Meet Athena escrita por Nunah


Capítulo 1
prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, não sei se eu ainda levo jeito pra isso, na boa. Mas mesmo assim estou feliz de ter voltado.



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Oh, sometimes I get a good feeling,

I get a feeling that I never, never, never, never had before, no, no.

- Something’s Got A Hold On Me

Poseidon

Califórnia. Para alguns, férias. Para outros, um inferno. Sol. Calor. Praias. Isso tudo era muito legal na maior parte do tempo, mas não quando se está de ressaca e sua dor de cabeça só fica cada vez pior.

Você deve estar pensando que eu sou um idiota. Eu sei, às vezes eu sou. Família rica, dinheiro, carros, popularidade. Uma vida perfeita, por assim dizer. A verdade é que tudo não passa da melhor das aparências. É claro que tudo isso é legal, mas do que adianta quando se gasta todo seu tempo entre pessoas interesseiras e arrogantes?

Ninguém sabe como isso me irrita profundamente. A pior parte é ser a ovelha negra no meio de todos. Achar que o jeito que eles levam a vida é vergonhoso. Querer outras coisas além de dinheiro e uma boa posição social. E, acredite, quando você não está disposto a agir como eles, você é punido. Com sermões, castigos, brigas e tudo o que você pode imaginar. É um tipo de treinamento. Se você for fraco demais, é reprovado e jogado para escanteio.

Então, acaba como eu. Bebendo para esquecer que você é o motivo de praticamente destruir a família e suas doutrinas.

Bem, isso é o básico da vida na alta sociedade.

Athena

Merda, merda, merda, MERDA! Onde eu enfiei a droga daquele livro sobre a Grécia? Mas que saco, vou chegar atrasada de novo! Se bem que não vai fazer muita diferença afinal, quem liga pra uma excluída invisível com bolsa de estudos? É, talvez ninguém note. Provavelmente.

Mas eu preciso daquele livro pra ir à aula.

- Hermes! – eu gritei escada abaixo. – Você pegou minhas coisas de novo garoto?!

Meu irmão mais novo apareceu na porta da cozinha, com seu costumeiro sorriso diabólico.

- Eu não.

- Hermes, eu só vou perguntar mais uma vez. Você pegou o meu livro?

Antes que ele pudesse responder, Ártemis abriu a porta de seu quarto, com seu jeito calmo e despreocupado de sempre e, sem olhar para nenhum de nós, disse:

- Devolva o livro Hermes, não vale a briga.

Ele revirou os olhos e, totalmente contrariado, avisou:

- Embaixo da cama.

Eu sorri, entrando em seu quarto e pegando meu livro. Todos sabíamos que, mesmo Ártemis sendo toda paz e amor, quando ela ficava brava, era pra valer. E ela sempre ficava ao meu lado. Então digamos que Hermes tinha o que temer.

E não é que eu seja meio possessiva com as minhas coisas, é só que eu odeio quando mexem nelas. Fora isso, nós podemos ser amigos.

Depois de terminar de arrumar minhas coisas, desci com a mochila para o andar térreo e, fingindo não ouvir os sermões da minha tia ‘que estava sempre estressada’ Deméter sobre “Você precisa comer alguma coisa menina! Coma cereais, faz bem! Se desmaiar não adianta reclamar depois!”, eu saí de casa entrando no primeiro táxi que vi.

Deméter era legal, apesar de tudo. Ela era irmã do meu pai, que estava de casamento marcado com Hera, uma mulher bem gentil, que tinha vindo morar conosco depois de minha mãe morrer.

Eu até que cheguei cedo à faculdade, não havia quase ninguém no pátio. Mas eu não estava interessada em pessoas.

Me isolei na área da pequena floresta que havia por perto, me sentei na grama e abri um livro que estava lendo, Orgulho e Preconceito, para tentar passar o tempo. E foi quando eu o vi.


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Notas finais do capítulo

Então? :)