Dont Look Back In Anger escrita por ladyofcamellias


Capítulo 2
Capítulo 2- Invited


Notas iniciais do capítulo

Booooa tarde, meus cupcakes. Então, se eu contar vocês não acreditam, mas eu tinha metade do capítulo pronto há um bom tempo. Acontece que acordei hoje de manhã, completamente inspirada, corri pro computador, apaguei tudo e comecei do zero kkkkkkkk. Eu sei que soa meio ~le muuuuuuuito~ louco, mas eu realmente acho que ficou bom. Enjoy (:



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POV Annabeth

A verdade é que eu me sentia um lixo completo. Sempre fui uma pessoa controladora, e que, quando perde o controle, enlouquece. Eu não tinha o controle de mim mesma e me olhar no espelho era como ver um animal selvagem enjaulado. Eu me sentia um lixo completo e tinha nojo de mim mesma.

_Nossa, o que aconteceu com a sua boca?_ perguntou Thalia atrás de mim. Pelo seu reflexo, que via atrás de mim, ela parecia completamente radiante. Como nunca havia visto antes.

_E te interessa?_ fui o mais ácida possível, me virando e a encarando com o meu melhor olhar maligno possível, mesmo que não fosse grande coisa.

_Não precisa ser grossa desse jeito, mocinha_ ela fez uma bola com o chiclete antes de continuar sua ladainha matinal._ Já ouviu falar do garoto novo?

_Por que a pergunta?

_Ah, credo Annabeth_ ela colocou a mão na frente do peito, como se estivesse se sentindo imensamente ofendida._ Antigamente você costumava ser uma ótima parceira de fofoca.

_Sabe como é eu mudei. E acho que você também._ respondi apontando o queixo para Rachel, cujo acabava de sair de uma das cabines. A ruiva deu um sorriso, no mínimo, falso, antes de sair batendo a porta.

_Eu vou indo, ficar com quem se importa comigo.

E ela saiu logo em seguida. Era bem irônico tudo isso. Antes nós passávamos noites e noites falando mal de Rachel e agora, lá estava Thalia, seguindo todos os seus passos como um cachorrinho. Um daqueles poodles de madame, que fazem de tudo pra imitar a dona, sabe?

Apoiei minhas duas mãos nas pia e abaixei a cabeça, finalmente sozinha. Os cortes nos meus pulsos ainda eram bem recentes, de ontem à noite, e meu lábio inferior estava terrivelmente inchado. Sem falar que eu ainda me sentia tonta, provavelmente por sair de casa sem comer nada. Eu não queria ter que olhar na cara do meu irmão e dizer o que tinha acontecido. Não queria que ele ficasse triste por mim. Ele já sofrera demais por nossa mãe, e não merecia me carregar como fardo pelo resto da vida.

Achando que já tivesse dado tempo o suficiente, lavei o rosto, peguei minhas coisas e rompi pela porta com pressa, com medo de chegar atrasada justo na primeira aula do dia. Tudo que eu menos precisava era de mais uma advertência para a minha coleção.

Mas, definitivamente, não estava nos meus planos esbarrar com um desconhecido bem na porta do banheiro feminino.

POV Percy

A primeira coisa que eu reparei foi uma cabeça loira batendo na minha. A segunda foi um corpo alto caindo sentado no chão, indo de encontro à porta. E a terceira foi um grito.

_Pelo amor de Deus, você não olhar pra onde anda?_ a garota gritou. Ela parecia, no mínimo, um pouco estressada. Revezava em colocar as mãos na cabeça, me xingando, e catar os livros que haviam caído de sua mochila aberta._ Não vai me ajudar?

_Ah, desculpa, eu...

_Você é lerdo, hein?

_... estava te procurando.

Ela parou de catar suas coisas, parecendo quase que em choque. Olhava para mim com aqueles grandes olhos cinza bem arregalados, a boca machucada entreaberta. Deveria ser um pouco assustador, sabe como é, escutar de um desconhecido, logo de manhã cedo, que ele estava procurando-a. Com certeza estava pensando que eu era um tarado, maníaco, psicopata ou qualquer coisa desse gênero.

_Agora sou eu que peço desculpa, nossa, nem disse meu nome. Percy Jackson.

_Annabeth Chase_ pela primeira vez ela falou em um tom um pouco mais normal comigo, porém baixo. Apertou minha mão estendida bem fracamente. Ainda me olhava assustada.

_É que eu sou novo aqui.

_Ahã...

_E tipo, ontem tinha a mesma aula que você, História, no último tempo. Aí o professsor... Quíron, não é?

_Isso...

_Então, Quíron viu que eu não tinha dupla, pra um trabalho que ele passou pra semana que vem. E, bom, como você era a única pessoa ausente e também sem dupla, ele me colocou com você. Aí eu queria te procurar para avisar, sabe...

_Ah claro_ ela disse sorrindo, ainda falando baixo, balançando a cabeça,_ entendi tudo. A gente poderia...

Parei de escutar sua voz, no momento em que o sinal tocou alto e claro. Pela primeira vez desde o nosso encontro, resolvi olhar em volta. E também, pela primeira vez, vi os corredores daquela escola completamente vazios.

_Ah meus Deus_ Annabeth voltou a gritar, novamente parecendo nervosa._ Eu não acredito. Ah merda, merda, merda...

_Tudo bem?

De novo os olhos arregalados e aquele mesmo olhar assustado.

_Tudo bem? TUDO BEM? Como você pode me perguntar se está “tudo bem”? Caso ainda não tenha se tocado, nós perdemos a nossa primeira aula. Sem chance de nos deixarem entrar agora, e, provavelmente, nós dois iremos ganhar uma bela de uma advertência. E lá vou eu, de novo, parar na porcaria da diretoria. E, logo em seguida, naquele inferno daquele consultório daquela psicóloga psicopata.

