Reféns De Acônitos escrita por A Garota do Livro


Capítulo 10
Reféns do coração


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas!!!! Mais um capítulo, leiam as notas finais é importante;) BOA LEITURA!



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CAPÍTULO VIIII


Caminhei em direção à sala de aula com ânimos melhores, e isso não é bom.

–Pela intensidade de seus pensamentos, presumo que encontrou o Edward. –Anna disse quando eu me sentei ao seu lado na aula de história.

–É! –Eu disse encerrando o assunto. Minha mente vagava em outros assuntos. O que eu faria agora? Ele disse que “sou dele”, mais o que isso implicava? Um compromisso? Tantas perguntas rodavam em minha mente ninguém foi capaz de me responder.

No intervalo me sentei com Anna e Benjamin como sempre, mais esta mesa estava com clima estranho e quase palpável, um clima de amor, sei lá. Pedro olhava estranhamente para Anna, como se tivesse apaixonado. Benjamin e Ângela se olhavam melosamente e eu percebi que estava sobrando. Nenhum deles pareceu perceber minha presença. Abri minha bolsa e peguei meu fone gigante e meu celular, e ao som de “Muse – Starlingth” eu lanchei sem me importar com quem estava ao meu redor.

POV EDWARD

Todos diziam que eu tinha ficado louco, talvez louco fosse realmente à palavra apropriada. Isabella despertava em mim sentimentos diferentes; pode ser clichê e maçante, mais é a pura realidade da situação.

Passei o final de semana vigiando cada passo dela, sei que pode parecer obsessão, mais não é o que o amor faz conosco?

–Mano sai dessa vibe ruim véi... –Jasper disse “sentindo” minhas emoções. Ele é um “ripe” que sente que tem o dever de despertar a “vibe da paz” nas pessoas.

–Não sei pra que tanta fixação por essa garota humana. Isso não é normal. –Rosalie disse, ela não tinha nada contra a Bella, apenas não entendia a intensidade dos meus sentimentos. Agora eu estou aqui sem saber muito como agir depois do meu ataque. Ela estava na mesa com seus irmãos, mais seus olhos estavam distantes e um aparelho eletrônico pendia em seu ouvido, ela balançava a cabeça no que imaginei ser o ritmo da música, mais ninguém olhava para ela apenas eu.

[...]

POV BELLA

Como é bom voltar para casa, me joguei no sofá do “prazer” como dizia Kevin e me cobri com a coberta deliciosamente quente que Max jogou no sofá. Ele deitou atrás de mim e me abraçou de conchinha. Estranhei um pouco a proximidade, mas relaxei. Luis veio logo em seguida deitar nas minhas pernas e Anna também se apossou da coberta. Kevin chegou um tempo depois todo suado com a camiseta do time da escola.

–Uuhhh sanduiche humano! Que delicia. – Ele comentou deitando no chão perto de onde estávamos. Reparei que ele tinha uma marca roxa no pescoço.

–Onde você estava? –Eu perguntei.

–Estou suado, com a camiseta do time de futebol da escola, então eu estava na padaria. –Ele disse revirando os olhos.

–Se estava treinando por que tem um hematoma no pescoço? –Todos olharam para o pescoço dele. Stayce saiu do seu quarto (que é um evento anual) e foi olhar de perto o ocorrido.

–Quem foi desta vez? –Anna perguntou.

–Ah uma mina aew...

–Kevin você só tem 14 anos! Essas atitudes são muito precoces para sua idade, se já não é legal nem para os seus irmãos mais velhos, imagina para você. –Rachel disse, provavelmente ouviu tudo da cozinha.

Ele se empertigou com nossa opinião e subiu para o quarto. Acho que é essa a consequência de se deixar levar pelos irmãos mais velhos, se cada um tivesse sua própria cabeça, não precisaria pensar como a dos outros.

