Será...destino? (hiato) escrita por kanny


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

OIIII, estou aqui de novo. Bem, eu sei que demorei a postar, mas é que os capítulos que eu tinha pronto estão acabando. E não ando tendo tempo para escrever infelizmente. Mas tenho uma novidade....EU VOU CASAR!!!!kkkkk não sei se choro ou dou risada..vou mudar de dono, mas enfim, é o meu Edward. Não é perfeito quando o original, mas é meu e está acessível. (Brincadeira amor, rsrsrs) Então me perdoem pela demora. Estou tentando verdadeiramente escrever para postar para vocês, então me desculpem qualquer coisa. Comentem..



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Capítulo 9 

POV Bella


Uma sensação maravilhosa percorria todo o meu corpo. Abri meus olhos e me deparei com a figura do meu anjo particular. Edward. Seus olhos cerrados, seus lábios vermelhos, seus cabelos desgrenhados, seu corpo quente e forte. Tudo nele era perfeito. Não apenas o exterior, mas o interior, que é o mais importante e nele isso é simplesmente deslumbrante. Edward é um homem com a inocência de uma criança. Tímido mas com sede por aprendizado.

Mais dias se passaram. Edward e eu estávamos juntos. Nos amando. Ele me ensinava como “sobreviver na selva” durante o dia. E eu o ensinava os prazeres da vida durante a noite, de dia, de tardezinha, de manhã cedo...Qualquer hora...

Em uma manhã como outra qualquer, aproximadamente vinte dias após o acidente com o avião, eu e Edward estávamos na praia pescando. Eu não havia entrado no mar por estar naqueles dias. O que foi um sufoco pra mim. Ter que me virar com panos... aff. Fiquei na praia já tratando dos peixes que Edward me trazia. Sentada em cima de uma pedra, tirando vísceras de peixe, o que já não acho tão nojento assim, costume é uma beleza...Fiquei cantarolando uma música qualquer baixinho enquanto me esforçava em meu trabalho. As ondas do mar que quebravam na areia, o vento que soprava ora forte, ora calmo, algumas gaivotas de olho nos restos que eu jogava na areia para que elas comecem, eram o único barulho que se podia ouvir. Pelo menos era até eu começar a ouvir um som irritante quase como de um mosquito chato. Mas eu sabia que não era mosquito algum, pois o som era grave e parecia estar aumentando. Olhei para os lados a procura do som, e nada. Por fim olhei para o mar em direção ao paredão de pedras onde Edward pescava, mas o que me chamou atenção não foram os músculos de um Edward todo molhado, apesar de ser bem tentador confesso. O que me chamou atenção foi o pequeno ponto escuro no céu na linha do horizonte, e o fato de que o pontinho estava crescendo. Não era uma nuvem de chuva...era algum tipo de avião, helicóptero não sei, não dava para identificar a tal distancia que se encontrava. Mas o que eu sabia era que estava vindo em direção a ilha. Poderia ser a minha salvação!

-EDWARD!!!! EDWARD!!!! – corri em direção ao mar e há plenos pulmões gritei o nome dele. Edward ainda não tinha visto o avião, ou o que quer que fosse se aproximando.

Continuei gritando até que ele me escutasse, após alguns segundos ele se virou para mim, eu apontei na direção em que o pontinho escuro, que já tomava forma de um helicóptero, para que ele visse. Ele olhou e rapidamente caiu na água deixando os peixes para trás e nadando em direção a praia. Corri para pegar algumas folhas de coqueiro que estavam repousadas na areia, eu não podia desperdiçar essa oportunidade. Não queria apodrecer nessa ilha desabitada e perdida no raio desse planeta. Comecei a balançar as folhas por cima da cabeça. Que falta fazia uma fogueira enorme queimando, ou então fogos de artifício para que eles enxergassem melhor que eu estava aqui pedindo para ser resgatada. Edward enfim chegou até a areia esbaforido pelo esforço que acabara de fazer. O avião já estava cada vez mais próximo da ilha, e a adrenalina já percorria meu corpo.

- Bella, será que conseguirão nos ver? – Edward perguntou gritando enquanto corria para pegar galhos caídos para sinalizar também.

