Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 24
Retorno


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem por não ter postado na semana passada é só que tive que tirar algumas duvidas sobre o capitulo com a LLJJ e se vcs querem saber está super legal! +_+
Como ela me pediu postarei dois capitulos hoje..
Boa Leitura!



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Tunn Dunn!! Aguardando Dr. Ki na ortopedia. Aguardando Dr. Ki na ortopedia.

Gritos e sussurros entravam baixinho pela porta ao lado de sua maca.

Estava com os olhos fechados quando ouviu a porta se abrir.

  — Rangiku? — Keith sussurrou.

Apenas virou a cabeça e abriu os olhos.

  — O medico já te deu alta. Podemos ir agora. — Ele sorriu suavemente.

  — Isso é bom... — Ela falou baixo. — Estou cansada desse lugar.

Começou a se descobrir e se sentou.

  — Vai com calma... O remédio pode ainda estar fazendo efeito.

  — Não, já estou bem desperta Keith. — Tocou os pés levemente no chão.

  — Mesmo assim. — Ele a segurou pelos ombros. — Deixa que eu te ajudo.

Ela suspirou.

  — Tudo bem... O pessoal já foi?

  — Sim... Nanao levou Kisa para a casa dela e está nos esperando junto com Kyoraku.

  — Hum... A Kisa foi bem? — Ela se levantou completamente e deu alguns passos sendo apoiada por Keith.

  — Por incrível que pareça sim, não chorou nem reclamou...

Saíram do quarto e começaram a andar pelos corredores brancos do hospital.

  — Esse lugar é terrível... Não quero voltar tão cedo. — Ela disse ajeitando o cabelo.

  — Então agora se cuide para que não volte. — Ele levantou uma sobrancelha.

Foram em silêncio para fora.

Uma forte rajada de vento quente passou por eles, bem diferente do ar frio que sentiam dentro do prédio. O céu estrelado continuava sem dar a luz da lua.

  — Rangiku eu estive pensando. — Keith disse de repente. — Quero que fique na minha casa por um tempo...

Ela não disse nada, apenas continuou andando ao seu lado em direção ao carro.

  — Não vai me responder.

  — O que você acha? Pensa que vou tentar me matar de novo? — Ela falou irritada.

  — Eu não disse isso.

  — Mas é o que pensou, não é?

  — Ran eu só não quero que fique sozinha... Eu sei como é duro perder quem nós amamos e estar perto de outras pessoas faz se sentir muito melhor...

  — Eu vou ficar bem na minha casa. — Ela virou o rosto irritada.

  — Sozinha?

Respirou fundo.

  — Não vai adiantar nada eu ir para a sua... Você tem que trabalhar e...

  — Eu vou pedir uma licença.

  — Vamos Keith!! Já é demais... É meu problema, não seu. — Revirou os olhos.

  — Você é minha amiga e está passando por um momento difícil, quero estar do seu lado para poder lhe dar forças... Também quero que fique com Kisa, vai ocupar sua mente.

  — Kisa... — Sorriu levemente. — Sonhei com ela depois daquele remédio...

  — Viu! Eu entendo o que você está sentindo agora. Bem, talvez nem tanto, mas saiba que pode contar comigo. — Ele apertou sua mão.

  — Eu sei Keith... Sei sim.

Chegaram no bar e o encontraram da mesma forma da noite anterior... Fechado.

  — É estranho ver esse lugar assim. — Keith disse estacionando.

  — Sim...

Os dois seguiram em direção a escada e a primeira coisa que notaram foi a saída rítmica de cabeças das janelas dos andares de cima, todas em direção a Rangiku que caminhava lentamente.

A situação era um tanto desconfortável então nenhum dos dois resolveu falar alguma coisa apenas continuaram seguindo em direção a casa de Nanao.

  — Keith pelo amor de Deus pode me soltar. — Ela falou em um tom perto de ser descontraído.

  — Foi mal... É que está parecendo quando Kisa caiu do balanço.

  — Ei não esqueça que não sou um bebê!

  — Me desculpa. É só que se parecem tanto que as vezes me confundo. — Estava tentando de uma vez por todas faze-la rir, mas tudo que conseguiu foi um olhar ofendido. — Tá legal. Vai sozinha...

Ela então passou dois degraus na frente dele.

