Acordei com o despertador tocando. Bocejei me espreguiçando e desligando o despertador. Me levantei e fui preguiçosamente para o banheiro fazer a minha higiene matinal. Tomei um banho rápido e saí do banheiro indo para o closet, me vestir. Coloquei uma calça jeans escura, uma blusa preta e uma branca por cima, minhas botas pretas e um casaco cinza.

Peguei as chaves e o meu Blackberry na mesinha, minha mochila em cima do sofá e saí de casa, estava sem fome. Tranquei a porta e entrei no elevador que estava aberto, já que uma senhora tinha acabado de sair de dentro dele. Não demorou muito e o elevador se abriu no saguão.

– Melly? – Ouvi a voz do Justin dizer assim que saí do elevador. Olhei para o lado o vendo sentado no sofá, perfeito como sempre. Sorri assim que ele se levantou vindo em minha direção. - Vamos?

– Uhum. – Murmurei tirando o seu boné e colocando na minha cabeça.

Ri da careta que ele fez e o puxei para a garagem. Entrei em sua Range Rover, após ele ter destravado o alarme, e, assim que saímos da garagem, liguei o rádio.

– E aí? Melhorou? – Cortou o silêncio que tinha se formado no ambiente.

– Depois que tomei banho e tirei aquela roupa molhada parei de espirrar. – Respondi.

– Hum... – Murmurou.

Novamente ficamos em silêncio, dessa vez até chegarmos à escola. Saímos do carro indo em direção à entrada da escola, aonde havia uma multidão em volta de alguma coisa.

– CALA A BOCA SUA VADIA! ELE É MEU! – Pude ouvir assim que nos aproximamos da rodinha. Entramos no meio do povo vendo a Ashley e a tal da Vanessa brigando.

– SÓ SE FOR NOS SEUS SONHOS, NÉ QUERIDA? VOCÊ ACHA QUE O JUSTIN IA QUERER ALGUMA COISA COM VOCÊ? – Gritou a Ashley debochando da cara da garota.

Logo as duas já estavam se batendo e rolando no chão. Que fúteis. Escutei o Justin gargalhar ao meu lado, me fazendo revirar os olhos.

– Não acredito que você está achando graça disso tudo. – Comentei balançando a cabeça negativamente e me afastando da multidão.

– Ah qual é, Mellanie? – Ele segurou o meu braço me impedindo de continuar a andar.

– Você deve estar adorando isso, não é mesmo? – Perguntei irônica, parando de andar e me virando para ele.

– Melly...

– Ah, mas é claro que está! Duas garotas brigando por você! Quem não quer isso? – Falei novamente sarcástica.

– Ah Mellanie, qual é? – Puxou novamente o braço.

– Qual é você! Será que dá pra me soltar? – Puxei o meu braço me virando e voltando a andar.

– É sério que vamos brigar por isso? – Perguntou me fazendo parar de andar.

– Justin, cá entre nós, você está adorando isso, né? – Parei de andar me virando novamente para ele. – Cada dia você fica com uma diferente, mas aí, quando está sozinho e entediado, quem você procura? Eu! – Apontei o dedo na sua cara. – Tem quantas além da Ashley e da Vanessa? Sabe, eu sinto pena delas. Duas iludidas. – Ri sem humor abaixando o meu dedo. – Mas que saber? Cansei! Não sou a segunda opção de ninguém, ok? Procure outra babaca, porque a idiota aqui cansou.

Andei rapidamente em direção ao meu armário e dessa vez ele não me seguiu. Melhor assim. Suspirei e peguei os meus livros, os colocando na minha mochila. Fechei o meu armário e peguei o meu horário de aulas. Agora teria aula de Biologia. Fechei a minha mochila e a coloquei no meu ombro, indo em direção a sala de Biologia.

Assim que virei no corredor, senti um par de mãos me puxarem para dentro de uma porta. Olhei confusa para o lado encontrando aqueles brilhantes olhos cor de mel. Bufei analisando a sala onde estávamos. Tinha algumas, poucas, cadeiras no fundo da sala, um quadro velho na parede com uma mesa descascada e aparentemente bamba de frente para ele.

