Por você mil vezes - Jacob e Sofia escrita por Anne


Capítulo 41
2xO5 - Traída pelo destino


Notas iniciais do capítulo

oi povo bonito!
Meninas, o capítulo anterior NÃO SEI PORQUE ficou sem parágrafos quando postei aqui no Nyah, mas eu já ajeitei e está tudo certinho. Espero que gostem do capítulo lindas! BEEEEEEEEEEEEEEIJO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208441/chapter/41

Mais um dia deprimente. Quer dizer, essa semana seria diferente pelo menos, já que depois de muito sacrifício e insistir bastante, meus pais finalmente aceitaram a ideia de viajar de férias, se bem que férias de uma semana apenas não contam como férias... Mas já é alguma coisa, certo?

Esse descanso para os meus pais não foram mais do que merecidos. Eles simplesmente pararam toda a vida deles e as únicas coisas que existiam era trabalho e Sofia.

Eu era muito grata sim a todo apoio, carinho e tudo o que eles faziam pra tentar melhorar ao máximo minha atual condição, nós até nos mudamos pra uma casa que não tem dois andares pra facilitar minha vida, mas eu também sabia que eles não podiam parar a vida deles por minha causa, por que mesmo com todos os meus problemas atuais, eu estava muito feliz de vê-los juntos e não queria que nada mais atrapalhasse esse relacionamento deles.

Eles até que foram tranquilos, sabiam que Alice e Giorgio não me deixariam sozinha um minuto sequer.

Eu me afastei muito de todo mundo. Não tinha mais contato com o pessoal da reserva. Até tentei uma ou duas vezes manter a amizade com Kim, Emily e os outros garotos, mas fui me afastando naturalmente. É que com o tempo eu fui perdendo a vontade de sair, de ver pessoas, de me divertir... As coisas para mim estavam complicadas. A perna me fazia sofrer de dores constantes o que não me dava sossego. Com o tempo eu fui me acostumando mais a andar, ainda mancava é claro, mas conseguia me locomover sem usar muletas o que pra mim já era muita coisa.

Visitei alguns médicos, fiz vários tratamentos com vários fisioterapeutas de todas as partes do mundo que se possa imaginar, mas as chances de conseguir o movimento da perna de volta eram quase nulas, o que me frustrou bastante. No começo eu tinha muita esperança de que iria voltar a andar como antes, mas agora, mais de um ano depois, não fazia o menos sentido alimentar esse sonho.

Apesar de tudo, as coisas estavam até que normais. Eu havia me aproximado muito do Giorgio, mas éramos apenas bons amigos. Na verdade eu o via como um irmão, eu não sei se ele se sentia da mesma forma por mim, mas eu não estava pronta para um novo relacionamento depois “dele” (Sim, eu evito falar seu nome por que só de falar dói, e muito), e Giorgio parecia respeitar bem minha decisão de permanecer sozinha.

- Olá! – Giorgio entrou pela janela do meu quarto e me deu um beijo no rosto.

- Oi. – Sorri.

- Então... O que vamos fazer hoje?

- Pensei de ver uns filmes, vai passar um bem legal...

- Ver filme? Você vai mesmo querer ficar trancada em casa?

- Sim.

- Ah não Sofia, vamos sair, você precisa respirar ar puro! – Ele disse animado.

- Hoje não, outro dia quem sabe.

- Outro dia? Quando?

- Sei lá Giorgio, outro dia, quando eu estiver com vontade de sair.

- Se a gente for depender disso mesmo você vai morrer trancada nesse quarto.

- Até que é uma boa ideia. Estava até pensando mesmo em comprar uns gatos, poucos, uns 25... – Falei brincando.

- Muito engraçadinha você. Vem, levanta... – Ele falou me forçando a ficar em pé.

- Pra quê?

- Vamos sair.

- Não vamos não. Eu não quero.

- Mas eu quero.

- Você não pode me obrigar.

- Jura? – Ele me pegou no colo e pulou janela a fora.

Apenas alguns segundos depois estávamos em um campo lindo que eu costumava frequentar. Era outono e as folhas das árvores estavam lindas naqueles tons de marrom e uma leve brisa soprava. Fazia tempo realmente que eu não respirava esse ar puro.

