Um Mistério Chamado Amor escrita por GabiCullenRock


Capítulo 10
Capítulo 10 - Amor e muita dor


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, aí está mais um cap. e comentem deposi de ler né? Tem um monte de gente que e lê e que nem comenta... Isso é chato pra mim =( Digam o que acham dêem idéias novas, sugestões, se quiserem podem criticar e talz, mas comentem, please ^^ bjs espero que gostem do cap.



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 Pov. Bella

        Nunca tinha me sentido tão mal assim na vida. Nunca tinha sentido tanta vergonha. Exceto naquela vez... No ano passado... O que acontecera no ano passado superava qualquer sentimento, acontecimento ou fato. Mas ainda assim... A noite passada havia sido uma das piores de minha vida, mas talvez Edward tivesse razão. Talvez pudesse ter sido pior...

      Tudo começou normal no dia. Normal na medida do possível... Me acordei com a cabeça no colo de Edward. Não devia ser assim, mas eu me senti mais normal e bem do que em qualquer momento da vida. Como se tudo estivesse como devesse ser. O cheiro dele ficara impregnado nas minhas roupas e no meu cabelo. Quando me dei conta havia tirado o casaco em casa e ficado cheirando como uma louca. Era um cheiro doce e masculino. O melhor cheiro do mundo.

      Parece até que isso é normal, mas não é. É o mais errado e anormal possível. Só me dei conta disso às três horas da tarde do dia anterior. Lembranças me invadiram como águas de um oceano negro e gelado, senti frio, senti medo e me senti sozinha. Sentimentos que sempre me invadiam, todo tempo, todo dia, mas que sumiam quando eu estava perto de Edward. Sentimentos que haviam sumido até aquele momento.  Edward era o meu remédio, minha cura. Mesmo que uma cura temporária e com efeitos colaterais, pois ele aumentava minha dor. Ele fazia com que eu me lembrasse de tudo quando estava sozinha.

      Eu não sei e nem quero dizer como me senti durante a tarde e a noite. Só sei que nada mais existia além da dor e do meu passado sombrio, das lembranças horríveis que me invadiam. Edward não existia. Ele que era o meu remédio temporário não fazia mais efeito. Os efeitos colaterais dele me invadiam. Eu estava perdida, sozinha em um mundo escuro onde tudo doía e era uma tortura simplesmente respirar. Eu via imagens que me faziam chorar. Eu queria sumir, queria morrer. Só queria que acabasse a dor.

      Andei a toa pela rua e vi os jovens com meu remédio. Drogas. Uma coisa que eu sempre mantive distância. Na verdade eu até condenava demais quem usava, sem perceber que eu própria estava indo para aquele caminho. Mas eu não ligava para isso naquele momento. Só sentia dor e ouvia gritos em meus ouvidos. Eles me entregaram a minha cura, o meu torpor, mas Edward apareceu. E estragou tudo.

       Eu nunca tinha o visto assim. Ele parecia louco, estava fora de si, estava com raiva e eu podia ver que sentia uma dor quase parecida com a minha. Ele foi violento comigo e com os rapazes que tinham me ajudado. Eu vi tudo acontecer, calada e assustada. Mas eu vi tudo de uma maneira diferente. Era como se tivesse uma cortina invisível entre mim e eles, via tudo meio nublado. Eu ainda sentia dor e as lembranças ainda me invadiam, então eu estava distraída. Vi Edward ser atingido por um dos rapazes, vi-o cair no chão e sangue sair de sua boca linda. Não posso dizer que não senti nada ao vê-lo assim. Senti sim. A minha dor aumentou e um remorso me invadiu, junto com a vergonha e outras coisas piores.

       Logo depois Edward me puxou dali com violência. Ele me empurrava e apertava meu braço com força, acho. Nem senti. Eu estava entorpecida das coisas físicas. Meu coração doía demais para que eu sentisse algo mais. Meio que despertei daquele torpor quando Edward me jogou com violência e brutalidade num banco. Bati minhas costas e senti um pouco de dor, que me despertou. E vi algo que me despertou por completo.

