Será...destino? (hiato) escrita por kanny


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!! Aqui está o 3º capítulo..espero que gostem e que comentem ;) beijos..



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Capítulo 3


POV Bella

 Acordei e ainda era noite. Eu estava sobre o que sobrou de uma das asas do avião. Estava cansada e com muita sede. O frio era intenso, mas não chovia. Eu estava toda molhada, tremendo de frio e sem saber o que fazer. Estava a deriva, em um pedaço de metal, sem direção. As águas ainda turbulentas me empurravam em alguma direção. Minhas forças estavam no limite. Minha esperança já era inexistente. Eu só queria morrer e acabar logo com isso! Acabei adormecendo novamente, e já não me importava mais com nada. Queria apenas morrer de uma vez.

Não tenho noção de quanto tempo estava em alto mar. Só lembro-me de ver um par de olhos verdes me encarando, e mais nada. Quando acordei novamente estava em algo macio. Não estava mais molhada. Abri meus olhos lentamente e me deparei com um teto. Aos poucos fui me endireitando até ficar sentada. Assustei-me ao ver um homem barbudo e de cabelos castanhos claro, quase loiro, grandes e bagunçados.  Ele vestia apenas uma bermuda, que estava rasgada em vários locais e me encarava com um misto de sentimentos, surpresa e curiosidade estavam estampadas em seu rosto. Fiquei com medo por não saber onde estava ou como vim parar aqui. Olhei em volta e via apenas paredes de madeira em um cômodo pequeno, vários cestos e potes de barro em um dos cantos. O lençol que me cobria estava com buracos em vários lugares, mas estava limpo. Pelas frestas da madeira e o calor que fazia pude ver que ainda era de tarde.

- Onde estou? – foi a primeira coisa que me veio a cabeça. Onde eu estava? Que lugar era esse? Quem era esse homem? Será que era um índio? Mas ele é tão branquinho pra ser índio.

- Estamos em uma ilha entre a America do Norte e a África. – Ainda bem que ele fala a minha língua.

- Ahh...você é um índio? – Eu perguntei um pouco confusa  – Você não tem cara de índio.

- Eu não sou índio. – ele disse. – Como você veio parar aqui?

- Eu? – eu parei e fiquei pensando em como é que eu vim parar aqui. Seja lá onde aqui for. Senti minha testa doer e passei a mão, senti uma dor.  – Ai! O avião. Caiu. – eu disse já ficando um pouco nervosa ao me lembrar do que aconteceu.

- Calma. Está tudo bem agora. Você bateu a cabeça em algum lugar. Eu te achei na praia e te trouxe pra cá. – o homem barbudo falou. – Você está bem? Está sentindo alguma dor?

- Estou bem, eu acho. – parei para analisar meus ferimentos. Estava com cortes superficiais nos braços e pernas. Senti um corte também nas maças do rosto sem contar o da testa. Ao parar para me observar levei um susto ao perceber que estava quase nua. Apenas coberta pelo sutiã e a calcinha. Onde é que estão as minhas roupas? -– Por que estou quase nua?

- Desculpe. Foi preciso. Suas roupas estavam muito molhadas e você não podia ficar daquele jeito. Mas eu juro que não vi nada. Só fiz isso pra você não adoecer... – Ele falava tudo muito rápido. E suas bochechas assumiram um tom rosado.

- Calma, ok. – eu disse para ver se ele se acalmava. – Obrigada pela ajuda. Que lugar é esse? – eu ela disse olhando novamente ao redor.

- É minha casa. Eu meu pai a construímos há alguns anos.

- E cadê ele? – eu perguntei e vi que ele ficou um pouco triste.

- Morreu -- ele disse.

- Me desculpe. – eu falei meio sem graça.

- Não foi nada. – ele disse.

- E com quem você mora? – eu perguntei por que não vi ninguém ao redor.

- Ninguém.

- Como assim? – eu quis saber.

- Eu sou a único ser humano desta maldita ilha. – ele disse um pouco receoso -- Quer dizer agora tem você também... – Eu o olhei assustada.

- Não tem ninguém? Absolutamente ninguém? – eu perguntei já me desesperando.

- Não.

- AI MEU DEUS!! – Entrei em pânico. Não tem ninguém e agora?

- Calma tá.

- Como é que você quer que eu tenha calma? – Eu já gritava e  meus olhos estavam marejados – Estou num mato sem cachorro, sem comida e sem colchão. E com um índio albino!

