- Já podem aparatar? - a morena se virou para os dois garotos, assim que eles saíram, por uma passagem secreta na Floresta Proibida, nos arredores de Hogsmeade.

Theodore assentiu, ao mesmo tempo que Draco negou, receoso.

Cassady suspirou impaciente, e em um rápido movimento, segurou o braço do garoto, aparatando em frente a mansão Malfoy.

Draco se desequilibrou um pouco, mas não chegou a cair, enquanto Cassady permanecia imóvel. Theodore chegou logo depois e, juntos, eles adentraram os majestosos portões.

Caminharam até o salão de reunião, em silencio. Theodore e Draco receosos, Cassady indiferente.

- Milord - Cassady cumprimentou o Lord das Trevas, fazendo uma pequena reverencia e se postando na cadeira a sua direita.

Draco e Theodore fizeram o mesmo, muito menos confiantes que a garota e se sentaram em seus respectivos lugares.

- Podemos começar, então - ele falou pela primeira vez, sorrindo friamente - Rabicho, traga nossa convidada.

O homem trouxe uma mulher para a mesa, paralisada.

- Astrid McLaggen - Voldemort a apresentou - Mestiça, trabalha no Ministério da Magia, onde defende a relação entre trouxas e bruxos e os admira.

Alguns fizeram barulhos reprovadores e de asco, Cassady sorriu friamente. Nagini, que chegara um pouco antes da garota na mansão, passou dos ombros de seu dono até Cassady, que a acariciou levemente, realmente gostava da cobra.

- Milady - a cobra a cumprimentou, se colocando sobre seu ombro. Cassady assentiu levemente, respondendo a seu cumprimento, e voltou a fixar os olhos na mulher em sua frente.

- Milord? - o questionou, como se pedisse permissão, sem tirar os olhos da mestiça.

- Vá em frente - ele respondeu e a garota sorriu friamente, entrando na mente da mulher e procurando, procurando...

- Sim... - murmurou para si mesma quando achou o que queria, e ao se concentrar mais um pouco, criou a ilusão que precisaria - Solte-a - ordenou a Rabicho, que rapidamente desfez o feitiço que a colocava no ar e a mulher caiu sobre a mesa, tremendo e chorando silenciosamente.

- Dois filhos, o marido é trouxa, a mãe uma Sangue-Ruim - ela descreveu automaticamente, sem desviar os olhos da mulher, que perdia a cor aos poucos.

- Não, Não! - ela parecia paralisada, fitando o nada e soluçando - Kate, corra!

Voldemort riu divertidamente e Cassady alargou o sorriso. Os outros comensais fitavam a cena sérios, a maioria temerosos.

- Pare, por favor! - ela implorou e Cassady gargalhou - Não!

- Cassady, poderia fazê-la ficar quieta? - Voldemort perguntou sarcasticamente e Cassady alargou o sorriso, se focando mais na ilusão.

- Claro - ela murmurou e todos puderam ver sangue escorrendo do pescoço da mestiça, onde um corte fora criado.

Em sua mente, a mulher acreditava que haviam lhe cortado com um punhal, seu corpo também acreditava nisso, enquanto via a filha mais nova se contorcer de dor com a maldição que haviam a lançado.

Cassady se virou para Voldemort, não necessitava mais contato com a bruxa, pois toda a ilusão já havia sido feita, agora restava esperar que a cena acabasse, junto com a vida da mulher.

- Vejo que fica melhor a cada dia - ele comentou, os olhos vermelhos brilhando de excitação.

- Tenho praticado - ela murmurou, olhando de relance para Draco, provavelmente se lembrando de todas as vezes que fora interrompida pelo loiro. Ele estremeceu.

- E a sua missão? - ele perguntou.

- Só mais alguns ajustes, logo estará concluída, esperarei o momento oportuno - ela respondeu, sorrindo - Irei precisar de Bellatrix e Lucio, para resolver alguns detalhes fora de Hogwarts.

- Claro, priminha - Bellatrix comentou amargamente e Cassady a lançou um olhar cortante, que a fez se calar.

- Milady? - Lucio chamou - Poderíamos saber o que devemos fazer?

- Logo saberão Malfoy, aguardem instruções - ela respondeu, o olhando nos olhos.

- Obrigado - ele agradeceu, intimidado.

- Milord - ela murmurou, como se dissesse que havia terminado.

- E você, Draco? - ele se virou para o garoto, que empalideceu.

- Está a caminho, Milord - ele tentou soar confiante - Ocorreram alguns problemas.

- Soube que enfeitiçou uma aluna - o Lord das Trevas comentou.

- Foi um erro senhor, o colar deveria chegar até Dumbledore - ele estremeceu.

- E o traidor de sangue Weasley, soube que foi envenenado também.

- Outro erro, Milord - ele não o encarava, amedrontado.

- Seu tempo está acabando - ele sibilou - Mais um erro e quem pagará as consequências será seus pais, Cassady se encarregará disso.

Lucio arregalou levemente os olhos, fitando a garota que sorria perversamente.

- Não errarei, Milord - Draco murmurou, apertando os dedos de sua mãe por debaixo da mesa.

- Goyle, se não me engano, você tem algo a falar, estou certa? - Cassady se virou para o homem, que se mantinha calado desde então.

- M-milord - ele estremeceu, encarando os olhos vermelhos e gélidos pela primeira vez - Não conseguimos conquistar o vilarejo, os aurores chegaram antes e estavam em um número maior.

- Levante-se - ele ordenou friamente e o homem obedeceu rapidamente - Crucio!

Ele se curvou de dor, urrando agoniado. O homem de feições ofídicas continuou a torturando por mais tempo, até que percebeu que se continuasse, o faria perder a consciência, e parou.

- Snape? - ele se virou para o homem postado a sua esquerda - Qual será o próximo passo da Ordem?

- Eles estão recrutando, Milord - Snape respondeu sem emoção aparente em seu rosto - Esperando o próximo passo do senhor.

A reunião continuou a acontecer normalmente, Cassady observava a todos atentamente, rindo quando alguém estremecia sob seu olhar.

- Milord, teremos que voltar a Hogwarts, perceberam a falta do diretor da Sonserina e três de seus alunos - Cassady comunicou.

- Certo - Voldemort não a questionou e ela fez uma pequena reverencia, enquanto os outros faziam o mesmo.

- Nagini? - Cassady chamou a cobra, que estava enroscada nos restos da mestiça.

Nagini largou a mulher e foi em direção a garota, se enroscando em seu pescoço, enquanto caminhavam para fora da mansão.

- Leve Draco - ela disse para Snape - Tenho que fazer algo primeiro.

E desaparatou, indo parar no beco diagonal.

- Venha Nagini - ela chamou a cobra, enquanto caminhava pelas lojas, que possuíam pouco movimento.