- Eles têm que nos ver...Eles tem... - Eu pulava, me balançava de um lado para o outro igual a uma desesperada que eu era afinal. – AQUI!! POR FAVOR AQUI!!!!! OLHEM PARA CÁ PELO AMOR DE DEUS!!!

O helicóptero estava praticamente passando por cima da ilha. Edward e eu gritávamos e balançávamos as folhas e galhos na esperança de que eles pudessem nos ver. O helicóptero estava um pouco alto, mas era minha única chance. Mas todo meu esforço e o de Edward pareceu não ter surgido efeito, o helicóptero passou direto pela ilha.

-NÃO!!! POR FAVOR, VOLTA!! VOLTA....—Cai de joelhos na areia, cansada de tanto pular e gritar. Lágrimas já caiam pelo meu rosto. Minha luz no fim do túnel passou como um flash de uma câmera fotográfica, apenas um segundo, a luz me encadeou e instantaneamente se apagou. Se foi, como se nunca tivesse vindo.

- Bella? Bella não fica assim, por favor. – Edward estava sentado ao meu lado com um braço por cima dos meus ombros.

- Nossa única chance de sair desse buraco esquecido pelo mundo acabou de passar por cima das nossas cabeças e nem ao menos nos viu Edward!

- Não chora meu amor. Por favor! Nesse tempo todo em que eu estive aqui nunca passou um misero navio que fosse. Mas se esse helicóptero passou por aqui, pode ser que outros possam passar algum dia.

- Pode ser... Pode passar... E o tempo vai passar e continuaremos enterrados aqui? Eu me desespero só de pensar que pode te acontecer algo e eu ficar sozinha nessa ilha. Eu não sei me virar como você. Não sobreviveria sozinha, isolada aqui como você fez durante anos.

Edward não respondeu. Ficamos calados abraçados um ao outro, por alguns instantes. Eu encarava o mar, não sabia se agradecia ou se o maldizia por ter me trazido até aqui. Mas pelo menos Edward está comigo, aqui, mesmo que eu nunca mais veja outro ser humano, eu ainda o terei ao meu lado.

- Bella?! – Edward me chamou.

- Hum? Estou divagando aqui, espera. – falei um tanto quanto abestalhada.

- Bella! Você tá ouvindo? – Edward perguntou alarmado e já se pondo em pé.

- Ouvindo o quê? – olhei para ele tentando entender, foi aí que o som de mosquito irritante foi captado pelo meu cérebro lento. Levantei-me às pressas... Será? – Por favor, que seja... Que seja... Por favor...

Olhei para o céu a procura do menos pontinho escuro que fosse, e o encontrei era o mesmo helicóptero voltando. Que seja um milagre, por favor, que seja um milagre.

 - Bella... é o helicóptero Bella! Ele tá voltando, ele nos viu!! – Edward falou com o maior sorriso do mundo estampado em seu rosto. Seus olhos estavam cheios de lágrimas de emoção, ele me abraçava, enquanto eu tentava assimilar ainda o que estava acontecendo.

- Ele está voltando Edward...voltando... ELE ESTÁ VOLTANDO! AQUI! ESTAMOS AQUI! – Edward e eu gritávamos em uníssono. O milagre que eu pedi estava acontecendo...

Por mais incrível que pudesse parecer alguém do helicóptero parece ter nos visto. Ele já diminuía a altitude, e se aproximava cada vez mais da ilha. Eu e Edward não paramos de fazer sinal e berrar como loucos. O vento forte que o helicóptero fazia e o barulho ensurdecedor das hélices se tornava cada vez mais próximo da areia, eu e Edward nos abraçamos. Caímos de joelhos abraçados na areia chorando desesperados por que enfim nossa salvação chegou. Era uma emoção tão grande que meu peito parecia que iria se abrir a qualquer momento. Compartilhamos um beijo em meio a soluços desesperados enquanto o helicóptero pousava na areia branca da praia.

- Estamos salvos Edward! Salvos meu amor! – eu já não sabia se ria ou se chorava. Se gritava e saia correndo e pulando ou ficava só olhando meus anjos chegando.

