A Ordem de Drugstrein (Versão antiga) escrita por Kamui Black


Capítulo 31
Capítulo 31 - Organizando, Namorando, Discutindo


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos especiais para as Betas Readers Yukihime-chan e Lubea, que revisaram este capítulo.



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Arco VI - Centauros

 

 

Capítulo 31 – Organizando, namorando, discutindo

 

Nos campos ao sul do castelo de Drugstrein, uma batalha estava sendo travada.

Taís esquivava-se agilmente dos ataques do gigantesco golem de pedra, que estava sobre o controle de Fred. Nesse meio tempo, Eliane tentava congelar os movimentos da outra maga com um Blizzard. Este ato se revelava em vão, pois a dona dos cabelos azuis sempre mantinha um Fira ao seu redor sob um comando não verbal.

Ela aguardava apenas o momento certo e este chegou: Na hora em que o golem tentou atacar novamente, ela o toca e sua mão emite um brilho leve. Momentos depois, quando ela já tinha se afastado, ele explode em mil pedaços; deixando Fred aturdido. Taís aproveita-se desse momento para derrubá-lo com um rápido Jinn.

Ao ver o companheiro caído, Eliane entra em desespero e tenta contra-atacar de imediato.

- Blizzard Storm.

O ambiente começa a ter sua temperatura alterada, mas a outra maga age como se nada estivesse acontecendo; afinal, ela tinha suas chamas para mantê-la aquecida. Avançou com velocidade contra a adversária e, antes que Fred se recuperasse do impacto anterior, Eliane já estava rendida com uma das mãos de Taís apontada para seu peito.

A jovem maga lança um sorrisinho vitorioso e, logo após, ouve uma voz muito conhecida.

- Muito bem, essa é a minha namorada.

Ela se vira e vê que Kamui a estava observando – os três na realidade. Surpreende-se com o fato de não ter percebido sua presença antes.

- Há quanto tempo...

- O suficiente. Onde aprendeu a fazer aquilo com o fogo?

- Tive a ideia sozinha, achei que poderia ser útil. Se fosse um combate de verdade, poderia atacar com as chamas a qualquer momento.

- Isso é legal.

Ele a toma em seus braços e a beija repentinamente. Taís, mesmo surpresa, retribui o leve e carinhoso beijo de imediato.

- Não deveria fazer isso, estou toda suada.

Kamui praticamente ignora o último comentário e retorna à conversa anterior.

- Você poderia tentar manter um Dracco Fira ao seu redor.

- Hum... Também já tinha pensado nisso. Tentarei assim que dominar com o Fira, se eu me desconcentrar ele some. Você deveria tentar também.

- Não. Meu controle não é tão bom quanto o seu. Ainda não sei como você consegue controlar tantos Dracco Fira de uma única vez.

Ela sorri.

- Me sinto uma lesada – Eliane comentou, tentando se integrar ao assunto.

- É nisso que dá ficar ouvindo o papo de dois gênios – Fred também tentou entrar na conversa.

Os dois magos riem juntos dos comentários dos amigos.

- Bom, deixando esse assunto de lado. Vou logo dizer por que eu estou aqui.

- Não veio só pra me ver?

Taís finge uma cara de decepcionada, o que provoca um largo sorriso em Kamui.

- Temos uma missão de grau A para cumprir. Ela será liderada pelo Spaak.

- Legal, outra de grau A. A nossa última foi aquela em apoio à Guilda Smeltiling – Taís parecia entusiasmada.

- Espero que essa não seja tão difícil – Eliane comentou.

- Eu nunca fiz nenhuma desse grau, quero ver como é – Fred entrou no assunto.

- O que vai ser dessa vez, Kamui? – Taís perguntou ao namorado.

- Existe um grupo de centauros que tem atacado humanos na região oeste de Calla Zhu.

- Centauros atacando humanos? – Eliane achou estranho. – Mas eles sempre foram tão pacíficos.