- Se você já não estivesse morto, eu juro que te matava! – Disse fingindo estar com raiva.

- Vê se cresce nanica, até parece que você tem alguma chance contra mim!

- Você tá se achando não é? – Disse rindo.

- Ah, mas fala sério, vai dizer que não sentiu falta de sair daquela caverna? Sente esse vento!  - Respirei fundo.

- Pior que é verdade! Obrigada Giorgio. – Sorri.

- Não por isso! – Ele sorriu de volta.

Deitei-me no chão e fiquei admirando as nuvens, o céu que por algum milagre estava azul em Forks, embora não tivesse sol, o tempo não estar nublado era quase impossível ali naquele pedaço de fim de mundo.

Giorgio se deitou ao meu lado e começamos a conversar.

- E os seus irmãos? Não deram mais sinal? – Perguntei com medo da resposta.

- Ainda bem que não! Estou muito bem sem eles.

- Você fala deles com tanta mágoa...

- É ruim se decepcionar com quem você um dia, no auge da sua inocência, pensou que poderia confiar. – Giorgio havia me contato a história um tanto trágica do motivo dele ter se afastado dos seus irmãos. Ele estava perdidamente apaixonado por uma menina que conheceu na Itália, seu irmão mais velho se apaixonou pela mesma menina sem saber que ela era a namorada de Giorgio. Um tempo depois quando descobriram, eles acharam melhor a menina escolher com quem queria ficar. Ela acabou se decidindo pelo Giorgio, e na mesma noite por pura raiva e inveja, seu irmão a matou. Giorgio me disse que jamais perdoaria isso, e com razão, só mesmo uma pessoa tão cruel e insensível poderia fazer algo assim. Logo depois desse acontecimento, ele se separou dos irmãos e começou a viver por conta própria.

- Eu imagino como deve ter sido pra você.

- É... Mas o que seria da vida de um imortal sem uma trágica história de amor? – Ele sorriu. – Se bem que, nem todos precisam ser imortais para viver uma trágica história de amor.

- Nem vem. Não quero falar sobre isso.

- Uma hora vai ter falar, você não acha?

- Falar o que Giorgio? Que ele me deixou, me abandonou justo quando eu mais precisava dele perto de mim?  

- Ele ainda vai voltar, sabe disso.

- Verdade, ele me prometeu que iria voltar e deve cumprir da mesma forma que cumpriu a promessa de estar sempre comigo. – Levantei-me e comecei a andar entre as árvores.

Giorgio surgiu na minha frente e com o susto eu cortei um pouco a mão em um dos galhos secos de uma árvore.

- Sou uma desgraça mesmo como ser humano! – Olhei para minha mão que sangrava, não muito, apenas o suficiente para fazer com que Giorgio a olhasse estranho. – O que foi? – Perguntei confusa.

- Sangue. – Ele disse sem parar de olhar para minha mão.

Nesse instante a ficha caiu. Giorgio estava há muito tempo vivendo como um vampiro “vegetariano” mas o cheiro de sangue humano era irresistível para ele, e terrivelmente perigoso para mim.

- Giorgio, você não vai me machucar, eu sei disso. – Disse tentando o deixar calmo. Comecei a dar uns passos para trás e ele vinha me seguindo.

- Eu sinto muito Sofia, não estaria tão certo quanto a isso! É mais forte que eu.  - O olhei assustada. Eu realmente iria morrer ali? E pior, pelas mãos do Giorgio?

Ouvi um rosnado atrás de mim e antes que eu pudesse me virar para ver quem era, o enorme lobo deu um salto e ficou na minha frente, o que me fez cair sentada no chão.

Ele e Giorgio começaram a brigar, e feio. Alguns segundos depois eles sumiram floresta adentro. Eu estava paralisada no chão quando Alice apareceu ao meu lado e me levantou.

- Está tudo bem Sofia? – Ela disse preocupada.

- Era o J-Jake? – Gaguejei. Provavelmente por ter perdido o costume de falar seu nome. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!