Dois homens vestidos com roupas camufladas e com armas nas mãos saltaram do helicóptero e viam em nossa direção. As hélices estavam perdendo força por terem sido desligadas. Podia ouvir um som de radio transmissor vindo do segundo homem, que vinha um passo atrás do primeiro.

- Olá sou o tenente Gonzáles da força área dos Estados Unidos. Quem são vocês? – O primeiro homem, que se tratava de um moreno alto, de olhos escuros e de aparência um pouco severa perguntou. – Vocês moram aqui? Que lugar é esse?

- Graças a Deus! Senhor, eu sofri um acidente há quase um mês atrás. Não sei a exato quantos dias se passaram. Eu estava em um voo de Nova York para Paris, e alguma coisa aconteceu e tudo acabou.... – eu falei tudo muito rápido, não sabia se ele tinha acompanhado tudo. Eu estava emocionada de mais para controlar a velocidade com a qual falava. Edward estava um pouco retraído, não falou nada. Apenas olhava tudo e estava de mãos dadas comigo.

- Calma! Você era passageira do voo 737? Como você se chama senhorita? – ele perguntou abaixando um pouco a arma. E olhando rapidamente para Edward.

- Isabella, Isabella Swan. Esse é Edward.  

- Ele também estava no voo? Como vieram parar aqui?

- Não ele não estava no voo. Ele já estava aqui quando cheguei. Edward sofreu um acidente há muitos anos com o pai dele, ficando preso nessa ilha. E foi o mar que me trouxe até aqui. Cheguei desacordada, com muitos ferimentos e Edward cuidou de mim.

- Onde está seu pai garoto? – O segundo homem, de pele clara e olhos claros e igualmente alto quando o primeiro perguntou.

- Morreu... morreu há alguns anos. – Edward falou um pouco temeroso.

-  O pai dele morreu quando Edward ainda era um adolescente e desde então ele morou sozinho aqui. Não existe mais nenhum ser humano além de nós aqui. Desculpa perguntar, mas que raio de lugar é esse?

- Não sabemos ao certo, senhorita. Sabemos apenas que está situado em algum lugar próximo ao continente europeu. Estávamos seguindo os destroços do avião que se espalharam por mais de quinhentos quilômetros e quando passamos por aqui, o tenente Smith – ele falou apontando para o segundo homem – disse ter visto pessoas acenando. Demos meia volta e encontramos vocês.

Conversamos por mais algum tempo com os tenentes. Contamos em detalhes tudo o que nos havia acontecido. Mostramos a nossa casa, a plantação. O avião em que Edward e seu pai vieram parar aqui. Contamos tudo. E finalmente recolhemos as pouquíssimas coisas que tínhamos e fomos embarcados rumo ao continente. Dentro do helicóptero eu e Edward permanecemos de mãos dadas, olhando um para o outro emocionados.  O barulho das hélices era muito alto, mas balbuciei um “Estamos salvos Edward! Vamos rever sua família!”. Ele entendeu o que eu disse e apertou mais fortemente a minha mão.

Fomos Levados para  um base de operações em Portugal. Assim que saímos do helicóptero fomos levados até um hospital. Edward e eu nos separamos para fazermos uma bateria de exames cada um. Fui levada até um quarto onde tomei um banho caprichado, lavei bem os cabelos com shampoo. Foi o melhor banho da minha vida. Depois fui levada para sala de exames. Furaram-me em todos os lugares possíveis, me reviram por completo. Levou cerca de quatro horas isso tudo. E não vi Edward em lugar algum.

Uma mulher que disse ser do governo americano veio falar comigo. Pegar minha versão de tudo o que havia acontecido, e pegar o endereço e telefones de parentes, meu nome completo para dar entrada na segunda via dos meus documentos. Perguntei onde Edward estava e ela disse que ele ainda estava nos exames e seria levado ao meu encontro quando terminasse.