- Fala como se conhecesse algum – Fred disse.

- Eu conheço.

Os outros três olharam para Eliane intrigados.

- Uma vez, quando eu era bem pequena; devia ter uns sete ou oito anos, viajei com meus pais para uma cidade a oeste. Não me lembro o nome dela agora, mas lá vivia uma pequena tribo de centauros com quatro deles. Eram dois casais, na verdade.

- E você fez contato? Não teve medo? – Fred perguntou.

- No começo sim, mas meu pai fez com que eu me aproximasse deles e perdesse o medo. Sabe, meu pai é um Mestre de Elite e já teve contato com centauros antes.

- Caleb Tomagil. Ele toma conta da parte da diplomacia de Drugstrein, sempre lidera qualquer tipo de acordo envolvendo outras raças.

- Sim, Taís, ele mesmo. Bom, o importante é que eu conheci um centauro. O nome dele é Arogue e ele é muito, muito gentil. Durante o tempo que ficamos lá, ele sempre me deixava cavalgar nele. A parceira dele, Anilope, também me deixava cavalgar um pouco. O outro casal podia não ser tão chegados a humanos, mas Arogue e Anilope eram muito fofos. Fazem parte de uma das lembranças mais bonitas da minha infância.

- A Sarah também me falou que os centauros eram pacíficos. Eu acredito em vocês duas, mas assim como existem magos bons e magos ruins, podem existir centauros bons e centauros ruins – Kamui concluiu.

- Esse grupo certamente é ruim, para atacar humanos inocentes – Taís completou.

- É, talvez. Mas vai dar uma dó atacar os centauros – lamentou-se Eliane.

- Não vai ficar do lado deles agora, né? – Fred repreendeu a amiga, que fez uma cara nada simpática em resposta.

- Farei o que tenho de fazer – respondeu.

- Então vamos logo que o Spaak quer explicar os detalhes da missão – Kamui já se dirigia novamente para dentro do castelo e chamou os demais magos.

O mago negro seguia na frente, de mãos dadas com a namorada, enquanto os outros dois seguiam um pouco mais afastados. Ao alcançar a porta da sala de reunião, Kamui a abriu lentamente enquanto soltava a mão da garota. Taís não gostou nada dessa atitude, principalmente porque sabia justamente o motivo para ele ter feito isso: Sarah estaria dentro daquela sala.

- Até que enfim chegaram – Spaak comentou.

- Nem levou tanto tempo – Kamui repreendeu.

- Então, Taís, sua equipe aceita fazer parte dessa missão?

A garota olha para os dois companheiros, como não encontra objeção, responde.

- Sim.

- Então começarei a explicar.

O Mestre se senta em uma poltrona e convida os demais magos para se sentarem também. Kamui se sentou em um sofá maior e Taís se sentou ao seu lado esquerdo. Sarah se sentou à direita. Ambas lançaram olhares intimidadores uma para com a outra. Ao verem isso, Fred e Eliane resolveram que era melhor para a própria saúde se sentarem no outro sofá, o mais longe possível.

Fingindo ignorar a situação, Spaak continuou com a explicação. Enquanto isso, Kamui ansiava para que a mesma se encerrasse logo para que ele, então, pudesse sair daquela saia justa em que se encontrava.

- Primeiro, gostaria de relembrá-los o básico que sabemos sobre os centauros. Como todos sabemos, um centauro tem a parte abaixo da cintura assemelhando-se a um cavalo e a parte de cima com um humano. Eles possuem uma força incrível além de uma velocidade formidável.

“Algo que é muito importante que vocês saibam é o modo de combate de um centauro. Eles são rápidos, inteligentes e agem muito bem em grupo. São exímios usuários de runas. Eles não conseguem lançar feitiço como os humanos, ao invés disso têm que prepará-los previamente com runas.

- Quer dizer que se as runas acabarem eles não podem fazer nada? – Fred perguntou, pensando ter achado uma grande fraqueza nos inimigos.