_Tranquilo. Quer dar uma volta? Ah, e pra sua informação, minha mãe não é nenhuma psicopata. E nem eu, só pra constar.

Ela parecia completamente atordoada, piscando e balançando a cabeça como uma louca. Talvez ela até fosse um pouquinho.

_Que raios sua mãe tem a ver com isso, Percy?_ perguntou, me olhando desconfiada. Alguém dúvida que ela achava que o único louco ali era eu?

_Minha mãe, Sally Jackson, é a nova psicóloga daqui.

Eu pensei que, pela milésima vez no dia, fosse assustá-la. Mas em vez disso, ela deu uma risada, bem baixinha. Ainda assim alegre.

_Nossa, graças a Deus aquela mulher foi embora. Ela era completamente louca, você não tem noção, sério.

_Mas acho que a filha dela ficou...

_Silena. Louca de pedra igualzinha à mãe.

E nós rimos. Acho que dessa vez nós dois parecíamos loucos, sentados no chão, bem no meio de um corredor vazio, rindo e com vários livros espalhados a nossa volta. Por mais estranho que isso possa parecer, e eu sei que vai soar estranho, Annabeth Chase era a única pessoa com quem eu realmente me sentira à vontade, até agora, naquela escola.

_Se ficarmos aqui, seremos pegos, não é?

_Ah sim_ ela acordou, do que parecia ser um transe. Parou de me olhar com aqueles grandes olhos cinza e recomeçou a catar suas coisas, dessa vez um pouco mais rápido. Mesmo porque, além do medo, dessa vez ela também tinha a minha ajuda.

Eu a ajudava a se levantar, quando uma mão grande tocou meu ombro.

_E aí, cara?_ disse um menino loiro_ Peter Jackson, não é?

Ele tinha mais ou menos a minha altura. E Uma cicatriz que cortava quase metade do seu rosto, indo a diagonal, um pouco debaixo dos olhos azuis até o queixo.

_Oi Luke_ Annabeth disse fria, engolindo em seco, o que não ajudou em fazê-lo parecer um pouco menos assustador.

_Então, Peter...

_Percy.

_Percy. Charles me falou que te convidou, você sabe, pra fazer o teste pra entrar pro time de basquete...

_Ahã_ disse depressa, querendo que ele fosse embora, cruzando os braços. Por que me sentia tão desconfortável falando com aquele garoto?

_E eu queria saber se amanhã à tarde, quarta-feira, depois da escola, está bom.

_Ótimo_ respondi, sem ao menos pensar se no dia teria alguma coisa pra fazer. Acho que tudo que queria era que ele fosse embora logo.

_Beleza, então. Não esquece_ e correu de volta para onde estava, em direção a uma menina morena e baixinha que o esperava um pouco afastada, encostada nos armários. Deram as mãos e saíram dali, conversando em um tom baixo.

_Time de basquete?_ perguntou Annabeth, as sobrancelhas erguidas.

_Eu jogava na minha outra escola. Era o capitão.

_Ah, claro. Eles tão procurando alguém pra substituir meu irmão, Matt, desde agosto, quando ele foi pra faculdade em Washington.

_Você tem irmãos?

_Dois. Eu sou a mais nova. Mas, então, quanto ao trabalho...

_Sim, sim. Você, sei lá, poderia ir lá em casa amanhã, por volta de umas quatro da tarde, sabe...

_Posso sim. Mas eu acho que, pra isso, você teria que me dar seu endereço_ ela disse, rindo pela primeira vez desde que o menino foi embora.

_Claro_ eu disse, procurando um papel e uma caneta na minha mochila, enquanto ela me olhava com aquele olhar um pouco arrogante, ainda que sorrindo, com certeza pensando alguma coisa como “eu sei mais que você”. E eu até que gostava desse jeito meio espertalhão que tinha, pois, de alguma maneira, combinava com ela._ Aqui.

Entreguei-lhe o papel com a minha letra rabiscada. Ela levou um tempo para entender meu garrancho, e estudou-o com o cenho franzido. Finalmente olhou para mim, com aquela mesma risada leve, soando quase musical.

_Seria muito estranho dizer que você mora em frente da minha casa?

Dessa vez nós dois rimos. Talvez tivéssemos ficado ali o dia inteiro, rindo e falando besteira. Talvez tivéssemos saído depois. Talvez alguma coisa importante acontecesse entre a gente. Talvez, talvez... Talvez, se o sinal não tivesse tocado e eu não a visse mais pelo resto do dia, quando se despediu e saiu correndo apressada, ainda rindo, com o rosto um pouco corado. Talvez eu gostasse mais das primeiras opções, embora vê-la rindo daquele jeito tenha me feito sorrir, ali parado e sozinho no meio de um monte de desconhecidos.


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Notas finais do capítulo

Ficou bem diferente do primeiro capítulo, né? Bem mais light e tal. Achei que a Annabeth precisava de algum descanso kkkkkk. Sem falar que, na minha opinião, foi bem fofinho. Talvez tenha sido um pouco cansativo pra vocês, afinal, foram cinco páginas no word de diálogo puro e cru. Enfim, só vou conseguir saber o que vocês acharam se me mandarem reviews, né? Eu adoooorei os do capítulo anterior, sério, vocês são mágicos, e espero ter reviews tão lindos assim de novo. Foram eles que me deram mais motivação pra continuar a escrever do que qualquer coisa. E nossa, eu falo pra cacete. Então, já sabem, né? Vou ser curta e grossa, sem reviews, sem terceiro capítulo u.u
Beeeeijos e até lá.



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