– O que você quer? – Voltei a encarar o Justin que estava parado na minha frente de braços cruzados.

– Desculpa. – Murmurou descruzando os braços.

– Pelo que?

– Eu não sei o que eu fiz! Mas você está zangada comigo. – Respondeu rapidamente.

Bufei fechando os meus olhos rapidamente, e os abrindo segundos depois.

– Justin...

– Olha Mellanie, eu disse a você, ontem mesmo, que elas não são importantes... Eu já disse o porquê de ter ficado com elas, mas não foi nada demais! E eu não te procuro quando estou entediado ou sozinho. Você não é e nunca foi a segunda opção! – Fez uma pausa se aproximando levemente de mim. – Mas você no fundo já sabe disso tudo. – Nossas respirações já estavam misturadas. – Você sabe que eu gosto de você, Mellanie. – Sussurrou contra o meu rosto, praticamente me obrigando a fechar os olhos. Senti uma de suas mãos tocarem o meu rosto e o seu polegar acariciar levemente a minha bochecha. – Mas parece que você gosta de brigar comigo. – Roçou o seu nariz no meu. – Você gosta de me fazer correr atrás de você, não é mesmo? – Tocou os seus lábios nos meus, mas logo se afastou, me fazendo resmungar.

Enlacei meus braços em sua nuca puxando o seu rosto contra o meu, colocando as nossas bocas. Logo suas mãos já estavam em minha cintura, a apertando, enquanto as minhas estavam em seu cabelo, puxando levemente alguns fios. Sua língua percorria toda a minha boca, e a minha não estava tão diferente da sua.

Separei as nossas bocas, antes mesmo do ar se tornar presente. Ele olhou confuso, mas ignorei o abraçando fortemente. Por que não consigo ficar brava com ele? Suspirei me afastando.

– Vamos, temos aula de Biologia agora... – Segurou a minha mão e me puxou saindo daquela sala e indo em direção a de Biologia, que não ficava muito longe.

Assim que entramos todos os olhares pararam em nossas mãos, inclusive o do professor.

– Desculpe o atraso, Senhor. – Falou o Justin educadamente.

– Tudo bem, sentem-se. E que isso não se repita Sr. Bieber e Srt. Hardson. – Disse voltando a escrever no quadro o que quer que estava escrevendo antes de entrarmos.

[...]

Sentei na mesa ao lado do Ryan, enquanto pegava a única maça que eu tinha posto em minha bandeja. Estava sem fome, novidade. Os meninos conversavam entre si animadamente e eu apenas observava tudo fingindo estar prestando atenção, como sempre.

Depois de um tempo, vi a Ashley se levantar de sua mesa e caminhar em direção da nossa. O merda. Bufei chamando a atenção do pessoal que me olharam confusos, mas logo as expressões em seus rostos se suavizaram ao verem a Ashley se aproximando.

– Olá, Justinzinho! – Falou se sentando ao lado do Justin, que engoliu em seco.

– Sem apelidos, por favor. – Respondeu fazendo uma careta se formar em seu rosto.

– Hum, tudo bem. – Sorriu para ele. – Sabe, Justin, meus pais viajaram e hoje eu vou ficar sozinha em casa, sabe? – Mordeu seu lábio inferior o encarando maliciosamente. – Você bem que poderia dar uma passadinha lá... – Passou o dedo em seu peito. – Tenho certeza que vamos nos divertir muito...

– Já tenho planos para hoje a tarde, obrigada. – Justin respondeu educadamente tirando a mão dela de seu peito e se afastando.

– Mas, Justin, você pode fazer isso amanhã... – Resmungou praticamente se jogando em cima dela.

– Garota, você ainda não percebeu que ele não quer se “divertir” com você? – Me intrometi já me irritando.

– Cala a boca aí, que ninguém te perguntou nada. – Respondeu sem desviar os olhos do Justin.

– Nossa! Que resposta de criança... – Murmurei mordendo a minha maça. – Mas, o que mais poderia se esperar de uma vadia sem cérebro?

– Vadia é a sua mãe! – Se levantou apontando o dedo na minha cara.

Bati em seu dedo me levantando.