- Não necessariamente, eles também possuem mais uma arma. É o chamado archon, ou arco astral. Um tipo de arco com inscrições que possibilita que um centauro canalize sua aura em forma de flechas.

- Arma que eles aprenderam a fazer com os elfos – Sarah comentou.

- Exatamente.

- E o que a gente vai fazer então? – Fred perguntou à Spaak.

- Vamos pegar nossos balões e viajar até a região de Cala Zhu, lá começaremos a investigar para achar os centauros e descobrir porque eles estão atacando os humanos. Se conseguirmos mediar com eles, a missão acaba de maneira fácil, caso não consigamos...

- Aí, infelizmente, teremos de lutar com eles – Eliane completou, receosa, antes de Spaak.

 

 

A viagem de balão levou dois dias; quando Spaak mencionou que a missão seria a oeste, era a oeste mesmo, quase na divisão de fronteira com os elfos negros.

Cada equipe viajou em seu próprio balão, o que quer dizer que Kamui e Taís ficaram separados nesse meio tempo. A garota pareceu irritar-se um pouco com isso; mas não pelo fato de estarem separados. O que realmente a irritava era o fato de Kamui e Sarah passarem tanto tempo conversando.

Quando eles pousaram em uma pequena cidade da região de Calla Zhu, Spaak foi procurar informações e Taís pensou em aproveitar esse meio tempo para namorar. Surpreendeu-se ao verificar que o namorado teve a mesma ideia e já a estava puxando para trás de uma grande construção da cidade.

Kamui recostou-se na parede rústica feita de pedras e puxou a namorada para si. Enquanto o braço esquerdo a envolvia em um abraço, o direito pousava em sua cintura. Taís envolveu o pescoço do rapaz com os dois braços assim que recebeu o beijo.

O jovem mago explorava os lábios e a boca da garota com a língua enquanto que ela correspondia da mesma forma. Ele acariciava suas costas com a mão esquerda. Enquanto isso, a direita começou a subir por sua barriga até atingir seu seio esquerdo.

Nesse momento, Taís segurou a mão de Kamui com a sua própria e separou-se do beijo.

- Opa! Vai com calma.

- Des... Desculpa, acho que me empolguei um pouco – ele foi rápido em se desculpar, achando que a tinha ofendido de alguma forma.

- Tudo bem, é só que... – ela corou levemente antes de terminar – nunca ninguém tinha me beijado ou me tocado dessa maneira. Só peço para irmos com um pouco mais de calma.

- Hum... Não vai ser fácil me segurar com uma garota tão linda.

- Mas vai ter que se segurar.

Apesar das palavras, ela voltou a beijá-lo, mas, dessa vez, Kamui foi com muito mais calma. Quando o clima começou a esquentar, ouviram a voz da Sarah.

- Hei! Vocês do...

Ela vira a esquina da casa e repara na cena. Antes que pudesse se virar e voltar, Kamui cessou o beijo em um susto e olhou para ela. Soltou, também, Taís de seu abraço.

- O que dizia, Sarah? – Perguntou a seguir.

- Me desculpa... Eu não sabia... É só que o Spaak já tem as informações que queria e está chamando todo mundo.

- Nós já vamos – Kamui disse e a garota dá meia volta. Ele faz menção de segui-la, mas é parado por Taís, que segura sua mão.

- Por que você sempre faz isso?

- Fazer o que? – Ele não entendeu o comentário.

- Agir como se não fossemos namorados assim que a Sarah aparece.

- Eu não faço isso, faço? – Na realidade, para Kamui ele realmente não fazia isso, uma vez que era um ato involuntário de seu subconsciente.

- Faz sim, e acho que nem percebe que faz.

Ele não respondeu, estava um pouco nervoso por causa do olhar penetrante da namorada.

- Me responde uma coisa: No casamento do meu primo, você a beijou, não beijou?

