Dramione - Maldita Aposta escrita por Belletrix


Capítulo 8
Primeira Festa, Bebidas e Tentativas de Beijos.


Notas iniciais do capítulo

OI AMORES DA MINHA VIDA, XUXUS DO MEU CORAÇÃO!! EU VOLTEI, RENASCI DAS CINZAS COMO UMA FÊNIX E VOLTEEEEEEEEEEI!! ~palmas~
Ok, ok, agora abaixem essas suas varinhas, pelo amor de Merlin! Eu sei que estão querendo me azarar, e até lançar avadas em mim, até porque quase um ano sem postar é horrível... Bom, acontece que, durante esse tempo, minha vida deu uma reviravolta enorme, mudou um pouco e agora voltou ao seu normal. O que importa é que estou aqui, com um cap ENORME (quatorze mil palavras, ai que emoção) pra vocês, porque vocês merecem muito, de coração. Eu criei um PhotoBucket para hospedar as fotos da fic; por exemplo: nesse cap eu falei sobre três looks que algumas garotas foram à festa, e postei foto deles por lá. É muito fácil mexer nesse site, acessando o link (postarei logo menos), vocês cliquem em ''View Library'', irá aparecer as fotos que eu hospedo, aí vocês cliquem em uma e ela aparecerá maior e com a legenda para vocês saberem de quem é o look e etc. Qualquer dúvida, me mandem mensagem.
O link é http://s1371.photobucket.com/user/isabxx/profile/
Boa leitura, nos vemos lá embaixo!! (FAÇAM O FAVOR DE LER LÁ EMBAIXO TAMBÉM HEIN)



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POV Draco Malfoy

Mais tarde, depois do café da manhã e depois da digestão de todos, o teste estava se realizando, e eu estava mais confuso do que qualquer pessoa poderia estar.

Havia muitas pessoas habilidosas em campo esse ano. Eu só tinha certeza de que Isa e Blás estariam no time, não por serem meus amigos, claro; eu era muito rígido com o meu ‘’cargo’’ de capitão. Ninguém nunca havia falado ‘’Ah, Malfoy só escolhe Diniz e Zabini porque ambos são seus amigos’’. Todos reconheciam o talento deles.

Cada posição, passe de bola e movimentos com a vassoura foram analisados por mim com cautela. Esse time iria acabar com qualquer leãozinho que ousasse entrar no nosso caminho. Aquela Taça esse ano será nossa, e disso eu não tenho dúvida nenhuma.

Depois do teste, Blás e eu voltávamos para o castelo conversando sobre novas táticas que botaríamos em prática esse ano. A conversa fluía normalmente, até ele resolver tocar em um assunto que me deixara um tanto incomodado.

– Mas e aí, como anda você e a outra lá?

Sabia que ele se referia a Granger. Por um instante parei no lugar, pensativo. O prazo de um mês que Crabbe havia me dado logo acabaria, e eu não tinha nada em mente sobre como conquista-la (pensar nisso me nauseia).

– Não tenho nada em mente, acredita?! – falei indiferente. – Hoje tentei um diálogo amigável e sedutor ao mesmo tempo com ela, mas não consegui nada...

Blás riu debochadamente.

– Ouvir isso é estranho vindo de você, – disse distraído olhando uma sextanista grifina. – afinal, você é um dos maiores galãs de Hogwarts.

– É eu sou sim! – disse convencido. – Ainda bem que você está ciente disso, não é mesmo?!

– Não fuja do assunto, Draquinho. – imitou melosamente a voz de Pansy. – Ainda pretende manter essa aposta intacta?

– Claro que sim. Isso envolve galeões e o aumento da minha fama de pegador e, mesmo sendo com aquela sangue ruim, vale a pena.

– Só não diga que não avisei, ok? – Blás disse sério. Tão sério que eu duvidei ser ele mesmo que falara aquilo. Ainda mais quando se tratava de garotas.

– Que mal há nisso? – perguntei debochadamente. – Olhe, não vou me apaixonar pela Granger nem nada disso. Não se preocupe.

– Até porque a única pessoa que você pode ter sentimentos tão íntimos é comigo, não é mesmo?! – me mandou beijo.

Sim, esse era o Blás de sempre.

– Cadê a Isa? E o Logan? – perguntei notando a ausência dos dois.

– Vi Isa conversando com uma amiga, e Logan também conversava com uma ‘’amiga’’. – sorriu maliciosamente.

– Por que tenho amigos tão cachorros, ó Merlin? – olhei para o céu, levantando minhas mãos.

– Deve ser porque você foi a influencia para todos nós.

Dei um leve soco no ombro de Blás. Ele revidou e, assim, trocamos socos até o castelo.

– Preciso ir até meu apartamento. Estou exausto. – falei espreguiçando-me.

– Até mais, Draquinho! – mandou beijo novamente, imitando outra vez a voz melosa de Pansy.

– Até mais! – mandei outro beijo e imitei a mesma voz, rindo após isso.

**

Cheguei até o apartamento e supus que Granger não estaria lá quando notei que tudo estava silencioso. Ela está tentando me evitar, não consegue ficar tanto tempo ao meu lado sem disfarçar sua excitação por mim.

Tomei um banho demorado e me arrumei. Desci até a sala e joguei-me no sofá. Estava tão cansado que não seria má ideia dormir aqui mesmo e só acordar no dia seguinte. Meus olhos estavam se fechando quando ouvi a porta se abrir e Granger entrar apressada por ela.

– Não vai me dar um beijo de ‘’oi’’? – perguntei debochadamente.

– Eu poderia lhe dar um tapa de ‘’oi’, mas vou poupar minha mão de encostar nessa sua cara imunda. – a morena disse subindo as escadas.

– Granger, Granger... Eu sei que você adoraria encostar seus dedos em mim. Aliás, quem não adoraria? – disse em tom alto para que ela pudesse me escutar lá de cima.

Ela não retrucou. Talvez por não ter o que responder, ou por não querer perder tempo discutindo.

Levantei-me do sofá e subi rapidamente as escadas. Fui até seu quarto e, por incrível que pareça, a porta estava aberta.

A Grifinória estava separando umas roupas em cima de sua cama. Fiquei encostado na porta em silencio, apenas observando-a. Acho que ela não havia notado minha presença, senão já estaria me expulsando de lá.

Granger dobrou as roupas e deixou-as sobre a cama. Correu os olhos pelo quarto, parando-os em mim.

– O que faz aqui? – perguntou bruscamente.

– Vim te fazer um convite. – respondi entrando no quarto.

– Convite? – me olhou confusa.

– Sim. Queria te convidar para me dar um beijo, que tal?! Se você gostar, lhe dou outro, senão gostar, você me devolve o beijo, o que acha?

Tive uma mera ânsia ao falar isso, mas precisava botar meu plano em prática se quisesse ganhar aqueles galeões.

– Você bebeu? – perguntou em uma gargalhada zombeteira.

Talvez eu tenha realmente bebido. Nunca falaria isso em sã consciência.

Aproximei-me da Grifinória que me olhava confusa, e ao mesmo tempo nervosa. A cada passo que eu dava para perto dela, a mesma dava outro passo para longe de mim.

– Sugiro que você saia do meu quarto enquanto ainda estou lhe pedindo educadamente.

– Sugiro que você fale logo o quanto está doida para encostar seus lábios nos meus.

– Malfoy, até algum tempo atrás, ou melhor, até hoje de manhã, você sentia nojo por mim. – disse indiferente – Então por que agora está vindo com esse papo de beijo?

Como eu daria uma resposta diferente de ‘’apostei você com o Crabbe, tenho que te conquistar em um mês para ganhar meus preciosos 300 galeões’’?

– Bem, é que... Percebi que você é pegável.

– Sou bem mais que isso, mas não sou para o seu bico. – disse em um tom meio ‘’Draco’’ – Agora saia do meu quarto.

Virei-me para ir embora, mas não antes de dar uma piscadela para a Grifinória e a ver revirando os olhos.

Fui para o meu quarto e deitei-me em minha cama pensando nas coisas que havia falado à Granger há poucos minutos atrás. Minha vontade era de esganar Crabbe por essa aposta, e de me esganar logo depois por ter aceitado toda essa loucura. Granger poderia ser pegável, mas existiam garotas mais pegáveis que ela em Hogwarts, ele não poderia ter escolhido uma dessas? Por que escolher justo a sangue ruim?

Minhas pálpebras pesavam e meus olhos se fechavam em intervalos de tempo enormes, em meio a tantos pensamentos acabei dormindo sem ao menos ter a ultima chance de azarar Crabbe mentalmente.

POV Logan Lewiss

Depois do teste, estava indo para o castelo, quando uma lufana (percebi pela cor do cachecol que usava) parou-me desejando parabéns por eu ter conseguido minha posição no time.

– Geralmente eu não costumo ligar muito para esse jogo, mas com você nele... – sorriu maliciosamente.

– Talvez a gente possa conversar depois, estou cansado agora.

Sim, eu estava dispensando uma garota. Talvez porque, defender tantas goles, me deixou exausto, e eu precisava de um banho, precisava me escorar em algum lugar e esperar ansiosamente pelo almoço.

Troquei beijos na bochecha com a garota e caminhei até o castelo, pensando na maciez da minha cama no dormitório.

O Salão Comunal estava praticamente vazio. Todos deveriam estar lá fora, aproveitando o sábado ensolarado. Fui até o dormitório, tomei um longo e demorado banho, e me joguei em minha cama.

Não estava com sono, apenas estava cansado. Meu corpo doía, e minhas mãos ainda pareciam guiar minha vassoura. Esvaziei minha mente e fingi que nada ao meu redor existia. Apenas deixei a paz me guiar, descansando por alguns minutos.

Por estar exausto, até que consegui descansar bem em pouco tempo. Logo toda aquela ‘’paz’’ já estava me deixando entediado. Queria aproveitar o dia, o sol, passear pelos lugares...

Levantei-me e passei um perfume, ajeitei o cabelo e calcei um tênis.

Confesso que, lembro vagamente de um canto do castelo que sempre gostei, mas não lembro como chegar lá. Procurar Blás para me ajudar seria perda de tempo, ele deveria estar com alguma garota. Draco deveria estar em seu apartamento e, por incrível que pareça, não quero passar meu tempo livre de hoje com alguma garota. Quero apenas respirar o ar livre, sozinho. Ou com meus amigos, se eu encontrasse algum deles, é claro. E de preferencia, encontra-los sem nenhuma companhia feminina, para não ter que segurar vela, e nem nada do tipo.

Resolvi simplesmente me sentar em um canto nos jardins até a hora do almoço. Perto de umas flores, em um lugar quase deserto, Diniz lia um livro sentada na grama. Não sabia se seria certo me aproximar e atrapalhar sua leitura, e nem tenho tanta intimidade com a garota assim, mas estava me sentindo tão só, e por não achar nenhum amigo ela seria uma opção legal.

– Eu atrapalho? – disse, coçando minha nuca, quando cheguei perto da Sonserina.

Esta levantou a cabeça para me olhar curiosa e, por fim, disse:

– Já atrapalhou. – soltou uma risada nasal – Mas se quiser, pode se sentar.

Indicou com a mão um lugar ao seu lado e me sentei. Ficamos longos minutos quietos e admirando a paisagem. De vez ou outra ela passava sua mão na capa do livro, em sinal de que o silêncio não incomodava apenas a mim. Ele já se tornara constrangedor, mas não sabia sobre o que puxar assunto. Em outro momento que ela passara a mão na capa de seu livro, pude ver uma cicatriz fraca, quase legível, em seu pulso direito escrito ‘’traidora de sangue’’. Já ouvi Draco comentar algo sobre isso com Blás, mas nunca tive o interesse de perguntar nada a eles. Como se ela percebesse meus olhares em sua cicatriz, cobriu-a com sua outra mão.