       Edward chutava um banco de pedra com toda a sua força, eu o ouvia gemer de dor, gritar de dor. Ele parecia não sentir nada. Ele estava no mesmo estado que eu. A dor de seu coração devia ser forte demais. E eu sabia que a culpa era minha. O remorso arrancou um pedaço de mim. Mais um pedaço de meu coração, que já estava em frangalhos. Vi os tênis de Edward rasgar e mostrar seu pé que sangrava. Senti uma dor física e emocional ao mesmo tempo ao ter aquela visão. Só o que eu queria era que ele parasse de se machucar, ainda mais por minha culpa. Minha dor podia até voltar desde que a dele passasse.

       Aproximei-me dele e segurei seu braço usando minha força inexistente para que ele parasse. Ele se virou na minha direção com o cotovelo erguido com violência. Pensei que ele estivesse me odiando tanto que fosse me agredir. E eu aceitaria de bom grado. Eu merecia, ele podia fazer isso se quisesse. Mas ele parou e eu vi seu rosto com dor e entorpecido igual ao meu estava instantes antes. Me senti desmoronar junto com ele. E todos os sentimentos anteriores voltaram, acompanhados de outros que apareceram agora.

      Sofremos juntos e gritamos juntos. Ele sofria por minha causa, por mim. Eu achava aquele sofrimento dele tolo e imbecil. Eu sempre fui repugnante com ele, de propósito. Eu só queria que ele me odiasse e não que me amasse. Eu sofria por coisas muito mais graves e horríveis do que uma simples paixão juvenil, como a dele, mas agora a minha dor vinha acompanhado do meu novo amor por ele. Um amor que eu desconhecia e que eu desprezava. Esse amor me fazia sofrer, pois eu nunca mais iria amar ninguém. Isso era um fato. Isso que eu sentia por Edward devia ser uma ilusão ou uma carência. Eu agora era incapaz de amar.

        Edward se recuperou e começou seu discurso de o porquê de eu fazer aquilo e de que eu estava estragando a minha vida. O que ele pensa ao me perguntar isso? Pensa que o que eu faço é por opção? Que eu quero sofrer? Que eu quero me drogar? Não. Eu sofro e eu daria qualquer coisa para parar de sofrer, até mesmo drogas. Nada pode ser pior do que essa dor. Nada.

       Respondi a verdade para ele. Fui grosseira, mas pouco liguei. Ele tinha mesmo que não gostar de mim, mas senti vergonha. Vergonha por Edward me ver naquele estado. Ele não devia ter me visto assim nunca, era um estado muito deplorável. Ele não podia saber que eu estava tão mal assim e nunca ter me visto procurando por algo como drogas.

      Nossa conversa terminou e ele só me abraçou. Eu não fugi. O abraço era bom. Reconfortante, quente e acolhedor. Mas me trazia péssimas lembranças. Lembranças que um dia foram boas, mas que hoje eram terríveis. Senão uma das piores. Ficamos juntos por muito tempo até que Edward interrompeu meus pensamentos para dizer algo que eu já sabia a muito tempo. Dizer que me amava e que eu era importante pra ele e que queria me ajudar e blá, blá , blá. Não posso dizer que não me tocou. Tocou sim, mas não mudava nada. Nossa história teria o mesmo fim. Resolvi explicar para ele pela última vez o quanto nossa história era impossível. É claro que sem contar o porquê.

      O problema foi que ao fazer isso eu me vi compelida a fazer algo que eu jamais pensei que faria com Edward e nunca mais em minha vida. Beijei-o, senti seus lábios quentes e deliciosos nos meus. Ele mexia a boca com selvageria e conseguiu colocar a língua quente em minha boca. Eu me afastei no mesmo instante, pois este tipo de contato eu não queria nunca mais. Mas não fui rápida o suficiente para que não sentisse o gosto. A boca de Edward tinha o melhor sabor do mundo e eu me vi com vontade de beijá-lo mais e sentir aquele gosto de novo. Isso era errado, pois outra parte de mim não queria isso. Levantei-me para ir embora, mas é claro que o super-Edward não me deixaria voltar sozinha! Tinha que me levar para casa no seu Bat-carro! Senti-me irritada por ele mandar em mim, mas na verdade ele só queria me proteger.