- Eu... Sim, eu beijei a Sarah.

- Sabia!

- Mas nós nem estávamos namorando ainda! E...

Kamui foi interrompido por uma rápida acusação de Taís.

- Você sente alguma coisa por ela, não sente?

- Eu...

Ele fica sem palavras, não podia dizer para a namorada que gostava de outra garota. Por outro lado, não achava justo continuar naquela situação. Ele estava com Taís não porque realmente gostasse dela como gostava da Sarah; estava com ela pelo motivo de que os dois se davam muito bem e via nisso a possibilidade de vir a sentir algo por ela e de esquecer de Sarah para sempre. Mesmo assim, estava começando a achar que não era justo fazer aquilo com ela e entenderia perfeitamente se ela quisesse terminar com ele; o que ele estava convicto de que ela faria.

- A falta de resposta é prova suficiente disso.

Houve alguns segundos de silêncio enquanto Kamui esperava que a namorada terminasse com ele, mas não foi o que aconteceu.

- Tudo bem.

- Tudo bem? – Perguntou pausadamente.

- Sim, eu vou fazer você esquecer aquela garota. E vou fazer você gostar de mim mais do que gosta dela. Vou fazer com que você me ame.

Como para que provar o que tinha acabado de dizer, ela beijou-o com um ardor com o qual nunca o tinha feito antes.

Minutos mais tarde, o casal se juntou à pequena roda formada pelos demais magos. Dessa vez, Kamui manteve-se de mãos dadas com Taís, apesar de perceber um olhar de resignação por parte de Sarah.

- Muito bonito, os dois ficam aí de namorico em horário de trabalho – Spaak repreendeu.

- Desculpa Spaak, não vai se repetir – Kamui respondeu.

- Vou fingir que acredito. Mas agora, falando sério, descobri coisas interessantes.

- O que? – Taís perguntou.

- É, também fiquei curiosa – Eliane complementou.

- O fato é que os centauros têm atacado apenas garotas.

- Eles são algum tipo de tarados? – Fred tentou fazer uma brincadeira, mas apenas recebe olhares de indignação por parte dos demais magos.

- Eles se sentem atraídos apenas pela própria espécie – Eliane repreendeu.

- Sei disso, foi uma tentativa de brincadeira.

- De muito mau gosto, por sinal – a garota tornou a falar.

- Pessoal, vamos prestar atenção – Spaak repreendeu. – O fato é: que poucas garotas foram encontradas mortas ou feridas, a maioria delas foram encontradas simplesmente desacordadas em algum lugar na região.

- E isso quer dizer que... – Sarah arriscou uma teoria, mas não saiu nada.

- Que eles procuram alguma coisa, ou talvez alguém – Taís expôs sua opinião.

- Provavelmente – Spaak concordou.

- E qual será nossa ação? – Eliane perguntou.

- Eu tracei uma espécie de mapa para onde eles possivelmente tenham passado por último, iremos procurar nessas regiões até encontrarmos a tribo, estejam preparados para o confronto.

Conforme Spaak tinha planejado, eles começaram a percorrer toda a região atrás de pistas, mas como não encontraram nada, resolveram montar acampamento.

Armaram duas barracas, uma para os garotos e outra para as garotas. Enquanto Kamui e Taís aproveitavam o tempo para namorar, Spaak e Fred dormiam. Sarah e Eliane, por sua vez, conversavam dentro da barraca.

- Como você se sente com essa situação? – Eliane perguntou.

- Qual situação?

- Como qual? A do namoro da Taís com o Kamui.

- Ah... Isso – ela disse sem animo, na vã tentativa de fazer a amiga desistir do assunto.

- Você disse que ele te beijou na festa de casamento de Sakuro.

- Então, foi só isso, um beijo.

- Você não tinha nenhuma pretensão de namorar com ele?

Aquilo fez com que Sarah remoesse o passado, poderia ser ela, lá, com ele, ao invés de Taís. Balançou a cabeça com força, como que para espantar os pensamentos. O que passou, passou e ela não devia se arrepender.

