Ressurreição escrita por Jaque de Marco


Capítulo 7
Capítulo 6 - Filho da vampira




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Desejava que Bella estivesse comigo naquele lugar. Cada centímetro daquele vale era simplesmente maravilhoso. Eram momentos como aquele que me faziam ter absoluta certeza que existia um ser superior que se importava com a raça humana.

Uma forte rajada de vento balançou os arbustos à minha frente, fazendo voar algumas folhas secas. Segui uma com meus olhos de vampiro e a vi percorrer quase toda a encosta da montanha que ladeava a parte sul do vale. Por causa da vegetação baixa, eu conseguia ver claramente o rio estreito que percorria todo o lugar, literalmente serpenteando e dividindo as paredes montanhosas. Algum tipo de cultivo era feito no local, pois a terra, toda arada, formava desenhos geométricos quando olhados de cima.

Estava completamente distraído quando voltei a notar os pensamentos de Garrett, meu companheiro de viagem. Ele estava ligeiramente preocupado que o brilho que emanava da nossa pele chamasse a atenção de algum habitante. Eu olhei ao redor no mesmo instante a procura de algum indício de que tivéssemos companhia, mas não consegui perceber nada. Estávamos completamente sozinhos naquela imensidão magnífica que era o Vale Sagrado dos Incas.

- Acho melhor sairmos daqui antes que alguém nos veja, Edward. – Garrett comentou sem transparecer algum tipo de preocupação no seu tom de voz. Era como se ele tivesse conversando sobre qualquer outro assunto.

- Nas próximas horas, o sol vai se pôr. É melhor esperarmos por aqui até que isso aconteça.

- É uma excelente idéia. – Garrett se encostou numa árvore a pelo menos uns cinco metros de distância de onde estava há menos de um segundo – A partir daqui seguiremos pelo povoado de Pisac. Não seria bom brilharmos na frente dos moradores.

- Com certeza não passaríamos despercebidos. - Eu ri de leve do comentário pouco antes de me juntar a ele na copa da árvore e então continuei num tom de voz mais sério – O bar onde você viu Viquez fica em Pisac?

- Fica. Perto do centro do povoado. Mais tarde, quando formos até lá, encontraremos basicamente moradores. Os turistas não costumam ficar muito por lá. Visitam as inúmeras maravilhas daqui e seguem no mesmo dia de volta à Cusco ou Águas Calientes.

Pensei em como essa informação era boa. Os moradores de Pisac deviam conhecer o bando de Viquez já que, pelas informações que eu conseguira juntar, eles nunca deixavam a sua terra. E levando-se em conta que os hábitos alimentares deles eram completamente diferentes do meu, quanto menos turistas ficassem na mira desses vampiros, melhor.

Sem querer peguei uma linha de raciocínio de Garrett. Ele se perguntava no que eu estava pensando enquanto contemplava o Vale há pouco. Assistindo-me a mim mesmo nas lembranças de Garrett eu percebi que estava com um leve sorriso no canto dos lábios.

Garrett ainda não sabia sobre o meu dom. Não que eu não quisesse contar, mas até o momento não surgira oportunidade. Para mostrar respeito por toda a ajuda que ele estava me dando, resolvi que era momento de contar a verdade.

- Aqui – puxei uma pequena fotografia da carteira e entreguei para ele.

- O que é? – ele perguntou confuso enquanto examinava a foto de Bella.

- Você estava se perguntando no que eu estava pensando e aqui está sua resposta – falei quase num tom divertido – Ela é a resposta de tudo.

- Mas como...

- Garrett, não tenho sido completamente sincero com você. – tentei manter a voz uniforme, não queria que ele se sentisse ofendido – Eu consigo ler a mente das pessoas. É um dom estranho, mas muito útil.

Garrett levantou os olhos da fotografia e me encarou.

- De todo mundo?

- Quase... – então apontei para a imagem de Bella nas mãos dele – Dela não.

Estava esperando pelas perguntas e críticas de Garrett, mas ele somente sorriu e seus pensamentos seguiram outros caminhos. Poucos vampiros não-vegetarianos eram tão agradáveis companhias para mim.

