A Vingança de Allison Castellan escrita por Queen Julia


Capítulo 4
3. O meu passado continua a definir o meu presente


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo a minha amiga Jú. Que me persegue em todo lugar, no msn, no tumblr, e agora no nyah. Espero que já tenha começado a escrever a sua fanfic de Jogos Vorazes minha torta de morango. Tô ansiosa :)



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Não consigo parar de pensar que se existisse uma pessoa que me impediria de fazer o que vou fazer, seria Luke. Mas em minha opinião, pessoas que cometem erros deveriam ter a chance de corrigi-las.

Para o inocente, o passado pode guardar uma recompensa. Mas para os desleais, é só uma questão de tempo até o passado devolver o que eles realmente merecem.

A maioria das memórias que eu tenho da minha infância são felizes, eu apaguei todas as memórias de momento complicados e tristes, acredito que assim tenha sido melhor.O meu passado continua a definir o meu presente, e eu acredito que definirá o meu futuro, também. O futuro me deprime, já que eu não consigo ver as coisas melhorando. Simplesmente não consigo.

Estranhei o fato de nenhum deus me perturbar durante os meus sonhos. Mas isso me deu animo para acordar, o banco de trás do carro estava super bagunçado. Roupas, drogas, bebidas, armas tudo espalhado, mas não me importo muito com isso.Olhei para o lado e lá estava o heroizinho do olimpo, eu não entendi como ele sobrevive com essa cabeça oca. Por sorte ele sabia dirigir, se eu não precisasse dormir eu nunca teria o deixado dirigir o meu carro.

– Estamos chegando? – eu perguntei como uma criança.

– Mais uns dez minutos, no máximo. Animada?

– Uhum... – estiquei o braço para trás procurando alguma cerveja. Peguei uma e retirei a tampa.

– A bebida vai estar quente – disse Percy.

– Sério, não podia imaginar! – eu falei irônica. Segurei a cerveja com uma das minhas mãos, e me fixei meus olhos na bebida. Devagar toquei a ponta dos meus dedos na garrafa, e então a bebida passou de muito quente para muito fria. Olhei para Percy e só faltava ele babar, dei um gole na bebida e a senti queimando a minha garganta.

– È ali – ele disse depois de um tempo apontando para a Colina Meio-Sangue. Avistei o pinheiro de Thalia no topo, me lembrei de todas as vezes que Luke tentava me explicar o que tinha acontecido com Thalia. Eu não gostava de perguntar, no começo ele quase sempre chorava. Depois que eu comecei a entender, eu toda manha passava por lá e dizia “Oi” esperava uma resposta mas nada vinha. Mas eu tinha que colocar a seguinte coisa na cabeça, se eu encontrar Thalia eu não posso deixar as emoções me controlarem.

Estacionamos o carro em um lugar qualquer e pegamos nossas coisas. Demorou um tempo, mas finalmente chegamos ao topo da colina. Lá embaixo avistei o acampamento, parecia muito mais diferente do que eu me lembrava.

– Mudou muito. – eu murmurei me controlando para não chorar. Falhei, deixei uma lágrima cair pelo meu rosto, mas logo a limpei. Percy me olhou sem entender nada.

– È muito triste isso Percy. Você dá tão duro para proteger uma coisa, e percebe quanta coisa ruim existe no mundo. Você precisa entender, você é um grande herói, mas as pessoas sempre vão usar você.

– Mas o que... – ele disse com os olhos arregalados. Fui me afastando aos poucos.

– Sinto muito, mesmo. Você é o cara super legal, mas você precisa aprender em quem confiar. Mande um “oi” para todo mundo por mim, ok? – antes dele fazer qualquer movimento ergui minha mão. Bem que eu poderia ter feito um picolé de Percy, seria bem mais divertido mas não tinha muito tempo. Digamos que fiz com que ele sentisse algo pior do que “congelar a cabeça depois de tomar muito sorvete”.

Depois de um tempo ele caiu inconsciente. Chutei seu corpo que saiu rolando colina abaixo. Me senti muito mal por fazer o que nunca quis, ir atrás de vingança. Mas eu precisa, ou nunca viveria em paz. Luke nunca viveria em paz.

A maior arma que alguém pode usar contra nós é nossa própria mente. Aproveitando-se de dúvidas e incertezas que ali se escondem. Somos verdadeiros com nós mesmos?

Se formos acessíveis e sinceros, poderemos algum dia ser realmente amados? Podemos encontrar coragem para liberar nossos segredos mais ocultos? Ou no final, somos todos incompreensíveis até para nós mesmos?


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