Cap. 25 - FDS / parte 2

Pdv Damon

Milly e eu estávamos deitados no sofá, assistindo tv. Passamos a tarde inteira conversando enquanto andávamos a volta da casa. Lembrei-me que durante o dia inteiro Milly não comeu ou caçou.

– Milly, você não está com fome? - perguntei confuso e ela negou - Você não comeu nada hoje.

– Ah, é da transformação. - deu de ombros - Já consigo ficar um dia sem comer ou beber.

– Isso não te incomoda? - fiquei curioso e ela negou.

– É legal. - virou-se para mim - Que cor estão meus olhos? - olhei-a e vi seus lindos olhos cor de topázio.

– Topázio.

– Eles nasceram verdes. - sorriu voltando-se a tv - Mas dependendo de como estou, eles ficam topázio. Diz meu vô que é do meu psicológico. Fernanda está praticamente formada.

– Por que você não? Você é a mais velha.

– Ah, mas meu pscológico é mais complicado que o dela. - sorriu e concordei - Mais curiosidades?

– Sim... Dons?

– Controlo mentes, levito qualquer coisa e meu auto controle é o melhor da família. - sorriu.

– Controla mentes? - fiquei surpreso - Legal, faço o mesmo. - dei de ombros e ela olhou-me surpresa - Não se preocupe, nunca fiz isso com você. - ela sorriu e beijou-me rápido - E você tem alguma pergunta?

– Sim. - sorriu - É uma pergunta rápida e chata.

– Pode fazer.

– O que houve entre você e Angeline?

– O quê? - fiquei confuso.

– Sei que entre vocês houve algo, não minta.

– Ah... - respirei fundo - Não foi nada mais que algumas noites. Nada de compromissos ou algo mais forte. - ela assentiu voltando-se para tv - Mas já paramos com tudo faz três meses. E agora somos apenas bons amigos.

– Bons amigos...? - não ficou muito convincente e sorri abraçando-a mais forte.

– Ciumes a essa hora, Emmilly? - ela negou incrédula e ri - Está sim. - sorri beijando seu rosto.

– Só estou cuidando do que é meu. - falou erguendo uma sombrancelha e ri.

– Ok, sou todo seu. - ela concordou e beijou-me.

– E sou toda sua. - falou entre o beijo.

(...)

Levei Milly de volta para sua casa no outro dia de noite. Ela estava muito feliz e eu também. Nunca pensei que um dia arranjaria alguém só para mim. Sim, Milly é só minha. E sou só dela. Pode passar qualquer mulher a minha frente, mas só vejo Milly para mim.

Pdv Milly

Minha vida estava perfeita. Eu o amo muito e quero sempre estar ao seu lado. Não importa onde e quando.

Acordei ouvindo um barulho muito chato. Resmunguei escondendo meu rosto de baixo dos travesseiros e ouvi alguém entrar em meu quarto... O barulho acabou e ouvi a voz mais chata da minha vida:

– Alô?

Levantei-me rápido e Gustavo estava atendendo meu celular.

– Quem fala?

– Gustavo, dê-me esse celular agora! - mandei nervosa e ele riu.

– Oi, Damon. Muito bom falar com você. O que está havendo entre você e minha irmã? E se estiver havendo algo, qual é o seu problema?

– Gustavo Henrique Cullen! - tomei rápido o celular de sua mão e ele começou a rir - Vaza daqui agora! - ele continuou a rir e então "do nada" ele foi arremessado na outra parede fora de meu quarto.

A porta fechou-se com força e ouvi Gustavo chamar pelos meus pais.

– Oi, Damon. - atendi deitando-me novamente, ouvi sua risada e revirei os olhos.

– Milly, já passou da idade de brigar com seu irmão. - falou parando de rir.

– Ah, esse garoto é um pé no saco! Não sei porque meus pais quiseram tê-lo. Ou então porque não o deixou em Ontário?

– Sei como é ter irmão mais novo.

Damon e eu ficamos conversando por mais alguns minutos. É realmente muito bom ter um namorado. E é diferente de quando eu namorava Júlio... Digo: é melhor. Amo Damon. E gostava de Júlio...

Levantei-me de minha cama e fui para meu quarto. Tomei banho rápido e troquei-me de roupa. Coloquei uma calça jeans justa, camiseta de mangas compridas preta e sapatos brancos. Desci para cozinha e encontrei-me com meu pai e Gustavo.

– Bom dia, queridos de minha vida. - falei animada.

– Inclui Damon também nessa, Milly. - Gustavo falou zombando e reirei os olhos pegando uma maçã.

– Gustavo... - chamei-o e lhe ataquei a maçã, a mesma bateu forte em seu ombro.

– Dá para termos uma manhã sem brigas? - minha mãe falou entrando na cozinha lendo uma revista - Quer que eu prepare algo, querida?

