A Vingança de Allison Castellan escrita por Queen Julia


Capítulo 3
2. A história do nosso passado que nos definem.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo feito com a maior preguiça, minhas sinceras desculpas.



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Eu decidi seguir a minha vida pelo caminho da vingança, sozinha. Mas as vezes, os inocentes é que acabam se ferindo. Nada acontece exatamente como se espera. E erros são fatais. Danos colaterais são inevitáveis. Eu acredito que a pior traição de todas sempre vem daqueles em que mais confiamos. Acontece que eu preferia muito mais ser pelo menos um pouco culpada pelo o que aconteceu, do que descobrir 4 anos depois sobre a escolha que ele fez. Eu não estava lá para ajudá-lo, confiei demais em outras pessoas e acabei me decepcionando.

Eu não acredito que são nossas escolhas que nos definem, acredito que seja a história do nosso passado. E o meu passado é uma longa história com muitas tragédias envolvidas. A verdade? Posso nesse momento estar me sentindo forte, mas lá no fundo, estou com medo. Não consigo esquecer que o lugar para onde eu estou indo por o meu plano em ação eu chamava de lar, e as pessoas que agora são peças no meu jogo eram minha família. Acreditava que a única pessoa que eu podia chamar de família era Luke, mas só agora eu percebi quanta saudade eu sinto de todos. O lugar que amamos é o lar, lar que nossos pés possam sair, mas não nossos corações.

Confiança é algo difícil, quer encontremos a pessoa certa para confiar... Ou confiemos na pessoa certa para fazer o errado. Mas entregar seu coração, é o mais arriscado de todos. No final, a única pessoa que podemos confiar de verdade é em nós mesmos.

– Eu pago, sério! – eu disse irritada.

– Não precisa Allison, deixa que eu pago pra você. – disse Percy.

Bufei, como ele é chato. Eu aqui querendo destruir a vida da namorada dele, e ele sendo gentil me pagando um lanche.

– Então, não está nem um pouco interessada em descobrir a minha história? – ele perguntou se sentando em um banco qualquer do parque.

– Não é necessário, Percy Jackson, Filho de Poseidon, herói do Olimpo que derrotou Cronos na semana passada. – eu disse com um sorriso maligno no rosto.

– O.k, como você sabe de tudo isso?

– Longa e complicada história, mas digamos que eu sei de tudo sobre tudo que aconteceu a uma semana atrás na manhã do seu aniversário. Histórias me deprimem, então vamos direto as perguntas e respostas.

– Certo,como você sobreviveu todo esse tempo? Mesmo se você foi muito sortuda, impossível que nenhum monstro te ataque.

– È esse dom que eu tenho, os monstros morrem de medo de mim, qualquer um que chega perto de mim, vira mingau de mostro. Do mesmo jeito que os deuses andam por essas ruas sem monstros os atacando, eu consegui viver esses últimos quatro anos sem me preocupar.

– De quem você ganhou esse dom? – ele perguntou, espera isso que eu percebi foi inveja na sua voz?

– Deusa Quione. Na verdade são muitos dons, alguns eu ainda nem descobri. Tenho-os desde que eu tenho dois anos de idade.

– Posso saber por que você ganhou esse dom? –Percy Perguntou, hum hum ainda com inveja.

– Eu quase morri em um incêndio quando pequena, e não importa o quanto tente nunca vou te contar essa história. Mas o verdadeiro motivo é por causa das minhas visões. – ele me olhou assustado, mas não disse nada esperando que eu continuasse. – Você já viu alguma mulher que tentou hospedar o espírito do Oráculo e não funcionou certo? – ele assentiu.– Bem minha mãe tentou, e as coisas não deram muito certas, eu sou a primeira menina a nascer depois de a maldição ser ativada. Eu tenho essas visões desde que eu me conheço por gente, se não fosse pela benção de Quione, já teria me matado. – eu terminei com um sorriso triste.

Tirei do bolso um cigarro, e eu o acendi. Percy me olhou assustado.

– O quê? Você viu como minha vida é uma droga, isso me tira do tédio.

– Não é da minha conta, se você quer destruir sua vida. – ele disse.

– Percy, somos semideuses. Nossa vida já está destruída, então você veio fazer o que por aqui? Não deveria estar no acampamento?

– Vim visitar a minha mãe, vou voltar hoje a tarde pro acampamento. Então vai me dar uma carona?

– Se me pagar uma garrafa de cerveja. – eu disse me levantando.

Fomos em direção ao meu carro, e ele não parava de tagarelar de como eu vou gostar do acampamento, eu queria me virar e gritar bem na cara dele.

– Eu sei! Eu vivi lá desde os meus 4 anos de idade! E agora eu vou voltar lá por que eu quero destruir a vida da sua namorada, por que ela deixou o meu irmão Luke morrer!

Chegando no carro, ele quase entrou no banco do motorista, o empurrei pro lado e ele acabou caindo no chão.

– Eu não entendo, você tem 14 anos, como sabe dirigir? Uma pergunta melhor, como conseguiu esse carro? – disse Percy.

– Meu papai não é deus dos ladrões a toa. – eu disse com um pouco de nojo quando disse “papai”, e acho que Percy percebeu.

– Você vai ver, o acampamento é o melhor lugar de todos.

– Acredito em você. – eu respondi acelerando o carro.


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