- Eu não sou índio! – ele disse – Eu sou americano.

- E o que você está fazendo aqui? Tem algum jeito de me comunicar com Nova York? – eu perguntava ainda nervosa, mas já um pouco controlada.

- Eu sofri um acidente de avião. E não. Não tem jeito. Eu estou há mais de oito anos sem falar com outro ser humano.

- AI MEU DEUS!!! – Oito anos! Sem falar com ninguém? Ai meu Deus! Cai com tudo na cama e minha testa latejou. – Ai!

- Tenha cuidado. Você quer comer alguma coisa? – ele me perguntou e foi ai que eu percebi que estava morrendo de sede e meu estomago roncava.

- SIM! Quero água, por favor. – eu disse e ele buscou um potezinho de barro e um copo, que pela aparência era velho, mas que estava limpo. Peguei o copo e ele encheu de água. Bebi desesperadamente e pedi mais. Entornei tudo em uma velocidade que até eu me assustei.

- Banana? – ele me perguntou e me ofereceu a fruta.

- Quero, obrigada. Nem eu sabia que estava com tanta fome e sede. – eu disse já descascando e comendo as bananas. Foi ai que eu me toquei. – eu ainda não sei o seu nome.

- Me desculpe. É a falta de costume. Meu nome é Edward.

- Prazer. Meu nome é Isabella Swan, mas pode me chamar apenas de Bella.

- Ok, Bella. – ele disse me entregando mais frutas. – O que aconteceu com você.

- Um acidente de avião. Eu não sei bem o que aconteceu. Estava tudo bem, eu estava indo passar férias na França, e do nada o avião começou a tremer, o céu estava escuro, chovia e relampejava muito. Eu só vi a pancada e depois eu estava na água agarrada a um pedaço da asa do avião.

Expliquei tudo a Edward. Ele falou de como veio parar nesta ilha, do que aconteceu ao seu pai. E fiquei perplexa quando ele me disse que já estava preso aqui há mais de 15 anos. É muito tempo! Enquanto eu falava ficava imaginando pelo que ele já passou nesses anos todos. Da solidão em que se encontrou quando seu pai morreu. Eu não saberia viver sozinha em uma ilha perdida no meio do nada, tendo como única companhia animais. A vida foi muito cruel com ele. Chego a me surpreender por ele ter agüentado tudo e ter continuado vivo. Outra pessoa em seu lugar já haveria encontrado uma maneira de acabar com isso há muito tempo.

Edward fez um tipo de chá de uma erva que segundo ele é para cicatrizar ferimentos. Ele me ajudou a aplicar por meus cortes. Vesti minhas roupas que ele havia posto para secar ao sol. Logo anoiteceu, Edward fez uma fogueira engraçada para iluminar a casa. Ele pegou uma tigela de barro cheia de areia e pedras, colocou uns pedaços de madeira e palha, e com umas pedras fez fogo. OH MEU DEUS! Até para ascender uma misera fogueira é esse trabalho todo? Eu nunca tinha nem ouvido falar em uma fogueira dentro de uma panela de barro. Mas ele me explicou que foi a maneira que ele havia encontrado de ter luz a noite sem tocar fogo na casa. Já era tarde quando fomos dormir. E como eu sei que era tarde? Pra minha sorte meu relógio de pulso ainda funcionava. E para completar esse relógio foi da minha mãe, e ele é daqueles que marcam a data. O que foi ótimo, pois nem eu, e muito menos Edward sabíamos que dia da semana era. Eu perdi a noção de quanto tempo fiquei em alto mar. Mas depois de conferir o relógio vi que fiquei menos de 16 horas a deriva, o que pra mim foi muito tempo.

 Eu ainda estava muito cansada. Na casa de Edward só havia um cômodo, o que já era muito tendo em vista toda a situação, e a cama dele era feita de palha e coberta por uma esteira também de palha e por cima uns lençóis velhos. Mas pude ver que estavam limpos. Ele me deixou com a cama e foi dormir em um canto em uma esteira de palha. Fiquei assustada quando ele me falou que nunca vestisse uma roupa ou deitasse em uma esteira ou coisa do tipo sem verificar se havia algum tipo de aranha, cobra ou outro tipo de inseto. Demorei a dormir só em pensar na quantidade de insetos poderiam aparecer para me picar. Mas o cansaço falou mais alto. Edward apagou a fogueira e nós ficamos ali, em silêncio, apenas com a luz da lua e logo dormi.


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