Only You escrita por Gabi Mikaelson Salvatore, Pathi Winchester Salvatore, Liss Northman Cullen Salvatore


Capítulo 16
Capítulo 16 - "Por que você não é assim?..."


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo longooooo!
Boa leitura!!



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Pdv Damon

Aproximei-me dela e a segurei em meus braços. Ela olhou-me soltando um gemido de dor e depis fechou os olhos.

- Emmilly, acorde, por favor. - sentei ao chão com ela em meus braços - Por favor, Emmilly, acorde! - passei a mão no rosto dela e a senti fria de mais - Não, Emmilly, não faça isso! - eu precisa que ela acordasse - Acorde... - coloquei a mão em seu peito, seus batimentos estavam fracos - Tenho que te salvar. - levantei ainda com ela em meus braços.

Corri em direção de onde tinha vindo. No caminho encontrei uma cabana pequena de madeira, parecia não ter ninguém lá. Não tenho tempo, preciso salvá-la. Entrei na cabana e coloquei Emmilly no chão. Eu não sabia o que estava fazendo, mas só sabia que precisava salvá-la.

Tirei minha blusa e coloquei no chão. Deixei Emmilly em cima delas. O machucado em sua cabeça sangrava muito, mas isso nem me incomodou. Emmilly gemeu de dor.

- Emmilly, você está me ouvindo? - perguntei proximo ao ouvido dela. Sua respiração estava muito falha e seu corpo tremia de dor.

Peguei meu celular e disquei o número de Angel.

- Fala, Damon. - atendeu ríspida.

- Angel, preciso de sua ajuda! - falei desesperado.

- O que você aprontou?

- Eu... Emmilly, ela está aqui em Paris. Eu a encontrei. Ela estava skiando e sofreu um acidente! Agora estou aqui com ela, ela está muito mal, eu não sei o que fazer! - desesperei-me falando tudo rápido.

- Não faça aquilo! Onde você está?

- Numa cabana na montanha do centro de ski.

- Em cinco minutos chego ai. Não faça nada! Espere, ela está muito ferida? Digo, tem muito sangue?

- Sim, mas isso não está incomodando.

- Já estou indo.

Fiquei ao lado de Emmilly, ouvindo-a gemer de dor. Meu coração estava em pedaços. Não suportei nem por um minuto a ideia de vê-la daquela forma por muito tempo. Em cinco minutos Ouvi a porta se abrir e Angel entrou, ela segurava uma grande bolsa vermelha.

- Nossa, ela está muito mal! - falou abaixando-se a frente de Emmilly - O cheiro dela não está forte!

- Por isso disse que não há incomodo. Mas o que você fará?

- Espere. - tirou algo da bolsa. Era uma frasco com um liquido vermelho escuro dentro.

- Isso é... Sangue? - fiquei confuso.

- Sim, mas não é como o nosso. - deu de ombros - É de um bruxinho amigo meu. Ele tinha o sangue de cura. E ela será curada.

- Nada acontecerá com ela, sim? - fiquei preocupado.

- Não. Em dez minutos ela ficará bem. - sorriu.

Angel abriu o frasquinho. O cheiro era muito forte. Ela despejou o liquido na boca de Emmilly. A mesma tomou e tossiu.

- Ela está bem? - fiquei preocupado.

- Está, é que o gosto é meio amargo. - deu de ombros - Quando ela acordar, dê isso a ela. - entregou-me uma garrafa com um líquido quente e outro frasquinho com um liquido igual ao outro - Pode misturar para ela não perceber. - sorriu - Agora, é melhor eu ir embora para ela não desconfiar. - levantou.

- Angel. - levantei e fiquei a sua frente - Obrigado. - ela sorriu e deu-me um beijo no rosto.

- É melhor eu ir. - pegou sua bolsa. 

Angel saiu e fiquei olhando para Emmilly. Ela é tão linda. Eu sou um idiota! Como posso deixar uma garota dessa passar?! Sou um idiota mesmo! Mas tenho que ficar ao lado dela, preciso tê-la comigo! Mas ela nunca vai me querer...

Antes dela acordar peguei aquela garrafa quente e despejei o ''remédio'' dentro. Sentei ao seu lado e fiquei a olhando. Nossa! Esqueci de avisar a alguem sobre ela! Mas o que direi depois que ela acordar?? Tenho que avisar alguém. Trazer uma das primas dela aqui.