– Me diz como foi lidar com o Draco. – perguntei referindo-me à época de comensal de meu amigo.

A garota apenas olhou para o horizonte e abaixou a cabeça de novo, arrancando alguns fiapos de grama. Talvez aquele não fora o melhor assunto para quebrar o silêncio. Mas eu apenas sabia a versão de Draco sobre tudo isso. Queria saber das outras pessoas que viviam ao seu redor, e pelo que eu soube, Diniz dera muita força a ele.

– Se não quiser responder eu entend...

– Foi difícil. – interrompeu-me, seus olhos fixos na capa de seu livro. – Draco não era feliz, vivia com medo dentro de si e só ficava sozinho pelos cantos. – olhou para mim e continuou – Quando ele me disse tudo que estava acontecendo, fiquei sem chão. Não sabia o que falar ou o que fazer. Ele pediu para que eu me afastasse dele, não queria causar mal a mim ou a minha família, mas eu não consegui me afastar, mesmo ele me pedindo, muitas vezes implorando. Eu sabia o quanto era arriscado continuar mantendo nossa amizade, mas eu sentia que Draco precisava de alguém para chorar quando pudesse, embora na maioria das vezes se fizesse de forte, uma característica esplêndida que nós Sonserinos possuímos, eu sabia o quanto ele estava morrendo por dentro. Ele não teve escolhas. Era isso, ou nada.

– Você contou isso para a sua família ou deixou com que eles soubessem sozinhos?

– Mesmo com um medo enorme dos meus pais me proibirem de ficar um metro de distância perto de Draco, eu contei. No começo eles pensaram até em me tirar de Hogwarts, foi muito difícil aceitar tudo. Viviam preocupados. E eu entendia tudo isso, é claro. Eu vivia explicando que apenas ficava com Draco em alguns momentos, quando ele iria fazer algo sigiloso demais, eu não me aproximava, não porque o loiro não confiava em mim, mas porque se descobrissem que eu sabia de algo... – a Sonserina fechou seus olhos e demorou alguns segundos para reabri-los. Quando fez isso, uma lágrima escorreu, e ela a limpou rapidamente. – Mas mesmo com todo esse medo, eu nunca o abandonei. Sempre me preocupava com ele, e sempre falava o quanto ele ainda seria feliz, e que sairia daquilo tudo.

Ela deu um sorriso fraco.

– Você foi muito corajosa. – eu não sabia ao certo o que dizer, era péssimo com palavras, mas qualquer um sabia o quanto ela foi corajosa.

– É isso que fazemos pelos amigos que realmente valem a pena.

– Mesmo assim, poucos se arriscariam dessa forma.

– E você, como foi sua reação quando soube de tudo isso? – ela perguntou me olhando fixamente.

Agora eu sabia o impacto que minha pergunta causara nela. Relembrar da pior época da vida de seu melhor amigo era horrível.

– Todos os dias eu escrevia cartas para ele e Blás lá na Escócia, até que chegou uma época em que ambos não as respondiam. Eu não parei de escrevê-las, sentia muita falta dos dois, e mais falta ainda sem suas respostas. Um dia, no café da manhã, eu estava sentado na mesa com minha mãe e meu pai; uma coruja trouxe o Profeta Diário, e nele tinha uma grande manchete sobre o pai de Draco estampada logo em sua capa. Imaginei porque não estava recebendo nenhuma resposta dele, e nem de Blásio. Quando li a notícia, fiquei sem reação. Sabia o quanto Draco estaria sofrendo, e desejava muito estar ao seu lado para dar um apoio. Meus pais não pensavam em voltar para cá, depois daquilo então...

– Por que vocês se mudaram para a Escócia?

– Meu pai tem um negócio de vassouras muito famoso, a sede é lá, porque parte da família dele é Escocesa.

– Você vestia saia? E tocava aquelas gaitas de fole? – ela perguntou surpresa e ao mesmo tempo divertida e nós rimos.

– Não, não tive a oportunidade de usar saias e nem de aprender a tocar aquelas gaitas, mas posso te garantir que ficaria muito galanteador se fizesse ambas essas coisas.

– Ah, claro! Você realmente ficaria muito galanteador de saia. – disse irônica, e soltou uma risada. Ri também porque me imaginei de saia, e realmente não ficaria nada galanteador.

– Mudando totalmente de assunto, porque essa é uma grande característica minha, – a Sonserina disse voltando a se recompor da risada – o que achou do treino de hoje?

– Eu tenho certeza de uma coisa: eu fui ótimo. – disse ajeitando minha camisa.

– Eu tenho uma certeza mais certeza de que a sua: eu fui melhor. – Diniz disse jogando o cabelo.

– ATÉ QUE ENFIM EU ACHEI ALGUM DE VOCÊS.

A Sonserina e eu nos assustamos.

– Blásio Zabini, da próxima vez que você chegar assim, sem avisar, e gritando, eu juro que te lanço uma azaração. – a castanha disse com a mão no coração e cara assustada.

– Achei que estivesse com alguma garota, por isso não fui te procurar. – expliquei-me assim que vi o Sonserino em pé nos olhando de braços cruzados e com uma cara nada amigável.

– Na verdade, eu realmente estava. – sorriu mudando repentinamente sua expressão.

– Vocês vão mesmo ficar falando de garotas? – Diniz perguntou com cara de tédio.

– Depois falamos Loganzinho, vim aqui falar para vocês sobre minha ideia. O que vocês acham sobre uma festa?

– Outra festa? – a Sonserina perguntou. – A última festa que demos só deu certo até a metade dela, porque a outra metade nós dois e todos que estavam na festa ficamos copiando cinco folhas do livro de Poções a madrugada inteira.

– Ninguém vai nos pegar dessa vez. – Blás disse convencido.

– E por que não iria, ó mestre das grandes ideias? – perguntei.

– Porque a festa vai ser na sala Precisa. – disse finalmente.

– Blásio, não vai dar certo.

– Eu já planejei tudo, meu bem. – Blás respondeu a Sonserina – Vai ser hoje à noite. Sim, sou bem apressado, eu sei, – disse ao ver nossas caras de espanto – mas como estava dizendo, já tenho tudo planejado; vocês me ajudam a dar uma arrumada naquela sala até hoje à noite, as pessoas pra levarem a bebida eu já arrumei, e as comidas a sala mesmo oferece, já que ela é ‘’precisa’’, mas ela não oferece as bebidas, é claro, aí seria bom demais para ser verdade. – disse se confundindo com as palavras.

– Se a sala é tão ‘’precisa’’ assim, por que precisa de nossa ajuda para arrumá-la? – perguntei.

– Ah Logan, qual é! – resmungou – Só preciso que vocês me ajudem a dar uma pequena ‘’organizada’’ nela, nada mais. Eu tive um imenso trabalho em passar três vezes por aquele corredor e pensar detalhadamente no que eu realmente iria precisar para hoje, não quero que tudo isso tenha sido em vão. E vocês querem essa festa tanto quanto eu, sei disso. E Isa, tudo vai dar certo meu amorzinho, eu prometo.

– Por mim, tudo ok, eu topo! – disse animado, afinal uma festa não seria nada ruim; garotas, bebidas e amigos, não poderia ter nada melhor para essa noite. Olhamos para Diniz esperando sua resposta, ela olhava para o chão, depois voltava seus olhos para Blásio, e assim sucessivamente, de certo pensando sobre sua decisão.

– Juro que, se nada der certo, se nós talvez formos, sei lá, EXPULSOS, você é quem dará explicações para meus pais, alegando que lançou a maldição Imperius sobre mim e eu fiz exatamente tudo que mandara.

– Eu amo você! – Blás se jogou em cima da Sonserina, abraçando-a.

– MENINO, ESTOU FICANDO SEM AR!

POV Hermione Granger

– Quem ele pensa que é?! Ah, aquela doninha...

Essa devia ser a décima vez que eu praguejava Malfoy desde que ele havia saído do meu quarto em uma tentativa frustrante de me beijar. Falar isso há alguns dias atrás soaria tão esquisito. Ainda soa, mas depois de saber de toda essa história de aposta...

Eu estava em uma poltrona perto da minha cama, pensando no que fazer. Toparia qualquer coisa, afinal ficar sem nada para fazer me traz pensamentos indesejados, como Ronald. Ah, o Rony... Superá-lo não está sendo nada fácil. Mas por esses dias pude perceber que não perdi um namorado, perdi um amigo. Perdi uma amizade que era tão verdadeira, e isso é o que realmente está me magoando.

Decidi procurar Gina.

Não me importaria se ela estivesse com Harry; ando muito sem sua companhia, ele está tomando-a demais de mim, preciso da minha melhor amiga de volta. Levantei e coloquei uma roupa rotineira e fui procurar a ruiva.

Pela cor de seus cabelos não demorei muito para encontra-la sentada em um murinho com Harry ao seu lado. As mãos dos dois estavam entrelaçadas, o garoto tirava uma mecha de cabelo do rosto de Gina e a colocava para trás de sua orelha, beijando sua bochecha logo em seguida. Isso também me fez lembrar Ronald.

‘’Droga de moleque!’’.

– Harry, o que acha de me emprestar minha melhor amiga por umas horinhas, hein? – disse chegando de supetão e assustando os dois.

– Só se você me prometer não se distanciar da gente como está fazendo – o garoto respondeu risonho.

– Não estou me distancian...

– Está sim! – Gina disse – Passa cafés da manhã, almoços e jantares sozinha. O seu tempo livre você passa lendo mais do que antes, e se não está sentada perto do Lago está em seu apartamento. Queremos a nossa Hermione de volta.

Harry fez um ‘’sim’’ com a cabeça e lançou-me um olhar de ‘’não preciso me manifestar, ela já disse tudo’’.

– Não é fácil para mim, vocês sabem. Já encontro Ronald mais do que gostaria, imagine se eu andar sempre com vocês.

– Nós somos seus amigos há anos, acha que vale a pena se distanciar por isso? – Harry perguntou.

– Não, não acho. Até porque nunca encontrarei pessoas como vocês.

Sorri e abracei um por vez. Um abraço longo, que passava para eles o quanto eu estava com saudades daquilo.

– Mas e aí Harry, vai me emprestar a Gina?

– Promete não se distanciar? E devolvê-la?

– Me distanciar, prometo que não. Agora devolver... – dei uma piscadela para Gina – estou com muita saudades dela para isso.

Puxei-a pela mão, dando tempo apenas da ruiva dar um selinho em Harry. Saímos correndo e dando risadas, como fazíamos antes. Procuramos um lugar vazio do castelo para conversarmos (voltar para o apartamento e encontrar Draco? Fora de cogitação).

Sentamo-nos naquele meu lugar preferido da vez, perto do Lago.

– Ouvi dizer que o povo da Sonserina vai dar uma festa hoje à noite. A notícia está se espalhando rápido, parece que vai ser uma festa legal.

– Esse povo Sonserino seria Draco e Blásio? – perguntei.

– Sim. Quem mais seria, não é mesmo?! Consegui convencer Harry a ir comigo, vamos?

– Não sei não... – disse.

Eu realmente queria fazer algo hoje à noite. Mas um lugar cheio, música e bebidas não me parecia boa coisa, ainda mais depois do ocorrido. Metade da escola sabia da traição, isso é óbvio. As notícias se espalham, ironicamente, como mágica. Se eu já era encarada milhares de vezes ao dia com olhares de pena, imagine lá.

‘’Olhem lá a Granger, veio a essa festa para beber e tentar esquecer-se de seus problemas..’’

– HERMIONE! – Gina gritou fazendo-me acordar de meu devaneio.

– Não tenho roupa. – dei a primeira desculpa que veio a minha mente, mas isso não funcionaria. Não com a Gina, uma garota que tem o dom de customizar roupas ou montar looks ótimos com peças que ficam amarrotadas no fundo do seu armário e você nem imaginaria que iria usar algum dia.

