A Ordem de Drugstrein (Versão antiga) escrita por Kamui Black


Capítulo 14
Capítulo 14 - Lutando sem Magia




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Arco III - O Castelo do Vampiro

 

 

Capítulo 14 – Lutando sem magia

 

Poucas horas se passaram dentro daquele pequeno quarto, no entanto, essas poucas horas pareceram dias. Matheus permanecia a maior parte do tempo andando de um lado para o outro, enquanto Kamui permaneceu sentado ao lado de Sarah, conversando com a garota, para que ela se esquecesse do medo.

A porta se abriu em meio a um barulho estridente. Um rapaz, pouco mais velho que eles e de cabelos castanho, entra na sala. Ele se apresenta.

- Boa noite, meus convidados. – O sarcasmo era bem evidente. Os três se põem de pé num sobressalto. – Meu nome é Rodolph. Sou um dos vampiros de Nosferatus.

- Então você veio até aqui para nos levar para o tal desafio. – Não era uma pergunta.

- Sim, o primeiro deles, devo dizer.

- Ah sim, o primeiro é claro. – Kamui agia como porta voz dos três.

- Antes de mais nada, gostaria de dar-lhes um presente. – Ele mostra três gargantilhas de metal e com uma pequena pedra vermelha no meio. – Coloquem.

- O que é isso?

- Um limitador de aura. Vocês não poderão usar magia ou qualquer feitiço nesse primeiro desafio.

- Você só pode estar brincando. Não vamos por isso. – Matheus perde a calma.

- A segunda opção é a morte nas mãos de Nosferatus. O que vocês preferem?

- Nós colocamos. – Kamui pega as três gargantilhas e, em seguida, se dirige aos seus amigos em um sussurro. – Coloquem, se for preciso depois eu tiro elas.

- Você consegue fazer isso? – Sarah responde num outro sussurro.

- Acho que sim, não é um dispositivo mágico tão complexo, e ainda permite usar um pouco da aura.

- Aconselho a não tentar fazer isso. – O vampiro voltava a falar. – Se retira-la durante o desafio ira significar falha imediata. Mas não se preocupe, Nosferatus não deseja que vocês morram sem ter a chance de se defenderem. Venham comigo.

Agora os quatro se dirigiam por um corredor estreito e, depois, por uma serie de escadas em caracol, o que indicava que estavam em uma torre. As paredes de pedra do castelo eram cheio de limo. Certamente o castelo estava abandonado há tempos, ou seu dono não ligava para limpeza daquela parte. Provavelmente a segunda opção.

O vampiro Rodolph os guiava escada abaixo, agora eles estavam caminhando em um corredor reto, esta parte já estava mais limpa, porém ainda permanecia mal iluminada. Chegaram ao fim do corredor e ele abriu uma grande porta dupla de madeira. Ao entrarem na sala, repararam em uma espécie de arsenal. Diversos tipos de armas brancas e armaduras jaziam encostadas nas paredes ou colocadas em seus devidos suportes.

- Aqui estamos - diz Rodolph – podem pegar qualquer arma ou armadura que puderem usar, em seguida, saiam por aquela porta. – Ele aponta para frente onde havia uma outra porta dupla.

Sem dizer uma palavra, os três começaram a olhar as armas. Certamente não teriam força para usar uma armadura pesada, por isso optaram por simples armaduras feitas com anéis de metal, não eram tão resistentes, mas lhe daria mais proteção do que os simples uniformes de Drugstrein, que fornecia uma proteção mínima.

Em seguida escolheram suas armas: Kamui e Sarah pegaram uma espada e uma lança cada um. Matheus, que tinha uma força física um pouco maior, também pegou um escudo pequeno de madeira.

Eles saíram pela porta indicada sem dizer uma só palavra. Ao abrirem se depararam com uma densa floresta muito escura.

- Mas que droga! – Exclama Matheus.

- Não vai ser fácil. Não podemos nem usar uma simples magia de luz. – Sarah comenta.