No final do primeiro lance esbarraram com um casal sentado no meio das escadas se beijando. Ao ver Rangiku a menina se separou do rapaz e arregalou os olhos.

  — Ei Matsumoto como você está? — Ela falou se aproximando.

Nunca antes ela havia parado para conversar com essa menina. Sempre tinha a taxado de antipática por nunca falar com ninguém dentro do bar, mas agora estava completamente surpresa de vê-la tão preocupada. Na verdade era muito estranho.

  — Estou bem, não foi nada de mais. — Pegou a mão de Keith e continuou a andar.

  — Mas o que houve para você fazer isso hein? — A menina insistiu.

  — Amor! — O namorado falou a segurando pelo braço. — Matsumoto acabou de chegar não comece... Vem vamos descer. — Ele a puxou para a direção oposta que Keith e Rangiku iam.

  — Está bem... Mas Matsumoto se precisar de uma amiga para desabafar seus problemas pode falar comigo. Se cuida tá bem? — Ela falou pegando a mão de Rangiku.

  — Pode deixar... — Ela forçou um sorriso.

  — Vamos logo. — O namorado voltou a puxa-la.

Quando os dois já estavam quase no fim da escada a menina gritou.

  — Não volte a fazer isso Matsumoto! Antes pense em seus amigos que te amam...

Ela fingiu que não ouviu e continuou a subir dada a mão com Keith.

  — Ran...

  — Não! Não fale nada...

________________________________________________________________________

A porta da casa de Nanao estava aberta e Rangiku apenas a chamou do lado de fora.

Um ‘já vou’ foi ouvido e os dois entraram.

  — Sente-se Keith. — Ela falou se jogando no sofá.

Ele se sentou ereto em uma das cadeiras que estavam ali.

Minutos depois Nanao apareceu segurando no colo Kisa envolvida em uma toalha de banho.

  — Por que não me ligaram para avisar que já estavam vindo? — Ela falou pondo a menina no sofá.

Kisa estava com os lábios tremendo por conta da noite fria e Rangiku foi logo a aconchegando em seus braços.

  — Bem eu dei comida para ela e acabou sujando a roupa... Então eu fui dar um banho. — Nanao disse nervosa.

  — Obrigada Nanao e me desculpe é que o médico enrolou tanto para me dar os papeis para assinar que eu acabei esquecendo de ligar. — Ele falou suavemente.

  — E como você está agora Rangiku? — Ela olhou para a amiga que usava uma das pontas da toalha para enxugar a menina.

  — Estou bem. — Curta e seca.

  — Quer comer alguma coisa? — Nanao insistiu.

  — Não... Onde está a roupa dela? Está muito frio para ficar assim. — Evidentemente não queria conversar.

  — Nossa! Eu esqueci no banheiro. — Nanao correu para os fundos de sua casa.

  — Você ficou dodói? — Kisa perguntou em seus braços.

  — Sim querida... Mas agora eu estou melhor para ficar com você. — Ela sorriu.

  — Você levou injeção?

  — Sim... — Ela fez uma cara triste.

  — Doeu? — A menina falou chocada.

  — Só um pouquinho assim. — Ela mostrou com a mão.

  — Nossa... Você choro?

  — Não... Eu sou forte! — Ela riu.

Keith olhou a cena com certa admiração. Era como se por momentos o que aconteceu com Rangiku tivesse sido apagado de sua memoria e ela só tivesse atenção para a menina... Como uma verdadeira mãe faz.

  — Então vocês já chegaram? — Kyoraku entrou pela porta.

  — Oi... — Rangiku sorriu levemente.

  —Como vai menina? — Ele pegou outra cadeira e se sentou perto dela.

  — Estou muito bem agora... Muito obrigada por me ajudar. — Ela falou com os olhos se enchendo de lagrimas.

  — Tudo bem, não foi nada. O importante é você estar bem, não é Keith?

  — Sim... — Keith estava com a cabeça apoiada na mão em cima da mesa. — Isso é tudo que queremos agora.

  — Aqui está. — Nanao entrou na sala. — A roupa estava em meu quarto... — Ela olhou em volta e sentiu certa diferença no clima dentro de seu apartamento.

  — Me dê a roupa Nanao eu ponho. — Rangiku se levantou e tirou a toalha da menina.

  — Estive falando com Renji apouco e ele me falou que Toshirou explicou o que aconteceu para seu professor.