–Isso vale para você também Stayce! Não quero saber deste tipo de atitude com relação a namoro. – Rachel disse e saiu. Stayce ficou quieta e sentada no tapete. Max dormiu encostado em mim e Luis deitou em minha frente. Passei os braços por cima do seu corpinho e suspirei: Eu estava mais conectada com minha família e isso é o que realmente importa para mim.

Era 20:00H quando Charlie chegou, ele ficou muito chateado ao saber que Kevin tinha um hematoma no pescoço (Chupão).

–Olha Kevin, independente de você ser menino, eu não admito esse tipo de conduta! 14 é idade para estudar!– Charlie estava visivelmente irritado e acabou quebrando o copo que estava em sua mão devido a sua força incomum.

Todos gritamos ao ouvir o copo partindo e um grande pedaço de vidro estava fincado na mão dele. Corri para pegar a maleta de primeiros socorros e Benjamin tratou de limpar o ferimento.

–Pai você vai ter que levar alguns pontos. –Eu disse olhando a cratera na palma da mão dele.

–Vem, eu te levo. –Eu disse e ele assentiu. Peguei a chave do mustang dele e fomos em direção ao seu carro, girei a chave e comecei a dirigir em direção ao único hospital da cidade.

A mão de Charlie estava enrolada em uma toalha, e eu tentava ao Maximo não entrar em pânico pelo fato de estar jorrando sangue literalmente da mão dele.

–Está doendo muito? –Perguntei nervosa.

–Um pouco. –Ele estava mais branco que o normal, eu estacionei de qualquer jeito o carro e entrei no hospital indo direto na recepcionista.

–É uma emergência, tem algum medico disponível?

–Sim. Tem o Dr. Vandergueld. –A recepcionista prestativa disse e uma enfermeira já conduzia Charlie para uma sala. Suspirei resignada por esse acontecimento (seu pai estava mal, por causa de seu irmão estupidamente precoce).

–Isabella? – Me virei e dei de cara com Carlisle Cullen.

–Oi Dr.

–O que faz aqui? –Ele perguntou me avaliando discretamente.

–Meu pai teve um acidente domestico... –Eu disse dando de ombros.

–Oh! Quer que eu veja se está tudo bem? –Ele perguntou estranhamente simpático.

–Ah sim, se não for um incômodo.

–Não será, volto já.

Sentei em uma das cadeiras que havia no corredor, em frente à porta que Charlie estava sendo suturado. Eu estava cansada e resignada ao mesmo tempo, dois sentimentos brigando dentro de mim, exigindo espaço.

–Como ele está? –Anna perguntou chegando perto de mim, ainda de olhos fechados dei de ombros e disse: – Não sei. –Senti ela sentando perto de mim, ela suspirou pesadamente e encostou a cabeça em meu ombro.

–Kevin está se sentindo muito mal.– Anna disse num sussurro.

–Eu acho está situação ridícula. –Eu disse e a porta se abriu, Charlie com a mão embrulhada em uma atadura e Carlisle sorrindo.

–Pronto, está tudo bem com seu pai Bella. –Eu sorri um pouco e dei um obrigada a meia voz. Fomos em direção ao carro e Charlie estava estranhamente quieto. Estacionei em frente a nossa casa e Anna pulou para fora do carro, tinha outro carro no rol de entrada, eu já havia visto aquele carro no estacionamento do colégio, apenas não me lembrava a quem pertencia. Anna já tinha entrado e Charlie entrou logo em seguida. Cogitei a ideia de dar uma volta, mais estava tão cansada (psicologicamente e fisicamente) que desisti.

Entrei em casa e o que eu vi me surpreendeu. Pedro estava em pé, ele torcia as mãos nervosamente e olhava para o chão, Anna meio que pulava ao seu lado olhando com expectativa para um Charlie paralisado.

–Você está pedindo minha menininha em namoro? Ela só tem 16 anos! – Charlie estava vermelho e mentalmente pensei na probabilidade dele parar em um hospital pela segunda vez.

