Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 13
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão acompanhado pelos reviews, eles são muito motivadores. Espero que estejam gostando! Preparem seus corações, e boa leitura! UHEUHEUHE ;)



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Capítulo XI

Rachel Berry

Eu não podia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Estávamos eu, meus pais e a recém-apresentada Quinn, jantando juntos e conversando animadamente sobre o Clube do Coral e sobre o McKinley. Eu nunca vira Quinn sendo tão aberta, tão comunicativa, e também nunca a vira sorrir tanto. Mas quem poderia culpá-la? Eu mesma não conseguia tirar um sorriso enorme no rosto. O que uma sessão de beijos ao lado da garota mais linda do mundo não pode fazer com você.

– Então Quinn, você mora com os seus pais?

– Com a minha mãe – disse Quinn, parando de sorrir. – Mas ela raramente para em casa.

– E com o que ela trabalha? – perguntou meu pai.

– Ela é corretora – disse Quinn, dando de ombros. – Não temos uma relação muito boa. Ela acha que eu estou jogando minha vida fora.

– Por estar participando do clube do coral? – perguntou meu pai, Hiram, chocado.

– Não – disse Quinn, dando uma pequena risada. – Na verdade, ela nem sabe que entrei para o clube do coral. Eu não a vejo há dias, e quando ela está em casa, nós não conversamos.

– Deve ser solitário – comentou meu outro pai, Leroy. – Saiba que as portas da nossa casa estão abertas para você.

– Isso mesmo – concordou Hiram, sorrindo. – Sempre que quiser, pode vir passar o dia aqui.

– E até mesmo dormir – acrescentou Leroy. – Não nos importamos. Além do mais, Rachel sempre vive reclamando por ser filha única. Seria bom para ela ter uma "irmã" por perto.

Quinn e eu trocamos um olhar divertido.

– Leroy, querido – disse papai Hiram, abrindo um grande sorriso. – Não queremos relações incestuosas por aqui, não? Porque acho que nossa Estrelinha prefere ter Quinn como outra coisa, e não como irmã.

Engasguei, e tive um acesso de tosse. Meu pai, Hiram, ria abertamente, e meu outro pai, Leroy, tinha uma expressão confusa no rosto. Quinn tentava esconder o sorriso, falhando miseravelmente, e ela dava tapinhas nas minhas costas, que não estavam realmente ajudando.

– Relações incestuosas? Outra coisa além de irmãs? – insistiu papai Leroy. – Mas... Vocês estão juntas? – perguntou ele, parecendo maravilhado.

Não pude deixar de corar. Meus pais sabiam da minha opção sexual, porque eu contei a eles tudo sobre Blair. Só assim eles me permitiram trocar de colégio, afinal, eles entendiam muito bem como era ser alvo de chacotas e preconceito. Eles sempre me apoiaram, e me incentivaram a não deixar que isso me afetasse. Eles diziam que havia muitas "Blairs" pelo mundo, e muitos "Andrews" e "Matthews", mas que se procurássemos com cuidado, sempre encontraríamos o verdadeiro amor. Sorri ao lembrar disso. A primeira vez que eu ouvir falar de Matthew e de Andrew foi quando contei a eles sobre Blair. Então, eles me contaram sobre os primeiros homens que partiram seus corações. E lá estavam eles, juntos há mais de quinze anos, extremamente felizes um com o outro. Foi assim que eu soube que meus pais estavam certos, e foi por isso que eu nunca desisti do amor – embora, é claro, ainda tivesse muito medo de me magoar.

–– Sim – disse Quinn, abrindo o maior sorriso do mundo. Não pude deixar de retribuir. Quinn Fabray finalmente era minha.

– Nesse caso, acho melhor que você durma no quarto de hóspedes – comentou Leroy, franzindo o cenho. – Não quero ouvir minha filha fazendo sexo no quarto ao lado.

– Pai! – exclamei, completamente envergonhada. Meu Deus, como eles conseguiam me constranger daquela maneira? Devia ser crime!

– Eu não vejo problema nenhum que ela durma no quarto da Rachel, Leroy – disse papai Hiram, dando de ombros. – Você não escuta nada depois que caí no sono, e é melhor dentro de casa que no meio da rua.

– Papai! – exclamei exasperada. – Pelo amor de Deus!