– Ah, que ótimo! – disse animada e dando um leve tapa em meu ombro – Vou adorar customizar algo seu, ou algo meu para ficar bom em você. – olhou longe, de certo tento alguma ideia maluca. – Essas festas em Hogwarts, principalmente as que os Sonserinos dão, geralmente não são festas para se ir com qualquer roupa. Não é como você ir à Hogsmeade, ou como uma festa dentro de uma escola, é realmente como uma festa. Você entende?

– Claro! – disse ironicamente.

– Essa vai ser a primeira festa do ano, imagina como não vai ser boa? – disse animada – Pra falar a verdade, nem precisei convencer muito o Harry, tenho certeza que ele também tem esse mesmo pensamento, mesmo sendo uma festa organizada por Sonserinos e, cá pra nós, são os que melhor sabem organizar uma boa festa. – Gina não parava nem para respirar, falar de festas sempre a deixou entusiasmada.

– Garotas estarão maquiadas e bem vestidas, cada qual de acordo com seu estilo, combinando peças com acessórios e sapatos, garotos estarão bem arrumados e cheirosos... – parou, finalmente, para pensar – MIONE É SUA CHANCE DE BEIJAR ALGUÉM! – gritou tão alto que até o Ministro da Magia pôde escutar.

– GINEVRA FALE BAIXO! – repreendi-a.

– Você tem que estar mais linda do que já é. – seus olhos brilhavam ao falar comigo e nem parecia que eu tinha gritado com ela há poucos minutos atrás – E tenho certeza que será a garota mais linda da festa.

– Eu nem respondi se vou ou não.

– Ah, mas você vai. – o brilho de seus olhos se apagaram e deram lugar a um olhar mandão, típico da ruiva. – Você vai nem que eu tenha de te arrastar até lá de pijama e tudo.

– Gina... – fiz uma cara de piedade, mas em vão.

– Hermione, você vai. Não faça essa cara. Vamos agora mesmo procurar algo em meu armário e depois no seu. Essa nossa noite vai ser ótima. Prometo que será a melhor que você anda tendo esses dias, ok? – Gina pegou em minha mão e a apertou em sinal de carinho.

– Ok. – respondi com um sorriso e cedendo a carinha de pidona que a ruiva sempre fazia.

Gina levantou rapidamente, me puxando e fazendo-me levantar também, e num ‘’vamos logo’’ super animado, fomos rumo a nossa missão.

Talvez essa festa seja boa. Vou tentar ser positiva e pensar que nela vou me distrair com coisas legais, e essa noite, como Gina mesmo disse, será a melhor que ando tendo esses dias.

POV Draco Malfoy

Acordei com o dobro do sono que estava quando fui me deitar. Levantei reunindo toda a coragem possível e tomei um longo banho.

Estava frustrado; e se eu perdesse essa maldita aposta? Eu preciso daqueles galeões. E preciso, ainda mais, expandir minha reputação de galã de Hogwarts. Eu apenas preciso me dedicar mais a esse plano, apenas isso. Ninguém consegue resistir a mim por muito tempo, e cá pra nós, ela está batendo o recorde de todas as garotas que já se aproximaram de mim e eu usei todo o meu charme do jeito que usei com ela.

Depois de me arrumar decidi procurar alguém. Blás, Isa, Logan... Qualquer um desses que não me importunam nunca.

Mas ao invés de achar alguém que não me importune, achei alguém que eu mesmo possa importunar.

– Se eu fosse você ia procurar a sua nova namorada, mas não se surpreenda se ela estiver agarrando outro por aí, é bem coisa do feitio dela.

Ronald Weasley estava encostado em uma parede, parecendo perdido em seus pensamentos, mas logo se achou quando eu fiz meu pequeno comentário.

– Tenho que te ensinar a cuidar da sua vida, é isso mesmo? – disse serrando os punhos e ficando da cor de seus cabelos.

– Ops, – levantei os braços em sinal de rendição – cutuquei alguém que está de tpm. Desculpe-me.

– Não sou eu quem parece uma mulherzinha por aqui.

– Quer realmente discutir masculinidade comigo? – perguntei – Afinal, duvido muito que seu histórico com garotas seja maior que o meu.

– Talvez não seja mesmo, mas garanto que sou mais homem que você pelo simples fato de como as trato.

– Botando belo par de chifres na cabeça delas. – disse referindo-me a sangue ruim – Grande homem você é, tenho mesmo que confessar.

Sorri irônico, o que fez com que o traidor de sangue se irritasse. Veio para cima de mim com toda a fúria possível, a cor de sua face estava pior que a de seus cabelos.

O corredor estava vazio, ótimo para uma pequena troca de gestos amigáveis.

Ele me derrubou no chão, tentando me acertar com um soco. Empurrei-o e dessa vez quem estava por cima era eu; golpeei-o bem no meio de seu nariz, fazendo com que sangrasse e Weasley ficasse mais irritado ainda.

Rolamos no chão, um ficando por cima do outro tentando acertar socos. Por fim, Ronald me acertou. Um soco certeiro e bem no meu nariz. Também começou a sangrar.

– PAREM, VOCÊS VÃO SE MATAR! – Minerva apareceu no corredor e gritava nervosa.

Ronald ainda estava por cima de mim e a fúria o tomava completamente.

– SAIA DE CIMA DE MIM, SEU IMBECIL! – gritei impaciente, de forma a parecer que apenas ele era o culpado.

– JURO QUE SE NÃO PARAREM AGORA MESMO OS DOIS ESTARÃO EM SUAS CASAS ANTES QUE O SOL SE PONHA E NUNCA MAIS PISARÃO NESTA ESCOLA.

Voltando ao normal, o cenoura saiu de cima de mim.

– Foi ele quem começou. – disse limpando o sangue que escorria de seu nariz com a ponta da blusa.

– EU? Ora...

– Senhor Malfoy, cale-se. Agora os dois irão me acompanhar até Madame Pomfrey, e logo após, quero vocês direto para minha sala.

– Eu posso me explic...

– EU NÃO QUERO EXPLICAÇÕES SENHOR MALFOY, QUERO OS DOIS ME ACOMPANHANDO.

Com toda aquela gritaria o corredor começou a se encher de gente. Todos olhando para mim e para Ronald, e parando seus olhares em nossos narizes que, sem dúvidas, estariam inchados e cheios de sangue.

**

Acompanhamos Minerva até Madame Pomfrey; esta havia feito um trabalho excelente. Nossos narizes haviam parado de sangrar, estavam menos doloridos e voltaram ao normal (sem inchaço e nenhum hematoma roxo). O maior problema que tive não foi o soco, e sim a suspensão. Minerva me proibiu e proibiu o maldito cenoura de jogar o primeiro jogo de Quadribol. Justo o clássico: Sonserina VS Grifinória. Imploramos e quase ajoelhamos para ela nos dar outra suspensão, algo que envolvesse limpar banheiros ou copiar inúmeras folhas de alguma matéria, mas ela sabia como castigar cada pessoa desse castelo.

‘’Isso é para vocês aprenderem a se comportar como gente, e não como trasgos’’.

POV Ronald Weasley

‘’Maldita doninha, maldita...’’

Estava indo para o Salão Comunal praguejando Minerva e Malfoy o máximo que conseguia.

– Rony!

Virei-me e vi Harry vindo até mim.

– Por onde andou? Te procurei quase a tarde inteira.

Contei tudo que ocorrera, desde a provocação do Sonserino até a detenção de Minerva.

– Não acredito. – disse nervoso – Rony, será o primeiro jogo. Será um clássico. Você tinha que jogar.

– A culpa não foi minha. – disse irritado.

– Não podia ter se controlado? – Harry perguntou.

– Não estou a fim de ouvir sermões, ok?

– Tudo bem, desculpe-me. – disse me dando um leve tapa nas costas.

– Ei rapazes! – Diniz vinha ao nosso encontro – Vocês já sabem de hoje à noite? – disse animada.

Fiz uma cara confusa. Achei que Harry também faria...

– Hogwarts é um lugar em que as notícias se espalham rápido. – Harry disse.

E de certo era, porque algumas pessoas que passavam por nós olhavam para mim e murmuravam. De certo sabiam do ocorrido de uma hora atrás.

– Do que estão falando? – perguntei.

– Ora, da festa que iremos dar. – A Sonserina disse como se aquilo fosse óbvio. – Acabei de sair da Sala Precisa; eu, Lewiss e Blás estávamos fazendo os últimos preparativos. Será uma festa e tanto. Vocês irão?

– Olha, eu sinceramente não sei...

– É claro que a gente vai – Harry respondeu-a – sendo namorado de Gina ela não me deixa escapar de nenhum evento do tipo. E Rony irá conosco também.

– Eu não sei, não estou animado. – disse indiferente.

– Festas Sonserinas são as melhores, você deveria ir. Odeio dizer isso, mas chame a sua namorada para ir também, se quiser.

– Vocês não se gostam muito, não é mesmo? – disse divertido – Eu fiquei sabendo do que aconteceu hoje de manhã.

– Hogwarts e essas pessoas fofoqueiras... – revirou os olhos – Mas enfim, será às 20h00min em ponto, na Sala Precisa, ok?

– Tudo bem. – respondemos em uníssono.

Despedimo-nos da castanha e fomos para o Salão Comunal. Durante o fim de tarde inteiro Harry estava tentando convencer-me a ir até essa festa.

‘’Gina irá ficar conversando com garotas em alguns momentos e eu estarei sobrando por lá...’’, ‘’Preciso de uma companhia masculina...’’, ‘’Dino e Neville também vão, todos vão, vamos...’’

O pior de tudo era se Claws estivesse lá. Estou tentando evita-la. Inventei gripe, dor de cabeça... Quase pedi para Madame Pomfrey me internar. Mas uma hora ou outra terei que encontra-la e esclarecer as coisas; falar que já estou enjoado da gente, e não quero me envolver com ninguém mais. Na certa ela já estaria fazendo um escândalo quando eu começasse com um ‘’Não quero ter mais nada com você’’.

E cansado de ouvir todos aqueles apelos de Harry, resolvi dizer um sim desanimado a essa festa.

POV Hermione Granger

Gina e eu procurávamos por algo bonito – com certeza apenas Gina, eu só estava a ajudando – e que combinasse comigo. O que era difícil. Eu era muito difícil, pAra falar a verdade. Ou simples demais. Geralmente um all star surrado com uma calça jeans e uma blusa básica sempre me caia bem, mas como ela mesma disse ‘’essa festa promete algo maravilhoso para você’’. Reviramos sua mala e não achamos nada do meu interesse.

– Não é melhor você se preocupar com o seu visual? – perguntei dando ênfase no seu – Deixa que eu arrumo algo pra mim em meu armário.

– Sem a minha ajuda? – Gina perguntou incrédula – Claro que não! Além do mais, eu já tenho algo em mente para mim.

Sentamos em sua cama, cansadas por revirar e pensar em tantas roupas. Apoiei minha cabeça em meus braços e desejei não ter que ir a essa festa, mas sendo melhor amiga de Gina isso é quase impossível.

– MIONE! – Gina pulou da cama, sem dúvidas tinha alguma ideia – Se lembra daquela carta que me escreveu nas férias? – concordei com a cabeça – Nela você comentou algo sobre ter ganhado um vestido lindo de sua madrinha...

Como pude me esquecer disso. Daquele vestido.

– EU O TROUXE COMIGO! – exclamei – Está em meu armário, guardado em um saquinho para não sujar.

– Você tem alguma sandália que combine com ele?

– Ér...

– Hermione, como você me traz um vestido sem trazer com ele uma sandália?

– Eu trouxe meu all star, achei que ficava legal.

Gina levou sua mão à testa e balançou a cabeça com cara de reprovação.