- E você com o Matheus, por que terminaram? – Ela tentou mudar de assunto e fica feliz ao ver que conseguiu.

- Ele não te contou? Vocês são bem amigos.

- Sim, somos muito amigos, mas apenas isso. Não acredito que você tinha ciúmes de mim com ele.

- Eu tinha, mesmo sabendo que era um ciúme idiota.

- Mas não foi isso que acabou com a relação de vocês não, né?

- Também.

- Ah, Eliane, você não devia ter deixado isso acontecer.

- Mas foi mais culpa dele que minha. Ele e aquela ciumeira doentia do Fred.

- A suja falando do mal lavado. Não adianta jogar a culpa nele não.

- Então vai defender o amiguinho, né – ela disse com um falso tom de irritada.

- Vocês dois são meus amigos. Estou tentando ser imparcial.

- Nós nos gostávamos muito, mas não dava mais, Sarah.

- É uma pena, vocês formavam um casal tão bonito.

Nesse momento, Taís abriu o zíper da barraca e entrou.

- Boa noite garotas. Sobre o que vocês estavam conversando?

Sarah forçou um bocejo.

- Estou com sono, acho que vou dormir. Boa noite para as duas.

Taís olhou para Eliane intrigada e a garota devolveu o mesmo olhar. Após isso, só restou, mesmo, a possibilidade das duas dormirem.

 

 

Ao amanhecer, as duas equipes retomaram suas buscas. Ainda levaram algumas horas antes que Sarah conseguisse encontrar algum rastro.

- Pessoal, achei alguma coisa.

- O que é, Sarah? – Kamui perguntou afoito, estava cansado daquela busca.

- Um sinal bem fraco, mas eles passaram por aqui.

- Para onde? – Spaak perguntou.

- Vem daquela direção – a garota apontou por entre umas pequenas árvores que adornavam a rala vegetação da planície.

- Certo, então vamos seguir por aqui.

Ainda levou mais duas horas para que Spaak começasse a sentir um sinal mais forte.

- O sinal está bem forte aqui, eles devem de estar a menos de dez quilômetros.

- Eu também estou sentindo a energia do local – Kamui concordou com o Mestre.

- Vamos seguir, então – Fred supôs, estava tão ávido por ação quanto Kamui.

- Iremos, mas é melhor nos alimentarmos antes – Spaak disse ao observar que o sol já passava do meio do céu.

Todos concordaram com a sugestão, afinal já estavam famintos. Não foi uma refeição farta, pois eles estavam levando pouca comida no acampamento portátil que Spaak carregava consigo.

Após o breve almoço, eles continuaram seguindo para sudoeste até que realmente avistaram um número de seis centauros.

Com exceção de Spaak e Eliane, nenhum deles tinha visto um antes. Ficaram maravilhados com a beleza da raça. Todos eram muito parecidos – de longe pareciam iguais. Tinham o corpo robusto de um cavalo e, no local onde deveria sair o pescoço, havia um tronco humano.

A parte cavalo tinha um pelo expeço na cor castanho e muito bem tratado. O torso nu da parte humana mostrava os músculos definidos e protuberantes. Em suas cabeças um longo cabelo, também da cor castanho, se estendia até o meio das costas.

Com cautela, os magos tentaram uma aproximação, mas foram surpreendidos com uma rajada de flechas de energia. Elas eram feitas de uma energia luminosa e tinham um tamanho bem maior que uma flecha comum.

Em um impulso, Spaak e Kamui usaram um Barrier em conjunto para proteger os amigos. Nesse meio tempo, os centauros galoparam em volta do grupo cercando-o.

Uma sequência de ataques teve início. Flechas eram arremessadas de todos os lados. Os magos se defendiam com Proteggio. Kamui, Spaak e Taís, logo perceberam que algumas flechas possuíam força e outras não; fato que acharam intrigante.