Levantei e já estava indo em direção a porta quando ouvi um murmurio.

- Pai... - olhei para Emmilly e ela estava com o cenho franzindo, mas ainda com os olhos fechados - Mãe... Não... - aproximei-me dela e ela começou a abrir os olhos lentamente. Seus olhos estavam num tom esverdeado e dourado... Não eram topázio?? - Onde estou? - sussurrou.

- Emmilly... - falei e ela me olhou assustada - Calma, não te farei nada. - ela se afastou um pouco de mim - Você está bem?

- O que estou fazendo aqui? - colocou a mão no ombro e fez cara de dor.

- Está doendo? - tentei me aproximar e ela se afastou ficando escorada na parede. Emmilly ficou me olhando confusa e assustada - Não fique com medo de mim, eu não te farei nada. - insisti - Você se lembra do que houve?

- Lembro-me... - suspirou e ficou descrente. Ela colocou a mão na cabeça e olhou para a mão - Era para estar sangrando.

- E estava, mas já limpei. - dei de ombros, ela olhou-me surpresa e desconfiada - Sei que não confia em mim, mas eu precisava te salvar, você parecia que estava... - não consegui terminar a frase. Meu coração se desesperou só de pensar.

- Morta? - ficou descrente e afirmei com a cabeça - Tenho que avisar aos outros que estou bem. Onde estamos?

- Na montanha, ainda. Eu estava andando por aqui e te vi batendo numa arvore. Não encontrei ninguém por perto e a trouxe para cá para limpar seus ferimentos. Eu ia te levar para o hospital, mas vi que eram apenas machucados fracos... - dei de ombros - Você só desmaiou porque bateu a cabeça com força.

- Quanto tempo estamos aqui?

- Vinte minutos, no máximo. - peguei a garrafa - Tome isso daqui, você está pálida. - disfarcei.

- Estamos na neve, isso é normal. - pegou a garrafa e me olhou confusa - Você não está com frio? - apontou para meu corpo. Eu estava apenas com uma camiseta - Estava andando na neve assim? Onde estão seus casacos? - apontei para de baixo dela. Ela olhou e ficou envergonhada.

- Não se preocupe, estou bem. - dei de ombros. Ela bebeu o chocolate quente, nem percebeu o gosto um pouco diferente.

- Obrigada. - falou depois de um minuto de silencio. Sorri e ela olhou para os lados.

- É melhor avisarmos a alguem sobre você, suas primas devem estar preocupadas.

- Sim. - colocou a garrafa no chão - Ah, droga! - fez uma careta - Estou sem meu celular.

- Pegue o meu se quiser. - tirei meu celular de dentro do bolso da calça.

- Obrigada. - nossas mãos se chocaram quando entraram em contato. Ela pegou o celular e me olhou envergonhada.

- Avise para elas que te levarei até lá para o centro. - avisei.

- Não precisa, posso ir sozinha. - deu de ombros e discou os numeros.

Ela ficou falando com alguém. Nem prestei atenção na conversa. Fiquei apenas a observando. Minutos depois ela desligou a chamada. E ficamos nos encarando em silêncio.

- Damon, pare de me olhar assim. - pediu envergonhada.

- Desculpe-me... - tentei sorrir e ela riu envergonhada - Fiquei com medo quando te vi batendo na arvore. - adimiti com a cabeça baixa.

- De quê?

- Não sei... De que algo de ruim acontecesse. - respirei pesadamente.

- Obrigada por me ajudar, agora é melhor eu ir. - tentou levantar, mas acabou caindo sobre mim, fazendo-me cair também.

- Você está bem? - fiquei preocupado com a expressão dolorosa dela.

- Minhas costas doem... Desculpe-me. - sussurrou. Nossos rostos estavam bem próximos. Sua respiração estava falha e seu coração acelerado. Pela primeira vez senti-me trêmulo. Minha mão escorreu por seu rosto. Emmlly fechou os olhos ao sentir meu toque. Ceus, como essa garota é perfeita!

Pdv Milly

Falei com Nanda e com Nessie. As duas estavam desesperada por mim, mas assim que ouviram que estou bem, elas se acalmaram. Todos estavam a minha procura. Avisei a elas que eu estava bem e que logo voltaria para o centro de ski. Desliguei o celular e percebi que Damon me olhava. Ficamos assim por quase um minuto.