– Tsc, tsc... Acho que azaração para você é pouco. – disse séria e nós rimos – Eu tenho uma extra aqui comigo.

Gina foi até um canto em seu quarto e tirou de uma caixa uma sandália branca linda, que combinaria com o meu vestido perfeitamente.

– Só não estrague a sola dela dançando, ok? – Gina disse dando a sandália para mim e, claro, sendo irônica ao dizer isso.

– Ah, claro! Pode deixar, tentarei dançar pouco. Agora vou para o apartamento, tentar não azarar Malfoy e me arrumar para a festa. Te encontro no corredor da sala às 20h20min, ok?

– Ok! – disse animada – E se arrume direitinho, hoje quero você bem mais linda do que já é.

**

Cheguei ao apartamento e pude ouvir uma música vinda do quarto de Malfoy.

Ótimo. Espero que com aquela música ele não ouça algum possível barulho que indica que ele não é o único por aqui.

Subi rapidamente para meu quarto, tranquei a porta e fui atrás do vestido. Ele estava lá, no fundo do armário, em um saquinho florido, assim como ele.

Não acho que esse seja o vestido certo; talvez seja um pouco curto demais, decotado demais. Só que não tenho outra opção, e Gina se recusaria a colocar mangas nele. Já posso até ouvir mentalmente sua voz.

‘’Mangas? Você enlouqueceu...’’

Coloquei a sandália de Gina e o vestido sobre minha cama, separei um par de brincos de pedra branca que vovó me dera de natal e uma pulseira combinando.

Até que essas maluquices de moda de Gina serviram para alguma coisa, afinal (servia para muitas, na verdade).

Tomei um banho rápido e me maquiei no banheiro. Uma maquiagem básica, mas que já fazia toda diferença. Ajeitei o cabelo em uma trança espinha de peixe com ajuda de um feitiço (só assim mesmo para eu conseguir fazer) e fui para o quarto me trocar.

Depois de roupas colocadas, acessórios e espirros de um perfume que eu guardava para usar em ocasiões especiais, peguei minha bolsa e ao me olhar no espelho fiquei impressionada. Agora sinto pena de Ronald por ter me deixado para trás, sinto mesmo.

POV Draco Malfoy

Não sabia se azarava Blás, Isa ou Logan por ter me avisado dessa festa na última hora. Tudo bem, não os vi mais depois do treino, quando me dei o trabalho de procura-los acabei indo parar na sala de McGonagall e etc., mas mesmo assim. Cheguei ao apartamento e vasculhei meu armário em busca de algo para vestir. Arrumei-me e resolvi ficar ouvindo um pouco de música; não queria estar lá às 20h em ponto. Blás passaria aqui com Logan e outros garotos às 20h30min para irmos até lá.

Sobre essa festa? Veio bem a calhar. Se Granger estiver lá não haverá outra oportunidade para dar em cima dela. Restavam-me umas três semanas, e depois o prazo acabaria. Eu tenho que, ao menos, beijá-la na frente de todos.

Olhei em meu relógio de cabeceira e era 20h00min. Resolvi descer e esperar os garotos lá em baixo. Desci as escadas e vi uma figura feminina encostada no balcão de madeira olhando para suas unhas. Não a reconheci quando olhei.

Granger trajava um vestido florido que mostrava a todos que duvidavam sobre a garota possuir curvas, uma sandália com salto e seu cabelo estava preso numa bela trança. Sua boca estava em um rosa combinando com o vestido, e chamando-a para um beijo meu. Pensei em falar algo do tipo ‘’Ah, então uma sangue ruim sabe se arrumar...’’, mas lembrei-me do plano.

Maldito plano.

– Esse vestido lhe caiu bem. – disse olhando malicioso.

– Queria poder dizer o mesmo do seu visual, mas não posso.

– Não preciso de elogios, sei que estou lindo. E você também sabe, só não admite. – disse me aproximando.

– Experimente dar um passo para frente e eu te chuto em um lugar que irá doer muito.

– E os nossos filhos, como ficarão?

FILHOS? COM A SANGUE RUIM? MALDITOS 300 GALEÕES...

– Malfoy, não posso vomitar nessa roupa, tenho uma festa para ir.

– Soube que hoje briguei com o cenoura por sua causa? – dei ênfase no sua.

Óbvio que era mentira.

– Com Ronald? – aquilo mudou sua expressão – E por que brigaram por minha causa?

– Ele foi falar mal de você, e eu te defendi. – disse tentando esconder aquela grande mentira.

Granger riu.

– Claro Malfoy, acredito mesmo que você tenha me defendido. – sorriu sarcástica – Agora preciso ir, – empurrou-me – antes que você acabe se engasgando nas suas mentiras.

Antes que pudesse ir, puxei-a pelo braço e encostei minha boca perto de seu pescoço.

– Seu perfume é novo? – percebi quando a garota se arrepiou pela minha fala próxima de sua orelha.

– Sim, mas não é para o seu bico. Nada aqui é. Então acho que você perderá uma boa quantia em sua conta bancária, não é mesmo?

– Do quê está falando? – perguntei confuso e recusando-me a acreditar que Granger sabia da aposta.

– Não se faça de sínico, eu sei de tudo. Da aposta com os garotos.

– Granger eu acho que você bebeu antes mesmo de chegar à festa. – disse fazendo-me de desentendido.

– SEU IDIOTA, EU SEI DE TUDO! – me empurrou nervosa – AQUELE DIA DA SUA REUNIÃOZINHA COM SEUS AMIGOS, EU OUVI TUDO SOBRE ME APOSTAR. MALFOY COMO VOCÊ PODE SER TÃO ESCROTO?

– Você está louc...

– ‘’VAMOS APOSTAR A GRANGER, ELA DEVE ESTAR TÃO SENSÍVEL COM O TÉRMINO DE SEU NAMORO, NÃO É MESMO?’’. – disse andando para lá e para cá.

E agora? Ela realmente sabia de tudo. Era demais aquilo tudo. Uma sangue ruim gritando comigo, meu plano indo por água abaixo junto com meus galeões e minha reputação...

– EU TE APOSTEI OK? APOSTEI MESMO. OU ACHA QUE IA DAR EM CIMA DE VOCÊ EM SÃ CONSCIÊNCIA?! – joguei tudo que estava engasgado para fora, cuspi cada palavra e esperei a reação de Granger.

Sangue ruim havia se acalmado, agora estava pensativa. E isso me preocupava mais do que antes.

– Mas eu tenho um acordo. – disse séria.

– Acordo? – perguntei sarcástico.

– Você ainda quer seus galeões? Então façamos o seguinte: vamos fingir que somos um casal. – olhei espantado para ela e com um olhar de nojo ao mesmo tempo – Ó céus, falar isso me dá ânsia. Mas enfim... – respirou profundamente – Vamos ser um casal feliz até você ganhar seus galeões e depois disso irá acontecer uma coisa trágica que nos fará terminar e fingir que nunca existimos juntos. Mas é claro, óbvio, que eu ficarei com metade dos seus galeões.

– O QUE? – perguntei incrédulo.

– Isso mesmo! Acha que fingiria um namoro com você sem levar crédito nenhum com isso?

– Só por namorar comigo, mesmo de mentira, você já levaria. – dei uma piscadela.

Granger revirou os olhos e arrumou uma mecha de cabelo que se soltara.

– É pegar ou largar. – disse.

– Por que está fazendo isso? Poderia muito bem falar à Crabbe que sabe de tudo...

– Preciso do dinheiro. – disse antes que eu pudesse terminar

– Precisa para...?

– Isso não é da sua conta. Mas é claro que teremos regras nesse acordo.

– Regras? Já não basta ser torturante o bastante ter que fingir namorar você...

– Você não poderá ficar com outras garotas namorando comigo.

– COMO ASSIM? – as imagens de todas as garotas que eu pretendia pegar esse ano passaram por minha mente.

– É o mínimo que você pode fazer.

– Ia ser triste para você se aumentasse a sua fama por Hogwarts. – disse me referindo à traição e o par de chifres que o Weasley botou em sua cabeça.

Granger me lançou um olhar feio, mas continuou.

– Nós só vamos trocar afetos em publico. Torça para que eu não vomite.

– Ó Merlin, por quê? – ergui as mãos para o alto.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

Eu analisava cada desvantagem e vantagem dessa aposta. Claro que seria a coisa mais nojenta desse mundo fingir namorar com a sangue ruim, trocar afetos e etc., mas isso melhoraria minha fama e me daria, pelo menos, a metade dos galeões.

– Você topa ou não? – Granger perguntou impaciente.

– Ok, eu topo. – disse indiferente – Mas depois dessa festa, ok? Deixe-me ter uma despedida de solteiro.

Granger olhou para o grande relógio e saiu apressada pela porta.

– APROVEITE SUA NOITE TAMBÉM, PORQUE DEPOIS SERÁ APENAS MINHA. – gritei alto o bastante para ela ouvir.

Eu não sabia no que estava me metendo. Não sabia quais seriam as consequências, mas eu havia aceitado aquilo.

Se eu pudesse voltar no tempo teria apostado Quadribol, garotas são complicadas demais. Granger é complicada demais.

POV Isabelle Diniz

Estava em meu apartamento terminando de dar os últimos retoques no meu batom vermelho e nos meus cachos.

Estava conversando mentalmente com Merlin e pedindo a ele para ter feito Smith cair em um sono profundo por uma semana, ou uma coisa mais simples, como ele já ter ido para a festa e não estar me esperando lá embaixo.

Coloquei meus acessórios e sai do quarto (ainda falando mentalmente com Merlin, mas agora, implorando).

– Achei que nunca fosse descer.

Merlin não me ouviu, ou fingiu não ouvir. Smith estava deitado no sofá, bonito e pelo que pude sentir cheiroso. Mas do que adiantava tudo aquilo se seu comportamento era pior que o de um trasgo?

– Não pedi para me esperar. – disse grossa.

–Você está linda. – disse vindo de encontro a mim – Como sempre.

– Não tente ser galanteador, você não é. Arranje alguém nessa festa e pare de me azucrinar. Ou aquele chute foi pouco para você?

– Eu sei que tudo isso que você faz é charme.

Revirei os olhos e sai rapidamente dali. Não iria perder tempo discutindo com ele. Andei pelos corredores o mais rápido possível e ouvi um ‘’É charme sim, eu sei’’ vindo ao longe.

No caminho minha bota desamarrou; achei mais fácil abaixar e amarrá-la do que abrir minha bolsa e procurar minha varinha dentre mil coisas que eu carregava ali (graças ao maravilhoso feitiço indetectável de extensão que entrava para lista dos meus preferidos). Levei um susto quando alguém, por trás, colocou suas mãos por cima de meus olhos.

– Juro que vou te azarar, seu trasg... – levantei-me rápido, pronta para meter outro chute em Smith.

– Calma! – Lewiss levantou a mão em sinal de rendição e fazendo uma cara de espanto.

– Ah, é você. – disse aliviada – Podia jurar que Smith estava me seguindo.

– E ele estava, mas encontrei-o pelo caminho e pedi para parar de te seguir. Disse que eu queria conversar com você em particular... Sabia que você estava querendo se livrar dele.

– Ah, obrigada! – disse surpresa – Meu chute não foi o bastante para ele. Ainda continua me enchendo – revirei os olhos, logo após explicando toda a história do chute logo de manhã.

– Esse garoto é insuportável, devia ter azarado-o.

– Isso não adiantaria, tenho certeza. Nunca vi alguém tão persistente.

Estávamos caminhando em direção à festa.

– Acho que você mexe demais com ele. – disse indiferente.

– Realmente acho que mexo com partes inferiores dele só pelo olhar que me lançou quase agora ao me ver.

O Sonserino e eu demos risada com meu comentário.

– Sua blusa é bonita. – disse referindo ao meu cropped.

– Obrigada! – sorri – Eu adoro croppeds.

