Uma peste chamada Tyson.

-Ele esqueceu de pagar o clube de campo, e foi barrado na entrada de uma festa com uma garota, que ele tinha convidado, pro show daquela banda nova... One Direction, eu acho... Bom, eu não sei direito o que aconteceu, mas acontece que quer que eu vá lá liberar pra ele entrar no club.

-E você vai?- Perguntou Rachel.

-Falei pra ele esperar que eu ia, mas não vou não.

-Que maldade.- Falou Clarisse, sorrindo de forma irônica e sinistra.

-Acho que você devia ir Percy...- Nico interveio, de forma responsável, e parecia ter total apoio de Chris, que balançava positivamente a cabeça.

-Porque? Ele já esta muito mal acostumado. Acha que eu tenho que bancar ele... Vai nessa.- Falou, parecendo realmente bravo.

Por um momento fiquei com pena de Tyson pelas caretas de Percy, mas lembrei que ele é quem estava errado. Não que eu estivesse a favor de Percy, ele não merece estar certo em nada, porque ai ele também vai estar certo em ter... Ah que confusão.

Logo após aquilo, todos voltamos a agir normalmente, como se Tyson nunca tivesse ligado, mas não pra ele. O rapaz ligava de dois me dois minutos, cronometrados, no celular de Chris, enquanto Percy parecia se divertir com a situação.

Durante o jantar eu havia me esquecido da parceria de Percy com Clarisse, mas ainda não falava com ele. Quando voltamos pra casa, tive um problema pra descobrir qual era a chave, e todos como estavam cansados, entraram pra suas casas o mais rápido possível. Mas ele não.

Ele parecia ter esperado todos entrarem pra falar comigo, e provavelmente essa era a única e verdadeira verdade. Que frase boba.

-O que aconteceu?- Perguntou, enquanto se aproximava de mim. Eu podia ouvir seus passos lentos e demorados.

-Não lembro qual dessas chaves é, e estou sem sorte.- Falei, ganhando tempo.

-Você é inteligente, sabe que não falo disso.- Ele disse monotonamente.

-E do que fala?- Perguntei, ainda de costas pra ele, tentando outra chave.

-Sobre você estar estranha comigo. – Ele disse impaciente.

-Eu não estou estranha com você. Estou te tratando normal.- Menti, me virando pra ele. Essa era uma das qualidades que mais me orgulhavam. Não me sentia mal em contar pequenas, pequenas hein, mentiras.

-Você não estava falando comigo...- Ele falou parecendo preocupado.

-E estou fazendo o que agora?- Perguntei, voltando pra porta. Era a ultima chave. Sorte a minha.

-Isso não tem graça.

-Não estou rindo Percy...- Informei. Click. A porta abriu.- Boa noite. – E entrei, logo fechei também. Pude ouvir do lado de fora uma resposta de “Boa noite”.

Respirei fundo e fui pro meu quarto. Quer dizer... Você já sabe... !