- Então essa é sua esposa?

Eu ri do comentário. Bella estava usando o vestido de noiva que deveria estar vestindo no dia do nosso casamento há menos de uma semana. Quando resolvera partir, peguei a fotografia no quarto de Alice. Eu sabia que minha irmã não era muito fã de espelhos quando se tratava de experimentar roupas, preferindo as fotos instantâneas.

- Essa é Bella Swan. A humana que tem a minha mente e coração.

Garrett estremeceu um pouco ao som da palavra “humana”. Ele se perguntou como seria possível um vampiro amar algo tão frágil, como seria possível simplesmente resistir ao cheiro tentador de sangue.

- Não sei. – respondi os questionamentos mudos do vampiro. Ele riu com vontade e me entregou a fotografia.

- Muito bonita.

- Sim, é sim. – eu encarei por alguns segundos a fotografia antes de voltar a colocá-la na carteira – Mas e você, tem algum tipo de companheira?

Garrett deu um sorriso malicioso.

- Aqui e ali. Mas nada sério.

Embora às vezes sinta falta de ter alguém por perto” o ouvi pensar. Levando em consideração a intimidade do pensamento, achei melhor não comentar.

- Deveria passar algum tempo com a gente. Temos uma clã de amigos com várias vampiras solteiras.

- Não daria certo. Desculpa, mas jamais conseguiria me acostumar à dieta de vocês. – Garrett comentou aos risos.

- Bom, fica aberto o convite.

- Sempre me lembrarei.

Ficamos em silêncio por alguns instantes enquanto assistíamos ao crepúsculo. O cair da noite transformava o céu, antes um azul muito claro, em um rosa que se escurecia muito rapidamente até quase chegar à completa manta preta. Jamais poderia dizer com certeza se uma simples visão humana poderia com algum esforço ver aquela maravilha com nitidez.

O que Bella Swan tem a ver com a sua vinda para o Peru?”, ouvi Garrett pensar ao meu lado. Como poderia explicar para ele que eu acreditava em uma lenda antiga de que havia uma maneira de voltarmos a ser humanos? Como poderia explicar para Garrett que esta era a única maneira que existia para poder ficar com Bella para sempre, sem causar qualquer perigo a ela? Não tinha como explicar em palavras o que nem em pensamentos eu conseguia formular respostas.

- Já escureceu. Acho melhor seguirmos em frente – comentei já caminhando, como se não tivesse ouvido a pergunta de Garrett.

O povoado de Pisac não era grande como Cusco, mas tão ou mais colorido. As casas se misturavam a alguns pequenos comércios no centro da cidade. Passamos quase despercebidos pela praça principal enquanto os ambulantes locais desmontavam mesas onde expunham seus artesanatos para os visitantes. Passamos por diversas senhoras idosas vestidas com longas blusas largas com estampas geométricas com tons rosados.

A população, quase toda mestiça, tinha características físicas muito acentuadas com os cabelos ralos, lisos e longos, além da cor amarronzada da pele. Assemelhavam-se muito a índios, mas vestindo roupas pesadas.

Era estranho, mas muitos moradores por ali falavam uma língua diferente, o que também alterava a linguagem dos seus pensamentos. Como em um estalo, reconheci a mesma língua falada por Javier Viquez na lembrança que Garrett teve no dia anterior.

- Que língua é essa?

Garrett caminhava com calma, mas muito atento. Eu sabia que em Pisac, nós éramos forasteiros. E no geral, a minha raça não gosta muito de forasteiros.

- É o quíchua, uma língua indígena. É uma das línguas oficiais do Peru junto com o castelhano. Essa era a língua usada pelos Incas, mas com a conquista dos Espanhóis, ela se tornou uma linguagem fraca, por assim se dizer.

Mas pelo que eu notara, não tão fraca. A maioria daqueles moradores usava essa língua nativa para se comunicar.

- Você fala quíchua? – perguntei.

- Não muito. Só o suficiente para saber se estou agradando ou sendo inconveniente.

- Uma boa ferramenta de sobrevivência – comentei.

