Impossível - A Realidade escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 7
Capítulo 7 - Cara de Sapo e Matando Aula


Notas iniciais do capítulo

Sem comentários por ora, explico depois, amores.
Boa Leitura!



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POV. Harry

– Harry, você viu a Cho?

Me virei com tudo com o susto que levei de Luna, que saiu de não sei aonde. Seus grandes e sonhadores olhos azuis me encaravam, estranhamente.

– Ahh... Oi Luna. Não, não vi a Cho. Algum problema? - perguntei, franzindo as sombrancelhas.

– Não, não... É que eu não vi ela na terceira aula. Bem... Tchau, Harry - e saiu saltitando, com seu jeito "passarinho" de sempre.

Balancei a cabeça, rindo. Luna era surpreendente mesmo.

– Hey, Harry, vamos? - Rony apareceu, saindo da torre do Snape, de cara fechada. - Eu ainda mando aquele morcego pelos ares, Harry - ele sussurrou.

– Por que você está sussurrando? - perguntei, rindo. Ele fechou a cara mais ainda.

– Porque vai que ele escuta o que eu digo? Não estou a fim de perder mais 20 pontos da casa numa pergunta FORA DE AULA dele.

– Relaxa, Ron. Esses pontos você ganha de novo depois. Quem sabe com os Elfos, de tanto comer - ele me deu uma cotovelada, mas acabou por rir também.

– Hey, falando em Elfos, cadê a Hermione? - ele perguntou, olhando em volta. - Não vai me dizer que ela foi para a Biblioteca de novo?

– Não, ela disse que ia procurar a Gina não sei para quê - dei de ombros, sem conseguir explicar. Hermione só tinha dito isso mesmo.

– Hum... Você percebeu hoje de manhã, quando ela mentiu para nós, né? Não sei por quê Mione mentiria pra gente, ela nunca foi disso - ele murmurou alto, como se estivesse pensando consigo mesmo. Franzi a testa, confuso.

– Hermione mentiu? Mas ela não disse que ia fazer uma pesquisa do Snape naquele horário na Biblioteca?

Ronald parou, de boca aberta, me olhando, como se eu fosse mais um cão de três cabeças no castelo.

– Que foi? - perguntei, sem entender.

– O que há de errado com todos vocês, Merlin? Primeiro o Neville, depois Simas, o Dino, agora você. Todo mundo agindo estranho, sem perceber nada. Você até entendo, Harry, com o balaço e tudo mais. Mas não notar que a Hermione mentiu na cara dura pra você, e você não notar... - ele balançou a cabeça, não acreditando.

Nesse momento, minha cabeça latejou, me fazendo levar as mãos as têmporas, massageando. Um eco vazio ressoou na minha cabeça:

"Ela não é boa coisa, Harry, entenda..."

"lembrasse de mim..."

"se mantenha em alerta, e fique perto dos amigos..."

– Harry? Harry, cara, está tudo bem? - Ron chegou perto, tocando no meu ombro. A dor passou rapidamente e os ecos vazios se dissiparam como névoa.

– Ta, ta tudo bem.

– Ótimo. Então vamos logo para a aula de DCAT, se não a coisa rosa lá vai ficar toda enfezada.

Rimos, e enquanto caminhávamos até a sala da Umbridge, uma pessoa de cabelos castanhos acaba nos acertando em cheio.

– Pelas bermudas de Merlin, o que...

– Vocês viram a Cho? - Hermione catava seus livros do chão sem nem olhar pra eles, nos encarando, aflitos.

– Não... Por que, Mione? - Ron perguntou, a ajudando se levantar. Ela balançou a cabeça e saiu correndo, sem nada a dizer.

– O que será que deu nela? - perguntei, franzindo a testa. Ela não era a primeira garota a perguntar da Cho.

– TPM, cara.

Rimos, recuperando meu humor de antes, ignorando o antes ocorrido. Já nem me lembrava por quê estava "discutindo" com o Ron, já era passado.

– Senhor Potter e Senhor Weasley, será que gostariam de se ajuntar a nossa aula ou vão nos fazer perder mais tempo do que se ja foi? - a Cara de Sapo falou, com aquele jeitinho nojento de sempre.

