Se Todos Os Rivais Fossem Assim escrita por thalii chan
Capítulo 5: Lutando Contra o Medo
A autora já se cansava daquele clima, com muita vergonha nitidamente visível em seu rosto, bateu as duas mãos em cima da mesa e resolveu contar tudo para o desenhista:
Aoki: Já chega! Eu preciso te falar uma coisa que está presa na minha garganta!
Fukuda ficou um pouco surpreso, instalou seus olhos e finalmente prestou atenção em sua parceira.
Aoki: Eu preciso confessar que... EU NÃO TENHO SECADORA, portanto suas roupas vão ficar molhadas por mais algumas horas!
Fukuda: Ah é isso? Não se preocupe, já estou tanto tempo aqui mesmo. Ficar um pouco a mais ou um pouco a menos não vai fazer diferença nenhuma.
A dona da casa estava realmente decidida contar sobre a serialização e até mesmo sobre o que ocorrera ontem, entretanto sua timidez pareceu interrompê-la naquela hora.
Aoki: Eu vou para o meu quarto, se precisar de alguma coisa é só chamar. Estou ansiosa para saber como que foi a reunião e o Yamahisa está demorando ligar...
Fukuda: Que estranho, as reuniões de serialização não costumam demorar tanto tempo assim.
Aoki: Pois é...
A autora subiu até seu quarto e ficou pensando:
Aoki: *Como pude falar aquela grande besteira pra ele? Secadora? De onde que eu fui tirar isso?... Droga...Porque fico tão nervosa quando estou perto dele? Eu não ficava tão nervosa e nem gaguejava quando falava com o Takagi-san. Eu preciso agradecê-lo pela serialização! Mas como será que vou...
Seus pensamentos foram interrompidos por um sonoro toque de celular, sabia que não era o seu, então abriu uma fresta da porta de seu quarto para ouvir a conversa de seu auxiliar no celular.
Fukuda: Se Nakai não tem mais vontade de fazer nada, não tem mais jeito. Só iremos atrapalhá-lo se fizermos algo.
Aoki não conseguiu adivinhar quem seria a pessoa do outro lado da linha, ficando extremamente cismada. Logo após Fukuda finalizar sua ligação, seu celular é que começa a tocar. Tomou um imenso susto, já que estava fazendo o que não deveria: ouvir a conversa alheia. Apanhou rapidamente o aparelho e atendeu:
Aoki: Alô?
Mashiro: Aoki-san, você sabia que o Nakai-san vai se mudar para o interior? Você precisa impedi-lo antes que seja...
Aoki: Não posso impedi-lo, ainda mais porque disse para ele nunca mais me ligar.
Desligou o seu aparelho e descobriu quem havia ligado para Fukuda antes.
Enquanto isso, o motoqueiro, que estava desenhando na cozinha, deu uma pequena pausa e ficou pensativo. Queria dar um belo de um sermão em Nakai, mas sabia que seria inútil, já que o último sermão não surtira efeito algum.
Fukuda se dirigiu até o quintal e pegou suas roupas do varal, ainda que as mesmas se encontrassem úmidas, afinal, o tempo estava nublado por consequência da chuva, dificultando a "secagem" das roupas. Trocou-se ali mesmo e foi em direção à porta, abrindo-a. Quando foi barrado por Aoki, que estava descendo as escadas.
Aoki: Onde você está indo?
Fukuda: Vou me despedir daquele fracassado... –referindo-se a Nakai-
Aoki: Vai assim? Com essas roupas molhadas?
Fukuda: Ora, é a única coisa que tenho! Você não acha que eu vá sair de moletom na rua, né?
Aoki: Custa pedir outra roupa?
Fukuda: E eu lá sabia que você tinha?
Aoki: É por isso que estou falando pra você me perguntar!
A autora subiu e desceu novamente com outra muda de roupa para o motoqueiro. Ele pegou e dessa vez foi se trocar no banheiro. Era uma jaqueta de couro bege que colocara por cima da camiseta preta, além de uma calça jeans qualquer.
Aoki: Daqui a pouco eu vou lá me despedir dele... Afinal, querendo ou não, graças a ele que Hideout Door foi pra frente.
Fukuda: Por que "daqui a pouco"? Se quiser, posso te dar uma carona.
A verdade era que Aoki morria de medo de andar de moto, mas não dava o braço a torcer e falar a verdade.
Aoki: É que eu tenho que... Que...Esperar a ligação do Yamahisa!
O motoqueiro sabia que aquilo não passava de uma grande desculpa esfarrapada, pois Yamahisa ligaria para o celular. Fukuda podia perceber a vontade que ela tinha de se despedir de seu ex-auxiliar, entretanto não aceitava esse "medo" que possuía de um veículo tão seguro, segundo ele é claro.
Não havia dito nada, apenas se aproximou de Aoki, carregou-a como da primeira vez, estilo "princesa", e seguiu até a moto. Ouviu inúmeros xingos e até suportou pequenos socos da autora, mas a ignorou completamente. Colocou-a sentada na moto e quando estava prestes a ligar, retrucou as ofensas:
Fukuda: Ei! Já chega de tanto falatório! Você acha que se fosse um veículo tão perigoso, eu deixaria você andar nela?
Foi o suficiente para aquietar Aoki. Não fora palavras delicadas, mas por alguma razão, soou como música para os ouvidos da mesma.
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