Eu sabia que, mesmo para quem tinha viajado o dia inteiro, nós estávamos impecáveis. Nossas roupas não apresentavam qualquer marca de terra e meu cabelo ainda estava perfeitamente arrumado. Como carregávamos uma pequena mala cada um, passávamos como uns dos raros turistas que pousavam na cidade.

Quando estávamos a alguns metros da praça principal, avistamos uma casa em estilo colonial com paredes brancas, com uma placa forjada em madeira com a inscrição “Bar”. A porta dupla de madeira na entrada lembrava muito ao da lembrança de Garrett, então não me surpreendi quando ele confirmou o caminho.

Entramos sem chamar muita atenção. O bar estava relativamente cheio, com muitos moradores que, provavelmente, tinham o costume de ficar algumas horas no local após um dia de trabalho. Garrett e eu nos sentamos numa mesa vazia próxima à pequena janela lateral. De onde estávamos eu conseguia ver sem empecilhos cada cliente e funcionário.

- Ali está o funcionário que você viu na minha memória aquele dia. – Garrett comentou indicando um garçom pequeno e muito magro.

O rapaz franzino estava se aproximando com uma pequena caderneta nas mãos. Ele não parecia ter notado a nossa presença antes, mas assim que ele nos encarou ele congelou por um tempo que não pareceu ter sido mais que dois segundos. Ele voltou a caminhar lentamente em nossa direção e eu resolvi prestar atenção em seus pensamentos.

- Posso ajudá-los? – o rapaz sorriu. Seus pensamentos eram rápidos e muito desconexos, mas então eu consegui distinguir nitidamente a frase “Otra vez esto chupador de sangre?”.

O rapaz não demonstrava o pavor comum que os humanos sentem quando estão perto da minha raça; ele tinha medo, mas junto a isso ele sentia raiva.

- Sim, nós... – Garrett começou a falar até que eu toquei seu braço fazendo sinal para que ele me deixasse falar.

- Você sabe o que somos, não? – perguntei tentando não parecer agressivo.

O garçom estremeceu por um breve segundo então confirmou com a cabeça. A essa altura seus pensamentos já entregavam tudo. Ele tinha receio de que fossemos como Viquez. Somente o simples pensamento, fez o rapaz tremer.

- Yo no sé nada. – o garçom disse, se afastando e indo em direção a um senhor que estava atrás do balcão.

- Você não devia ter falado assim com ele, Edward – Garrett falou – Provavelmente ele vai reclamar com o dono do bar.

A essa altura eu estava completamente entretido na conversa e nos pensamentos dos dois. O dono do bar, um senhor com características indígenas, parecia tão irritado e tão amedrontado quanto o funcionário. Após alguns minutos, o senhor caminhou com cautela até nossa mesa.

- Estamos fartos, – apesar do tom de voz baixo, ele deixou clara a importância que dava a cada palavra – já falei a Viquez que não quero mais vocês no meu bar.

“Corajoso”, Garrett pensou. Eu não pude deixar de pensar o quão tolo ele devia ser. No mínimo ele não fazia idéia do quão perigosa a nossa raça podia ser.

- Não estamos com Viquez – falei prestando muita atenção nos pensamentos dele – Na verdade estou tentando encontrá-lo.

- Se não está com ele, por que quer encontrá-lo?

A destreza do senhor na presença de dois vampiros era algo que me surpreendia. Ao contrário do que supus no início, eu podia ver em seus pensamentos que ele sabia exatamente do que éramos capazes.

- Tenho alguns assuntos para resolver. – eu falava da maneira mais cordial possível – O senhor se incomoda de se juntar a nós. Por favor, sente-se.

Eu podia ouvir minhas palavras sendo refletidas nos pensamentos dele conforme ele analisava a minha proposta. Ele tinha mais informações sobre a minha raça que a maioria dos humanos. Ele olhou de esguela os olhos vermelhos de Garrett, parando nos meus que, naquele momento, deviam estar num tom dourado, supostamente menos assustadores, antes de se sentar.

- Sou Edward Cullen e este é meu amigo Garrett.

- Prazer – Garrett estendeu sua mão.

- Armando Velásquez – ele disse não aceitando o aperto de Garrett – Que tipo de assuntos têm para resolver com o bando do Viquez? Imagino que saiba que ele não gosta de forasteiros.