– Não, estou sem fome. - dei de ombros e sentei-me sobre o balcão, cruzando minhas pernas e peguei uma pêra - Gente, já que estão todos reunidos... - comecei meu assunto e meu pai olhou-me desconfiado, minha mãe olhou-me curiosa e gustavo continuou a ouvir sua música em seus fonos de ouvido - Tenho que contar algo muito sério. - respirei fundo tomando coragem - Damon e eu estamos namorando.

Os três olharam-me assustados e mordi a pêra.

– Fico feliz em saber, filha. - minha mãe falou sorrindo e abraçou-me de lado - Mas tem certeza de que é isso que quer?

– Sim, mãe. - sorri afirmando e meu pai olhou-me sério - Pai, sei que não gosta dele e só pensa em meu bem... Mas sei que Damon me fará bem...

– Não vou aguentar essa ideia... - ele falou pensativo e incrédulo.

– Pai, só quero que você o trate bem. Não precisa amá-lo... Sei que isso vai demorar um pouco...

– Muito. - Gustavo falou mechendo em seu IPad e revirou os olhos.

– Pai... - implorei e ele respirou fundo.

– Prometo tratá-lo bem... - falou não muito convincente.

– Isso basta. - mamãe e eu falamos.

Pdv Nessie

Resolvi sair de casa sozinha. Carlie viria comigo, mas esta tarde ela teria uma prova para entrar numa escola de balé. Decidi ir ao shopping. Sempre que vou ao shopping, distrai-o me com qualquer coisa.

Cheguei no shopping e fiquei vagando pelos corredores movimentados, pelas lojas caras... Enquanto andava sem sentido, senti um cheiro muito estranho. Há algum lobo nesse shopping.

Parei de andar quando vi a minha frente o que não esperava ver por muito tempo. Minha respiração ficou ofegante. Só tinha duas saídas. Continuar andando... Ou dar meia volta e fingir que nada aconteceu.

Dar meia volta e fingir que nada aconteceu.

Virei dando meia volta e respirei fundo, já caminhando rápido...

Senti que tinha alguém me seguindo. Minha respiração ficou dificultada e minhas pernas ficaram trêmulas.

– Nessie, não funja de mim, por favor. - Jacob falou andando logo atras de mim - Quero falar com você.

– Não quero falar com você, Jacob. - neguei trêmula - Não, não quero.

– Sei que você quer. - e então ele parou a minha frente e segurou-me.

– Me solta ou então grito. - ameacei. Ele negou e olhou-me sério.

– Nessie, não sei mais o que faço com você...! - colocou-nos muito próximos - Nessie, só falarei uma vez...

– Não, Jacob, não quero que diga nenhuma vez. Não quero te ouvir, Jacob! - fechei meus olhos e ele calou-se.

– Nessie, eu te amo. É só você quem quero. Não sinto mais nada em por sua mãe. O que eu sentia por ela... Não é nada comparado com que sinto hoje por você. Não diga-me que é a merda do inmprinting porque não é! Se fosse nem por um dia eu conseguiria ficar longe de você. Meu amor verdadeiro venceu essa merda. Você só está dificultando mais as coisas. Sei que sente algo por mim, não minta! Pare de ser imatura e adimita isso!

Abri meus olhos inacreditada de tudo que ele falara. Ele respirou fundo e fiquei sem saber o que falar ou fazer.

– Sei que te deixei muito confusa... Perdoe-me. - implorou e continuei sem saber o que falar.

– Jacob...

– Não, venha aqui. - interrompeu-me puxando-me para o meio da praça de alimentação. Ele puxou uma mesa e subiu na mesma.

– Jacob, o que está fazendo?! - perguntei confusa e ele puxou muito ar.

– Senhoras e senhores! - chamou atenção de todos. E todos os olhou - Desculpem-me interromper-lhes, mas serei rápido. - olhou-me - Renesmee, estou aqui, na frente desse shopping, pedindo-lhe desculpas. - olhou-me e todos olharam-me. Minhas bochechas arderam de tão vermelhas que deveriam estar - Estou pedindo perdão em público. Sei que fui um idiota em te deixar tão confusa e deveria ter te dado o tempo que precisava... Resolvi vir agora pois precisava dizer algo: - olhou-me carinhoso - Nessie, você é a mullher de minha vida. É com você que quero passar por toda minha vida. O que sinto por você é algo tão forte... Nunca senti isso por ninguém... - olhou para "nosso" público - E agora, novamente na frente de todos... - olhou-me e ajoelhou-se sobre a mesa. Ele tirou algo do bolso e meu coração disparou-se - Renesmee Swan Cullen, aceita casar-se comigo? Ser minha mulher por toda nossa vida?

Fiquei sem reação, ainda mais quando vi a linda aliança dourada com uma pedrinha...

– Ja...Jacob... - fiquei impressionada - Jackie... Aceito. - sorri deixando uma lágrima escorrer. Ele sorriu e desceu rápido da mesa. Estendi-lhe minha mão e ele colocou-me o anel - Eu também te amo, Jackie.

– Te amo... - e então beijou-me sob a enorme salva de palmas.