- Damon, pare de me olhar assim. - pedi envergonhada e ele tentou sorrir.

- Desculpe-me... - abaixou a cabeça, ri envergonhada e suspirei - Fiquei com medo quando te vi batendo na arvore. - respirou pesadamente.

- De quê? - fiquei surpresa.

- Não sei... De que algo de ruim acontecesse. - respirou pesadamente. Ele se preocupou mesmo comigo?

- Obrigada por me ajudar, agora é melhor eu ir. - mudei o assunto, pois o clima estava estranho. Apoiei-me no chão e tentei levantar. Minhas costas travaram e acabei caindo sobre Damon, fazendo-o ficar deitado no chão e eu sobre ele. Minhas costas impediam-me de fazer qualquer movimento.

- Você está bem? - perguntou desesperado de preocupação.

- Minhas costas doem... Desculpe-me. - sussurrei. Nossos rostos estavam tão próximos que senti a respiração falha dele. A minha estava da mesma forma, meu coração estava acelerado.

Senti as mãos trêmulas de Damon tocar minha face, fechei os olhos com o contato. Nesse momento parecia que eu estava nas nuvens. Seus lábios quentes foram de encontro aos meus. Se antes eu estava gelada, agora eu estava quente. Minhas mão ainda estavam me apoiando para eu não deixar meu peso nele. As mãos dele tentavam-me trazer para mais perto dele. Nem ar me faltava mais. Senti meu corpo cair de lado e Damon continuou com uma mão em minha nuca e a outra em rosto, como se estivesse decorando toda parte dele. Uma de minhas mãos foi para o pescoço dele e a outra para o peito másculo dele.

Estávamos tão envolvidos... Minha perna já envolvia a cintura dele e a mão dele estava em minha coxa. Damon já estava sobre mim. Nem por um segundo paramos o beijo quente. Ah, eu queria isso, confesso! Minhas mãos estavam procurando os botões da camisa dele. As dele estavam já dentro de minha camisa, passando-as por minha barriga e deixando um rastor de fogo. Senti os lábios dele se afastarem dos meus, dando-me alguns selinhos. As mãos dele sairam de debaixo de minha roupa. Abri os olhos e fiquei confusa. Ele não quer?

- Não... não podemos continuar... - Damon sussurrou com a voz triste, continuando com os olhos fechados - Você não é garota de uma noite só... e não quero te magoar. - ficamos assim por quase um minuto. 

Ele me queria tanto, agora poderia abusar e fazer o que tanto queria, por que não fez isso? Fiz algo de errado? Ele não me quer mais? Ah, por que estou me importando? Eu o odeio e não posso fazer isso! 

- O que foi? - ele perguntou confuso. Sem eu perceber, derramava lágrimas. Limpei-as rápido e ele segurou minha mão - Desculpe-me... Mas eu nunca me perdoaria se te fizesse sofrer. - beijou minha mão - Se eu for fazer algo, tenho que fazer certo... Mesmo eu não sabendo qual é o certo e qual é o errado. - respirou pesadamente. Ele saiu de cima de mim e ficou de pé - Tenho que te levar para o centro. - colocou seus casacos. Eu não conseguia nem sentar. Ele abaixou-se do meu lado e me levantou em seus braços. Parecia que eu pesava menos que uma pena - Está com frio?

- Não. - respondi num sussurro. Saimos da pequena cabana e ele caminhou comigo nos braços pela floresta. Meu corpo estava cansado parecia que eu tinha passado horas acordada. A caminhada até o centro será longa, não escuto as vozes de ninguém... 

Já tinha se passado vinte minutos que prosseguiamos para o centro. Ninguém comentara nada. Eu nem queria, por mim eu o deixava aqui e corria para bem longe! Mas não dava, algo me impedia de sair dos braços dele, e não era a dor nas costas. 

- Já estamos chegando? - perguntei sonolenta.

- Falta um pouco ainda. - sussurrou.

Nossa, quantos quilometro rolei? Meu Deus! Eu poderia ter morrido! Se meus pais descobrem , estou proibida de skiar pelo resto da eternidade!