  — Vou agradecê-lo quando o ver.

  — Eu pedi um atestado no hospital, você pode entrega-lo quando for para a escola. — Keith disse mexendo em seus bolsos. — Acho que deixei no carro.

Um silêncio se instalou de repente no recinto. Os únicos sons que se ouviram era os de Kisa vestindo a roupa.

  — Vocês querem um café?

  — Eu adoraria Nanao-chan. — Kyoraku sorriu.

  — Eu também, se não for incomodar.

  — Quer também Ran?

  — Não estou sem fome... — Rangiku continuou a manter suas atenções na menina.

  — Tudo bem... — Ela foi para cozinha e Kyoraku e Keith começaram a conversar.

Os dois falaram sobre o incidente com certo alivio já que tudo agora voltou ao normal.

Ouvindo a conversa Rangiku não deixava de pensar como isso era um equivoco. Que ela tinha saído do hospital e que seu corpo estava melhor não era mentira, mas nada mudaria o fato de sua alma estar tão dolorida quanto na noite passada.

A única coisa que parecia não ter mudado por dentro era o fato de se sentia contente de ver o sorriso banguela de Kisa sendo direcionado para ela.

Ficaram meia hora esperando Nanao e seu café que só saiu depois que Rangiku deu uma leve cochilada no sofá.

  — Ran... Toma coma esse biscoito. — Keith a despertou.

   — Eu não quero. — Ela piscou e a abraçou mais forte Kisa em seus braços.

  — Você tem que comer... Seu estomago está fraco por causa da lavagem, se você não comer vai acabar passando mal.

  — Keith tem razão Ran-chan. — Kyoraku bebericou um pouco de café.

Ela aceitou a comeu algumas bolachas que Keith lhe ofereceu.

  — Quer que eu pegue Kisa no colo? — Ele perguntou.

  — Não. Deixa ela comigo.

  — Seu braço não está doendo?

  — Não.

  — Tudo bem... Rangiku eu falei com Kyoraku que estava querendo te levar um tempo para a minha casa e ele concordou com a ideia.

  — Mas só se você quiser. — Nanao se sobressaiu.

  — Sim... Se você quiser.

Kyoraku não quis se manifestar, mas pedia em seu interior que ela fosse. Ouviu vários comentários sobre o ocorrido na boca dos vizinhos, contou tudo para Keith antes mesmo que o medico lhe desse alta e pediu que a convencesse a passar um tempo longe daqui... Tudo o que falavam só iriam a deixar pior do que já estava.

  — Eu não sei... — Ela olhou para o chão.

  — Você pode ficar só um tempo... Só para se distrair um pouco. — Keith deslizou uma mão pelos seus cabelos. — O que acha.

Ela pensou por mais um momento até que concordou com a cabeça.

  — Vai ser bom para você. Vai ver!

Por dentro Kyoraku pensava a mesma coisa.

  — Sim, mas vou passar lá para te ver depois da aula ok? — Nanao disse.

  — Tudo bem. — Ela sorriu.

  — Ótimo. Vamos pegar suas coisas para passar a noite hoje e amanhã agente vê melhor o que faz. Está bem?

  — Sim...

  — Vocês já vão? — Kyoraku perguntou.

  — Seria melhor... Preciso ligar para Mila e Ilda devem estar preocupados...

  — Você contou o que aconteceu para eles?

  — Não, mas falei que passaria lá hoje e não liguei para avisar nada... — Ele se levantou e tirou Kisa dos braços dela.

  — Eu posso a carregar.

  — Deixa comigo... Vai com a Nanao pegar suas coisas que eu vou indo para o carro. — Ele ajeitou a menina no colo e estendeu a mão para Kyoraku. — Obrigada por tudo.

  — Não foi nada garoto... Assim que melhorar Ran, venha beber um pouco com agente. — Ele deu uma piscadela para ela.

  — Pode deixar... Vamos. — Ela se levantou e foi caminhando atrás de Keith.

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  — E depois o que houve? — A voz saiu do aparelho.

  — Eu não sei... Só vi até o momento que entraram no carro. — O homem respondeu.

  — Ótimo... Se for mentira o que nos contaram, com toda certeza ele ira procura-la.

  — Sim... Se isso acontecer eu faço questão de mata-lo de verdade.


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Notas finais do capítulo

Não disse que estava legal?
Estou ansiosa por comentários...



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