- Só vamos poder contar com a luz da lua, mantenham se juntos. – Kamui diz.

- Não precisa nem falar. – A garota se aproxima ainda mais dele e segura em seu braço.

- Que bom que já viram o seu cenário de batalha. – Nosferatus se aproximava flutuando a cima da cabeça deles. – Esse desafio vai ser interessante, tudo o que têm que fazer e chegar ao centro da floresta, haverá um pequeno cálice em cima do tronco de uma árvore cortada, peguem-no e vocês saem vitoriosos.

- Devo presumir que a floresta escura e fechada não será o único desafio.

- Certamente que não, jovem Atreius. Aproveitem a diversão.

Os três começam caminhar floresta adentro. Ela acabou não sendo tão densa quanto parecia ser, mas, mesmo assim, por estar sendo iluminada apenas pela fraca luz da lua, acabou sendo um percurso difícil.

Alguns poucos minutos de tranqüilidade se esgotaram rápido. Logo eles começaram a perceber uma estranha movimentação nas árvores e arbustos, além de ruídos. Ficou claro do que se tratavam quando ouviram um ruído familiar: “huuooooo”.

- Quietos – ordena Kamui – eles estão se aproximando, preparem-se para a luta.

Os três empunharam suas lanças. De repente, um zumbi saiu correndo do meio de um dos arbustos, Kamui o golpeou de cima para baixo, em seguida, com um giro, golpeou-o de baixo para cima derrubando-o no chão, a cabeça havia sido arrancada.

- Você sabe lutar com armas? – Matheus se espanta.

- Eu diria que um pouco. – Kamui fez uma breve exibição com a lança, girando-a em redor do corpo. – Meu pai adotivo era um exímio espadachim, me treinou no uso de algumas armas brancas pouco antes de ficar doente. Decidi continuar praticando até descobrir que podia usar magia.

- Kamui e seus segredos. – Sarah comenta. – O que mais você esconde da gente?

- Talvez mais uma coisa ou duas, nada com o que vocês devam se preocupar.

- Certo, mas devemos nos preocupar com os zumbis! – Matheus diz ao ver mais alguns se aproximando.

- Usem suas auras para aumentar a força e velocidade.

- Como? Esses colares não permitem. – Sarah pergunta enquanto tentava golpear um zumbi que se aproximava.

- Droga! Vocês conseguiriam se tivessem praticado mais. Isso é um limitador, não inibidor completo.

A batalha continuou e terminou brevemente, os zumbis não estavam em um número muito grande. Matheus e Sarah não sabiam lutar muito bem, mas os zumbis estavam desarmados apesar do maior número. Sua resistência era incrível e Kamui teve que derrubar a maioria deles enquanto os outros dois apenas se defendiam.

- Estão se divertindo? – Nosferatus aparecia flutuando ao lado deles enquanto abriam caminho pela vegetação.

- Nem um pouco. – Kamui responde secamente.

- Prestem atenção, meus queridos, devo avisá-los que fiz alguns experimentos em outras espécies não humanas também. Boa sorte.

Assim que Nosferatus saiu de perto, eles puderam ouvir novos ruídos, passos mais silenciosos e rosnados. Eles já previam o que viria.

- Acho que são lobos. – Matheus fala.

- Sim, lobos zumbificados. – Sarah conclui.

- Ok. Mudem de arma, lobos são rápidos e, se passarem pela lança, estaremos desprotegidos, usem as espadas. Matheus tente se proteger e proteger a Sarah com o escudo.

- Certo.

Uma nova batalha teve inicio. Os lobos vieram apenas pela frente, eram cinco e seriam mais difíceis de superar que os humanos. O primeiro avança e Matheus levanta o escudo rapidamente, fazendo com que ele se chocasse. O lobo salta para trás e é surpreendido com uma espadada de Matheus. O golpe quase arranca a pata direita, porém, ele não sente dor, pois já está morto.