Ele estava intrigado com a cor dos meus olhos. Seus pensamentos vagavam por ensinamentos e lendas que ouvira na tribo em que fora criado, mas não conhecia nada que se referisse a possibilidade de vampiros terem olhos que não fossem da cor vermelha, o que indicava o quão sanguinário era. Por um momento imaginei que seria bem mais fácil conseguir a confiança de Armando se não estivesse acompanhado com Garrett.

- Ouvi falar. Eu só preciso saber onde posso ir para encontrá-lo.

- Na verdade, não muito longe. Eles vivem por Pisac, Kenko, Ollantaytambo.

- E vocês não têm medo? – Garrett perguntou impulsivamente.

- O bando dele é perigoso. São maldosos, mas não fazem nada com o povo peruano... Viquez não permite.

Senti uma repulsa ao ser atraído pelos pensamentos de Armando. Ele se lembrava de cenas avermelhadas desconexas, como flashs de memórias de infância. Em alguns momentos eu conseguia ver algo que mais se assemelhava a grandes animais matando pequenas presas, em alguns momentos isso me lembrava seres humanos. Em um certo momento, a cena tomou foco e eu assisti através da mente dele um homem com cabelos caídos sobre o rosto mordendo pelo pescoço uma criança indígena. Ela jazia em seus braços, com os olhos abertos e sem vida.

Armando e Garrett continuavam conversando quando voltei a prestar atenção neles.

- Há anos existe um acordo. Viquez não sai do Vale Sagrado dos Incas, mas não ataca quem é da região. Ele também não permite que o resto do bando o faça.

- Já estive aqui antes e o vi brigando com você.

- Não é porque eles não nos matem, senhor Garrett, que ele não controle a região – e então Armando se voltou para mim – Por isso acho melhor vocês irem embora, voltarem para o país de vocês. Ele não ficará nem um pouco contente em vê-los. Especialmente se matarem algum morador.

- Não temos essa intenção, senhor Velásquez. – falei.

- Não duvido, até porque se fizessem vocês dois não seriam páreo para o bando deles.

- Eles são em quantos exatamente?

- Nove... e uma mulher. – depois de falar os pensamentos de Armando voltaram às imagens desconexas agora acompanhadas por pensamentos em quíchua.

– Esse acordo que ele fez com vocês... pelo que entendi ele foi firmado de um tempo para cá. O que houve?

Armando parou alguns instantes, analisando a mim e Garrett. Por algum motivo, eu parecia confiável aos seus olhos. Ele se perguntava por que eu parecia ser tão menos amedrontador. E isso era novidade para mim. A última vez que não pareci tão aterrorizante quanto sou a alguém, essa pessoa era Bella.

- Há muitos anos, Viquez e o seu grupo não respeitavam os moradores. – Armando começou a contar, não sem antes olhar para os lados certificando-se que não estávamos sendo ouvidos – Os ataques eram diários, muitos da minha tribo deixaram a região para fugir do perigo, como minha avó e minha mãe ainda pequena. Em 1950, um terremoto sacudiu a região causando destruição quase total. Depois disso todo esse pedaço do Peru começou a se firmar como importante foco de turismo, gerando muito mais oportunidade de emprego. Foi aí que minha avó e minha mãe resolveram voltar para a tribo depois de vinte anos.

E o que isso tem a ver com a história?” ouvi Garrett pensar. Mesmo não vendo relação inicial entre a história, decidi aguardar calado, intrigado demais para interromper.

- Minha mãe conheceu meu pai dias depois de seu retorno. Eles se apaixonaram a primeira vista... bom, é o que dizem. Eles logo se casaram e eu nasci. Mas eles não viveram um dia de paz sequer desde que Viquez pôs os olhos em minha mãe. Ele se encantou por ela. Aquele monstro estava completamente apaixonado por minha mãe. – eu pude sentir a repulsa em suas palavras assim que ele terminou a frase – Foi nessa época que os ataques se intensificaram. Ele jurou matar uma wawa por dia caso ela não se entregasse a ele.

- Wawa? – eu perguntei.