Pdv Nessie

Meu coração doia em lembrar de Milly rolando naquela neve. Oh, Deus! Coitada de minha prima! Pelo menos ela avisou que estava bem... Ah, mas ela está demorando de mais!

- Nanda, dê-me seu celular! - mandei e ela o entregou a mim. Digitei o numero que Milly nos ligou e logo uma voz masculina atendeu:

- Alô?

- Oi, é que minha prima acabou de me ligar nesse número... E eu gostaria de falar com ela...

- Renesmee?

- Como sabe meu nome? - assustei-me

- Renesmee, sou eu: Damon.

- Damon?! - as garotas me olharam assustadas - Damon, o que faz com Milly?

- Eu a encontrei machucada e a levei para cuidá-la. Mas não se preocupe, ela está bem...

- Onde ela está?

- Comigo. Já estamos chegando aí no centro. Ela acabou dormindo...

- Oh, tudo bem... Damon, obrigada por cuidar dela!

- Não fiz nada, Renesmee.

(...)

Avistei Damon entrando no salão com Milly nos braços. Júlio correu em direção a eles e tirou Milly dos braços de Damon.

- Ela está bem? - Júlio perguntou desesperado.

- Sim, ela só dormiu. - Damon respondeu dando de ombros.

- Damon, obrigada por ter trago-a! - Nanda agradeceu.

- Não fiz nada. - deu de ombros - Acho melhor vocês a levarem para descansar... Ela não estáa conseguindo andar muito bem.

Damon nos contou como viu Milly e como cuidou dela. Percebi que ele ficou muito preocupado com ela...

Pdv Milly

Acordei e estava tudo escuro. Onde estou? Tentei ver melhor onde eu estava. Ah, estava no quarto do hotel... Onde está Damon? Olhei em volta e só vi uma pessoa...

- Milly, você está bem?

Era Rodrigo. Ele estava bem preocupado. Sentou do meu lado e ficou me fitando.

- Sim... - tentei sentar e consegui. Não estava mais sentindo nenhuma dor! - Já consigo sentar. - sorri de leve.

- Você deixou-me muito preocupado, Milly! - falou muito preocupado.

- Desculpe-me... - sorri envergonhada - Onde estão os outros?

- Estão lá embaixo. - deu de ombros.

- Chame as meninas, por favor? - antes dele falar algo, Nanda e Nessie entraram em meu quarto.

- Oh, que bom que acordou! - Nessie falou abraçando-me - Fiquei tão preocupada com você!

- Eu sabia que você ficaria bem! - Nanda falou sorrindo. Nessie soltou-me e sorriu.

- Digo, pode nos deixar a sós um pouco? - Nessie pediu e Rodrigo assentiu já saindo do quarto.

- Milly, conte-nos o que houve. - Nanda pediu sentando-se ao meu lado - Eu apenas te vi caindo e depois tudo ficou escuro.

- Damon disse que te viu batendo na arvore e te levou para o primeiro lugar que viu... E então limpou seus machucados...

- Sim, foi exatamente isso que aconteceu. - respirei fundo e elas olharam-me confusas.

- Aconteceu algo além disso? - Nessie perguntou-me.

- Damon e eu nos beijamos... - sussurrei e elas olharam-me desacreditadas - Não sei como deixei isso acontecer...

- Você está gostando dele, prima! - Nanda falou-me óbvia e neguei - Está sim, Milly.

- Nunca poderíamos ficar juntos. - falei séria - EU não confio nele. Sei que ele não presta.

- Oh, Milly, dê uma chance a ele. - Nessie pediiu-me.

- Eu até daria, gente. Mas ele não pediu. Ele só quer diversão, não estão vendo?

- Milly, não diga isso... - Nanda falou-me e sentou-se ao meu lado - As pessoas nem sempre são o que aparentam ser. - deu de ombros.

- Você gosta dele sim ou não? - Nessie perguntou decisiva em algo.

- Não sei. - fui sincera e joguei-me na cama, escondendo meu rosto nos travesseiros - Aaaahh! Que ódio! - abafei meus gritos de raiva e ódio de mim mesma.

Pdv Damon

Meus pensamentos só iam direto nela. Por que não consegui? Ela estava em minhas mãos...! Não era isso que eu tanto queria??