Eu estava no meu quarto assistindo televisão, noticiários para ser mais exata. Em todos os jornais os repórteres ainda falavam do acidente aéreo e do resgate dos sobreviventes e dos corpos que estava sendo identificados pelo IML de Portugal. Pelo o que me disseram e o que vi nos telejornais, apenas oito pessoas foram resgatadas com vida, eu era a oitava. Havia sido 2 mulheres e 5 homens até agora, além de mim claro. Enquanto vasculhava os canais a porta do quarto foi aberta e um Edward sem barba, com o cabelo cortado e roupas inteiras e limpas me apareceu. Corri em sua direção e o abracei o mais forte que pude e o beijei. Ele me pegou nos braços me girando no ar. E beijando todo o meu rosto. Sentamos na cama e ficamos conversando por algum tempo. Vieram nos trazer o jantar, comemos como dois esfomeados.

Na manhã seguinte fomos acordados logo cedo. Entregaram-nos documentos provisórios e pelo resultado da maioria dos exames que haviam ficado prontos nós estávamos bem de saúde. Levaram-nos então até um hangar onde fomos embarcados em um avião rumo ao Estados Unidos da America, para casa!

Eu ainda me sentia um pouco insegura por estar novamente em um avião. Mas a felicidade de estar voltando para casa era inexplicável, e maior que isso só minha alegria por estar levando Edward de volta a sua família. Esme vai ficar tão feliz quando ver seu menino, que agora é um homem feito, vivo!

Ao final da tarde estávamos em Nova York. O governo já havia entrado em contato com Esme e avisado que eu estava viva, e bem. E que estaria chegando nos EUA em pouco tempo. Quando chegamos ao aeroporto J. Kennedy em Nova York uma multidão nos aguardava. Fiquei até impressionada pela quantidade de pessoas nos esperando. A imprensa estava toda reunida no saguão do aeroporto e dispararam seus flashes quando passamos. Edward parecia estar um pouco assustado com tudo aquilo. Não tirei minha mão da sua em momento algum. Policiais nos guiaram até uma sala reservada dentro do aeroporto e pediram que aguardássemos a chegada de Esme.

Edward estava visivelmente nervoso, andava de um lado pro outro, calado.

- Edward se acalma, por favor. Você tá me deixando tonta com esse andado de lá pra cá.

- Desculpa. – ele falou sentando-se ao meu lado. -- Eu estou muito nervoso. Já faz 15 anos que não vejo ninguém da minha família. É muito tempo Bella. Tenho medo do que pode acontecer. Eu perdi 15 anos da vida deles.

- Eu sei. No começo vai ser difícil. Mas é a sua família. E não se esqueça que eu também estou aqui. Com você. Eu amo você Edward. – falei, era verdade. Apesar de ser pouco tempo de convívio, mas o amo, e já não imagino mais a minha vida sem ele. Nós nos beijamos, e ficamos apenas nos olhando de mãos dadas por algum tempo.

- Bella? – aquela voz tão conhecida por mim chamou meu nome. Olhei para ela. Aquele rosto em formato de coração. Aquela voz suave, aquele jeito carinhoso de ser que só Esme tem.

- ESME! – corri em sua direção e a abracei forte. Alice, Emmett e Carlisle apareceram na porta também e vieram me abraçar. Todos nós chorávamos de emoção, alegria e alivio.

- Meu Deus Bella!! Você tá viva!!! – Alice chorando muito me abraçava e pulava gritando e chorando de alegria. Minha família. A família que me acolheu no momento em que mais precisei na vida. – Eu pensei que não te veria mais Bellinha.  

- Eu também estava com muita saudades de todos vocês e eu quase morri, mas graças a Deus consegui escapar viva, passei muito tempo no mar e então ele me encontrou.

- Ele? Ele quem Bella? – Esme perguntou. Eu sorri e olhei para Edward. Ele estava sentado da mesma maneira que deixei. Olhava fixamente para toda a cena sem falar nada. Seus olhos lacrimejando. Fui até ele, peguei sua mão e fiz com que ele se levantasse.

- Esme, quero que conheça Edward, meu salvador, e seu filho. Edward Anthony Masen. – Edward apertava minha mão com força. E Esme me encarava como se eu fosse louca. Então contei toda a história a ela, e aos outros que me olhavam atônitos. Esme começou a chorar e encarava Edward. Talvez procurando nele aquela criança de como ela lembrava como o filho era.

