POV Julie

Estou namorando o Daniel há exatas três semanas. Sério. Eu estou muito feliz e ele também, claro. Eu nunca pensei que fosse gostar tanto de alguém como eu gosto dele. Ele é fofo, carinhoso e sempre me ouve quando eu preciso. Não importa o que esteja acontecendo, ele sempre está lá. Me ouvindo e me ajudando. Me sinto a pessoa mais feliz do universo todinho. Ele sempre me diz coisas lindas. A Bia já sabe e me apoiou. E ela adora o meu namoro. Ela acha que nós dois somos feito um para o outro. Minha amiga é muito sonhadora. E a propósito, ela também está comprometida. Engatou um namoro com o Félix. Muito fofo eles dois. Só o Martin que ainda não tem ninguém. A gente fica até zoando ele. Mas ele diz que está bem sozinho. Sei. Mas fora isso, tudo está indo muito bem. Quer dizer, quase bem. Eu vejo o Thomas quase todos os dias, ou melhor, ele me encontra quase todos os dias. E não tive coragem de dizer para ele que eu estava namorando, principalmente dizer que estou namorando um fantasma. Eu o conheço e com certeza ele ia querer conhecer o Daniel. E se eu contasse, ele não acreditaria e ia dizer que eu estou ficando louca. E o Daniel me viu conversando com ele na volta da escola e não gostou nada. Ficou louco de ciúmes. Eu disse pra ele que eu só estava conversando com o Thomas como amigo, mas o cabeça-dura do meu namorado disse que o “cretino de olhos verdes” não estava exatamente pensando em amizade. Quando ele disse isso eu tive que rir. Ele disse “Isso não tem graça. Você sabe que é verdade”. De tanto falar isso, eu acabei contando do beijo para ele. Ele ficou muito triste, mas aceitou, já que nós não estávamos namorando na época. Quer dizer, ele fez força para aceitar. Bom, mas nós estamos bem, apesar de tudo.

A gente estava ensaiando. Eu e o Dani ficávamos tocando olhares e sorrisos fofos. E por causa disso, nós erramos não sei quantas vezes. O Félix e o Martim até perderam a paciência com a gente.

- Ah, não. Eu sei que vocês estão se curtindo, mas no ensaio, não. Porra. Vocês já erraram demais. A gente tem show no Sábado e vocês não colaboram. Ainda não passamos da segunda música. – Félix disse.

- Calma, Félix. Não se estressa. Nós vamos nos concentrar. Né, Julie. – Dani disse e deu uma piscadinha pra mim. Eu ri.

Terminamos o ensaio. Ensaiamos até quase na hora do jantar. Eu fui jantar, tomar banho, terminar as tarefas. Estava quase indo dormi e o Daniel apareceu no meu quarto.

- Oi, meu amor. – disse e me deu um beijo.

- Oi, lindo. – retribui o beijo. – O que aconteceu?

- Nada. Só queria ter ver.

Ele se aproximou de mim e me beijou de novo.

POV Narradora

Eles começaram a se beijar. O beijo era possessivo, as línguas brigavam por espaço. Cessaram o beijo quando o ar se fez necessário. Abriram os olhos ao mesmo tempo. As respirações estavam pesadas e não queriam se normalizar. Daniel foi até o pescoço de Julie e beijo carinhosamente, depositando ali pequenas chupadas que deixariam marcas mais tarde. Ele parou os beijou e esfregou a ponta do nariz no local, arrancando arrepios bons em Julie. Ela cravou as suas unhas nas costas dele, agora arrancando arrepios nele. Por impulso, Daniel começou a passar as mãos por dentro da blusa de Julie, a tirando. Ela ficou envergonhada, mas ele a olhou nos olhos como se dissesse “Está tudo bem. Confia em mim”. Ela assentiu e eles continuaram. Daniel começou a tirar o blazer logo em seguida a camisa. Julie reparou que ele tinha um corpo lindo e soltou um suspiro baixo quase sem querer. Ele riu e a deitou delicadamente na cama. Começou a tirar a saia dela calmamente, alisando-lhe o corpo tão desejado por ele. Ele alcançou os lábios rosados e carnudos de Julie e a puxou para mais um beijo. Ele se levantou e começou a tirar a calça. Julie não conseguia tirar os olhos daquela cena tão provocante e chamativa. Daniel reparou que Julie não tirava os olhos dele e quis provocar mais.

