é só um bônus.

Blair concordou com a cabeça e sentou novamente. Pelo visto, eu perderia mais um tempo de aula.


Quinn Fabray

–– Madame Wonder? Pelo amor de Deus, Sam!

Minha conversa com Finn Hudson não levara nem cinco minutos. Claro que foi hilário a forma que ele me olhou, e ainda mais hilário a expressão na cara dele quando eu disse o que tinha para dizer, e eu realmente queria quebrar a cara dele de porrada. Mas a verdade é que agora eu estava muito interessada em perder minha aposta com a Santana. Pregar uma peça seria muito perigoso, mas eu podia ler mentes, então as possibilidades de ser pega eram muito poucas. Além disso, seria uma desculpa incrível para o que eu pretendia fazer no dia livre que teríamos de aula. Sorri ao pensar nos planos que eu tinha para ficar o dia ao lado de Rachel. Ia ser perfeito! Mas primeiro eu precisava me concentrar no que eu estava fazendo.

– Bem Quinn, foi a única que nós achamos. Não custa nada dar uma chance, não é?

–– Mas Madame Wonder? Tem nome mais ridículo que esse? Tá na cara que essa mulher é uma charlatã!

– Talvez sim, talvez não. Você não vai saber se não visitá-la, não é?

– Ainda acho que uma péssima ideia.

– Eu acho que seus resmungos também são péssimos, mas eu estou aturando tudo calado, não estou?

– Isso foi rude – retruquei irritada.

– Tanto faz – disse ele, dando de ombros. – E então, você topa ou não?

– Muito bem, Evans, você venceu. Quando vamos lá?

– Amanhã mesmo.

– Você tem aula.

– Não importa. Não quando eu tenho uma amiga para ajudar.

– Você é chato, irritante, metido, pervertido, mas é extremamente fofo – disse, dando-lhe um pequeno abraço. Ele sorriu.

– Eu sei que você me ama, Fabray. O que você conversou com o Hudson?

– Nada de importante – disse, segurando a risada. – Acho melhor você ir pra sua aula, Evans.

– Daqui a pouco é o horário do almoço – disse ele, espreguiçando-se. – Eu vejo as duas últimas aulas.

Espreguicei-me também e me encostei no banco. Fechei os olhos por alguns segundos.

– Você devia ir pra casa – sugeriu Sam.

– Não, ainda tenho algo a fazer hoje.

– Você não vai dar as caras no clube do coral, vai?

– Adivinhou.

– Quinn...

– Figgins vai embora cedo, já reparei nisso. E duvido que o senhor Schue vá fazer alguma objeção.

– Você quem sabe – disse Sam, dando de ombros.

Eu não podia ir embora. Eu precisava me certificar de que Finn Hudson não ia passar dos limites com a minha baixinha. Suspirei e fechei os olhos outra vez. Pelo menos eu podia descansar um pouco.

Finn Hudson

–– Qual o problema, Finn? – perguntou Mike, lançando-me um olhar confuso.

– Nada – disse, balançando a perna tamanho meu nervosismo.

– Cara, você tá balançando essa perna há horas – disse Mike, encarando-me divertido.

– Porque ele é idiota – retrucou Puckermann. – Agora se os panacas não se importam, eu tenho aula.

– O sinal ainda não bateu, Puck – disse Mike.

– Não importa – disse ele, saindo do refeitório.

Sam se aproximou. Ele parou Puck no meio do caminho, mas Puck se livrou dele rapidamente.

– O que aconteceu com ele? – perguntou Sam, sentando-se no lugar onde Puck estava.

– Não sei – disse Mike, dando de ombros.

Observei Puck sumir pela porta do refeitório e franzi o cenho. Por que ele estava agindo daquela forma? Balancei a cabeça. Eu não tinha tempo para pensar sobre isso. Sam e Mike engataram numa conversa, e eu não conseguia parar de pensar em Rachel.

O sinal tocou e eu fui para a aula de Geometria. Puck, que geralmente sentava ao meu lado, estava sentado ao lado de Santana. Franzi o cenho. Aquilo já era demais! Sentei na carteira atrás dele. Alguns minutos depois e a sala já estava cheia.

Finn: Ei Puck, eu fiz alguma coisa para você?

Puck: Não Finn, por quê?

Finn: Você sentou ao lado da Lopez hoje. Você sempre senta ao meu lado.

Puck: Você é legal, Finn, mas nós não vamos fazer sexo.

Finn: Não entendi.

Puck: Eu quero entrar nas calças dela, sacou, cara? Só porque você não come ninguém, não significa que eu também seja tão puritano.

Finn: Quem disse que eu não como ninguém?

Puck: Então quer dizer que você faz, e não conta para o seu melhor amigo?

Finn: Não foi o que eu quis dizer. Por que você sempre distorce minhas palavras?

Puck: Distorce? Apredendo palavras novas, Finn? Quem anda te deixando tão inteligente? Kurt? Sabia que ter ele como irmão ia te deixar mais afeminado. Virou gay agora?

Finn: Não fala assim do Kurt! Qual é a sua, cara? Deixa de ser idiota! Sabe Puck, todos me chamam de burro, de otário, de lerdo. E essa garota com quem você ir para cama sempre inventa apelidos ofensivos. Isso me deixa para baixo. E me deixa muito mais para baixo quando o meu MELHOR amigo faz a mesma coisa. Eu não sei o que eu fiz para você ficar com tanta raiva de mim, mas quer saber? Foda-se.

Joguei o celular com força dentro da minha bolsa. Deus! Puck estava agindo como um verdadeiro imbecil. Respirei fundo e levantei a mão.

– Sim, Hudson?

– Posso ir ao banheiro?

Todos riram. Não que isso fosse surpreendente, já que todo mundo sempre ria de mim. Na maior parte do tempo eu tentava levar isso na esportiva, mas às vezes realmente me magoava. Será que nenhum deles, especialmente meus amigos, conseguiam ver que eu era apenas um adolescente comum? Que palavras me machucavam tanto quanto as pancadas que eu levava no futebol?

Era a minha altura, eu sabia disso. E eu nunca entender o assunto, e sempre fazer uma cara de confuso, e não ter um corpo muito bom... As pessoas sempre arrumavam motivos para zoar comigo. O único que ficava ao meu lado era Puck – e agora, até ele estava contra mim. Levantei, peguei minha autorização e saí da sala. Enfiei-me no banheiro mais próximo, e fiquei lá até a aula acabar. Voltei para a sala, peguei meu material, e decidi que matar a última aula talvez não fosse tão ruim assim.

Afinal, eu ainda precisava praticar para a minha declação para Rachel Berry. E ela ia dizer que não queria nada comigo. E eu ia ficar com a cara do chão. E esse seria mais um motivo para todos implicarem com o Finn Hudson, quarterback do time de futebol, cara mais populador do colégio, e completamente inseguro sobre si mesmo e solitário por não ter muitos amigos. Suspirei. Fazer o que se a minha vida era uma merda? Porque afinal de contas, popularidade não era tudo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Críticas? Sugestões? Reclamações? Sou toda ouvidos *-*
PERGUNTA: vocês acham que Finn/Puckermann deveria formar um casal? Sim ou não?
Muitas narrações nesse capítulo. Peço desculpas a vocês, mas foi necessário.