–Olha... Eu gosto... Quer dizer... Eu adoro não eu... –Pedro gaguejava horrores e eu me sentei ao lado de Benjamin e Luis. Bem estava se segurando para não gargalhar e Luis pulou em meu colo e deitou a cabecinha entre os meus seios se aconchegando ali.

–Eu amo sua filha Sr, Swan e eu... –Anna interrompeu.

–Ain pai deixaaaaaa! –Todos nós, nos olhamos e até Stayce estava sorrindo e começamos num coral tosco a cantar: – Deixa! Deixa! Deixa! Deixa! –Charlie não tinha opção então ele apenas maneou com a cabeça e todos nós gritamos e assoviamos num sinal de aprovação.

–Anna banana está de “namo”! –Max disse meio sorrindo. Ele estava claramente chateado pelo acontecimento de antes.

–Cuida bem dela em véi... Num vai querer fazer nada desses negócios de sentir prazer com ela não! –Kevin disse.

–É e se magoar ela vai ter chazão! –Max disse.

Anna estava claramente feliz, nem ligava para os comentários que fazíamos a respeito de seu namoro. Pedro declarou que estava tarde e Anna foi leva-lo até o carro. Todos nós nos empoleiramos na janela para ver o casal, quando eles começaram a se beijar a gritaria começou.

–Uuhh Pedrão, faz assim não, que eu gamo seu tesudo! – Max gritou e Kevin acompanhou.

–Ainn, Uhhh, Nossa Pedrão! Isso vai com tudo! –Kevin gemia de um jeito constrangedor. Anna parou de beijar Pedro abruptamente, e olhou em nossa direção vermelha e mostrou o dedo do meio. Pedro sorriu envergonhado e entrou no carro. Começamos a gritar e Max tampou a boca de Kevin com as mãos e simulou um beijo exagerado.

–Ain Pedrãoooo! –Eu gritei e todos riram.

–Ishii tá todo mundo doido. –Luis disse balançando a cabecinha.

–Vamos dormir turminha. –Rachel disse e todos foram para seus respectivos quartos.

[...]

–Estou tão feliz. –Anna disse um tempo depois de nos deitarmos.

–E eu estou feliz por que irmã, eu sei que vocês se amam, e eu gosto de te ver assim. –Eu disse sorrindo para o escuro.

–Eu sinto que você está feliz por mim, e isso é muito importante, pois além de minha irmã, você é minha melhor amiga. –Ela disse e eu sorri.

–Você também é minha melhor amiga. Só tenho você para confiar. –Eu disse e ela bocejou.

–Boa noite Bella.

–Boa noite Anna banana. –Eu disse fechando os olhos e entrando no mundo da inconsciência.

[...]

O despertador gritava, e no fundo da minha mente algo dizia que eu tinha que me levantar mais as cobertas pareciam mais aconchegantes do que de costumes e o sono mais gostoso.

–Bella! Acorda! Você demora 1 ano para se arrumar. –Eu ouvi alguém me chamando mais não dei ouvidos. Depois de alguns minutos suspirei morrendo de preguiça e fui em direção ao banheiro me arrumar.

–Queria ver madame aqui no meu lugar, eu ia rir de me acabar... –Kevin cantava enquanto passava manteiga no seu pão.

–Vamo logo galera! –Max exclamou irritado, se ele fosse uma garota eu diria que ele estava de “TPM”.

–To comendo cara! –Eu disse tomando um gole de suco.

–Ah vou indo. –Ele se levantou de supetão e Stayce e Kevin o seguiram silenciosamente.

Tempo depois eu, Benjamin, Anna e Luis fomos para o carro e eu assumi a direção.

