Someone In Your Side escrita por Den Falk


Capítulo 8
New Protector - Prólogo VIII (Último prólogo)


Notas iniciais do capítulo

Último prólogo que fiquei escrevendo e ainda nem fui pra casa, yeeeey.
Ok, esse prólogo é diferente e muita gente vai querer me bater, mas enfim, enjoy.



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Meu nome é Choi JunHyun e pode-se dizer que eu sou um “ex-delinquente” e um ex-morador de rua. Nada demais se comparado com o fato de passarmos por coisas mais difíceis em cada momento da minha problemática vida.

Creio que problemáticos, doentes, órfãos, traumatizados e desacreditados sejam as coisas que mais viram até agora, não? E sim, estou conversando com vocês. Eu vou contar a minha história, o meu drama, assim como os outros, mas diferente deles eu vou ter um papel peculiar. Talvez especial? É, talvez.


Eu tenho um irmão mais novo, DaeHyun, e quando éramos realmente novos – eu tinha cerca de 9 anos e ele uns 6, por aí – nós fomos viajar com nossa família. Estávamos em uma cidade do interior da Coreia, bem distante de Seoul e meu pai foi abordado na estrada, tendo o carro tomado e minha família mantida como refém em um chalé velho no meio da mata.

Meus pais tentavam o tempo todo nos acalmar e negociar com os sequestradores. Nunca tivemos muito mais do que o necessário para uma vida tranquila e aquilo não era o bastante para os bandidos se contentarem.

Passamos bons dias confinados e sem nem ao menos ter água para beber. Estávamos exaustos e machucados das freqüentes agressões deles, foi quando eles deixaram a porta aberta e apenas dois bandidos de vigia até que os outros retornassem. Meu pai olhou para minha mãe que tinha as cordas mais frouxas e ela foi até ele que conseguiu soltá-la; depois disso meu pai soltou um por um e ficou de vigia na porta. Ele os distraíria e nós iríamos fugir. E assim fizemos.

Eu e DaeHyun corremos em disparada na frente assim que meu pai desferiu um soco no primeiro bandido, minha mãe corria atrás, mas ouvimos um tiro e ela voltou, gritando para que fossemos embora e não olhássemos para atrás. Eu corria o máximo que podia e tentava fazer DaeHyun correr no meu ritmo, ele tropeçou e eu o coloquei nas costas, correndo sem olhar para atrás e sentindo as lágrimas dele nas minhas costas e meu rosto molhado assim que ouvimos um segundo disparo.

Nós fugimos para muito longe, o bastante para eles desistirem de nos procurar e deixarem o local do crime. Dormimos em um buraco e pela manhã fomos procurar ajuda, passando pelo chalé abandonado e vendo os corpos de nossos pais. Eu tirei Dae dali o mais rápido possível, ele não suportaria e então passamos a vagar pela cidade tentando viver.


Ninguém daria comida para um órfão e muito menos um emprego à um garoto de 9 anos. Portas eram fechadas nas nossas caras e meu irmãozinho já chorava de fome todas as noites em que nos enfiávamos em uma caçamba de lixo de trás de um restaurante para dormir. Eu não tinha nenhuma opção, ou ao menos não via nenhuma, além de roubar comida para viver.

Passamos um ano e pouco vagando nas ruas e roubando, era difícil, mas eu sempre podia dar ao menos o necessário para que DaeHyun não ficasse faminto, o que me deixava satisfeito. Mas como tudo que é errado sempre tem um fim – menos as injustiças da vida – eu e meu irmão fomos pegos pela polícia e levados para um reformatório. Eu tinha 11 anos nessa época.

Lá não era nada agradável. Eles dizem “orfanato”, “abrigo”, mas no fim aquilo não passa de uma prisão para meninos que não tiveram sorte na vida. Eu dormia de pé na chuva e apanhava de vara. Passava o dia trabalhando para ter o direito de comer e a noite tinha que aturar alguns abusos de todos os tipos entre os garotos e até com os ‘monitores’.

Depois de 10 meses ali uma tia nos encontrou, mas isso não me deixou muito alegre. Como a polícia nos procurava pelo desaparecimento e denúncia da família ela não podia colocar as mãos nos bens do meu pai. A única escolha dela foi nos procurar, nos acolher e nos tratar como lixos até que pudesse se livrar de nós e administrar a casa e o dinheiro sozinha.


Acontece que eu não agüentava isso, não agüentava em nenhum momento vê-la gritar com meu irmão e fazê-lo chorar antes de dormir todos os dias, não agüentava vê-la estapeando o coitado e o chamando de lixo. Eu revidei uma vez e ela quase me tirou dele, não podia repetir isso. O que eu fiz foi drástico, peguei Dae, algumas roupas e algum dinheiro e fomos embora. Nós fugimos pela primeira vez para outra cidade não muito longe, mas ela nos encontrou. Nada que me impedisse de repetir o feito, mas não antes de estudar um mapa das redondezas e procurar outra cidade. Era sempre assim, eu e Daehyun pegávamos um ônibus para uma nova cidade e alguns meses depois ela nos trazia de volta, até que fugimos pela última vez, quando eu tinha idade o suficiente – e experiência de vida também – para decidir que moraríamos sozinhos.

Fugimos com todo o dinheiro que ela tinha na carteira e a pasta com os documentos e cartões do meu pai, eu consegui as senhas antes de ir e dessa vez voltamos para Seoul. Eu limpei todas as contas e fiz um fundo de curadoria para manter nossa segurança, arrumei um emprego, coloquei Daehyun na escola e aluguei uma casa pequena para que pudéssemos viver finalmente em paz, só nós dois.

Eu tinha 17 anos quando fiz isso, a mesma idade em que descobri que devido aos maus tratos eu havia desenvolvido um problema cardíaco sério.


Bem, aí é que está. Eu fiquei seriamente doente –mas não contei para ninguém, nem meu irmão. Sentia dores fortes e constantes no peito e não sabia mais como agir. Eram as últimas coisas que deveria fazer antes de descobrir que tinha pouco tempo de vida.


Me esforcei o máximo que pude. Me declarei para a garota dos meus sonhos, a linda Hara, e fiz a maior festa da minha vida com meus amigos. Vi meu irmão ingressar na faculdade e me certifiquei de que nosso dinheiro o sustentaria investindo em ações.


E então morri.


Sério, não é piada, eu morri.


Como estou falando com vocês? Bom, acontece que até agora eu não entendi o que estou fazendo aqui, mas ao que parece eu vou ter uma única oportunidade de ter minha vida de volta. E isso é só o começo da minha história. Ao menos da história da minha nova vida.


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Notas finais do capítulo

OLHA A MINHA BRISA :D MATEI O PERSONAGEM DA LIA SEM NEM COMEÇAR, MAS ENFIM. kkk Lia e Mya detentoras de spoilers, vocês entenderam, eu sei, MAS NÃO FALEM NADA!
Quem dá seu lance? O que rola nessa fic que eu não revelei? BRISA DA RYON ;3;
Ryon ama vocês ♥