Quinn ria tanto, que seu rosto já estava ficando vermelho, e eu já podia ver as primeiras lágrimas descendo pela sua face. Revirei os olhos. Bela namorada eu fui arrumar!

– Mas então Quinn, se você vai fazer parte da família, é melhor que saibamos um pouco mais sobre você.

Quinn parou de rir e limpou as lágrimas com a palma da mão.

– Bem, meu nome é Lucy Quinn Fabray, eu tenho dezoito anos, fui obrigada a entrar nas líderes de torcida pela treinadora Sylvester, amo cantar, e estou extremamente apaixonada pela sua filha.

Meus pais trocaram olhares cúmplices, e eu não pude evitar o sorriso que apareceu em meu rosto. Era incrível como eu sempre sorria quando ela estava por perto.

– Seu primeiro nome é Lucy? – perguntei surpresa. – E a treinadora obrigou você a entrar nas Cheerios?

– Sim e sim – concordou Quinn. – Não gosto que me chamem de Lucy, prefiro Quinn.

– E por que a treinadora obrigou você a entrar no time? – perguntou papai Leroy, servindo-se de um pouco de vinho.

– Porque eu fui uma na minha antiga escola – disse Quinn, dando de ombros. – Ganhamos o campeonato Nacional. A treinadora viu um dos vídeos na Internet, e me obrigou a entrar. Era isso, ou ela me entregava pelas vezes que cabulei aula.

– Você cabula aulas? – perguntou papai Hiram, fingindo-se de desapontado. – E eu achando que você daria um bom partido.

Quinn riu.

– Eu cabulava, até certa baixinha aparecer e me botar na linha.

– Certo – disse, colocando meus talheres na mesa. – Agora chega! Essa conversa está ficando cada segundo mais constrangedora.

Meus pais e Quinn riram.

– A Estrelinha está certa – disse papai Hiram. – Por hoje foi o suficiente. Mas Quinn, você não quer dormir aqui?

– Obrigada, senhor Berry, mas eu realmente preciso ir para casa. Tenho uns assuntos para terminar de resolver.

– Muito bem, mas você é sempre bem-vinda.

Quinn sorriu. Sim, ela era sempre bem-vinda, não só na minha casa, como também no meu coração.

Quinn Fabray

O jantar com os pais da Rachel foi extremamente constrangedor e, ao mesmo tempo, incrivelmente agradável. Eles eram duas pessoas ótimas, e eu podia ver na mente dos dois o quanto eles estavam felizes por ver Rachel feliz. Mas será que eles ainda aceitariam um possível relacionamento meu com Rachel se eles descobrissem? Porque quando eu escutei o nome do quarto da Rachel, ele não significara nada além do nome de uma vadia desgraçada que ousara magoar a minha baixinha. Mas quando eu vira a imagem dela, tão claramente destacada nas mentes de Hiram e Leroy, eu sabia que tinha encontrado a minha ruína.

Flashback On

Eu estava nervosa. O caminho entre o McKiney e a casa da Rachel nunca pareceu tão longo. Porra! De onde surgiram tantos carros em Lima, Ohio? Concentrei-me na mente das pessoas, tentando entender o motivo daquela merda de engarrafamento.

Não acredito que estão mesmo gravando um filme em Lima! Meu Deus, e ela está aqui. Ela é tão linda, tão perfeita, tão maravilhosa...

E eu desejei não ter lido porra nenhuma. Filme em Lima... Como eu pude esquecer disso? Há meses esse era o assunto mais comentado nessa cidadezinha onde soltar um peido em público deve ser motivo de fofocas pelo resto do ano. Respirei fundo, tentando encontrar um pouco de calma, enquanto o carro logo a minha frente se movia só por uns cinco metros. Conti um gemido. A sorte é que a Starbucks onde a pequena cena estava sendo filmada não era muito longe dali. Eu já estava vendo uma enorme equipe de produção, e metade da rua fechada. Batuquei no volante do carro sem paciência. Se o ritmo continuasse assim, eu não chegaria a tempo na casa da Rach, e eu não tinha a mínima ideia de como ela estava. Sam dissera que ela precisava de mim, e eu estava presa em um estúpido trânsito por causa de pessoas mais estúpidas ainda. Então eu tive uma ideia. Sem me importar se ia ou não atrapalhar os outros carros, eu estacionei o carro quase em cima de calçada. Eu também não me importava com multas, eu só me importava com Rachel.