        O resto da noite passou de maneira normal, na medida do impossível! E Edward encerrou a noite dizendo que amanhã iria me visitar. Que coisa maravilhosa!Agora ele sabia onde era a minha casa! Ri sarcástica e sacudi a cabeça com raiva. A vida era mesmo injusta. Eu me mudo para uma nova cidade para tentar recomeçar e construir uma vida nova esquecendo de tudo e o que acontece é que minha vida antiga recomeça do mesmo jeito e me lembro de tudo o que aconteceu o tempo inteiro.

      Esses pensamentos inofensivos tomavam minha cabeça enquanto eu tomava um banho, mas foi só eu sair e me deitar um pouco que os meus verdadeiros problemas me perturbaram de novo. E eu fiquei em um estado parecido com o de mais cedo. Eu fiquei em outro mundo e só o que eu queria era que a dor passasse. Procurando freneticamente uma maneira de me acordar desse torpor fui ao banheiro do meu quarto e me olhei no espelho. Só o que eu vi foi minha face desesperada e sofrida. Enfiei a mão na gaveta da pia e achei a tesoura. Estiquei meu pulso e tirei a minha munhequeira revelando as diversas cicatrizes de cortes já feitos ali.

       Eu nunca pensei bem no que eu realmente queria ao cortar meus pulsos. Nunca tive uma intenção clara. Nunca soube se o que eu queria era sentir dor, despertar do torpor ou me matar, mas eu nunca hesitava e fazia o que tinha que fazer. Ver o meu sangue vermelho e quente escorrendo me fazia bem e me despertava. Desci com a tesoura na direção do pulso, mas algo me deteve no meio do movimento. Vi a imagem de Edward em minha mente. Seus olhos sorrindo apaixonados para mim. Na minha mente eu também podia sorrir apaixonada para ele. Depois minha visão mudou e Edward me olhava furioso e com os olhos raivosos e tristes ao mesmo tempo, assim como há algumas horas atrás. Ele gritava para mim dizendo para que eu parasse com essa loucura e que não destruísse a minha vida, nem a dele. A nossa vida. Uma coisa que nem existia.

       Atirei a tesoura longe com raiva e me atirei no chão e abracei meus joelhos. Comecei a chorar alto, mas eu escondi meu rosto nos braços. Meu pai não podia me ver nesse estado e nem ouvir. Eu não podia mais me cortar. O que Edward diria se visse isso? Provavelmente não desistiria de mim, mas sua decepção aumentaria ainda mais. Era só uma questão de tempo até ele perceber que entrara numa furada ao se apaixonar por mim. Logo ele esqueceria, e tudo voltaria ao normal. Para ele. Para mim nada nunca mais voltaria ao normal. E Edward entraria para minha coleção de lembranças ruins.

       Me joguei na cama e fechei meus olhos. É claro que eu não dormi. O sol nem tinha raiado e eu já tinha me levantado. Tomei um banho e coloquei uma roupa preta qualquer, liguei meu Mp3e coloquei os fones de ouvido. Comecei a ouvir My Immortal do Evanescence, mas tirei, pois era muito romântica e muito sofrida. Eu não podia mais ouvir de romance e nem de sofrimento. Troquei para Bring Me to Life e deixei nessa mesma. Algumas horas se passaram. Eram oito e meia da manhã e eu estava indo fazer qualquer coisa quando ouvi uma buzina de carro lá fora. Quem seria a essa hora? Coloquei a cabeça para fora da janela. Lá estava meu amor e minha perdição. O homem que me fazia delirar e sonhar e que agora me fazia tão bem e tão mal ao mesmo tempo. Que me curava de feridas antigas, mas que fazia algumas novas doerem demais. Meu amor. Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

me digam o que acharam com Reviews! To esperando, logo eu posto mais. bjs



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