- Pessoal! Ou eles são trigêmeos ou eu não sei o que são.

Assim que Eliane falou, os magos perceberam que os centauros tinham sua particularidade. Eles eram muito semelhantes, mas tinham suas diferenças. Três deles tinham uma cicatriz no lado direito do tórax, três deles não. E, se reparassem bem, as faces também eram diferentes.

Bastou um olhar de Spaak para Kamui e Taís para os dois magos entenderem. Os três uniram-se formando uma barreira em forma de cúpula – Taís foi a única que teve que pronunciar o feitiço. Estabelecido as defesas, que suportavam facilmente os ataques, Spaak deu uma ordem à Sarah.

- Sarah. Tente descobrir quais são verdadeiros e quais são as ilusões.

A jovem maga se concentrou nas energias presente no local e a identificação se tornou fácil. Ela se aproximou de Spaak para transmitir a informação.

- Spaak, à sua esquerda, o mais afastado. Dos três à esquerda é aquele perto daquela grande pedra.

- Certo, transmita para Kamui, ao meu sinal ele deve perseguir o que está a minha direita.

A garota acenou positivamente e correu até Kamui. Assim que ela terminou de transmitir a informação, Spaak gritou.

- Agora, Kamui!

O mestre e o mago correram, cada qual na direção que deveria ir, porém os centauros eram espertos e perceberam o que os inimigos haviam planejado.

O centauro que Spaak perseguiu deixou suas ilusões atacando e galopou em direção sudoeste para escapar. No entanto, Spaak foi mais rápido e fez com que um circulo de fogo surgisse a sua frente. Ele assustou-se com as chamas e empinou. O Mestre, então, correu com velocidade, impulsionado pela aura, e ficou de frente com o adversário.

Um Aurus Pulse foi lançado direto contra a parte “cavalo” da criatura e esta é arremessada para trás. Só não caiu porque Spaak usou um Aurus Prision e travou as quatro patas do centauro no chão, além dos dois braços, usando fortes correntes de energia.

Nesse meio tempo, Kamui perseguiu o outro centauro, que fugiu a galope e deixou as ilusões irem de frente com Kamui. O mago, porém, não hesitou e atravessou os dois como se não fossem nada – o que não deixava de ser verdade. A seguir, impulsionou-se com aura e adquiriu uma velocidade semelhante a do centauro.

Quando percebeu que seria alcançado, ele virou-se e disparou uma flecha de energia particularmente grande. Kamui reagiu no susto.

- Proteggio!

O mago ainda estava em movimento quando aparou o golpe e isso fez com que perdesse um pouco do equilíbrio. Defendeu-se com louvor, mas quando iria voltar a perseguir o alvo, este já estava muito na frente e não haveria como alcançá-lo.

Os seis magos agruparam-se em volta do centauro preso.

- Spaak, o da cicatriz conseguiu fugir, desculpe.

- Está tudo bem, por hora só precisamos de um.

O centauro se debatia para se soltar e soltava alguns sons parecidos com relinchos. Fred imaginou serem xingamentos.

Assim que Eliane se aproximou mais e pode reparar no rosto do centauro, não quis acreditar em que seus olhos viam.

- Arogue! Não pode ser! – Ela exclamou com os olhos levemente marejados em lágrimas.

Kamui, Taís e Fred olharam para ela lembrando-se da história que ela havia contado dias atrás. Spaak e Sarah só puderam trocar olhares entre si, sem entender o que se passava com a garota.

 

 

 

 

 

 

N.A. - Primeiramente, gostaria de pedir desculpas pelo atrazo, mas aconteceram alguns inconvenientes.

Agora vamos as perguntas da semana: O que poderá ter acontecido com Arogue para ele agir daquele jeito? E o que vocês estão achando de Spaak como líder? Se não estiverem gostando, lamento, mas terão de aturá-lo por um longo tempo XD

 


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