Eles atacaram de uma vez, tentavam fechar um cerco. Os que avançavam pela frente eram parados pelo escudo de Matheus ou pela espada de Kamui, que estava aumentando sua força com uma fraca manipulação de aura e conseguia desferir contra ataques fortes. Os que tentavam passar pelo lado, eram golpeados e obrigados a recuarem por Sarah. A garota não tinha muita força para os golpes, mas tinha conseguido desenvolver uma habilidade relativamente boa com a arma.

Dois já haviam sido incapacitados, ambos por Kamui, agora os outros três recuavam para armar uma estratégia um pouco melhor. Pareciam ser mais espertos que os zumbis humanos, provavelmente isso se devia aos instintos de caça que possuíam quando vivos.

Algum tempo e eles avançam separadamente. Um dá a volta por trás do grupo, enquanto dois fazem sua investida pela frente. O que vem pela frente recebe um golpe forte de Kamui e é abatido, em seguida o garoto avança contra o outro, derrubando-o também. Por ultimo Matheus para o que vinha por trás com o escudo e Sarah o derruba com diversos golpes rápidos.

- Acabou. – Kamui dizia enquanto retirava a espada do corpo pútrido do lobo que acabava de derrubar.

- Vamos em frente, não agüento mais essa floresta. – Sarah falava enquanto guardava a espada na bainha da cintura e pegava a lança das costas.

Agora restava pouco do caminho para seguir. Em pouco tempo, eles avistaram uma pequena lagoa com uma ilha minúscula de terra ao meio. Nesta ilha, estava a árvore cortada e o cálice a cima dela. Matheus se adianta em direção a água, mas é parado por Kamui.

- Acha mesmo que será assim tão fácil?

- O que você que dizer?

- Eu vou na frente, me dêem cobertura.

Kamui caminhou em direção a lagoa, lentamente e prestando atenção em tudo o que acontecia a sua volta. Ao se aproximar mais do lago, algo imenso avança da água sobre ele. Ele se esquiva impulsionado pela pouca aura que podia manipular. Era um crocodilo gigante. A criatura era enorme e estava terrivelmente deformada: um crocodilo morto-vivo.

Ao verem isso acontecer, Matheus e Sarah avançam rapidamente e atacam com suas lanças. As pontas afiadas das armas se chocam contra a carapaça dura, mas não conseguem trespassa-la. Ele avança sobre Sarah que tenta se defender com a lança. Ela se afasta e a arma acaba por ficar presa, enfiada no céu da boca da criatura.

- Minha vez. Fira!

Kamui usava um fraco feitiço Fira na lamina da espada. Em seguida avançou e pulou sobre o imenso crocodilo, fincando a espada em suas costas, a espada atravessou facilmente por uma parte do corpo que estava em decomposição e sem o couro duro. A criatura começou a se contorcer e tentou fugir para a água, no entanto não deu tempo e ele caiu, em suas costas uma chama começou a aparecer e logo consumia todo o corpo.

- O que você fez? – Sarah pergunta.

- Um novo Fira, uma espécie de combinação com Dark Fira. Acabei de pensar nisso para poder lutar contra mortos-vivos. Do mesmo modo que o Dark Fira, ele permanece queimando por algum tempo, mesmo que eu pare de lançar o feitiço.

- Ótimo, agora vamos pegar a taça e acabar logo com isso. – Matheus fala.

Eles não poderiam usar um Blizzard para congelar água, nesse caso derrubaram uma árvore e chegaram à pequena ilha através dela. O primeiro desafio estava completo, mas os outros dois provavelmente seriam mais difíceis.

 

 

 

 

N.A. - Já passamos da casa dos 50 reviews. Sei que isso não é tanto assim, mas quero agradecer aos meus queridos leitores por, carinhosamente, me dizerem o que estão achando da fic. Isso me incentiva a melhorar cada vez mais e a levar a história a diante.

Bom, este capítulo foi um pouco curto, para compensar, tentarei postar o próximo antes dos 5 dias. Espero pelos reviews de vocês, meus amados leitores (como eu estou sentimental hoje =P).

 


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