Se Todos Os Rivais Fossem Assim escrita por thalii chan


Capítulo 7
Um "Natal" e uma Noite Feliz




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Capítulo 7: Um "Natal" e uma Noite Feliz

Os dias foram passando e tudo voltou ao normal, Aoki consertou sua máquina de fax e os rivais só se comunicavam através de ligações. De fato, a relação ente os dois havia se distanciado, afinal, agora ambos estavam extremamente ocupados com seus respectivos mangás semanais. Era óbvio que nenhum deles iria esquecer aqueles beijos, mas evitavam ao máximo lembrar daquilo.

Aoki havia contratado três assistentes, sendo que a chefe era Katou. Conversava constantemente com as três, era um jeito de esquecer seu rival, mas às vezes era inútil. Nem que fosse um milésimo de um segundo a cena do beijo roubado surgia como um flash em sua mente.

Depois do expediente das assistentes, era finalmente o momento em que Aoki se perdia em suas lembranças, chegava até se entristecer.

Aoki: -falando consigo mesma- Depois de tudo que aconteceu... Tudo voltou ao normal? Por que me encontro triste desse jeito? AHH Tá tudo andando corretamente: cada um em sua casa! Era pra eu estar feliz... Ele com certeza já se esqueceu de tudo.

Já do outro lado, Fukuda se perdia nos pensamentos depois que seu assistente fora embora.

Fukuda: -falando consigo mesmo- Nunca mais nos falamos desde aquele dia... Claro, a não ser que fosse sobre seu mangá. Porém, fora isso... AHHH O que estou pensando? É assim que deve ser! Autores não têm tempo para ficar pensando nisso! Certamente ela já se esqueceu de tudo, só eu que fico aqui pensando que nem idiota!

Dias foram passando, e aconteceram diversas coisas como a serialização de Ashirogi, a de uma novata chamada Akina, e o mais surpreende de todos: o desenhista de Akina não era mais na menos que Niizuma Eiji! Aquilo não só chocou todos os autores como também todos os editores. Havia um boato de que era tudo armação dos Hattori's, mas não havia nada confirmado.

Fukuda não aceitava, de forma alguma, o fato de Niizuma possuir dois mangás serializados, então resolveu fazer aquelas reuniõezinhas com o "Grupo Fukuda" (era composto por Ashirogi, Niizuma, Hiramaru e principalmente sua rival Aoki). Foram todos para o apartamento de Niizuma, mas tudo foi em vão, afinal, ninguém frearia a sede do gênio continuar seus dois mangás.

Na hora de ir embora, já estava muito tarde e Fukuda estava certo de que daria carona para sua rival, embora não levasse em conta a sagacidade de um concorrente. Hiramaru não perdeu tempo e ofereceu carona a Aoki. O pior de tudo é que a autora aceitou! Fukuda não acreditava no que via e seu interior corroía de tal forma que nem ele mesmo sabia explicar!

Aoki aceitara a carona sim, mas por quê? Estava muito tarde? Estava muito frio? Gostava mais de Hiramaru do que de Fukuda? A resposta é sim para todas as perguntas, menos para a última é claro. Mas a cima de todas essas incógnitas havia uma resposta dominante sobre elas: a verdade é que Aoki não queria repetir aquela cena da moto depois de tanto tempo, não suportaria presenciar um "déjà-vu" aquela noite. Mas infelizmente ninguém consegue "driblar" o destino: o carro de Hiramaru foi guinchado, e o pobre coitado não sabia onde enfiar a cara. Um sonoro "Eis minha chance" ecoou na mente do motoqueiro e o mesmo fez uma proposta a autora:

Fukuda: Aoki, se não se importar com o frio, posso te levar de moto.

Aoki: Sim!

O real desejo de subir naquela moto era tanta que nem percebera que havia aceitado o convite de seu rival e claro, estava vivendo o déjà vu que "não queria". Estava controlando a vontade de se segurar no motoqueiro, acharia que se fizesse isso, seria assanhamento de sua parte.

A casa de Niizuma era mais longe de todas as outras, consequentemente a "viagem" era maior. Era uma noite muito fria, mesmo sendo um dia depois do Natal, aparentava ser inverno. [N/A: As estações da fic são baseadas no Brasil, não no Japão]

Chegaram novamente na casa de Aoki, a mesma agradeceu a carona e rapidamente virou de costa, com a intenção de entrar o mais rápido possível para casa. Todavia, os planos da autora foram por água abaixo graças a Fukuda, que imperceptivelmente agarrou um pedaço de seu sobretudo :

Fukuda: Aoki! Você tem um minuto pra gente conversar?

Aoki: Sobre...?

Fukuda: Sobre seu mangá! Envie-me logo o próximo name!

Aoki: Ah sim! Hoje mesmo irei te enviar pelo fax! Até mais então!

Fukuda: Até...

Quando Aoki abriu a porta, lembrou que tinha uma coisa para entregar para seu auxiliar.

Aoki: Fukuda!

Fukuda: Sim?

Aoki: Eu sei que o Natal foi ontem, é que não tive oportunidade de te entregar isso, espero que aceite, mesmo sendo atrasado.

Ele pega o presente, que por sinal é uma minúscula caixinha, abre e vê que é um pingente de celular com a letra A.

Aoki: Na verdade é para pendurar no celular, mas você pode pendurar na moto se você quiser. A "continuação" eu pendurei no meu celular.

Aoki retira seu aparelho do bolso e mostra seu pingente, que contém a letra F. Ele realmente não conseguiu conter tamanha vergonha, seu rosto ficou muito vermelho que podia comparar a um pimentão.

Aoki: Ei! N-N-Não vá tirando conclusões precipitadas! Antes de pensar qualquer besteira, vou dizer o significado do presente. F e A significa, na verdade, Folhas Azuis ok? O nosso primeiro mangá serializado.

Por mais que Aoki quisesse consertar, Fukuda sabia o que aquilo realmente significava. Logo pendurou a letra A nos fios que se localizavam perto do guidão.

Fukuda: Eu realmente não comprei nada, como poderei agradecê-la?

Nesse instante, ambos lembraram da bendita frase que Aoki acabou escapando dias atrás:

"Um beijo por cada agradecimento... então é assim?".

O motoqueiro, sabendo que ela também teve o flashback na mente, não resistiu e resolveu perguntar:

Fukuda: Posso te agradecer?

Aoki não conseguiu dizer nem que sim nem que não, já que também desejava o "agradecimento". O motoqueiro se aproximou e agarrou sua parceira, continuando o que haviam deixado "pendente" da última vez. A voracidade chegou mais cedo dessa vez, afinal ambos não sabiam como aguentaram tanto tempo sem o outro. O nível dos "amassos" se elevava: agarrões na jaqueta, puxada nos cabelos castanhos entre outros... Mas já que "tudo que é bom dura pouco", os dois foram parando aos poucos e se despediram, embora desejassem se encontrar o mais rápido possível.


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