Lewiss estava com uma interrogação em cima de sua cabeça.

– Cropped é o nome que se dá a essas – fiz aspas com os dedos – ‘’blusas’’.

– Então... Que bonito seu cropped. – deu ênfase ao pronunciar a última palavra.

– Minha mãe que o fez. Ela tem um ateliê, um dos mais famosos no mundo bruxo.

– Você pretende seguir a profissão dela? – perguntou.

– Não, não mesmo. – ri ao me imaginar em um ateliê – Eu adoro moda e adoro ajuda-la com suas criações, mas definitivamente isso não é para mim.

– Agora sei da onde vem seu bom gosto.

Tentei me controlar para não me enrubescer.

– Se fosse assim a sua também trabalharia. – tentei retribuir o elogio – Acredite, você verá coisas sinistras nessa festa, gente com roupas que você nunca vai imaginar que algum parente, nem que seja um primo distante, tenha um ateliê ou já ouvira falar em bom gosto.

– Tipo aquele garoto ali – ele apontou um garoto Grifinório mais afrente – Ele parece um limão com aquela roupa.

Tivemos que parar de caminhar para rir.

– Olha Lewiss... – disse recompondo-me – Quer dizer, Logan, você caiu do céu. Obrigada mesmo por me livrar do Smith.

– Não precisa agradecer não. – sorriu – Agora vamos lá, quero aproveitar uns whiskys de fogo.

**

Adentramos a Sala Precisa e ela estava mais magnifica do que algumas horas atrás. A decoração era colorida e animada, logo na entrada havia a pista de dança que se coloria com luzes e cores neon onde as pessoas já se esbaldavam com a música, havia bebidas e comidas ao redor de tudo, outro espaço com pufes e mesas para quem quisesse apenas conversar (o mais legal de tudo é que lá, apenas naquele local, a música toca baixo... essa sala realmente pensa em tudo), banheiros e etc. Apesar de já ter visto isso antes com Lewiss e Blás, quando vim ajudar a dar os retoques finais, agora que as pessoas se acumulavam ali ficava mais bonita e dava outro ar para a sala. Avistamos Blás mais a frente, com Draco e umas pessoas, entre eles garotos e garotas.

– Por onde vocês andaram? – Blás nos olhou malicioso.

– Estamos dez minutos atrasados do combinado, não seja tonto. – disse pegando o copo de whisky de fogo de sua mão e dando um gole.

– A questão é: estou bravo com vocês três. – Draco veio a nosso encontro e deixara Pansy falando sozinha.

– O que fizemos Draquinho? – Lewiss perguntou imitando a irritante voz de Pansy e nós rimos.

– Me avisaram sobre essa festa de última hora. Não deu nem tempo de hidratar meus cabelos. – o loiro bagunçou o cabelo com as mãos.

– Você é lindo de qualquer jeito. – Blás disse – Só não mais que eu, claro.

– Verdade! – Logan concordou – Só que a beleza de vocês dois juntos não vale um quarto da minha. – disse virando um copo de whisky.

– Não fiquem bêbados muito rápido, não quero passar vexame. – disse pegando o copo de Draco e dando outro gole.

– Desse jeito quem vai ficar de porre aqui não somos nós. – Draco disse tomando o copo de mim e enchendo-o. – Inclusive, vem cá, quero falar com você.

– Vamos dar uma rondada por aqui Logan. – Blás o chamou e os dois foram deixando eu e Draco a sós (mas cercados de uma multidão que aproveitava a festa).

– Então Isa... – coçou a cabeça e deu um gole em sua bebida – Hermione sabia da aposta.

Levei as mãos à boca, fingindo surpresa porque já sabia de tudo aquilo.

– E ela me propôs um acordo.

Agora eu estava realmente surpresa.

– Acordo? – perguntei.

– Nós fingimos um namoro, daí quando toda essa loucura acabar cada um fica com metade dos 300 galeões. – revirou os olhos ao dizer isso.

– E você, ao invés de seguir a razão, preferiu seguir seu ego porque sabe que essa será uma ótima chance de aumentar sua fama e também de ter seu dinheiro, estou certa?!

Draco me olhava assustado porque, de certo, eu havia adivinhado tudo que se passara pela cabeça do garoto.

– Sou sua amiga há tempos, te conheço. – dei leves tapas nas costas dele.

– O que acha disso tudo? Estou confuso, perdido... – virou outro copo de whisky.

– Primeiro pare de beber tão depressa. – tirei o copo de sua mão e o coloquei sobre o balcão atrás de nós – Vá em frente. Você não tem tanto a perder, Mione também não.

– Ela é a que menos tem; vai ME namorar e ainda ganhar dinheiro por isso. Quantas garotas não se matariam só para estar no lugar dela?

– Tecnicamente, se elas morressem não daria para estar no lugar dela. – disse divertida.

– Você entendeu. – Draco riu.

– Mas você sabe das consequências...

Cá pra nós, eu imagino Draco e Hermione juntos.

Eu não bebi tanto a ponto de estar bêbada, e ficar bêbada não é coisa de meu feitio. É aquela velha história de tapas e beijos que os trouxas contam. O cão se apaixona pelo gato. Nesse caso, a serpente pelo leão. É questão de tempo para esse namoro, de farsa, ir para a realidade. Mas é claro que não contarei esses meus pensamentos para Draco.

– Que consequências? – perguntou confuso.

– Com um tempo você irá descobrir. – sorri enigmática.

– Você e essa sua mania de enigmas... – deu outro gole – Mas o que importa é que hoje é minha última noite de solteiro, e preciso aproveitar.

– Vai lá Senhor Futuro Comprometido.

– Malditos galeões... – murmurou antes de ir.

Peguei um copo de whisky e fui achar alguém para conversar (Merlin que não me ponha Smith em meu caminho).

POV Hermione Granger

Sim, eu só podia estar ficando louca e estava a ponto de pedir para alguém me internar no St. Mungus. A verdade era que em uns dias para cá, depois do que passei com Ronald, aprendi em pouco tempo sobre como levar vantagem com as coisas. Esse acordo com Malfoy vem acompanhado de diversas consequências, mas se terei meus galeões em mão depois do prazo, está tudo ok, ou quase tudo.

Gina e eu nos encontramos no corredor e ao me aproximar da ruiva vi que estava com uma expressão estranha, pude logo saber o que era quando não vi Harry ao seu lado.

– O que aconteceu dessa vez? – perguntei preocupada e pegando em sua mão.

– Harry achou meu vestido curto demais, discutimos e ele me proibiu de vir.

Gina estava linda. Trajava um vestido de renda próximo ao tom de azul royal que combinava perfeitamente com o tom de seus cabelos que estavam soltos. Sua sandália era preta e combinava com sua pulseira. Tudo naquele estilo de ‘’sensual e discreta’’ como ela mesma vivia se descrevendo.

– E pelo que vi o resultado disso tudo não foi positivo, já que você está aqui.

– Sim. – disse tristonha

Abracei-a forte.

– Sabe Mione, não quero alguém que me prenda tanto, e Harry faz muito isso. Eu o amo, mas me proibir de ir a festas...

– Tenho certeza que amanhã estará tudo bem. – disse reconfortando-a. Não que Gina precisasse de reconforto muitas vezes; borrar a maquiagem era tudo que ela menos queria agora, tenho certeza.

– Merlin que lhe ouça! – exclamou levando às mãos aos céus, divertida como sempre – Agora vamos, não briguei com Harry a toa, quero aproveitar essa festa. E, aliás, você está linda. Deslumbrante, perfeita, magnífica...

Gina me examinou da cabeça aos pés.

– Acho que a convivência comigo deu belos resultados. – disse com um ar tão ‘’Draco’’.

Ah, esse moleque repugnante...

Resolvi não contar nada para Gina agora. Depois, com calma, eu explicaria tudo, desde os meus pensamentos até as supostas, e inevitáveis, consequências do tipo ‘’beijo em público’’ e etc.

**

Definitivamente as festas Sonserinas são as melhores. Não que eu seja expert nesse assunto, mas estava tudo incrível, desde a música até a decoração. Tudo parecia agradar cada pessoa por ali.

–Malfoy está te olhando demais desde que chegamos. – Gina disse dando um gole em sua bebida.

– Ah, ele já deve ter enchido a cara... – disse indiferente fingindo não lembrar-me do ocorrido há poucas horas.

– Você ainda está bebendo suco?

– Não curto muito álcool, você sabe. E esse suco de abacaxi está ótimo.

– Misture com isso, – ofereceu seu copo – ficará ótimo.

– Não, obrigada. Duas amigas bêbadas juntas não dão certo. – disse sorrindo e fazendo um brinde com nossos copos.

– Garotas...

Isa estava próxima a nós com um grupo de pessoas. Deixou as pessoas de lado e veio em nossa direção para nos cumprimentar.

A Sonserina estava linda; usava um cropped estampado junto com uma saia roxa rodada de cintura alta, o que realçava bem sua silhueta. O batom vermelho e o olho preto delineado fazia jus com seu par de botas pretas e o cabelo cacheado solto caindo na altura do cóccix. Anéis e pulseiras combinando com tudo. O perfeito visual para uma garota ‘’rebelde sem causa’’, como Gina havia comentado sobre ela. Gina e suas manias...

– Vocês estão lindas, mais do que já são. – disse quando chegara mais perto.

– Podemos dizer o mesmo sobre você. – Gina disse cumprimentando-a com beijos na bochecha. Não fiz o mesmo porque já havia visto a castanha pela manhã.

– Sim, você também está linda Isa. – disse sorrindo.

– Ora, que isso... – disse levando suas mãos à bochecha e fingindo vergonha – O que estão achando da festa? Já se localizaram? Sabe onde ficam os banheiros e etc.?

– Está tudo muito legal. – disse animada – Os sucos estão ótimos.

Nós rimos.

– Quem pensou em sucos fui eu, se dependesse de Blás ou Lewiss vocês só veriam whiskys e derivados por aqui. Já experimentaram os salgadinhos? Estão ótimos também.

– Chegamos há poucos minutos. Mas realmente vocês Sonserinos arrasam nas festas. – Gina disse dando uma piscadela para a castanha e analisando o local.

– Sim, nós Sonserinos somos os melhores nisso. – o que há com essas pessoas me fazendo lembrar de Malfoy?

– Garotas, preciso falar com vocês. – disse subitamente.

Ambas me olharam assustadas.

– Sobre Draco...

Expliquei cada detalhe, sem deixar nada escapar. Não sabia se aquele era o momento certo para falar, mas tive que fazer isso antes que me engasgasse com tudo. Elas me olharam incrédulas ao fim da minha explicação, como se estivessem esperando qualquer coisa, menos isso. Entreolharam-se e abriram a boca, sem saber o que falar.

– Essa seria uma ótima hora para vocês me darem sugestões.

A música tocava alta e envolvente, talvez isso as ajudasse a se confundir em seus pensamentos.

– Acho você bem doida. – Isa disse divertida dando um gole em seu whisky.

Gina ainda me olhava incrédula com uma expressão de ‘‘eu não acredito que VOCÊ possa ter feito isso’’.

– Eu te disse que Draco era um bom partido... – olhou-me maliciosa.

– GINEVRA! – repreendia-a com um grito. Ninguém reparou porque o som foi abafado pelo refrão da música.

– Quer uma dica? – Isa perguntou – Brinque com Draco. Mostre que quem manda em tudo é você.

– Gente, isso é tudo de mentira...

– Mesmo assim. – a Sonserina me interrompeu.

– Concordo com a Isa, garotos funcionam assim; mostre que quem manda é você, e eles é quem obedecem.

– Falando em garotos, e o Harry?

– Ah Isa, longa história... – Gina disse virando seu copo – Acho que por essa noite estou solteira.

A Sonserina ficou boquiaberta.

– Me desculpe, eu não sabi...

– Não, tudo bem...