–Aew galera, aprendam a dirigir com a mestra. –Eu disse e Benjamin revirou os olhos, Anna estava contente e Luis cochilava na cadeirinha. Deixei Luis na creche e fui para o estacionamento do colégio, quando cheguei ao portão olhei no vidro retrovisor e um volvo estava em minha cola. Ignorei esse fato e estacionei numa vaga qualquer e ele estacionou do meu lado. Desliguei o carro e peguei minha bolsa, Pedro já estava abrindo a porta onde Anna estava Benjamin procurava Ângela com os olhos. Reprimi um suspiro de resignação por ser uma vela oficial. Ângela veio em nossa direção saltitante e conversava animadamente com Ben, diminui meu passo e fingi amarrar meu tênis para que eles passassem na frente, remexi em minha bolsa a procura dos meus fones que seriam minha companhia de agora em diante, antes que eu plugasse o fone ao aparelho de mp3 Edward apareceu em minha frente sorrindo.

–Bom dia! –Ele disse sorrindo.

–Bom dia! –Eu disse olhando para meu mp3 na minha mão.

–Sabe... Estamos na era digital, mp3? –Ele sorriu com escárnio e o fato dele escarnecer dos meus bens me irritou.

–A bateria de um mp3 dura dois dias, a probabilidade de eu ser roubada é menor, e nem todo mundo pode comprar um ipod. –Eu disse e me afastei indo em direção a minha primeira aula do dia.

[...]

A terceira aula foi pior que meus pesadelos poderiam conjecturar, o professor estúpido de filosofia resolveu comentar sobre mutantes nos primórdios da civilização. E como se não bastasse tinha um garoto nerd que fazia perguntas extremamente inconvenientes que deixava bem claro que ele tinha conhecimento do assunto.

–Professor você sabia que existem autoridades que exterminam esse tipo de “aberração”? –O garoto estúpido comentou fazendo a sala virar um reboliço. Eu precisava fazer algo, olhei fixamente para o professor imprestável e ele começou a passar mal, todos ficaram em silencio e em milésimos de segundos ele já estava no chão. A sala inteira gritava e os garotos da equipe de futebol carregaram o professor da sala. A frase “O peixe morre pela boca”, passou em minha cabeça e eu ri da ironia.

Uma inspetora apareceu em nossa sala nos dispensando para o intervalo mais cedo, arrumei meu material calmamente e quando fechei minha bolsa o nerd passou por mim me olhando fixamente, estreitei os olhos e ele continuou me encarando, suspirei irritada e peguei minha bolsa jogando ela em meus ombros de qualquer maneira. O garoto foi mais rápido e passou pela porta primeiro que eu mais um cheiro terrivelmente conhecido me atingiu; Acônitos. Aquele garoto estava com acônitos provavelmente em sua bolsa, aquele cheiro me deixou mole e eu cai sentada na cadeira, respirei fundo e ouvi passos leves demais para humanos, e o cheiro de Edward invadiu o ambiente.

–Levanta Isabella. –Ele disse furioso pegando em meu braço com brutalidade me arrastando para a parte da mata fechada.

–O que deu em você! –Ele disse gritando.

–Ele estava me expondo seu imbecil! E aquele nerd estúpido sabe demais para o bem dele, ele tem acônitos! Você sabe o que é isso?–Eu disse sussurrando, ele suspirou relaxando a expressão.

–Você tem certeza? –Ele perguntou receoso de repente.

–Acha que eu não sei distinguir algo que pode me matar?

–Você já considerou a hipótese de ele ser um garoto obcecado por aquele filme “heros”? –Ele perguntou de maneira seria eu queria rir mais o momento não permitia.

–Edward, ele deixou bem claro sua opinião quando disse “aberrações”! –Eu disse com voz sufocada, eu estava realmente com medo.

–Hei! –Ele disse se aproximando, pegou meus braços e me puxou para seu peito forte e eu me aconcheguei em seus braços e minha cabeça encostada no vão do seu pescoço.

–Somos amigos não somos? –Ele perguntou encostando o queixo no alto de minha cabeça.

–Somos! –Eu sussurrei.

–Eu vou proteger você. –Ele disse me abraçando apertado.













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Notas finais do capítulo

O que vocês acham de eu mudar a censura da fic para 18 anos? Pelo fato de no decorrer da fic ter alguns lemons. Vocês continuaram lendo? Esse tema incomoda vocês? Me respondam por favor! Beijos!!!!