Ron e eu entramos sem responder e nos sentamos nos fundo, sem realmente prestar atenção no que Umbridge falava.

Ia ser uma looonga aula.

– Hey, não era para Mione ter a mesma aula que a gente agora? - Ronald pergunta, sussurrando. - O que será que ela está fazendo? Matando aula de novo?

– Eu não sei, Rony - suspeitei, desconfiando. - Eu realmente não sei.

POV. Hermione

– HERMIONE! HERMIONE!

Me virei a tempo de encarar uma Gina toda descabelada vindo ao meu encontro, ofegante.

– O que aconteceu, ruiva?

– Eu... Encontrei... A Chang - ela disse, entre arfadas. Paralisei.

– Onde ela está? - perguntei, nem esperando pela resposta: sai andando na direção em que ela veio. Gina me alcançou logo depois, dizendo:

– Eu estava procurando ela desde manhã, quando você pediu, na verdade, todas as meninas estão procurando ela, porque estava sumida e tudo e tals, enfim... Luna foi quem a achou primeiro e passou a história para as meninas que passaram pra mim e...

– Direto ao ponto, Ginny - implorei, andando mais rápido. Meu instinto me guiava, mesmo sem eu saber.

– Ela está na entrada da Floresta Proibida. Todos os professores estão lá: McGonagall, Snape, Hagrid, Madame Hooch, Madame Pomfrey, Flitwick, Sprout, até mesmo o Professor Binns! Ao que parece, a coisa foi feia - já estavámos na parte de fora do castelo, correndo em direção a Floresta Proibida.

– Então você não viu como estava a Cho? - que nada tenha acontecido, foi só um pesadelo; que nada tenha acontecido, foi só um pesadelo...

– Não... Olha lá, Mione! - Gina falou, apontando para o montoeiro de alunos que se ajuntava em um determinado ponto. Hagrid tentava afastá - los, gritando:

– AFASTEM - SE! NÃO HÁ NADA A SE VER AQUI! VAMOS, AFASTEM - SE! - ele agitava seus braços, parecendo desesperado. Quando viu eu e a Gina chegando, acenou para nós, pedindo ajuda.

Corremos e passamos pelo multirão de alunos, empurrando eles á cotoveladas, até chegarmos á Hagrid, que suspirou, aliviado.

– Pelo amor de tudo o que é sagrado para Merlin, Hermione, mas faça esses alunos irem para longe! A situação aqui está feia, e... - e como se percebesse que falava demais, ficou quieto, lívido.

Ai meu Merlin.

– Que situação, Hagrid? Foi com a Cho Chang da Corvinal, não foi? - perguntei, pegando minha varinha.

– Por favor, Mione, só... Me ajude que você entenderá! - suplicou ele, em desespero. Assenti, nervosa.

– Tudo bem, tudo bem - pigarreei e apontei a varinha para minha garganta. - Sonorus! Escutem todos! - minha voz aumentou magicamente, vendo todos fecharem a cara com o barulho. Respirei fundo e continuei: - Se ninguém percebeu ainda, um problema ocorreu aqui fora do castelo, e todos os professores pedem que voltem para seus salões comunais e esperem até segunda ordem de que podem sair!

CALA A BOCA, GRANGER! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! SAIA DA FRENTE PRA GENTE SABER O QUE ACONTECEU, SUJEITINHA DE SANGUE RUIM!– uma voz se sobressaiu na multidão, provavelmente de algum sonserino.

Me estressei, e ainda apertando a varinha na garganta, falei:

– Se não querem que eu azare um por um aqui é melhor vocês todos irem embora AGORA! - falei alto demais a última parte, fazendo todos taparem os ouvidos.

Vi quando uns garotos levantaram a varinha, mas uma voz mais imponente falou, assustando á todos:

– Vocês não ouviram o que a Senhorita Granger disse? Todos para seus salões comunais. AGORA! - o professor Snape surgiu sei lá de onde, todo assustador, amendrontando os alunos. Se não fosse uma situação tão séria, estaria rindo agora.

