–Eu sei quem você é Isabella Swan. -Edward disse. Tentei manter minha expressão inalterada, ele poderia estar blefando.

–É? E o que você sabe?–Ele sorriu torto e deu de ombros.

–o suficiente para complicar sua vida. –Eu estreitei os olhos e fiquei em silêncio.

–E por que você complicaria a minha vida?–Eu indaguei.

–Eu complicarei se você não souber se controlar e ficar torturando as pessoas com os seus “super poderes”. –Ele disse com a voz grave e ameaçadora para mim.

–Isto é uma ameaça?

–Só se você se sentir ameaçada.–Ele sorriu mostrando todos os dentes perfeitos. É difícil se concentrar com um inimigo tão... Lindo! Eu suspirei e falei o mais baixo possível.

–Como você sabe?

–Sei muita coisa.–Ele rebateu e se virou sentando de lado na cadeira virado diretamente para mim.

–Isso não responde minha pergunta!–Eu disse me aproximando do seu rosto, ficamos nos encarando com os olhos pertos um do outro sua respiração gelada contra o meu rosto.

O professor continuava alheio a nossa discussão. Os alunos conversavam entre si.

O sinal tocou e todos saíram da sala. Não nos movimentamos nem um centímetro e continuávamos nos encarando, me dei conta que estávamos sozinhos na sala e então comecei a juntar minhas coisas. Suas mãos geladas pegaram meus pulsos com firmeza e me sobressaltei com sua atitude.

Voamos literalmente para a parede onde o mesmo me prensou nela, num choque de realidade percebi que ele não era humano.

Usando de uma força demasiada continuou me prensando na parede fazendo nossos corpos ficarem muito próximos, eu arfei com tamanha proximidade e suas mãos prenderam meus pulsos contra a parede acima da minha cabeça. Eu estava totalmente refém de sua presença.

–Primeiro: Você não vai machucar ninguém. -Ele ordenou e eu estreitei os olhos, ele não tem nenhuma autoridade sobre mim.

–E se eu machucar? O que vai fazer?–Eu o desafiei mais em nenhum momento eu tinha em mente machucar alguém, eu só falei isso para desafiá-lo.

Por incrível que parece ele se aproximou ainda mais. Se ele não tivesse se declarado meu inimigo e me desafiando, eu estaria excitada.

–Você não ousaria.–Ele rosnou. Ele definitivamente não é um ser humano, seu rosnado era algo animal.

–Vai fazer o que? Vai colocar acônitos em minha calcinha? Me poupe garoto. -Eu disse e ele ficou constrangido por eu envolver algo íntimo em nossa conversa, mais que homem ficaria constrangido de ouvir isso?

–Eu definitivamente vou acabar com você. -Ele disse apertando mais meus pulsos que com certeza ficariam roxos.

–Me solta. –Ordenei.

–Não. –Ele rebateu.

–Ok você pediu... Mais lembre-se que isso foi em legítima defesa...–Eu disse enquanto formava veias aos redores dos meus olhos e eu inseri nele uma dor insuportável em seu sistema, ele caiu no chão se contorcendo. Depois de um tempo eu parei e ele me olhou com ódio.

–Você acha que eu sou uma criança birrenta que quando está de mau humor fica introduzindo dor nas pessoas inocentes para sair do tédio?–Eu gritei e ele ficou em silêncio.

–Acha mesmo que eu queria ser uma aberração?–Eu perguntei retoricamente para ele. Ninguém poderia me ver assim, não tinha ninguém no corredor e eu resolvi ir ao banheiro me acalmar.

Minhas mãos tremiam e eu estava muito irritada. Corri para o banheiro e me abaixei na pia jogando água no meu rosto olhei no espelho e abafei um grito de susto quando vi Alice Cullen no banheiro atrás de mim.

–Só não machuque ninguém inocente... Era isso que Edward deveria ter te dito, mais os ânimos dos dois parecem ser bem parecidos, do tipo explosivo.–Alice disse refletindo e olhando para o teto como se estivesse sozinha.

–Mais eu sei que não vai fazer mal a ninguém, eu vi que não vai.–Ela comentou olhando em meus olhos, Alice estendeu um papel toalha para eu enxugar o rosto.

Aceitei de bom grado suspirando e perguntei: – O que vocês são? E como sabem da minha família?

–Não somos de nenhuma sociedade secreta contra mutantes. -Ela levantou as palmas das mãos para cima como se estivesse se rendendo.

–Não precisa temer. -Ela disse e saiu do banheiro me deixando sozinha, sai também e entrei no carro de Benjamin e liguei o rádio e fechei meus olhos com força e me perguntei: – O que eles eram? O que eu faria agora?

[...]

(Em Casa)

–Merda Bella! Com eles sabem!–Max exclamou chutando a parede com força. Estávamos todos reunidos na sala, resolvi contar o que aconteceu. –Esse bosta ameaçou você! Não nos ameaçou, mas se ameaçou um ameaçou todos. –Kevin disse.

–Ele só fará algo se machucarmos alguém...–Charlie disse tentando tranquilizar todos.

–É mais a Bella atacou ele.–Stayce se pronunciou com toda a sua sabedoria.

–Queria que eu fizesse o que garota? Ele estava me machucando.–Eu disse agressivamente, estava cansada de acusações sem fundamento para mim, as pessoas deveriam se informar melhor das coisas.

–Bella tem razão. Vai deixar um cara a agredir dessa forma?–Benjamin declarou ao meu favor.

–Ain galera! Não me envergonhem vocês não sacaram a parada ainda! Meu caneco... Quem nesse mundo ameaça uma pessoa prensando ela na parede? Gente o Cullen quer o corpinho escultural de prazer da Bella nu né gente.–Kevin disse com cara de tédio como se sua declaração fosse algo muito óbvio.

–Eu também acho.–Rachel disse! Rachel!

–Vamos deixar como está, se ele te ameaçar mais uma vez nós vamos conversar com eles. –Charlie deu fim na discussão e todos saímos para nossos afazeres (dormir).

Suspirei pesadamente cansada de tudo.

Desejei que os meus próximos dias fossem melhores, isso não é justo! Mais eu tenho que descobrir quem é Edward Cullen, pois humano ele definitivamente não é. A maneira como voamos em alta velocidade na parede não foi normal, assim como o seu rosnado não era nada humano, ele tinha algo muito estranho em seu comportamento e eu não permitiria que ele me ameaçasse novamente, sua identidade ira ser revelada logo, logo.

Deitei em minha cama desejando que esse dia acabe logo.