- Criança. – Garrett traduziu numa voz sem sentimentos.

- Meu pai nunca permitiu, mas minha mãe, que temia pelos pequenos da tribo, especialmente por mim, se entregou. Mas não antes de fazê-lo jurar que não faria mais mal aos moradores. E, desde então, nunca mais ouve uma morte sequer na região.

A história de Armando comoveu Garrett que agora só tinha pensamentos de consolo para o dono do bar. Eu sentia como se agora tudo se encaixasse. Os moradores não tinham exatamente a proteção de Viquez, mas sim de uma ex-integrante da tribo indígena da cidade.

- Não é à toa que não tenha tanto medo da gente. Também, com uma história dessas. – Garrett comentou sem pensar – Nunca ouvi falar de alguém que tenha uma mãe vampira.

Armando Velasques sorriu discretamente um sorriso que não alcançava seus olhos.

- O bando de Viquez – comecei a falar tentando mudar de assunto – quando se formou?

- A quem diga que eles são os últimos remanescentes dos Incas. Eu, particularmente, não duvido.

- Onde posso encontrá-lo. Preciso muito conversar com ele, Armando.

Ele pensou por alguns segundos e eu soube o endereço antes mesmo dele falar uma palavra.

- Eles ficam num casarão antigo a caminho de Machu Picchu. Mas, como já alertei, forasteiros não são bem vindos.

- Agradeço a preocupação. Agora, vamos indo.

- Desculpe qualquer mal entendido – Garrett se desculpou enquanto se levantava. A historia de Armando tinha realmente mexido com ele, fazendo-o se arrepender de qualquer pensamento negativo que tivera do dono do bar.

- Sem problemas. Vocês são diferentes do bando de Viquez, eu percebo. – ele se levantou apoiando-se à beirada da mesa – Vamos, eu acompanho vocês até a porta.

Caminhamos a passos lentos até as portas duplas da entrada. Àquela hora já não tinham muitos clientes no bar, somente alguns homens visivelmente alterados devido ao consumo de álcool.

Estávamos a um passo da porta quando senti o cheiro marcante da minha raça. Um vampiro estava próximo a nós. Na mesma hora, olhei para Garrett e li em seus pensamentos que ele também sentira a mesma presença que eu. Era somente um vampiro, que se aproximava rapidamente do bar.

- Acho que não precisaremos ir muito longe para encontrarmos integrantes do bando de Viquez. – comentei.

Armando nos encarou rapidamente compreendendo do que estávamos falando. Ele deu um passo para trás, ficando às nossas costas. O receio dele era que começássemos uma briga em seu bar e, com isso, sua única fonte de renda fosse destruída.

Conforme o vampiro se aproximada, mais claramente eu conseguia ler a sua mente. Ele também percebera a nossa presença. Ele tinha noção que estávamos em maior número e, por isso, não tinha qualquer pretensão violenta em seus pensamentos.

Esperamos pacientemente até que um vampiro com características indígenas entrou majestosamente no estabelecimento. Ele tinha olhos extremamente vermelhos, mas nada comparado ao que vi em Viquez nos pensamentos de Garrett.

- Saudação. Sou Edward Cullen. – cumprimentei educadamente.

E então tudo aconteceu muito rápido. O vampiro agarrou Garrett e o lançou em direção ao balcão, jogando madeiras quebradas em Armando e seu funcionário. Antes que pudesse atacar o vampiro, senti o forte cheiro de sangue dos cortes dos dois. No mesmo instante, os olhos de Garrett ganharam um vermelho mais intenso e vi em seus pensamentos que ele estava preste a atacá-los. Rapidamente, me lancei sobre o balcão, segurando Garrett às suas costas, passando meus braços abaixo de seus ombros.

- Saiam daqui! – eu gritei para Armando e o garçom. Os dois se afastaram, seguindo o caminho antes percorrido pelos demais clientes do bar. A essa altura, Garrett já estava com prendendo a respiração, acalmando seus instintos assassinos. Nesse momento corri meus olhos até a entrada do local e notei que o vampiro do bando de Viquez havia sumido, assim como a minha bagagem e a de Garrett.


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