Aos poucos, todos foram embora, restando eu, Hagrid e Gina. Snape, vendo isso, pegou no meu braço, me puxando:

– Agora você, Senhorita Granger, precisa explicar o que aconteceu com a Senhorita Chang - ele me olhou com um olhar penetrante, como se soubesse o meu segredo. Engoli em seco e desviei o olhar:

– Como assim "explicar o que aconteceu com a Senhorita Chang"? Eu ouvi nos corredores o que tinha acontecido com ela e fiquei preocupada, então vim atrás dela.

– Está mentindo - ele falou entre dentes. - Diga a verdade, ou será pior para você, Granger.

Como ele sabia?

Mas, agora reparando bem, olhando em seus olhos, vi um brilho de preocupação sincera com a situação e algo que me tocou muito: lágrimas.

Snape nunca se mostrou fraco ou sujeito á choro por qualquer coisa, e isso realmente era... Pertubador.

E, bem lá no fundo, senti que podia confiar nele.

– Eu tive pressentimento - quando percebei, já estava falando. - Um sonho, na verdade. Alguém - ou algo– me mostrava uma cena onde Cho voava em sua vassoura e logo depois algo acertando ela violentamente a derrubando, fazendo ela se machucar. Vi alguém se aproximar da Corvinal, mas quando fui ver seu rosto, me vi num lugar escuro e uma voz dizendo: "Isso é só o começo. Ela ainda fará muitas coisas. Não se pode confiar nela. Fique com os amigos. Ajude aquele que você vê como inimigo. Ele pode te ajudar tanto quanto eu." E nisso, eu acordei e tive uma sensação horrível de que algo de ruim ia acontecer com a Cho - finalizei minha história, sentindo o aperto de Snape vacilar em meu braço.

– Tudo bem – ele disse, retornando a sua postura fria de sempre. – A senhorita Chang sofreu mesmo um acidente com a vassoura senhorita Granger, e agora que você já confirmou suas suspeitas, vá para seu Salão Comunal.

A raiva borbulhou sob minha pele, então disse, com os dentes cerrados:

– Com todo o respeito, professor Snape, mas eu não irei embora. Alguém tentou me avisar que algo ruim ia acontecer hoje com Cho, e não vou até que eu a veja.

Um brilho estranho passou pelo seu olhar, antes que ele soltasse meu braço e dissesse:

– Você quem sabe Granger.

Passei por ele, com uma Gina silenciosa atrás de mim, e fui para perto dos professores, em círculo. Vi Madame Pomfrey e Professora Sprout ajoelhadas, e quando vi, não pude conter um arquejo, em choque.

Cho estava horrível.

Seu rosto do lado esquerdo estava totalmente danificado, como se tivesse caído em espinhos e tivesse sido acertada por uma rajada de fogo de um dragão. Pus e sangue saíam, fazendo uma mistura de cores nojenta. Suas vestes estavam rasgadas, alguns pontos também com sangue e pus.

A cena era aterrorizante demais.

E com um susto, Cho acordou gritando, desvairada.

– Senhorita Chang! Senhorita Chang! Acalme – se, está segura agora! – Dumbledore tentava dizer, mas ela não escutava, apenas gritava:

– Não! Não! Vai vir atrás de mim de novo, eu sei, eu sei! – até que, de repente, seu olhar se focalizou em mim, e ela disse, apavorada: - Foi ela Hermione! A voz me disse! Ela disse que você sabe quem é! Foi ela! O alvo é todos nós!

E com um giro de varinha que vi pela minha visão periférica, Cho desmaiou, me deixando agoniada.

Eu sabia que estava certa o tempo todo.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, gostaram?
Antes que me acertem Crucios e Avadas, explico: escola, trabalhos, provas, atividades e, ding ding ding!, me mudei. Então estava meio tenso escrever e postar aqui no Nyah!
Mas cá estou eu, e não pretendo parar! Então, á todos vocês, peço desculpas, e pretendo que isso não se repita mais! (o atraso, digo)
Obrigada a todos que acompanharam até aqui, e logo logo tem mais!
Beijos, e até!



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