– Então pelo que entendi, hoje é a última noite solteira de Mione? – Isa perguntou sorrindo divertida – Isso aqui será tipo como uma despedida a sua vida livre?

– ISSO, ISSO MESMO! – Gina disse concordando.

– Então sugiro que vocês aproveitem ao máximo. Vou ali falar com um pessoal, se precisarem me procurem.

Isa deu uma piscadela e saiu dali, deixando Gina e eu a sós.

Como eu aproveitaria essa minha ‘’última noite livre’’? Elas acham que consigo beijar qualquer um que me apareça? Não sou assim. Mas se bem que qualquer boca está sendo melhor que a que terei de enfrentar pela frente...

– Mione, se importa em ficar sozinha um pouco? – Gina disse pegando sua bolsa sobre o balcão – Vou ao banheiro.

– Tudo bem... – disse dando outro gole em meu suco.

POV Blásio Zabini

Não poderia ter uma noite melhor. Não poderia ter uma primeira festa melhor do que muitas que virão esse ano. Garotas, bebidas... Ah Merlin, obrigada!

Estava na pista de dança com algumas garotas, quando avistei uma ruiva desacompanhada seguindo para o banheiro.

Era a Weasley.

Vê-la desacompanhada me deixou tão curioso para saber por onde andaria seu namoradinho Potter que tive de abandonar as garotas que dançavam comigo para ir até seu encontro.

Não alcancei a ruiva a tempo; ela entrara no banheiro feminino.

Não iria desistir fácil assim. Peguei uma bebida no bar mais próximo e esperei-a. O que tanto as garotas fazem no banheiro?

Vinte minutos se passaram e ela finalmente saiu. Parecia desfilar conforme a música, vindo em minha direção, mas não reparando que estava ali.

Como alguém deixa de reparar em mim é um enigma.

– Ei, ei... – puxei-a pelo braço – O que faz aqui sozinha?

– Desde quando isso é da sua conta Sonserino?

– Acho que você está na Casa errada. Quem deveria ser representado por uma cobra é você. – disse divertido, mas ela não levou isso como uma brincadeira. Rolou os olhos e tentou se soltar de minhas mãos.

– Cadê o seu namoradinho?

– Talvez não haja mais ‘’meu namoradinho’’. – disse mais para si mesma do que para mim, como se devesse explicações para o seu eu.

Fiquei boquiaberto. Até o fim de tarde os dois aproveitavam os últimos raios de sol juntos nos jardins e mostrando o quanto eram um casalzinho Grifinório feliz.

– O que? – perguntei desacreditado.

– Você ouviu muito bem. – respondeu grossa – Agora me solte. Hermione deve estar preocupada com a minha demora.

– Relaxa ruiva, Draco faz companhia para ela. – disse pensando na cena de Draco e Granger juntos sem rolar tapas ou xingamentos. O que me parecia impossível, por mais que Draco tenha me falado daquele acordo inútil entre os dois. Eu o avisei das consequências que a aposta traria, mas ninguém me houve. – Agora eu posso te fazer companhia...

– Zabini, por favor! – disse irônica.

– Só te fazer companhia, nada demais. Vamos apenas beber e conversar, só isso.

– Sei muito bem o que vem depois de tudo isso... – disse se livrando de minhas mãos.

– Olha, façamos o seguinte: bebemos e conversamos, se não gostar de nada, você volta lá para a Granger e segura vela dela e do Draco, ok? – perguntei estendendo minha mão para um aperto.

Afinal, quem recusaria a minha companhia?!

A ruiva pensou por alguns minutos e logo deu sua resposta.

– Ok, eu aceito. Até porque Draco com certeza estava esperando Mione ficar sozinha, e eu não estou tendo nada para fazer.

– Vamos pegar uma bebida para você então...

Fomos até um bar, pegamos uma bebida para a garota e nos sentamos em uma mesinha de dois lugares. Em um gesto cavalheiro, puxei a cadeira para ela se sentar.

Ao invés de me dar um sorriso gentil, revirou novamente os olhos.

Essa aí é difícil. E é justamente o difícil que eu costumo preferir.

– Bom, podemos começar por suas explicações.

Olhou-me confusa.

– Explicações? – perguntou.

– Sim. Você e seu nam... Ex namorado não terminariam a toa.

– Acontece Zabini, – disse pegando seu copo e balançando-o para mexer sua bebida – que eu não sou o tipo de mulher que se prende. – deu uma piscadela, como se me provocasse.

– O cicatriz te prende muito? – perguntei.

– O Harry – corrigiu-me dando ênfase no nome – me prende sim. Nós brigamos porque ele não queria que eu viesse com esse vestido à festa, nós discutimos e mesmo assim eu vim até essa festa, o que me faz pensar que estou solteira.

– Sinceramente tenho que concordar com o Potter; não deixaria minha garota ir para um lugar com esse tamanho de vestido que você está. E se eu fosse ele nem olharia mais para você depois dessa sua atitude rebelde de vir para cá e deixar ele de lado.

A ruiva me olhou brava, e ameaçou levantar-se.

– Eu estou brincando, sente aí mulher! Só estou dizendo que por um lado o cicatr... O Potter tem razão. Mas, pelo que pude ver você é uma mulher de atitude.

– Eu sempre fui uma mulher de atitude. – deu outra piscadela – Geralmente garotos tem medo de se envolver comigo por isso.

– Medo? – ri irônico – Quem seria o imbecil que teria medo de se envolver com uma garota?

– Talvez vocês estejam acostumados com coisas fáceis...

– Eu gosto do difícil. – disse sério – É mais divertido, é mais... Difícil.

– Você gosta de beijos e pegações, nada mais Zabini.

– Ora, não é assim também. Gosto de ouvir a garota falando o quanto eu beijo bem, o quanto eu sei satisfazê-la e...

– POR MERLIN! – repreendeu-me – Não mereço ouvir isso, por favor. – deu outro gole em sua bebida.

– Você não está acostumada a beber assim, então é melhor parar, a não ser que queira ser levada em meu colo de volta para seu Salão Comunal...

– Eu sei me cuidar sozinha. – deu outro gole, como se dessa vez fizesse de propósito – E não comece a jogar esse seu charme inexistente para cima de mim.

– Charme inexistente? – perguntei incrédulo, afinal qualquer pessoa em sã consciência saberia que meu charme é indiscutível.

– Sim. Não ache que, só porque terminei um relacionamento hoje, significa que estou carente e irei cair em sua lábia.

– Weasley, por favor, pergunte as inúmeras de suas amigas o quanto eu tenho charme. Ninguém me rejeita. Pode rejeitar no começo, mas como disse, eu gosto do difícil, e sempre consigo o que quero.

– Bom, está na hora de alguém te fazer acordar desse seu sonho, não é mesmo? – sorriu sarcástica.

POV Hermione Granger

Gina deveria ter ido ao banheiro do Ministério da Magia, só pode. Fazia quase uma hora que não voltara, eu havia bebido cinco copos de sucos (não só de abacaxi, claro), estilos diversos de música haviam tocado e eu já tinha avaliado (por incrível que pareça) muitos visuais das garotas, e a ruiva não havia aparecido ainda. De certo encontrou Harry por aí e os dois devem estar se resolvendo.

Essa festa estava animada para os outros, não para mim. Quando estava brigando mentalmente com minha consciência e havia tomado à decisão de levantar-me e ir embora alguém me cutucou.

Poderia ser qualquer pessoa de Hogwarts, até Ronald, menos ele.

Menos a doninha.

Menos o ser mais irritante e desprezível de todo o mundo.

Menos Malfoy.

– Antes que você me expulse, vim tratar de negócios. – disse.

– Fale logo porque estou indo embora. – falei levantando-me e arrumando meu vestido.

– A festa está em sua metade ainda Granger, beba mais sucos, fique aproveitando a música, olhando as pessoas ao seu redor e dando foras em garotos que pedem para dançar com você.

– Como sabe que tudo isso estava acontecendo? – perguntei incrédula.

Ele arqueou uma sobrancelha, e fez uma expressão estranha, como se eu tivesse o pegado de surpresa com essa pergunta.

– Isso não vem ao caso. Eu estava pensando que, se amanhã temos que botar nosso acordo em prática, temos que, infelizmente – fez uma cara de nojo – começar com nossos afetos hoje. Afinal teremos que ter um enredo para contar a todos sobre nosso primeiro beijo na primeira festa do ano e etc. – disse imitando uma voz de garota.

– Eu sentirei uma enorme vontade de afogar quem perguntar sobre a nossa – fiz aspas com o dedo – ‘história de amor’’.

– Então temos que inventar... – disse pensativo – Podemos dizer que estar sobre o mesmo teto ajudou-nos com nossa aproximação. E dizer também que nosso primeiro beijo foi hoje, já que amanhã os carinhos em público começarão. – revirou os olhos.

– Então trate de não ficar com ninguém hoje.

– Não aumentarei sua fama. – deu uma piscadela.

– Ora... – fui para cima dele pensando que adiantaria alguma coisa, mas esqueci-me por um instante de anos de prática de Quadribol que o loiro possuía, e a sua força cinco vezes maior que a minha.

Malfoy segurou meu braço e puxou-me pela cintura, fazendo com que nós nos aproximássemos muito, ATÉ DEMAIS.

– Você não pode bater em seu futuro namorado Granger.

– Me solta garoto. – empurrei-o.

Soltou-me colocando um pouco mais de bebida em seu copo.

– Trair é um feitio normal dos Weasley? – perguntou.

– Hã?

– A Weasley fêmea está conversando com Blásio há um canto por ali.

Fiquei boquiaberta. Poderia jurar que Gina estava com Harry.

– Você está de brincadeira?

– Vem ver. – fez um gesto com a cabeça para que eu o seguisse.

Aproximamo-nos de um lugar onde a música soava mais calma e havia mesas com pares de cadeiras. Em uma mesa vermelha, Gina conversava com Zabini, ambos bebendo. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo por ali.

Virei-me para Malfoy e disse:

– Antes que você saia espalhando o que não deve, Gina não está mais com Harry.

Agora foi a vez de o loiro ficar boquiaberto.

– Namoro é perca de tempo. – disse olhando para algumas garotas que passavam por ali.

– Sugiro que você pare com isso também durante nosso tempo de namoro. – juro que segurei minha vontade de vomitar ao dizer isso.

– Você está pedindo demais. – disse nervoso – Primeiro não posso beijar mais ninguém, e agora não posso nem olhar?

– Se você quiser ficar sem seus galeões, tudo bem... – levantei a mão em sinal de rendição.

O Sonserino apenas revirou os olhos e murmurou algo inaudível, arrumou a gola de sua blusa e bagunçou seus cabelos. O cheiro de menta exalava.

– Tudo bem, mas se houver algum tipo de festa nesse período do falso namoro, você não poderá vir.

Harry andou dando aulas a Malfoy?

Ri ironicamente. Não que eu quisesse ir a todas as festas de Hogwarts, mas me proibir era demais para mim.

– Lembrando-se de que você é meu falso namorado, e não meu pai. – disse dando um gole em meu suco.

– Granger, você está bebendo suco? – perguntou debochadamente.

– Se isso não parece whisky ou hidromel, óbvio que é suco. – falei grossa.

– A gente tem que dançar. – disse subitamente.

Engasguei-me com meu suco.

– Dançar?

– Sim. Dançaremos e depois te deixarei no nosso dormitório.

– E depois você voltará à festa? – perguntei sarcástica – Não mesmo!

– Só acho que dançar seria um bom começo. E o cenoura está ali olhando demais para a gente, achei que quisesse provoca-lo um pouco... – Malfoy deu-me uma piscadela.

Talvez a doninha pela primeira vez tivesse tido uma boa ideia.

– Ok, mas só danço dessa vez. – disse largando meu copo no balcão.

