Capítulo 8 

Mais dias se passaram. Eu já havia me acostumado com essa vida “selvagem”. Acordar cedo, mosquitos, ir colher frutas, insetos, tomar banho de cachoeira, mais mosquitos, pescar, cozinhar, e namorar. Edward se mostra cada dia que se passa mais, digamos entusiasmado com as novidades. Volta e meia nos pegamos dando uns amassos. Os beijos dele, a boca, o cheiro, aquele corpo, tudo nele me fascina. Principalmente essa ingenuidade de criança aprisionada em um homem feito. Sempre conversamos, afinal só temos um ao outro nessa porcaria de ilha. Eu sempre lhe conto as novidades do mundo moderno. Conto-lhe sobre sua família, sobre as novas tecnologias. Também contei para ele sobre minha vida, quais eram meus passatempos preferidos, do que eu gostava e de quais eram meus planos futuros. Ele também me fala sobre tudo. O que fazia antes de vir parar aqui. Como foram os primeiros meses na ilha. Falava-me muito sobre o pai dele, era visível a falta que ele fez. Nas suas palavras eu podia sentir o sofrimento por qual ele passou com a morte do pai. Ele me contou das vezes em que tentou se matar. Mas que sempre lhe faltavam forças no último momento. Disse-me como vivia aqui na ilha, sozinho, isolado. Falou do que sentiu quando me encontrou na praia. Do sentimento de alegria que ele sentiu no momento em que viu outro ser humano e de como pediu que eu vivesse.

Estávamos nós agora conversando. Acabamos de jantar, o céu estava limpo, os mosquitos não estavam incomodando muito. Edward estava terminando de organizar os utensílios que usamos para comer. Eu estava apenas sentada o olhando. Eu não me cansava de olhá-lo. Edward era um homem incrivelmente lindo. Agora eu nunca o deixava ficar com a barba grande, sempre a deixava rasteirinha e os cabelos também curtos. Ele estava vestindo uma camisa azul escura bem surradinha, e uma bermuda cake até a altura dos joelhos. Apenas com a iluminação da pequena fogueira que sempre acendemos a noite para ficarmos na casa.

- Por que você está me olhando tanto? – ele perguntou rindo e vindo até mim. Sentou-se ao meu lado e me abraçou.

- Estava te admirando. – eu disse dando um selinho em sua boca. – Mas bem que eu preferiria estar fazendo outra coisa.

- O que, por exemplo? – ele disse passando o nariz no na curvatura do meu pescoço fazendo com que todo o meu corpo se arrepiar em resposta.

- Não sei ao certo, temos tantas opções.. – eu disse me sentando em seu colo e dando um chupão em seu pescoço. Ele tremeu pela sensação e me apertou de encontro ao seu corpo. Delicia! Fui dando beijinhos por seu pescoço e subindo para o queixo até chegar à boca. Beijei seus lábios sugando seu a parte inferior. Ele suspirou. Comecei então a provocá-lo afastei meus lábios alguns centímetros dos seus e comecei a suspirar, fingindo que ia beijá-lo, mas quando chegava bem perto dos seus lábios eu me afastava e ia de novo e de novo.

Pelo que parece ele não agüentou. Colocou uma das mãos no meu cabelo e puxou-me rosto de encontro ao seu selando nossos lábios e me beijando fervorosamente. Cedi aos seus beijos que foram ficando cada vez mais desesperados e suplicantes. Edward apesar de estar apenas iniciando nesse aspecto da sua vida, estava se saindo extremamente bem. Ele beijava muito bem e sua pegada então. G-Zuis! Seus lábios desceram para o meu pescoço, dando leves chupões por toda a extensão. Causando-me um calor, uma vontade de tê-lo mais perto de mim. Voltei a beijar sua boca cada vez com mais vontade. Quando o ar se fez necessário levantei-me e o puxei para dentro da casa nos deitando na cama de palha. Ele deitou-se por cima de mim apoiando seu peso nos braços, e voltou a me beijar. Suas mãos passaram a percorrer toda a lateral do meu corpo. Eu não estava aguentando mais, eu não queria que ficássemos apenas nos beijos como sempre, eu queria algo mais. Fui com minhas mãos até a barra de sua camisa e comecei a puxar para tirá-la, ele me ajudou a passá-la pelos braços, a joguei em qualquer lugar e voltei a beijá-lo e passar minhas mãos por seu peito e suas costas. Ele retirou o vestido que eu usava e voltou a me beijar, sua boca descendo pelo meu pescoço, colo, seios. Eu já estava sentindo algo firme contra minha barriga. Com um pouco de dificuldade consegui desabotoar a bermuda e tentei tira-la. Nessa hora ele parou.

- Mas.. o que? – eu perguntei meio desnorteada.

- Acho que já estamos indo longe de mais. – ele disse afastando-se um pouco.

- E quem disse que eu quero parar? Do que você tem medo?

- Bella.. eu.. eu nunca ...fiz isso. – ele disse um pouco envergonhado. Sorri com isso.

- Eu sei.

- E se eu fizer errado? Ou te machucar de alguma forma? – ele disse passando a mão pelos cabelos. Eu fui até ele e o empurrei o fazendo deitar na cama. Olhei bem fundo nos olhos dele e disse.

- Eu sei que você nunca fez nada parecido. E é por isso mesmo que eu quero fazer amor com você Edward. Quero ser a primeira e a única, tendo em vista toda a situação, quero que você conheça os prazeres da vida comigo. E não se preocupe se fizer algo errado, a gente pratica até você ficar expert no assunto, combinado? -- Ele não respondeu. Apenas voltou a me beijar.