- Owh, você está apaixonado por ela. - Angel falou-me sorrindo. Tirei sua mão de meu braço e afastei-me dela - Você poderia ter continuado, mas o respeito que sente por ela... Não o deixou abusar de nada. - sorriu-me e bufei nervoso.

- Angeline...

- Sim?

- Vai à merda! - levantei nervoso do sofá e caminhei para fora do quarto.

Eu podia ter feito muitas coisas com ela...! Por que não consegui?! O que está havendo comigo?


Pdv Milly

Alguns dias depois...

Adeus, Paris! Foi muito bom conhecer-te!

Sai de dentro do táxi e peguei minhas malas... Eram muitas. 

- Não conseguirei levá-las... - resmunguei a mim mesma.

- Quer ajuda? - Júlio perguntou-me vindo por trás de mim. Sorri e assenti.

- Obrigada.

Ele deu de ombros e ajudou-me a levar as malas para dentro do aeroporto. A noite já caia lindamente. Dava-se para ver as estrelas. E elas estavam lindas.

- A noite está linda, sim? - Nanda perguntou-me sorrindo - Bela despedida. 

- Muito bela. - concordei sorrindo - Próxima parada... Inglaterra. - sussurrei e entrei no saguão do aeroporto.

Mandei uma mensagens aos meus pais dizendo que em dez minutos pegaríamos o avião. Todos fizemos o check-in e já poderíamos entrar no avião.

Sentei no banco do meio e relaxei. Todos já tinham preparado como eu estava um pouco quieta. Isso desde o dia do acidente... Desde a ultima vez que eu o vi.

***- Desculpe-me... Mas eu nunca me perdoaria se te fizesse sofrer. - beijou minha mão - Se eu for fazer algo, tenho que fazer certo... Mesmo eu não sabendo qual é o certo e qual é o errado. - respirou pesadamente.***

Essas palavras de Damon não saiam de minha cabeça. Pensei que ele iria querer fazer o certo... Mas ele nem se quer veio me procurar. 

- Olá, garota sonhadora. - Rodrigo falou-me sorrindo e sentou ao meu lado esquerdo - Em que anda sonhando?

- Na vida... - dei de ombros e dei um longo suspiro.

- Está muito estranha, Milly. - olhou-me preocupado e neguei calada.

Júlio chegou e sorriu a mim. Fiz o mesmo a ele.

Agora só teríamos mais 3 hrs de voo. Os dois não trocaram olhares e nem nada. Ainda bem, pois se eles brigassem aqui, juro que me jogava desse avião.

(...)

- Londres! AMO Londres! - Teté praticamente gritou sorrindo e se jogando na cama do hotel. Ela e eu estávamos dividindo quarto.

- Aqui é maravilhoso. - falei aproximando-me da janela e abri a mesma, deparando-me com uma linda, maravilhosa, vista.

- Milly, quer conversar? - perguntou-me carinhosa. Virei-me para ela e neguei - Milly, caso quiser... Sou sua amiga, ok?

- Obrigada. - sorri grata.

Entrei no banheiro e enchi a banheira. Só preciso de um banho bem quente...

(...)

"Balada!"

Era só isso que Nanda queria. Eu já até esperava. Londres é uma das cidades mais badalada do mundo, acha que Fernanda Cullen não pensara nisso?

Coloquei um vestido jeans na altura dos joelhos, sapatos pretos, prendi meus cabelos num coque frouxo, coloquei meus brincos e colar e maquiei-me de leve.

- Noossaa, arrasooouu! - Teté falou-me rindo e agradeci. Ela usava uma calça jeans escura, sapatos pretos, camisa tomara-que-caia branca, bolero preto, seus cabelos estavam soltos e usava um colar dourado com o simbolo do infinito.

- Está maravilhosa, Steh! - falei sorrindo. Peguei minha bolsa preta e meu celular.

- Só irá: Nanda, óbvio; Cléo; Dome; Nessie; Guilherme; Linne; Nath; Rodrigo; Nanzinho; você e eu. - pegou sua bolsa branca e abriu a porta do quarto - Vamos?

- Sim... - saimos do quarto e já fomos para dentro do elevador - Por que os outros não vão? - desconfiei.

- Alguns não querem e outros estão cansados. - deu de ombros.