A música que tocava era boa para dançar em pares. Era uma música trouxa que mamãe adorava, e vivia tocando em filmes de comédia romântica. Eu costumava dança-la com papai nos nossos Natais.

The Cranberries – Linger

Malfoy e eu fomos até a pista de dança. Avistei Ronald mais a frente bebendo; desviou seu olhar quando viu que eu o havia encontrado.

A doninha pegou em minha cintura e aproximou nossos corpos como há alguns minutos atrás, eu peguei em seu ombro com toda repugnação possível e desejando que aquela música acabasse logo, ou eu acordasse desse pesadelo.

– Mantenha essa sua mão apenas em minha cintura. – disse advertindo-o com um sorriso falso.

– Não quero mantê-la nem em sua cintura, quanto mais em outros lugares. – o loiro retribuiu o sorriso falso.

Casais enchiam a pista de dança, todos em um clima romântico. Graças a Merlin estavam ocupados demais com seus parceiros que nem prestaram atenção em mim e Draco.

– Acho que está funcionando, Weasley não para de olhar. – Malfoy sussurrou.

Sorri mentalmente e continuei me concentrando na música para não passar vergonha.

Por um momento senti uma sensação estranha, como se eu realmente quisesse alguém dançando comigo ali. Mas não Malfoy, não Ronald... Alguém que realmente me amasse. Alguém que eu pudesse desfrutar desse momento, que eu pudesse beijar entre partes da música e sorrir para ele. Mas isso estava longe de acontecer. Ao invés disso tinha que segurar minha ânsia pelo perfume de Malfoy.

Prestava atenção na letra da música, e subitamente a cena da traição veio à tona.

Were you lying all the time?

Was it just a game to you?

– Malfoy, não estou me sentindo bem. – disse soltando-me do garoto.

Ele me olhou confuso.

– Vou te levar até o apartamento então. – disse empurrando-me pela cintura para fora da pista de dança.

– Eu posso muito bem achar o caminho sozinha, obrigada.

Desviei de suas mãos e caminhei rapidamente até a saída. A música infelizmente ainda continuava tocando, dessa vez latejava em minha cabeça.

I thought nothing could go wrong

But I was wrong

I was wrong

Estava tentando conter o choro e rezar para Malfoy não estar me seguindo. Parkinson cruzou meu caminho olhando confusa e incrédula para trás, sinal de que o loiro estava me seguindo.

Tentei caminhar mais rápido, ignorando as pessoas ali presentes.

Quando finalmente atravessei o quadro e dei de cara com o corredor vazio, a música cessara. O único barulho era o de minha respiração. Ou melhor, de duas. Virei-me e pude ver Malfoy, seus olhos azuis brilhavam por conta da luz do luar que atravessava uma das janelas.

– Eu disse que achava meu caminho sozinha. – disse engolindo choro.

– Só estou fazendo minha parte no trato, agora vamos. – disse tomando a frente.

Decidi não perder tempo discutindo. Segui-o tomando uma distância generosa, e tentando não pensar na música.

O silêncio tomava conta de todo o corredor. Tudo estava vazio e iluminado apenas por tochas e pela luz do luar.

– Você pensou em tudo, não foi? – perguntou virando-se subitamente.

– Tudo o que? – fiz-me de confusa.

– Você sabe Granger. – disse como se aquilo fosse óbvio – Eu já ouvi essa música antes em uma cafeteria trouxa, já prestei atenção na letra, em partes ela se encaixa com você, com sua situação...

Malfoy frequentava lugares trouxas?

– Isso não é da sua conta. E desde quando você frequenta lugares trouxas? – perguntei tentando conter minha surpresa.

– Isso também não é da sua conta. – deu de ombros, virou-se e continuou andando, dessa vez em um ritmo mais lento.

Quando o silêncio consumiu o ambiente de novo e nós já estávamos mais perto de nosso apartamento, o Sonserino virou-se de novo.

– Quer outro motivo além dos galeões para continuar com esse plano idiota? Se vingue!

Fiquei confusa outra vez. E olha que apenas bebi suco.

– Eu sei que vocês leãozinhos não possuem essa sede de vingança, mas Granger você foi traída, tenho certeza que quer dar o troco de alguma forma.

Outra coisa que eu não podia deixar de discordar de Draco. Minha sede de vingança tomava conta de mim toda vez que via Ronald.

– Sabe, se eu fosse você já teria me vingado faz tempo. – disse convencido.

– Beijando inúmeras garotas por aí? – perguntei – Isso não é do meu feitio Malfoy.

– E o que é então? – perguntou sério.

– Você verá com um tempo. – dei uma piscadela.

Acho que havia o deixado confuso, pois o loiro me olhou com uma cara esquisita e ficou parado no lugar enquanto eu já estava a alguns passos em sua frente.

– Vai voltar para a festa? – perguntei sem olhar para trás.

– Está preocupada comigo Granger?

– Não seja idiota, só estou perguntando.

– Não sei ainda, talvez sim, talvez não. Estou exausto pelo treino de hoje.

Apenas dei de ombros e não pronunciamos mais nada durante o percurso inteiro até chegar à porta de nosso apartamento. Queria entrar em meu quarto, me livrar dessa roupa e me jogar em minha cama quente e macia.

Sentei no sofá para tirar as sandálias de Gina e pude ver o loiro indo até um canto da estante e tirando uma garrafa de lá. Era um whisky.

– Como vocês conseguem trazer isso para cá? – perguntei.

– Você é muito inocente, Granger. – disse pegando um copo, abrindo a garrafa e despejando o líquido. Fez o mesmo com outro copo. Ele não espera que eu vá beber isso, não é mesmo? – Tome. – ofereceu-me o copo.

– Eu não gosto de beber.

– Esse whisky é bom, apenas experimente.

Ofereceu-me de novo o copo, e para ninguém nunca dizer que eu não experimentei, resolvi dar um gole.

E confesso que não me arrependi. Era doce e suave ao mesmo tempo, descia um pouco quente pela garganta, mas não era tão forte quanto a outras bebidas.

– Sabia que você ia gostar. – Malfoy disse sentando ao meu lado. Passamos alguns momentos de silêncio constrangedores. Eu já havia bebido metade da quantidade que o Sonserino me dera. – Bonita a sua sandália. – disse olhando para os meus pés.

– Na verdade, – disse dando um grande gole e acabando com a bebida em meu copo – é de Gina essa sandália.

– Como não pude imaginar antes, você não costuma ser muito feminina... – riu debochadamente.

– Você não costuma ter atitudes consideráveis de um homem e nem por isso estou dizendo algo.

A minha capacidade para dar respostas inesperadas era ótima.

Tomei a garrafa da mão do loiro e enchi outra vez meu copo.

– Você tem que aprender a se pôr no seu lugar. – disse dando outros goles.

– Promete que não vai se apaixonar por mim durante esse período? – perguntou convencido – Sabe como é essa aproximação toda deixaria qualquer garota louca...

– Eu não sou qualquer garota. – enchi novamente meu copo.

– Vá devagar, eu só tenho esse por aqui. – disse tomando a garrafa de mim e pondo-a sobre a mesa de centro.

Bebi descontroladamente cinco copos daquele whisky, pelo menos sei que foi essa quantidade até o momento em que eu ainda sabia contar. Malfoy toda hora tentava esconder a garrafa de mim, mas ele também queria beber. Qualquer um queria beber aquilo, era maravilhosa, a sensação era ótima.

– Agora vou guarda-la. – Malfoy disse tomando a garrafa de mim.

– Não, não vai não. – fui atrás dele para pegar a garrafa.

As coisas giravam, eu estava fora de mim. Maldito momento foi o que Malfoy me ofereceu aquilo. Nunca havia ficado bêbada, e nunca pretendia.

– Eu deveria gravar esse momento: Hermione Granger, a santinha Grifinória atrás de uma garrafa de whisky completamente bêbada. – colocou a garrafa debaixo de seu braço e bateu palmas.

O loiro ainda não estava tão mal quanto a mim, talvez porque ele seja acostumado a beber.

– Malfoy, volte aqui com isso. – corri atrás dele pela sala.

Tropecei no tapete e acabei caindo em cima dele.

Estávamos mais próximos do que quando dançávamos, pude olhar no fundo dos seus olhos azuis e ele olhava descontroladamente para a minha boca. Sua mão veio parar em minha cintura, nossos rostos se aproximavam mais e mais, eu já podia sentir sua respiração. Malfoy largara a garrafa no chão ao seu lado e colocou sua outra mão sobre minha nuca, nossas bocas estavam a milímetros de distância...

Mas graças a Merlin retomei minha consciência.

– Você ficou maluco, seu idiota. – sai rapidamente de cima dele, arrumando meu vestido e meu cabelo.

– Você que se jogou em cima de mim. – disse levantando-se e ajeitando sua blusa. Pegou sua garrafa e guardou-a.

– Vou dormir, é melhor do que ficar aqui olhando para essa sua cara.

– E eu vou também, antes que esse seu sangue contamine o meu.

Entreolhamo-nos por meros segundos e eu subi rapidamente.

O que tinha acabado de acontecer? Ó céus, eu não sabia explicar ao certo. Tudo girava e eu enxergava duas maçanetas ao invés de uma. Não sei como, mas consegui trocar de roupa e lançar um feitiço para tirar minha maquiagem, deitei em minha cama amaldiçoando Malfoy e seu whisky. Amaldiçoando-me principalmente, e mal sabendo da ressaca e do arrependimento que me aguardariam no dia seguinte.

POV Gina Weasley

Zabini e eu havíamos bebido uma garrafa inteira de whisky sozinhos, o que me intrigava é que o garoto não parecia estar tão zonzo quanto eu.

– Tenho que ir para o meu dormitório.

Tentei levantar, mas em vão. Minha cabeça estava latejando e eu estava tonta.

– Isso que dá beber sem saber. – Zabini repreendeu-me – Eu disse para você parar.

– Vai ficar me dando lição de moral agora? Vai ficar igual ao Harry? – disse lembrando-me do ocorrido. Como eu me lembrara realmente não sei.

O Sonserino levantou-se e me ofereceu sua mão para eu me levantar. A música estava forte e não ajudava nem um pouco. Zabini foi até uma mesa próxima, pegou um doce e colocou-o em minha mão.

– Coma, isso vai ajudar.

Comi sem vontade. Poderia ter negado e começado uma discussão com ‘’eu sei me cuidar’’, ‘’não preciso de você’’ e etc., mas estava muito cansada e zonza para isso.

– Preciso ir para o meu dormitório.

– Eu te acompanho, vamos.

O moreno pegou em minha cintura e me conduziu até a saída. Alguns nos olhavam, outros estavam ocupados demais bebendo e dando risadas.

De uma coisa tenho certeza, eu e metade de Hogwarts estaremos de ressaca amanhã (ou hoje, porque já é madrugada).

– Da próxima vez tenta maneirar, tá ruivinha? – disse assim que chegamos ao corredor.

– Não me chame de ruivinha, e fale mais baixo, minha cabeça está latejando.

– Não era para menos depois da quantidade de hidromel e whisky que tomou.

Lancei-lhe um olhar feio, ele entendeu e se calou. Fomos o caminho inteiro do dormitório sem trocar uma palavra, a única coisa que eu conseguia me concentrar era nos passos que estava dando. Concentrar-me em falas e passos seria demais para aquele momento, e com certeza Zabini estava entendendo isso.

Chegamos perto da entrada do Salão Comunal, achei melhor seguir até ali sozinha.

– Bom, – disse tirando seu braço de minha cintura – muita gentileza sua me trazer até aqui depois de me empanturrar de bebida. – fiz uma reverência.

– Eu não empanturrei ninguém, – disse bravo – você é quem não sabe beber.

Fui exaltar o tom de minha voz, mas minha cabeça deu uma latejada forte, e eu achei melhor não.

– Boa noite. – disse virando-me para ir embora.

