Merda!

Fiquei inerte por alguns instantes olhando-a sair do restaurante. Qual era o problema daquele cara! Ela estava apenas falando comigo, maluco!

Fechei meus olhos reorganizando minha mente. Abri-os lentamente encarando aquele doido estético ainda olhando a porta, levantei-me bruscamente indo à direção a porta, saindo por ela logo em seguida.

O vento gélido atingiu-me como um tapa, olhei á minha volta procurando a garota da cabeleira rosa que deveria estar ali. Deveria...

-Merda! Cadê ela? – olhei mais uma vez tentando enxergar dentre as poucas pessoas que se embrenhavam na rua coberta pela neblina espessa...  Não havia nada rosa.

Comecei a caminhar, ela não deveria ter ido muito longe, a não ser que, tenha saído correndo feito uma louca. Droga! O que ela tinha na cabeça saindo assim sozinha? Poderia ser perigoso, mas que droga você está pensando Sasuke?!

Você nem sequer a conhece, por que essa preocupação toda? Ela... Ela não é a Sakura, a sua Sakura. Essa provavelmente está à milhas de distancia, vivendo feliz com outro cara, ah, pouco importa isso agora, a outra garota deve estar correndo por ai sem rumo, e algo pode acontecer com ela.

Continuei procurando-a afastando os pensamentos de momentos atrás, mas nada de eu encontra-la, provavelmente ela devia ter ido para casa e ele ai bancando o idiota. Resmunguei algumas palavras de baixo calão enquanto ia para minha casa, extremamente irritado.

Cheguei depois de um tempo, estava irritado, ficar perto daquela garota, trazia-lhe certa nostalgia.

Tomou um banho rápido procurando espantar aquela sensação. Demorou a dormir naquela noite.

Pela manhã, seu celular insistia em lhe atazanar, ele o desligou resolvendo faltar hoje. Pegou seu violão dedilhando-o sem harmonia por um tempo.

Depois de uns minutos começou uma melodia suave “a musica dela!” sorriu lembrando-se.

--- Á algum tempo atrás ---

-Sasuke-kun! – sua voz ecoava pela sala quase vazia – Toca minha musica para mim! Por favor!

-Sakura... não seja irritante – respondi indiferente, ela era realmente irritante as vezes, suas mãos fecharam-se apertando o vestido e seu rosto se contorceu numa cara emburrada

- Ora! Você que é! Baka! – ela respondeu tateando o ar tentando se levantar, silenciei seus movimentos colocando minha mão sobre seu ombro, suspirei.

-Ah, você é... – parei encarando o nada, um minúsculo sorriso se formou nos meus lábios ao ver sua expressão ansiosa – irritante, sabia? – sorri olhando-a fazer um bico, levantei-m indo até o piano, tocando suas teclas frias.

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