– Pense duas vezes antes de falar da minha mãe. Não a confunda com a sua. – Encostei o meu dedo em seu nariz.

– O que você está insinuando? – Perguntou cruzando os braços.

– Ora, tal mãe, tal filha! Preciso falar mais alguma coisa? – Sorri sarcástica.

Quando fui ver meu rosto já estava virado para o lado e minha bochecha ardia levemente. Levei minha mão até a minha bochecha vendo que a mesma estava quente. Virei novamente o meu rosto olhando com ódio para a garota que sorria desafiadoramente na minha frente. Mal dei tempo dela piscar e a marca dos meus cinco dedos já estavam marcados na bochecha esquerda da Ashley. Sorri debochada para ela que logo pulou em cima de mim, nos fazendo cair no chão. Suas mãos estavam agarradas no meu cabelo, enquanto as minhas estavam arranhando os seus braços. Consegui ficar por cima e aproveitei para dar um soco em seu nariz. Sorri vendo o sangue escorrer do mesmo e dei outro tapa em seu rosto. A mesma apenas enfiou a unha no meu rosto e puxou novamente o meu cabelo me empurrando para o lado e subindo em cima de mim. Ela aproveitou e me deu um soco, que, sinceramente, não doeu nem um pouquinho, mas, de qualquer forma, não iria deixar isso barato. Rolamos pela terceira vez, dessa eu vez comigo por cima dela. Agarrei um punhado do seu cabelo e o puxei com força a fazendo gritar, mas do que já gritava.. Como ela se atreve a chamar a minha mãe de vadia? Filha da puta! E ainda ter a audácia de me dar um tapa na cara. Bati a sua cabeça no chão a fazendo chorar.

Senti braços fortes me puxarem de cima da garota que tinha o cabelo completamente bagunçado, o rosto e o braço com alguns arranhões e o seu nariz sangrando. Comecei a me debater, tentando me soltar, mas a pessoa me manteve firme em seus braços.

– Ei, Melly, se acalma. – Logan sussurrou no meu ouvido me fazendo parar de se debater.

Quando me acalmei percebi que o Justin ajudava a Ashley a se levantar, que até então estava sentada no chão chorando. Revirei os olhos impaciente, a vadia mereceu.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou uma mulher abrindo espaço entre a multidão.

Não respondi, apenas bufei vendo o Justin limpando o sangue no nariz da Ashley com um guardanapo.

– Essa louca me atacou e começou a me bater! – Respondeu a vadia ainda chorando. Revirei os olhos novamente. Fingida.

– Vocês duas vão para a enfermaria, agora! E depois quero ver as senhoritas na sala da diretora. – Falou. – E todos vocês, circulando que as aulas já vão começar. - Como ela mandou, todo mundo se afastou indo para as suas salas.

– Vamos, Melly. Você tem que cuidar desses arranhões. – Disse o Logan me soltando e segurando apenas a minha mão.

– Não, obrigado. Eu estou bem assim. – Soltei a minha mão da sua, a passando na minha cabeça que doía, devido aos puxões que a vadia da Ashley deu no meu cabelo.

– Não está não, vem. Isso não vai te matar. – Insistiu pegando novamente a minha mão e me arrastando para fora do refeitório.

O acompanhei até a enfermaria, onde a simpática moça, Catherine, cuidou dos meus arranhões e fez um curativo na minha testa, de onde saia sangue; e outro no meu braço, de onde a Ashley tirou um “pedaço” com a sua unha.

Após Catherine terminar, tive que esperar a Ashley acabar para podermos ir para a diretoria, Logan assim que me deixou na enfermaria teve que ir para a sua aula.

Estava sentada no sofazinho que tinha ali, brisando, quando vejo pelo canto do olho alguém se sentar ao meu lado.

– Mellanie? – Ouvi o Justin dizer.

– Oi? – Murmurei sem olhá-lo.

– Por que você fez isso? – Perguntou depois de um tempo em silêncio

– Ela chamou a minha mãe de vadia! – Me defendi, finalmente olhando-o.

– Mas precisava bater nela? – Indagou.

– Foi ela que me deu um tapa primeiro! Você estava lá e viu!

