Harry Potter E A Varinha Do Tempo escrita por Potter Felipe Peverell


Capítulo 26
Capítulo 26 - A Chave




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    - Simplesmente genial Harry! – Disse Hermione enquanto andavam pelos corredores de Hogwarts, após toda a confusão ter acabado.

    - Você diz isso como se eu fosse capaz de realizar a evolução com meu próprio poder – Disse Harry, enquanto passeavam pelo pátio com Luna, Neville e Gina.

    - Mas se não fosse o seu poder ter tomado conta dos poderes de Voldemort você nunca teria conseguido. Esse crédito é seu de todo jeito.

    - Isso é uma das propriedades dos erumpentes – Disse Luna, que estivera quieta até ali. – Papai me disse isso uma vez.

    - É. Eu acho que já li isso em algum lugar – Disse Hermione, para a surpresa de Harry que nunca via a amiga concordar em nada sobre os pensamentos da Luna.

    - E o que é que você não leu Granger? – Disse uma voz conhecida as suas costas.

    Era Draco. Voltara a Hogwarts com seu paletó negro e uma camisa branca feita de tweed, tecido comum na Inglaterra. Seus cabelos estavam soltos e não penteados iguais sempre tiveram. Era o mesmo Draco de antes, só que agora, mais amigável depois dos acontecimentos da maior batalha bruxa de Hogwarts, há vinte anos.

    - Draco. Como está? – Perguntou Luna

    - Bem. Vim ver se Hogwarts precisava de ajuda. Estava na batalha, mas não vi vocês. Fiquei sabendo da sua transformação. Acabei pegando papai mexendo com uma pequena chave e fiquei achando que era alguma coisa sobre Voldemort.

    - O que era? – Perguntou Harry

    - Nada sobre Voldemort. – Disse Malfoy – Mas acho que se isso cair nas mãos de Dug... O estrago será grande.

    Draco passou a chave para Harry olhar. Era dourada em sua haste que entra na fechadura e de prata, coberta com fino estanho em sua base detalhada em um grande “W” personalizado. Bem no estilo de Dug.

    - E o que é isso? – Perguntou Harry

    - É uma chave. – Respondeu Draco, com cara de óbvio.

    - Mas... Em qual porta... No que isso pode ajudar Dug? – Perguntou Harry

    - Aí é que está. Papai, que virou chefe do departamento de aurores, naturalmente você sabe, me disse que ele está procurando algo relacionado a essa chave. Mas não sabe o que é. – Disse Draco, sério.

    Harry quase havia se esquecido. Lúcio Malfoy voltara ao ministério, agora sem rancor com Harry. Virara chefe do departamento de aurores, já que em quatro anos bateu o recorde de Olho-Tonto e quase não sobrara um bruxo maligno fora de Azkaban.

    - Mas... Será algo muito poderoso assim? – Perguntou Harry a si mesmo.

    - Talvez uma pista do Weasley – Disse Draco. Ao mencionar Rony, Draco devolveu toda a tensão para eles. Rony ainda estava desaparecido desde a noite da sombra na meia noite.

    - Talvez uma chave para as trevas profundas – Disse uma voz, esganiçada, e grave atrás deles. Uma cobra enorme e prateada saiu da terra, abriu a boca e desceu novamente, revelando Salazar.

    - Deve estar muito orgulhoso, não é? – Perguntou Harry

    - Eu? – Disse Salazar em tom de escárnio – Dug não pertencia a minha casa. Só permito sangues puros e Dug é um aborto.

    - DUG É UM O QUE? – Perguntaram todos, surpresos.

    - Um aborto, que aparentemente teve o prazer de tomar magia daqueles que mais obtinham. Depois que Grindewald foi derrotado por Dumbledore, você acha que ele continuou com os poderes? Não. Dug conseguiu tirar dele.

    - Como?

    - Não faça essa pergunta a mim. Ele era da Corvinal.

    E a serpente prateada voltara dessa vez dando um salto sobre Salazar e o engolindo. Quando voltara totalmente a terra, Salazar já tinha sumido.

    - O que ele quis dizer com isso? – Perguntou Harry, confuso.

