Depois do almoço, Jullie continuava em casa.

Chegando em casa, o furacão Jullie fora dominado. Nada nem ninguém podia mudar o que estava em sua cabeça.

- O que você tem? – Liam falava, sentando no sofá de sua casa.

- Eu? Nada. – ela falava – E você, o que tem?

- Eu não tenho nada, oras. – ele dizia.

- Acho que estamos quites. – ela falava, com a ironia presenciando sua voz.

- Ok, pode desabafar. – ele falava.

- Você não entenderia, priminho. – ela falava.

- Entendo que esteja braba, triste ou revoltada. – ele falava – Mas agora, porque um tal alguém fez isso contigo, você tem que fazer comigo?

- Não quero brigar com você, Liam. – ela falava – Me deixe quieta.

- Não vou te deixar sossegar até você falar. – ele continuou – Por favor...

- Três conselhos pra você. – ela falava – Primeiro: Nunca insista em algo que uma garota não quer fazer. Segundo: Não queria saber porque uma garota sofre, se você não for o motivo. Terceiro: ME DEIXE QUIETA, LIAM.

- Então eu não sou o motivo... – ele falava – Acho que fiquei bom em desvendar mistérios.

Ele sabia, claro que sabia.

Pera lá!

Ele sabia quem era o autor dessa revolta. Mas, não sabia o motivo.

Outra coisa que dominaria a cabeça de Liam, que ficaria encucando em quando fazia qualquer coisa. E sim, pelo seu jeito de ser, tentaria fazer de tudo para saber o que era.

- Por favor, cala a boca. – ela falava.

- Tudo bem, pequena. – ele dizia, fazendo com que a prima desse um pequeno sorriso.

Pequeno, porém verdadeiro.

- Gosto quando me chama assim. – ela falava, conquistando a confiança do primo aos poucos.

- Eu também. – ele falava.

- Mané. – ela falava.

- Tudo bem... – Liam dizia – Esse eu não gosto.

- Pensei que já tivesse se acostumado... – a garota dizia – Quando eu estiver velhinha, com oitenta e poucos anos, vou continuar te chamando de mané. E quem sabe um dia, bem no futuro, você goste?

- Quem sabe... – ele gostava, amava – Jullie?

- Sim? – ela falava.

- Me promete uma coisa? – o garoto dizia – Bem pequenininha, por favor.

- Depende... – Jullie falava – Mas fale.

- Não sofra por amor. – ele falava – Por mim.

Ela riu.

- Prometo. – ela falava – Mas... Você também terá que prometer uma coisa.

- Fale. – ele dizia.

- ARRUME UMA NAMORADA! – a prima brincava, fazendo com que dessa vez o primo risse.

- Acho que vai demorar... – ele falava – Todas já estão comprometidas, e eu não tenho jeito pra coisa. Você sabe, não sou do tipo “pega-todas”...

- Você é romântico, Liam. – ela falava – Isso é bom pra se conquistar uma garota.

- Acho que todos os garotos tem um romantismo em si. – ele falou.

- Ah, é? – a prima ironizava – Não, acho que não.

- Mas, modéstia parte, eu sou o mais romântico. – ele falava – FALA SÉRIO, JULLIE! SOU UM GAL Ã!

- Ai, para. – a garota falava, subindo para seu quarto.

- Mereço um premio, fala sério. – ele dizia, seguindo a prima.

- Sério Liam, cala a boca. – ela falava, indo cada vez mais rápido.

- NÃO FUJAS DE MIM, OH BELA DONZELA! – ele falava, brincando.

- Para, você me assusta. – ela falou, parando de vez o primo e o abraçando – Eu te amo.

- Eu te amo mais, pequena. – ele falou, abraçando-a.