Tranquei o carro e saí correndo. Menos de dois minutos depois eu estava na frente da Starbucks. Eu não ia parar, mas alguém segurou meu braço com um pouco de força, e eu não tive a mínima escolha.

– Você enloqueceu? – gritei irritada. – Tire suas mãos de mim!

Mais uma querendo passar pela segurança. Meu Deus, que caipiras mais ridículos!

Aquilo me irritou. Quem aquele filho da mãe pensava que era?

– Você não vai passar pela segurança. Vá embora, e não atrapalhe as gravações.

– Que se dane essa gravação! – gritei estressada. – Não ligo a mínima para essa merda. Foda-se você, e todos esses artistas idiotas! E agora, tire essa sua mão de cima de mim, ou eu...

– O que está acontecendo aqui?

Infelizmente, minha gritaria chamara a atenção. Algumas pessoas, principalmente as de dentro do carro, lançavam-me olhares irritados, e pareciam prontos para pular em cima de mim e arrancar cada fio de cabelo da minha cabeça. O brutamontes que me segurava estava surpreso, e não sabia como agir.

– Carl, o que está acontecendo?

– Eu digo o que está acontecendo – disse irritada. Deus, estava perdendo um tempo precioso. – Essa coisa está me agarrando, e se não quiser ser processado, é melhor ele tirar essas mãos de cima de mim.

Senti meu celular vibrar no bolso. O brutamontes ainda me segurava, e eu não conseguia me soltar. Bufei. Peguei o celular no bolso da calça. Sorte a minha que eu não precisava das duas mãos para mandar uma mensagem

Sam: Onde você está, Quinn?

Suspirei.

Não posso explicar agora, mas estou a caminho. Não vou demorar muito.

Sam: Então venha logo, Fabray. Venha ajudar a sua namorada, ou eu vou fazer isso por você.

–– Nem pense nisso, Evans! – gritei irritada.

O brutamontes e o outro me encararam, parecendo altamente confusos.

Fique longe da minha garota, Evans.

Sam: Venha me impedir, Fabray.

–– Filho da mãe! Estão vendo! – gritei, apontando para os dois homens que me encaravam embasbacados. – Esse filho da mãe vai atrás da minha garota. Se eu a perder, a culpa será toda de vocês!

Certo, aquilo era uma baita de uma mentira. Eu nunca perderia Rachel, e Sam jamais iria atrás da minha baixinha, a não ser, é claro, que ele quisesse morrer espancado, o que eu duvidava muito. O brutamontes enfim me soltou, e eu estava me preparando para sair correndo novamente quando ela apareceu.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou ela.

E então, ela me olhou. Ela pareceu disfarçar bem a surpresa, não deixando seu queixo cair até o chão. Encarei-a com raiva.

– Quinnie? – disse ela, dando um passo em minha direção.

– Você a conhece? – perguntou o brutamontes, parecendo cada vez mais confuso.

– Não – disse, um pouco rápido demais. – Vá embora, você é louca, eu não te conheço.

E eu me virei, mas ela me segurou, impedindo-me de ir embora. Virei-me para ela irritada.

– O que você quer? – perguntei irritada. – Deixe-me em paz.

– Você a conhece ou não? – perguntou o brutamontes.

– Pode deixar, Carl – disse ela, acenando a cabeça na direção dele. – Conheço sim...

– Não! – protestei.

–– ... Porque ela é a minha irmã.

Encarei-a, sentindo toda a raiva transbordando pelo meu peito.

–– Você está errada, Blair. Eu nunca mais serei sua irmã.

E dizendo isso, livrei-me da mão dela que segurava meu braço, e saí correndo para a casa da minha baixinha. Porque, ao contrário de Elizabeth Blair, eu era capaz de me importar.

Flashback Off


Se Blair achava que ia sair ilesa por ter partido o coração da minha garota, ela estava terrivelmente enganada.


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Notas finais do capítulo

BLAIR E QUINN SÃO IRMÃS. Ok, numa escala de 0 a 10, qual vocês acham que é seu nível de surpresa? UHUEHUEHU. E as cenas Faberry, cada vez mais fofas *-*
E então, eu mereço reviews? Críticas, sugestões, reclamações, ameaças de morte pelo aparecimento da Blair? UEHEUHEUHEUEHUEHUE, podem dizer, eu não vou morder vocês :)