    Com o passar do tempo, já era natal novamente, e dessa vez, a ceia foi triste sem Rony. Logo depois à virada do ano, Pichitinho entregou uma carta a Harry. Pichitinho estava velho, mas não menos astuto. Continuava hiperativo e parece que alguém dera açúcar para ele, então, ao passar de volta a janela, bateu a cabeça na lâmpada que quebrou e saiu voando pelo céu cinzento de inverno que fazia.

    As folhas do carvalho invadiam a sala de Harry, cuja janela emperrada, deixava um frio entrar na sala, o que não incomodava Harry, ao ver que a carta era de Vito. Consertara a lâmpada com o feitiço reparador, que não funcionava para a janela. Harry abriu o pergaminho e leu:

    “Caro Harry,

    Espero que esteja bem, porque tenho notícias da qual não irão alegrá-lo de maneira alguma. Meu avô descobriu que as entradas do castelo onde os quatro grandes vivem tentou ser arrombado, mas não conseguiram. Ele e os outros querem conversar conosco. Esteja em Hogsmeade dia 12 de Janeiro, exatamente ao meio dia.

                                                                                                     Saudações, Vito.

                            P.S.: Recuso-me a escrever meu sobrenome.”

    Harry pensou nos maiores motivos que levariam os quatro grandes a conversar com ele. Nenhum deles chegou perto da expectativa da qual o animava. Receberia uma proposta de ir atrás de Dug e procuraria Rony ali. Sentia falta do amigo mais do que de qualquer um naquela hora. Estava sozinho naquela sala enorme e sem ninguém para dizer o quanto medo sentia.

    Ficou horas e horas sem fazer nada, até que Kingsley foi chamá-lo em sua sala.

    - Harry, é urgente. Vá para casa AGORA!

    O medo tomou conta de Harry, que esquecera de que se desaparatasse sentado, quebraria a cadeira, mas ainda assim não ligou. Seu medo era muito grande. Ao chegar em sua casa, seus piores pesadelos foram realizados. Não, Voldemort não voltara à vida, mas Dug atacara outro filho seu.

    Haviam gritos quando Harry apareceu em frente de casa. Era Alvo. Havia dor. Gina berrava também e Lílian parecia estar em silêncio. Entrou em casa correndo atropelando tudo o que havia na frente e chegou no ato de ver Dug fazendo uma cicatriz em formato de raio na testa de Alvo, enquanto Gina estava sob o feitiço das pernas presas e Lílian a acompanhava. O que mais doeu foi ver que Tiago ajudava Dug. Já estava sob o comando dele há algum tempo, e isso deixara Harry abalado. Harry empurrou Dug para o lado, que ria largamente, e socorreu Alvo. Levantou os olhos para Tiago e viu um garoto macilento e magérrimo em sua frente. Disse, quase chorando:

    - Viu quem está mandando em você? Saia do corpo dele. Saia. Tire sua alma do corpo de Dug. Você pode Tiago. Eu sei que pode. Ele é cruel. Olhe o que ele fez a sua irmã – Disse Harry apontando para Lílian, toda machucada – Olhe o que ele fez ao seu irmão. Alvo. Vocês se amam. Vocês duelam juntos como amigos. Você mente para ele para assustá-lo, você faz pirraça com ele, por que você não pode voltar a ser assim?

    Contudo, Tiago só o olhava.

    - Comovente Potter. Mas de nada adianta. – Disse Dug, que sumira como fumaça outra vez levando Tiago.

    Agora Harry estava determinado. Resgatar Rony, vingar Tiago. Dug tinha alguma coisa que se assemelhava com Harry, mas ele não sabia o que, mas com certeza era mais forte do que um pedaço de alma. Não... Harry definitivamente não era mais uma Horcrux. Não poderia ser.

    Agora olhava para o cinzento céu de janeiro. Cinzento como sua vida, como sua paz, como sua esperança. Já não havia horizonte para olhar, se não houvesse um destino para seguir. Não havia um destino, pois não havia a quem acompanhar. Já não havia morte. Estava preparado para viver como um desalmado em um mundo onde não tinha nada.

    Era tudo um branco infinito, sem portas, sem janela, nem mesmo o sol seria capaz de alegrá-lo agora. Não havia mais mundo, não havia mais Harry. Não existia um Harry para poder dar a glória de salvar os bruxos da magia das trevas. Para Harry já não existia nada, nem a esperança de recomeçar.


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