– Você também provocou...

– Você está defendendo ela? – Perguntei irritada.

– Mellanie, cá entre nós, a errada é você.

– Não acredito que você vai ficar do lado dela! – Gritei mais irritada ainda.

– Não estou do lado de ninguém! Só estou dizendo que você começou que começou a discussão.

– Ah, claro... Você ia topar ir na casa dela, né? – Respondi sorrindo falsamente. – Desculpe se estraguei os seus planos, querido. -Peguei a minha bolsa e me levantei rapidamente.

– Mellanie! – Me chamou, mas não parei de andar e nem me virei. Apenas ignorei continuando a andar em direção a sala da diretora.

[...]

Quando saí da diretoria já estava na hora da saída. Fui direto para o meu armário e deixei os meus livros lá, levando apenas o caderno de Geografia, já que tinha exercícios para fazer.

Não vi a Caitlin e nem os meninos no estacionamento, então presumi que eles já tinham ido embora. Resolvi ir andando mesmo, já que não iria voltar com o Justin.

– Mellanie? – Senti alguém puxar o meu braço.

E falando nele...

– O que é? – Perguntei friamente.

– Eu já estou indo, hoje não tem treino. – Falou não notando a minha frieza, ou apenas ignorando.

– Não quero atrapalhar, eu sei que você já tem outros planos para hoje a tarde, e acho que isso só o atrasaria...

– Qual é Mellanie? Para de ser infantil! – Revirou os olhos.

– Ah, claro! Agora sou infantil... Certo. – Me virei novamente continuando a andar, o deixando lá parado.

– Mellanie, para de agir assim! – Segurou novamente o meu braço. Suspirei não o respondendo e fechando os olhos por breves segundos. - Você sabe que está errada.

– Se você só queria falar isso, será que poderia me deixar ir agora? – Perguntei tentando soltar o meu braço inutilmente.Ele suspirou e soltou o meu braço. – Sabe, eu estou tentando acreditar nisso que há entre nós dois. – Comentei. – E eu realmente acreditei que você também estava tentando.

– Eu estou tentando. – Falou rapidamente. – Mas você não colabora...

– Eu não colaboro? – Perguntei indignada.

– É! Você está a todo momento tentando achar algum motivo pra gente brigar.

Neguei com a cabeça.

– Eu não fico tentando achar motivos pra gente brigar. Quem veio defender a Ashley foi você, e se é para a gente começar assim, prefiro nem tentar. – Disse olhando para baixo. – Não há motivos para tentar, quando sabemos que no final não vai dar certo.

– Se você não tentar, não vai poder saber o que deixou de aproveitar com medo do que a vida tem para lhe oferecer.

– Estou apenas tentando me poupar de mais lágrimas. Já tenho muitas mágoas guardadas, Justin.

– Então você... Está desistindo? – Perguntou arrumando a sua postura.

Respirei fundo ainda olhando para baixo.

– Sim. – Murmurei. – É melhor esquecer tudo o que aconteceu e sermos apenas... Amigos.

– Tudo... Bem. – Sussurrou.

Assenti fracamente e me virei, voltando a andar lentamente.

[...]

Abri os armários com pressa. Estava precisando esquecer um pouco do mundo. Já basta a tarde que passei refletindo sobre tudo, sobre a minha vida, a minha linda vida miserável. O que no final não resultou em muita coisa, afinal, a conclusão é sempre a mesma: Por que eu ainda tento ser feliz? É... Já estou cansada disso... Não adianta ficar fugindo do inevitável. Algumas pessoas nasceram para serem felizes, outras não. Acho que já está mais do que na hora de eu aceitar isso.

Finalmente encontrei o que eu procurava. No cantinho do armário, praticamente escondido. Peguei o potinho e o coloquei sobre o balcão da pia. Fiquei o encarando por alguns segundos me lembrando de tudo que o Justin disse... Ri sem humor.

Abri o pote e despejei alguns comprimidos na minha mão. Fazia já um tempo que eu não os tomava. Eu andava tão tranquila... Mas, não! Sempre tem que ter algo ou alguém para acabar com o meu sossego.