- Você gosta do que vê, Julie?

- Muito. – saiu quase como um sussurro, baixo o suficiente para que ambos escutassem. – Cara, você é muito lindo. – ela disse e ficou vermelha na mesma hora, tentando disfaçar. – Ah, quero dizer... ah, merda. Não acredito que eu disse isso alto.

Ele riu, convencido. – Não tem problema, amor. Você pode falar o que quiser. – e ela ficou mais vermelha ainda, se isso fosse possível.

Ele voltou a ficar por cima de Julie voltando a beijá-la. Ele tirou dela as peças intimas com a ajuda dos dentes. Logo, em pouco tempo, ambos não vestiam mais nada. Eles se encaravam com desejo, suas respirações já eram descompassadas e pesadas. O quarto estava cheio de todo aquele desejo que eles possuíam, invadido pelo silêncio da noite. Julie deu permissão para que Daniel continuasse. Ele a beijo pela ultima vez antes de começarem a se amar. Ele a penetrou com carinho, como se tivesse medo de machucá-la. Ele se movimentava num vai-e-vem ritmado e perfeito. Julie se agarrava com força nos lençóis quase os rasgando, mordia o lábio inferior segurando um gemido que teimava em sair de seus lábios. Daniel viu que ela já se acostumará, então, começou a se mover mais rápido e mais fundo. Desta vez, ela não se segurou e soltou longos e altos gemidos que ecoaram fundo nos ouvidos de Daniel, que estremeceu de tão arrepiado que ficou. Julie levou suas mãos nas costas desnudas de Daniel e deslizou suas unhas nelas, o deixando cada vez mais excitado. O celular de Julie começou a tocar, insistentemente.

- Você não vai atender? – Daniel disse, entre suspiros.

- Nem pensar. – Julie disse, também entre suspiros. Eles não pararam o que faziam nem por um minuto se quer.

- Bom mesmo. – Daniel disse sorrindo.

Ambos gemeram o nome um do outro. Até que eles chegaram ao seu limite, já estavam muito cansados. Daniel caiu em cima de Julie e depois deitou ao lado dela, olhando para o teto com um sorriso no rosto.

- Essa... foi... a... melhor... sensação... que eu... já tive... – Daniel disse, acalmando a respiração alterada.

- Eu te amo. – Julie disse.

- Eu também te amo muito, muito.

POV Julie

Pela manhã, eu acordei bem cedo, apesar do Daniel ter me cansado. Ainda bem que era sexta e que a aula hoje acaba mais cedo. Eu ia ter o dia todo pra curtir ele. Eu até agora não acredito que nós transamos. Eu o amo demais. Ele foi muito fofo comigo. Ele dorme como um anjinho. Até que batem à porta. Meu coração ficou preso na garganta.

- Quem é?

- Sou eu Julie. A Bia. Eu te liguei ontem à noite e você não me atendeu.

- Ah, era você? Mas também, quem liga àquelas horas pra alguém?

- Desculpa, mas era importante. Anda, abre aqui pra mim. Ta trancada.

- Ta, espera ai. – virei pro Daniel e o chamei. – Dani, Dani. Acorda, a Bia ta ai fora. Não quero que ela entre com o quarto assim. – tinha roupas empalhadas por todo lado e tava todo bagunçado.

- Está bem Julie. Eu já levanto.

Nós vestimos rapidamente e arrumamos à bagunça. A Bia continuava na porta me gritando pra abrir-la. Daniel continuou no quarto, mas invisível para a Bia. Abri a porta.

- Puxa que demora. Ah, eu te liguei pra você me ajudar. Eu briguei com o Félix. – ela parou e me olhou. – O que aconteceu? Você está estranha. E ainda nem se arrumou pra escola.

- Não aconteceu nada. E, desce. Eu já vou me arrumar. – ela saiu. – E você também. Pode ir dando o fora que eu vou me arrumar. – disse me virando pro Dani.

- Não. Pra que? Eu já te vi sem roupa. – Fiquei vermelha.

- Anda, sai daqui. Você está me deixando sem graça.

- Fica não, morzão. – ele riu. – Ta, eu vou sair. – me deu um beijo. Só aí eu pude me arrumar e ir pra escola.