Encontramos os outros e fomos para a tal balada que Cléo recomendou-nos. Até que era legal lá. Tinha várias pessoas. O bom: todos falavam nossa língua. Mas o sotaque deles era diferente.

Pdv Damon

Eu não estava nem um pouco a fim de continuar o trabalho na agencia. Eu só queria ficar por aí, mundo à fora. Mas Angeline mataria-me se eu fuzesse isso. 

Essa besteira de tirar fotos em cidades em cidades, já estava deixando-me com nostalgia. Essa manhã cheguei em Londres. Ooo chatíce!

- Onde vai? - Angel perguntou-me ao ver-me saindo do quarto do hotel.

- Você agora virou minha mãe, Angeli? - perguntei irônico e ela revirou os olhos - Vou sair, não se preocupe, volto cedo, mamãe.

Ela riu irônica e dei de ombros. Sai daquele hotel cinco estrelas e caminhei de carro pelas ruas escuras de Londres. Estava perto de uma cidadezinha daqui. Entrei na mesma e percebi que estava havendo um tipo de festival. Odeio festivais de cidades caipira.

Sai da cidade e fiquei vagando pelas ruas... Já passava da meia noite, não tinha muitas pessoas nas ruas. Ainda nem cacei...  

Parei próximo o carro a uma rua vazia, desci do mesmo e sentei-me num dos bancos. Fiquei algum tempo fazendo nada, até que resolvi sair de lá.

Ouvi alguém vindo na rua. Olhei na direção e vi uma garota loira usando um vestido curto. Ela vagava tranquilamente. Ao vê-la, senti algo tão estranho. Levantei-me do banco e caminhei em sua direção. Ela pareceu sentir-me perto e olhou-me assustada.

Milly parou de andar encarando-me assustada. Andei em sua direção e sorri de lado. Parei a sua frente e ela pareceu trêmula.

- Está me perseguindo? - perguntou-me nervosa e neguei incrédulo.

- Nunca imaginei te encontrar aqui. - dei de ombros. Ela respirou fundo e olhou-me.

Ninguém falara nada. 

- Pensei que nunca mais te veria. - murmurou desviando seu olhar do meu.

- Pensei o mesmo. - sorri e começamos a caminhar em direção oposta de antes - Não está agressiva hoje... - comentei.

- Não sou agrssiva. - deu de ombros - Só que... - pensou numa resposta e encontrei.

- Só que fica só na defensiva. - ela concordou e riu respirando fundo em seguida.

- Depois daquele dia, nunca mais te vi... Obrigada novamente. 

- Não fiz nada de mais. - sorri - Eu devo desculpas. - fui sincero e ela olhou-me confusa - Agi como um aproveitador... 

- Por que disse aquelas coisas? - olhou para frente - Arrependeu-se? 

- Não. Só que não pedi nem nada. Foi praticamente falta de respeito...

- Damon, está tentando mostrar que é outro cara? - parou a minha frente e olhou-me séria.

- O quê? Não...

- Sério, falei uma vez, não sou garota de uma noite só. Você mostrou que havia entendido, se entendeu mesmo não insistirá em nada...

- Não estou insistindo... Só acho que você está... - pensei e ela olhou-me curiosa - Certa. - murmurei - Você não me conhece... Posso só aparentar isso, mas não sou realmente o que aparento. - ela olhou-me sem entender e continuamos a andar

- Por que diz isso?

- Besteira. - dei de ombros - Coisas minha. - caminhamos em silêncio - Só uma pergunta: Um dia, futuramente, tenho chances? Não só por uma noite.

- Não sei... - murmurou - Damon, não quero um cara que um dia eu durma com ele e no outro eu acorde sozinha... - respirou fundo e concordei com seu jeito. Afinal, sou desses, durmo só numa noite e na outra vou embora.

- Não acho que teria coragem de fazer isso com você. - sussurrei e percebi o que acabei de falar. Ela olhou-me surpresa e depois desconfiada - Estava indo para onde? - mudei o assunto rápido.

- Esfriar a cabeça. - deu de ombros - Estou com muita coisa presa... Preciso de um tempo para mim.

- Quer conversar? - olhou-me desacreditada e revirou os olhos - Não falei nada de mais. - dei de ombros e ela negou - Pode se abrir...

- Eu nem te conheço.