- Edward? Filho? – ela chegou perto de Edward, tocou em seu rosto como que para acreditar que ele era real. Edward estava de olhos fechados apreciando o toque, ele chorava muito. Esme o abraçou muito forte, e ficava falando coisas como “meu filho”, “Edward”, “OMG!”. Fui para perto de Alice e Emmett que choravam muito. Abracei os dois e ficamos olhando aquela cena juntos.

Após alguns minutos Edward e Esme se separaram. Ela o olhava como se tivesse querendo acreditar ainda no que via. Após muito choro, conversas e explicações fomos para casa.

Jasper e Rosalie, os namorados de Alice e Emmett estavam nos esperando com uma pequena recepção na casa dos Cullens em Manhattan. Chegando à tão conhecida casa de fachada branca com detalhes em madeira envernizada próxima ao Central Park. Assim que entramos nos deparamos com Rosalie e Jasper, mais os pais deles, a irmã de Rosalie, Rachel, e os dois irmãos mais novos de Jasper, William e Dustin. Havia balões coloridos e uma faixa com os dizeres “Bem vinda de volta!”

Todos vieram nos abraçar, e depois que contamos toda a história e apresentamos Edward, curtimos um pouco a festinha. Edward ficou meio deslocado, em todas as paredes havia fotos dele em diferentes fases de sua vida. Esme não parava de olhar para ele, como se Edward fosse um milagre que realmente era. Ela o levou até o seu antigo quarto. Tudo ainda estava do jeito que Edward deixou quando foi para expedição com seu pai. Edward estava encantado, olhava para tudo como se fosse uma miragem. Seu quarto tinha a parede azul claro. Havia duas grandes janelas que davam vista para a piscina atrás da casa. Uma cama de solteiro no centro do quarto, com as cobertas azul escuro. Nas paredes havia várias estantes e pranchas com miniaturas de carrinhos e bonecos de ação. Tinha o closet com as roupas de quando ele era criança, e um banheiro privativo. Havia também alguns pôsteres de bandas de rock colados atrás da porta do quarto, e adesivos de carros colados com eles.

Edward olhava para tudo com admiração, saudades, e um pouco de tristeza. Esme explicou que terapeutas pediram para ela desfazer o quarto, se livrar dessas lembranças que a afligiam. Mas ela negou todos os pedidos. Ela queria pelo menos ter a lembrança de seu filho sempre presente.

Depois que comemoramos nossa volta pra casa. Que todas as pessoas já haviam ido, e só restou nós, os Cullens, Edward e eu. Decidi que já era hora de ir pra casa. Estava cansada, queria ver meu apartamento de novo, minhas coisas.

- Esme já estou indo para minha casa. Está tarde, estou cansada. – Falei me explicando.

- Tudo bem querida, seu apartamento continua do mesmo jeito que você deixou, Foi feito apenas uma faxina para manter limpo.

- Muito obrigada Esme. – agradeci com um rápido abraço.  – Edward, já estou indo.

- Tudo bem. Vamos? – Edward perguntou chegando mais perto.

- Não Edward você vai ficar aqui. – Esme disse sorrindo nervosamente.

- Onde Bella for eu irei também. – Edward falou sem pestanejar e passando uma mão por minha cintura.

- Mas Edward..não...por favor.. eu...eu..Foram tantos anos...por favor.. – Esme já chorava desesperada.

- Esme, por favor, posso falar com vc? – Pedi vendo seu desespero. Levei-a até a sala de jantar para conversar. – Esme, tenha calma. Faz 15 anos que vocês estão separados...

- Mas Bella..ele quer ir..não quer ficar comigo...

- Shiii..calma. Edward passou muito tempo sozinho lá..é normal que ainda não esteja a vontade com toda essa mudança. Por ele já estar acostumado comigo e por termos essa relação.. Dê-lhe um tempo para que se habitue novamente a essa vida, por favor. Eu prometo que farei o que eu puder para aproxima-lo de você, apenas deixe-o realizar essa nova situação. Tudo bem?

- Certo. Eu já tenho muito que agradecer por ele estar vivo e estar de volta a minha vida. Eu que pensava que nunca mais o veria, é como se fosse um milagre. Tudo bem, vou deixa-lo a vontade, mas o quero sempre perto..é muita saudade Bella.