– O que você está fazendo? – Ouvi a voz do Justin perguntar, me assustando e fazendo alguns dos comprimidos em minha mão caírem no chão.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei irritada.

– Eu queria falar com você e como a porta estava aberta, entrei. – Respondeu encarando a minha mão, ainda com os comprimidos.

– Justin, vá embora, por favor. As coisas já estão esclarecidas entre a gente, não há mais nada para se conversar.

– Mellanie, pare de mentir para você mesma! Você sabe que ainda temos muito o que conversar!

– Não temos não. Eu estou bem assim. – Respondi.

– Está tão bem que está tomando essas porcarias de novo. – Apontou para o potinho em cima do balcão.

– Se eu tomo ou não o problema é meu. – Respondi colocando os comprimidos de volta no potinho.

– Mellanie! Nós já passamos dessa fase faz tempo. – Disse se aproximando.

Suspirei e me sentei no balcão olhando fixamente para qualquer ponto sem ser o rosto do Justin.

– Fale logo o que você veio fazer aqui. – Cortei o silêncio vendo que ele se aproximou mais um pouco, parando na minha frente.

– Você sabe o porquê de eu ter vindo aqui. – Falou. Assenti, afinal, eu realmente sabia. – Olha, desculpa por ter... Defendido a Ashley.

– Você não tem que pedir desculpas. Como você mesmo disse, eu estava errada. – Dei de ombros. – Eu comecei a discussão me metendo em um assunto no qual eu não fazia parte, então...

– Mellanie...

– Não, sério! Se você queria ir pra casa dela ou não o problema é de vocês... Eu não tinha que ter me metido. – Sorri falsamente o interrompendo.

– Eu não queria ir! Mas você também não precisa falar com ela daquela forma...

– Eu...

– Vamos esquecer isso, por favor? – Pediu ficando de frente para mim e colocando cada mão em cada um dos meus joelhos.

– Tudo bem... – Murmurei finalmente o olhando nos olhos.

Ficamos alguns segundos apenas nos encarando. Era impossível não se perder naquele mar caramelado. Eu amo os seus olhos. Eles possuem um brilho diferente, especial...

–Justin? – Sussurrei aproximando o seu rosto do meu.

– Hum? – Murmurou mordendo o seu lábio inferior.

– Você sabe que possui os olhos mais lindos do mundo? – Sussurrei levando a minha mão para a sua bochecha.

Ele não falou nada apenas colou as nossas bocas. A sensação de sentir os seus lábios sobre os meus era única, e eu realmente amava isso. Afastei um pouco as minhas pernas o puxando para se encaixar no meio delas, colando, assim, os nossos corpos. Suas mãos logo se fixaram na minha cintura, enquanto as minhas iam para o seu macio cabelo. Pedi passagem para a língua e ele imediatamente cedeu enrolando a sua língua com a minha, elas dançavam em uma perfeita sincronia dentro de nossas bocas. Assim que a falta de ar se tornou presente, mordi o seu lábio inferior descolando lentamente as nossas bocas. Ele me deu um selinho e depois beijou a minha testa.

O abracei apertando seu corpo contra o meu, lembrando que isso tudo não duraria muito. Nunca dura. Tudo na vida é passageiro. As coisas ruins, as boas, os momentos tristes, os felizes... Tudo passa. Tudo um dia se vai...

Mas enquanto ele ainda está aqui, comigo, eu irei aproveitar o máximo que eu puder. Sabendo que amanhã, talvez, já estejamos brigando novamente. Mas, sabe, acho é isso que torna tudo tão especial... Nós brigamos, mas depois consertamos tudo com apenas um beijo. Acho que não importa o que ele faça, se ele conseguir me olhar nos olhos eu ficarei hipnotizada, se ele conseguir tocar os seus lábios nos meus, eu ficarei desorientada. É assim que eu me sinto, é inevitável. Ele possui um controle diferente sobre mim. Só de ficar alguns segundos longe de sua boca, eu já sinto falta dos seus lábios pressionados contra os meus. Eu acho que estou viciada em sua boca, em seu beijo, em seus olhos. Eu acho que estou me viciando no Justin... Bieber.