– É só isso que você tem para me dizer?

POV Logan Lewiss

Já passava da metade da festa e as pessoas ali ainda estavam animadas. Bebiam, dançavam, riam e se divertiam. Havia perdido Draco e Blás de vista há algumas horas e estava jogando cartas com alguns garotos na mesa, já tinha beijado bastante na noite, e resolvi dar uma trégua para minha boca.

Garotas estavam ao nosso redor, de certo esperando que alguém se cansasse do jogo e procurasse outro tipo de diversão, já que todos ali faziam parte de times de Quadribol, um quesito que ajuda bastante na conquista de certos tipos de garotas.

– Isso está muito sem graça. – disse jogando as cartas na mesa e dando um gole em meu whisky – Eu estou ganhando todas de vocês.

– Você está roubando toda hora nesse jogo. – disse Crabbe.

Eu não suportava aquele garoto. Não sabia como Draco e Blás conseguiam ser amigos dele. Ou suportá-lo no mesmo ambiente.

– Não tenho culpa se você não sabe jogar. – largue-me na cadeira e dei outro gole em minha bebida.

Crabbe levantou bruscamente jogando a mesa para o lado e fazendo com que tudo que estava nela caísse no chão.

– Você está louco?

Todos ao redor pararam de fazer o que estavam fazendo e colocaram seus olhares sobre nós.

– Você está se achando muito desde que entrou aqui garoto. – disse vindo para cima de mim com seus punhos cerrados.

– Se você se incomoda com o meu jeito, não é culpa minha. – disse debochadamente, o que o provocou ainda mais.

Ninguém estava impedindo nada por ali. Deviam estar apostando em quem daria o primeiro soco.

– Isso tudo por um jogo? Amadurece seu idiota. – falei apontando para seu rosto e empurrando-o.

Então alguém se pôs em nosso meio, empurrando Crabbe. Era Diniz.

– Vocês, parem. Estão estragando a festa. – olhou feio para Crabbe

– Você sabe quem começou. – disse ainda encarando o garoto.

– Eu não quero saber, quero que parem. Ouviram? – concordamos com a cabeça.

Crabbe saiu de lá acompanhado por dois garotos, chutou um banco e desapareceu de nossa vista.

As pessoas, algumas decepcionadas e outras aliviadas, voltaram à atenção para o que estavam fazendo antes.

– Vem cá.

A garota me puxou para o bar mais próximo e misturou algumas bebidas em um copo para mim. Ela ainda estava linda como no começo da festa.

Deu-me o copo e encheu outro para si.

– Ei, vá devagar. – disse.

– Não se preocupe, por mais que eu beba, não sou o tipo de garota que costuma ficar de porre.

– Acredito que não seja mesmo. – fiquei pensativo por alguns instantes – Ér... Obrigada.

– Não foi nada. Crabbe tem problemas mentais, deveria estar no St. Mungus, não aqui. – revirou os olhos.

Concordei com a cabeça. Passei os olhos pelo local e vi vários casais se beijando. Uma pergunta veio em minha cabeça, antes que pudesse pensar se realmente era uma boa ideia fazê-la, já era tarde demais:

– Andou beijando muito hoje? – perguntei e a Sonserina fez uma cara engraçada.

– Não me faltaram convites, mas não estou disposta. – disse.

– Pude perceber, já que seu batom ainda está intacto. – disse referindo-me ao tom vermelho que a garota estava nos lábios.

Ela riu.

– Isso é um feitiço, seu bobo. Poderia ter beijado inúmeros garotos hoje que meu batom estaria intacto. – deu uma piscadela.

– Aquele ali é o Blás? Junto com a ruiva?

Ao passar meus olhos novamente pelos casais, pude perceber o moreno junto com a amiga de Diniz. Se não me engano, já vi aquela garota com um cara várias vezes, e acho que ela namora. Blás estava segurando em sua cintura, conduzindo-a para a saída. Sem dúvidas ela não estava bem.

Diniz engasgou com sua bebida e olhou fixamente para os dois.

– Ah, eu não acredito. – disse soltando seu copo no balcão – Vem Logan, vamos comigo. – puxou-me pela mão novamente.

– Aonde nós vamos? – perguntei.

– Vamos saber o que os dois vão fazer. – virou-se para mim e disse divertida e maliciosa ao mesmo tempo.

Dei um sorriso maroto que mostrava concordância com o que ela dissera.

Seguimos os dois, sempre mantendo uma distância favorável e tomando o máximo de cautela possível para não fazermos barulho e sermos descobertos.

– Essa garota não namora? – perguntei aos sussurros.

– Sim, mas ela meio que terminou com o seu namorado.

– Meio? – perguntei confuso.

– Você entendeu.

Estávamos perto do Salão Comunal da Grifinória. Pela conversa de Blás com a ruiva, entendemos que ela estava zonza por causa da bebida e o nosso amigo estava acompanhando-a até lá.

Claro que ele estava apenas acompanhando-a, e não tinha nenhuma intenção com isso.

Diniz e eu sempre nos escondíamos em um canto qualquer para não sermos vistos pelos dois. Quando finalmente pararam de andar e a garota parecia estar despedindo-se de Blás, estávamos atrás de uma parede, ao longe observávamos atentamente, ambos esperando qualquer tipo de reação dos dois.

– Você acha que ela vai beija-lo? – perguntou.

– Eu aposto que sim. – disse convencido – A convivência de Blás comigo por esses dias está fazendo surgir um belo efeito. Ela irá cair no charme dele.

A Sonserina virou-se para mim, com uma cara não muito amigável e disse:

– Você se acha demais.

Era a segunda vez na noite que eu ouvia isso.

– Eu tenho motivos para isso. – sorri irônico.

– Cá pra nós Logan, já parou pra pensar no tipo da maioria das garotas que fica? Já reparou em outra coisa a não ser os atributos físicos de uma?

– Pelo menos eu não fico me fazendo de difícil pros outros. – disse referindo-me a ela. Conheci vários garotos na noite que pediram apenas para dançar, e ela rejeitou-os.

– Eu não me faço de difícil. – disse levantando o pé para ficar um pouco mais na minha altura – Eu sou difícil.

Ri debochadamente.

– Não tenho culpa se você está acostumado com coisas fáceis, que é só estalar os dedos e elas aparecem. – disse voltando-se a olhar para Blás e a ruiva.

Mas eles não me importavam mais.

Peguei Diniz pelo braço e coloquei-a contra a parede.

– Você não é difícil, só tem medo.

– Medo? – revirou os olhos.

– Já percebi o seu tipo; garota que esconde o lado romântico, que gosta apenas de ficar e nada mais, um encontro pra você já basta e depois dispensa o garoto. Estou certo? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

Estávamos próximos demais. Podia sentir sua respiração, podia reparar perfeitamente na cor de seus lábios e sentir seu perfume. Cruzou os braços e encarou o chão por alguns segundos pensando em sua resposta.

– O meu tipo – ela disse empurrando-me – é bagunçado demais. Sou uma verdadeira bagunça. Não tente entender. É perigoso demais.

Lançou-me um olhar provocativo.

– Já enfrentei inúmeros perigos por aí. – disse prendendo-a ainda mais na parede. Nossos corpos estavam cada vez mais colados.

– Eu sou um perigo diferente. – sussurrou em minha orelha com uma voz rouca e lenta, fazendo-me arrepiar, o que poucas garotas conseguiam. Peguei em sua cintura e puxei-a ainda mais para perto de mim, nossos rostos se aproximavam...

Como se algo a cutucasse e a trouxesse de volta para si, a garota subitamente virou meu rosto com suas mãos e deu-me um beijo na bochecha. Desprendeu-se de meus braços e arrumou sua saia.

– Olhe lá, eles estão se beijando. – disse sussurrando (dessa vez um sussurro não provocativo), referindo-se a Blás e a ruiva.

A situação deles se parecia muito com a que acabara de acontecer. A diferença é que a ruiva não parecia ser tão difícil.

– Eu disse que ele ia conseguir. – disse convencido.

– Logan, ela está bêbada. Está fora de si. Amanhã acordará amaldiçoando-se por isso.

– SE ela lembrar que isso aconteceu, não é mesmo?

– É, tem isso também. Bom, – virou-se para mim – eu preciso ir para o meu apartamento.

– Já? – perguntei disfarçando meu desapontamento. Não só porque ia perder outra chance de me arriscar em seu perigo, mas eu gostava da companhia da Sonserina. Geralmente as minhas companhias femininas apenas me beijavam e me acariciavam.

– Estou cansada, e com dor nas pernas. – disse tocando em sua coxa.

– Quer que eu te acompanhe até lá?

Olhou-me desconfiada e sorriu.

– Se você prometer não me agarrar no caminho... – disse virando-se e andando lentamente.

Soltei uma risada nasal e prometi a ela não agarrá-la. Não que isso seja de meu feitio, mas ela era tão linda, aquelas roupas combinavam tão bem com seu estilo perigoso e sua boca vermelha me chamava para um beijo.

– Vem logo Logan. – acordou-me de meus devaneios

– Você é muito apressada. – disse indo ao seu encontro lentamente, de forma proposital.

– E você é muito lerdo. – revirou os olhos.

Durante nosso percurso a castanha me contou de suas cantadas recebidas na festa, de como um garoto chamou-a para dançar de forma escrota e como sua resposta fora nada agradável. Demos muitas risadas e recebi inúmeros tapas em meu ombro.

– Você é um cara legal. – disse recompondo-se de sua risada.

– Você também é legalzinha.

– INHA? – disse parando-se ao lado de uma porta. De certo ali era o tal apartamento – Sou bem mais que inha, sou legalzona.

Ri novamente.

– Ok, você é muito – fiz uma voz fina numa tentativa frustrante de imitar uma garota – legalzona.

Ela riu e voltou seus olhos para o chão, talvez procurando o que falar.

– Boa noite! Obrigada pela companhia; por ir lá comigo e ver os dois e tal.

– De nada! – sorri amigavelmente.

Não sabia se era a hora certa para abraços. E ela também não, pelo visto.

Diniz pegou uma chave de dentro de sua bolsa e abriu a porta.

– Até amanhã.

– Se cuida. – respondi virando-me para ir embora – E não sonhe comigo. – disse dando uma piscadela.

– Encontrar você no meu sono não seria um sonho, e sim um pesadelo. – disse encostada na porta, me olhando pela última vez antes de fechá-la.

Fiquei parado no lugar pensando nos últimos fatos que acabaram de acontecer. Minha cabeça doía um pouco por conta da bebida. Resolvi não voltar para a festa, também estava cansado e precisava de minha cama.

Lembro apenas de meu último pensamento antes de dormir. Era a voz de Diniz, que dizia em minha orelha em um tom extremamente provocante:

''Eu sou um perigo diferente’’.


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Notas finais do capítulo

O QUE VOCÊS ACHARAM? ESTÃO COM VONTADE DE ME SOCAR AINDA? Ai gente, abaixem essas varinhas :(
Mas enfim, eu queria muito agradecer a todos vocês, de verdade. Eu nunca iria abandonar a fic, porque vocês me motivam bastante, cada ''não abandona não'', ''você ainda vai continuar postando sua Dramione?'' incentivaram.
O próximo cap sai de acordo com vocês, seus reviews e suas recomendações, CLARO, eu ainda sou a mesma Isa de antes!! haha
Vocês gostam do Olívio Wood? Gostam de rivalidade? Rivalidade Sonserina e Grifinória? Então corram lá na minha outra fic, não irão se arrepender. http://fanfiction.com.br/historia/321942/Confraternizando_Com_O_Inimigo/
Reviews, recomendações, sugestões... ACEITO TUDO, VOCÊS SABEM!!
Que saudades que eu estava de tudo isso aqui gente, ai que emoção :')
Amo vocês, muitão!
Beijos.
Isa :)



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