Jullie a Louis estavam no carro faziam mais de 20 minutos. O garoto ainda não tinha dito aonde a levaria, queria fazer suspense, para que ficasse impressionada no momento. Queria agradá-la, mas sabia que isso não era tão fácil assim.

– Então, Romeu... – a garota começava a falar – Aonde vai me levar?

– Minha boca é um túmulo. – ele disse, fazendo com que a garota risse – Porque quer tanto saber?

– Quero saber se você tem bom gosto. – ela respondeu – Brincadeira. Ah, não sei. Curiosidade, quem sabe...

– Curiosidade demais pro meu gosto. – ele disse.

– Louis? – a garota o chamou.

– Sim? – ele perguntava, virando-se para a garota.

– Porque está fazendo isso? – falava – Isso eu digo... Isso. De me levar a tal lugar, de... Eu não sei.

O garoto gelou. Ou ele respondia uma mentira, ou a enrolaria ou falaria a verdade, que era a sua última opção e não seria de jeito nenhum cumprida.

– Tenho meus motivos. – respondeu por mim – Eu não sei muito bem o que é... Uma parte de mim diz que você tem algo especial, mas a outra parte...

– O que a outra parte diz? – a garota questionava, com espanto em seu rosto.

– Ela diz que eu não sou bom pra você. – ele respondia, virando-se para a garota novamente – Não quero magoá-la, novamente.

– O que quer dizer com novamente? – Jullie perguntava.

– Futuramente vai descobrir. – desabafou – Mas por enquanto, vou curtir os momentos que terei ao seu lado.

“Como novamente? Nos conhecemos está semana...” – Jullie pensava – “Eu sabia que Louis não era muito certo da cabeça, tinha certeza disso. Tinha certeza que algo em meu passado me trazia um mal futuro. Mas o que tinha mais certeza, e que é, Jullie, estava completamente apaixonada por ele, por Louis.”

A garota sorria sozinha. Não era um momento de felicidade, mas também não era de tristeza. As palavras que saíam da boca do garoto, sobre ela, eram... Amáveis. Ela estava com um sorriso sincero no rosto, um sorriso verdadeiro.

– Porque está rindo que nem uma idiota? – Louis a questionava.

– Não é idiota. – ela respondia, rindo – É que... Eu não sei. Não tenho motivos para chorar. Sorrir é o que me resta. Mas, digamos que, um pingo de felicidade brota no meu coração.

– Profundo. – ele falava – Patético, mas profundo.

– Idiota! – a garota disse, dando lhe um tapa no ombro.

– Ei! Eu estou dirigindo! – falou – Aproposito, observe como sou responsável no trânsito.

– Ah, claro. – falou irônica – No trânsito. Aliás... Aonde vai me levar?

– Aqui. – o garoto disse, apontando para fora da janela.

A garota ficara encantada. Esperava menos (bem menos) de Louis. Apesar de ter morado em Londres por 8 anos, nunca tinha ido aquele lugar. Ela estava em London Eye. Era mágico, para alguém que estava indo pela primeira vez.

– Então... – o garoto iniciou a frase, com as mãos no bolso da calça – O que achou?

– Eu esperava menos de você. – ela disse – Me impressionei.

– Continua sem responder minha pergunta. – ele falava.

– Eu amei, Louis. – ela falou, fazendo com que o garoto sorrisse – Obrigada, por tudo.

– Não. – ele disse, acariciando o rosto da garota – Eu que agradeço.

Ela tremia.

Os dois aproveitaram o dia, literalmente. Andaram, riram, observaram o céu Londrino, os turistas, correram e se divertiram. Louis tinha ganho um pelo ponto positivo na lista de Jullie. Agora sim, era oficialmente um encontro.

Os dois, por mais uma vez, decidiram entrar na roda-gigante que dominava o local. Jullie segurou-se em um ferro que tinha ali. Ficou observando o céu londrino, já era noite. Louis estava de pé, um pouco atrás da garota, observando o que ela fazia.

– Está feliz? – ele perguntou, aproximando-se dela.

– Estou. – ela sorriu.

O garotou abraçou-a por trás, conseguia escutar seu coração. Ele batia forte, como se aquele momento fosse único na vida. E era.

Louis pegara a mão de Jullie e colocara em seu rosto. A expressão que dominava seu rosto era linda. Seus olhos brilhavam, como fogos de artificio que dominam a chegada de um novo ano. Ele estava feliz, ela estava feliz.

Ele chegou perto do rosto da garota, fez carinho em sua pele. Ela estava gelada, muito gelada. Levou sua boa até o ouvido da garota, fazendo com que ela se arrepiasse.

– Obrigado. – ele sussurrava.

A garota beijou a bochecha do rapaz, fazendo com que ele sorrisse ainda mais. Acariciou outra vez seu rosto, fazendo com que ele fizesse o mesmo. Ele retribuiu o beijo, fazendo com que ela suspirasse. A garota tremia.

– Isso é pra você. – o garoto sussurrava, movendo sua boca até a da garota.

Dígamos que, nesse momento, o ditado “Estava muito bom pra ser verdade” era verdadeiro. No minuto em que o garoto tentara algo a mais, o celular de Jullie disparava no bolso. Era um SMS de Liam.

“PUTA QUE PARIU!” – ela pensava – “JURO QUE VOU SOCAR A CARA DO LIAM, JURO.”

‘Ou você chega em casa em menos de 45 minutos, ou terá que dormir na rua. XxxX Liam’

– Quem era? – Louis perguntava, vermelho.

– Era Liam. – a garota respondia – Disse que se eu não chegar em casa em menos de 45 minutos vou dormir na rua. Ótimo.

– Ainda temos tempo... – Louis disse, puxando a mão da garota – Vamos?

– Vamos! – respondia.

Os dois saíram do brinquedo, desesperados atrás do carro. Acharam-no, e num piscar de olhos, já estavam lá dentro colocando os cintos de segurança. Apesar de tudo, Jullie estava feliz. Conseguia demonstrar isso, e tinha que estar feliz. Além do mais... Não era todo dia em que coisas desse tipo aconteciam.