- O que posso fazer de mais? Sai contando a Deus e mundo sobre você? Acho que não. - ela respirou mais fundo, preparando-se para falar. E eu estarei a todo ouvidos.

- Minha vida é pura confusão. Não aguento mais. Estou sempre sendo pressionada a ser quem não sou... - hesitou pensativa - Sem contar que há dois garotos que gosto muito que não se falam por minha causa. - assenti lembrando-me de Rodrigo e Júlio - Mas acho que isso você não gostará de ouvir. - dei de ombros e neguei - Só queria ser uma garota normal. - murmurou triste.

- Nem sempre a vida normal é boa, Emmilly. - falei simples e ela negou - Veja, muitas pessoas têm a vida normal... Mas estão sempre ocupados, desatentos, importando-se apenas consigo e com mais ninguém, não ligando para o próximo... - olhou-me meio surpresa e respirei fundo - A vida normal e "anormal" - fiz aspas com os dedos - ambas são estranhas e confusas. Pode ter certeza, sei do que falo.

Milly calou-se para entender tudo o que acabei de falar e sorriu de lado.

- Você não é tão insensível quanto pensei. - comentou.

- Todos dizem que sou arrogante, ignorante, insensível... Mas na verdade ninguém me conhece como sou realmente.

- Como você é realmente? - ficou interessada.

- Nem eu sei. - dei um longo suspiro.

Chegamos a frente de um hotel e ela o olhou e depois olhou-me.

- Aqui que você está? - perguntei e ela assentiu.

- Ahnn... - pensou - Quer...quer subir? - ficou um pouco envergonhada.

- Melhor não... - sorri - A gente se vê qualquer dia. - aproximei-me dela e ela ficou ofegante. Dei um beijo em seu rosto e senti seus braços abraçarem-me forte.

Fiquei surpreso e a abracei de volta.

- Obrigada por me ouvir... - sussurrou colocando seu rosto em meu peito. Ela estava sendo totalmente sincera.

- Não fiz nada. - foi só isso que soube falar. Ela olhou-me sem soltar-me e ficamos apenas na troca de olhares.

- Eu queria muito que você fosse assim. - murmurou.

- Eu também, Milly. - murmurei passando a mão em seu rosto. Ela fechou os olhos ao sentir meu contato.

Tenho que fazer isso... Aproximei meu rosto do seu e encostei nossos lábios. Ela aceitou o beijo e o aprofundou mais.

O beijo foi ficando mais urgente e rápido. Encostei-a na parede ao lado da entrada do hotel. Nossos corpos pareciam que estavam em chamas. Em todos esse anos, nunca havia sentido isso com nenhuma garota.

Senti que havia alguém se aproximando, mas estava bem distante. Milly foi parando tudo e olhou-me.

- Descul... - antes de me desculpar, ela calou-me colocando um dedo em minha boca.

- Você está em que hotel? - perguntou envergonhada e ofegante.

- Vem. - sorri e segurei sua mão.

Andamos rápidos para o hotel em que eu estava ninguém falara nada no percurso inteiro. Logo que chegamos no hotel, subimos para meu quarto. Milly ficou receosa na hora de entrar.

- Prometo não fazer nada. - falei fechando a porta. Ela assentiu e aproximou-se de mim. 

Segurei-a na cintura e a ergui do chão enquanto já nos beijávamos. Ela enroscou suas pernas em minha cintura e colocou as mãos em meu cabelo, enquanto a segurava e andava para a cama.

Deitei-a ficando por cima dela sem deixar meu peso. Beijei seu pescoço descendo meus lábios para seus ombros, deixando-a arrepiada. Tirei minha jaqueta, jogando-a em qualquer lugar do quarto. Milly tirou seus sapatos e depois voltamos ao beijo.

Deitei ao seu lado e ela abraçou-me forte. Beijei levemente seu pescoço e senti seu sangue correr rápido... Meus instintos queriam atacá-la. Mas algo bem mais forte não deixou.

- O que foi? - Milly perguntou-me ofegante e olhou-me confusa.

- Nada. - dei de ombros e beijei-a.

(N/A: Para quem ai tiver curiosidade de conhecer alguns personagens, coloquei alguns aqui-> http://only-you-fic.blogspot.com.br/2012/08/alguns-personagens.html)


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Notas finais do capítulo

Longuinho neh??
hehehe
Beijin e até amanhã!



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