–Eu vou te matar James! Te matar, logo depois que eu acabar com a Malfoy!

Essa foi a segunda coisa que eu ouvi da voz de Vanessa Brown, a namorada de Si. Ops, eu tinha esquecido daquele pequeno e básico detalhe! Meu primo tinha namorada! E agora eu devia explicações à ela, é claro!

Olhei para a menina e avaliei-a um pouco. Nem um pouco alta, pele e olhos morenos, cabelos lindos num misto entre castanho e preto. Vanessa não era a garotava mais linda ou popular da grifinória, mas com certeza tinha atitude. E essa foi a primeira coisa que me vez gostar dela, não muito mas pelo menos um pouco.

–Olha, nós podemos explicar tudo direitinho para você, Vanessa.

Eu disse, tentando manter a calma. Por mais que eu quisesse ser simpática, eu nunca aturei ninguém gritando comigo.

–Ah, é mesmo? Bom, é melhor ter mesmo, Malfoy! Fique sabendo que eu não sou uma dessas vadiazinhas que se vê todo dia não, tá? Eu namoro com o James e eu namoro sério. Digo, namorava, pois não sei se vou continuar namorando depois de ver isso!

–Como assim, Nessa? Tá doida, meu amor?

James perguntou, exasperado.

–Eu? Doida? Tem certeza que não é você que endoidou, Potter? Tá pensado, o que? Que eu vou te perdoar? Pois está muitíssimo enganado.

Vanessa aumentou seu tom de voz, o que começou a me irritar. Começei a raspar as unhas tentando não me concentrar no que ela dizia. Mas não deu muito certo, aquela voz começou a ecoar na minha cabeça de um jeito tão real, que eu perdi a compostura.

–Olha aqui garota, eu entendo completamente que você está irritada, mas não tem o menor direito de gritar assim comigo ou com o meu primo!

Eu não devia, mas começei a berrar também. Algumas pessoas ao nosso redor começaram a nos encarar, mas bastou James lançar-lhe um olhar de desaprovação, que todos se viraram, como se nada demais estivesse acontecendo.

–E quem é você para me falar de direitos?

Naquela hora o rosto de Vanessa Brown estava tão vermelho quanto seu batom.

–Nessa, meu amorzinho, escuta. Tudo não passou de uma brincadeira, para hum... Para ajudar a Gracie a se livrar de um pretendente indesejado. Escuta, eu e a Di não temos nada, viu? Nenhuma relação além do parentesco, só uma pequena amizade, nada demais.

Confesso que ouvir aquilo doeu um pouco. Como assim? Achei que pelo menos nós fossemos amigos, mas o jeito como ele falou aquilo parece que éramos somentes conhecidos, ligados pelos laços familiares. Mesmo assim, não deixei a tristeza aparentar e simplesmente assenti, concordando.

A morena respirou fundo, abriu a boca para dizer algo, mas no último segundo dessistiu e suspirou.

–Olha aqui vocês dois, não acredito em uma só palavra, mas vou deixar passar, ok? Só porque não quero fazer escândalo, entendido? Muito bem, vamos James? Lembrem-se isso não acabou aqui, nós ainda teremos uma longa conversa.

Dei um pequeno sorisso ao ver Si sair de braço dado com Vanessa, como se nada tivesse acontecido e fossemos apenas amigos se cumprimentando. Uma parte de mim ficou aliviada, mesmo eu sabendo que de jeito nenhum a namorada do meu primo fosse deixar tudo daquele jeito. Porém, aquele não era o meu maior problema. O Aaron ainda estava saindo com a Dominique Weasley. Como aquilo poderia estar acontecendo? Como o meu Aaron podia fazer aquilo comigo? Hum... Digo o meu melhor amigo Aaron.

Andei, ainda tonta até o Três Vassouras, que para minha surpresa estava praticamente vazio. Senti numa mesa e pedi um suco de abóbora, enquanto secava algumas lágrimas que teimavam em cair dos meus olhos. Porque eu chorava? Na verdade, eu não sabia. Não fazia sentido na minha cabeça, eu ali no Três Vassouras, meu restaurante preferido, chorando feito criança sem causa alguma.

Meu suco chegou e tomei um gole, tentando conter os soluços. Com os olhos ainda embassados, vi alguém sentar-se à minha frente e encarar por uns segundos.

–Porque está chorando, florzinha?

Reconheçi a voz irritante de Bradley Mason, meu ex. Senti um calor subir e quase imediatamente engoli às lágrimas.

–O que você está fazendo aqui, hein? Qual é o seu problema? Cadê a sua namoradinha querida?

Tornei-me agressiva. Ele deu uma risada e passou a mão por um fio do meu cabelo ruivo, recebendo um tapa.

–Eu perguntei primeiro! E quanto a Kristie, nós não temos mais nada.

Ele disse, dando uma risada.

–Ah, é mesmo Bradley? Escuta aqui, você não me viu chorar e não tem nada a ver com isso. Segundo, desapareçe da minha frente que eu não tô de bom humor.

Mas como ele não o fez, eu fiz. O Masen levantou-se da mesa e agarrou me braço. Não com força, mas sim como se pedisse para eu ficar.

–Por favor Dianna, pelo menos escuta o que eu tenho à dizer.

E então, flores? Gostaram? Se puderem, deêm uma olhada no meu novo blog de fics e se gostarem, sigam. Ah, e comentem, lá e aqui!

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