- Eu sei Esme. Eu vou leva-lo comigo hoje, mas prometo que amanhã estaremos aqui de novo.

Voltamos para a sala onde os outros estavam conversando. Me despedi de cada um com um abraço, Edward fez o mesmo e seguimos para o meu apartamento. Alice iria nos levar em seu carro com Jasper. Nos deixaram na portaria do meu prédio e de lá eu e Edward subimos para o meu apartamento.

Estava tudo do jeitinho que deixei. Na sala paredes, sofás e alguns objetos de decoração tudo em branco. Um tapete cor berinjela, algumas almofadas em branco e preto nos sofás. Um quadro com uma foto da Marylin Morroe em uma das paredes. As janelas de vidro davam visibilidade para as luzes da cidade iluminando um pouco toda a sala. Minha casa...

- Muito bonito seu apartamento. Você gosta muito de branco né? – Edward perguntou olhando atentamente para tudo.

- Sim. Considero branco um coringa. Todas as cores combinam com branco. E tendo os moveis e as paredes dessa cor posso brincar com as infinitas possibilidades.

- Edward...por que você não quis ficar com sua mãe na casa dela?

- Por que, você não me quer aqui?

- Não Edward, não é isso. Claro que não é isso. – falei o abraçando pela cintura – Você foi, e é a melhor coisa que já me aconteceu seu bobo. É claro que te quero aqui, comigo. Só perguntei por que Esme ficou muito triste com isso. Foram muitos anos..cada vez que você sair por aquela porta, imagino que ela ficará aflita com medo de te perder novamente.

- Eu sei Bella. Mas é que é tudo muito estranho. Eu estava acostumado a viver sozinho. Depois de muito tempo você me apareceu. E eu nunca fui tão feliz na minha vida. Você apareceu quando nada mais fazia sentido, no momento em que eu vivia por ser covarde para morrer. Mas agora é diferente, estou de volta ao “mundo”, estou vendo dezenas de pessoas, que sabe centenas. Me sinto estranho. E não quis ficar lá, por que não me sinto em casa realmente. Eu não vivi com aquelas pessoas, apesar de serem minha família, são estranhos pra mim. Desde que voltamos para o continente só me sinto bem com você.

- Fico feliz em saber que te faço bem Edward. E eu entendo tudo isso que você falou. Só tente dar uma oportunidade para essas pessoas provarem o quanto te amam...assim como eu.

Nos beijamos e ficamos abraçados ali no meio da sala por alguns minutos. Depois disso fomos tomar banho, juntos. Como Edward não tem roupas, por que deixamos tudo para trás, naquela ilha, e ele usava uma roupa cedida pelas pessoas que nos resgataram. Coloquei a roupa para lavar e secar e ele acabou dormindo nu, o que deu cabimento para certas liberdades entre nós.

Na manhã seguinte acordamos por volta das oito horas com o som da campainha. Fui atender e era o sindico do meu prédio com uma gigantesca cesta de café da manhã toda enfeitada e repleta de coisas gostosas. Ele disse que era como um presente de boas vindas de todas as pessoas do prédio para mim. Achei o máximo agradeci pelo presente, e ele foi trabalhar. Eu já estava mesmo pensando no que ia fazer para o café da manhã, ou onde iríamos comer, por que no meu apê não tinha nada.

No dia seguinte fomos logo pela manhã fomos até a Dydrah, a loja que eu tinha em parceria com Alice. Edward precisava de roupas. Logo de cara fui recebida com muita festa por todos da loja. Os funcionários vinham me cumprimentar, muitos até ficaram emocionados, como foi o caso da Janine, uma senhora que trabalhava desde o começo da loja como costureira. Nós sempre conversávamos durante o expediente, contava suas histórias enquanto terminava de costurar alguma peça de roupa.

Assim como percebi a alegria por me verem de volta e viva. Também percebi os olhares de algumas moçoilas no meu Edward. E fiz questão de andar de mãos dadas com ele, e volta e meia dar uns beijinhos rápidos, só pra marcar território, e fazê-las saber que esse exemplar de deus grego já tem dona, obrigada.


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se de comentar...