Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 23
Neverland:


Notas iniciais do capítulo

Então, sabem né? Demorei pq provas existem e infelizmente n sou tão inteligente como Sher ou como Jen D: Agora o treco vai se encaminhar para a reta final, n estou dizendo que tem poucos caps, mas que agr vai ser fortes emoções até o fim. Bom cap e desculpa qualquer erro. :*



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- E foi isso. - Ela finalizou a narrativa. - Foi isso que aconteceu no pior dia da minha vida. - Ela disse, secando as lágrimas restantes.

- Eu... Sinto muito. - Ele disse.

Houve um silêncio constrangedor logo após isso, com Jen se recompondo e Sherlock a observando. Enquanto Jen tentava apagar as memórias de sua mente, algo lhe passou rápido. Um código, 4x4!

- Como eu pude ser tão burra?! - Ela disse, se levantando e pegando o primeiro papel e caneta que viu na frente, tirando o pequeno papel amarelado do bolso e o analisando.

- Você descobriu? - Ele pediu se aproximando da pequena Mars.

- É um velho código que usávamos. Eu o adorava, mesmo que só se possa usar com palavras ou frases que sejam raízes quadradas exatas. Como essa, uma palavra de 9 letras, um quadrado de 3 por 3.

N

E

A

E

R

N

 V

L

- Neverland! - Sherlock exclamou, fascinado com o código. - Mas e esse 50 ao lado da palavra? - Ele perguntou. Jen analisou o papel mais uma vez, para ver um 50 rabiscado. O que seria ele?

- Eu... eu ainda não sei. Mas Neverland... O que ela quis dizer com isso?

- Você mesma disse que sua história preferida sempre foi o... - Ambos se encararam, abrindo um sorriso e dizendo em únissom.

- Livro do Peter Pan! - Jen diminuiu o sorriso, sabendo que no final desse caminho não haveria respostas, mas apenas novas perguntas.

- Bem agora a coisa toda faz sentido. Mas eu realmente não acredito. Eles deixaram uma ultima caçada. E qual seria o pote de ouro no final desse arco íris? - Ela disse, um pouco incomodada com a idéia de “brincar” com seus pais novamente, sabendo que nem ao menos sabia o que teria no fim, nem ao menos tinha idéia de como aquilo acabaria.

- Você acha que precisa de um livro com a história de Peter Pan? - Pediu Sherlock, ela negou.

- Não de um livro, mas “o” livro. - Ela se levantou, foi até o quarto, pegou um pequeno molho de chaves. Também pegou seu celular e trocou de roupa, colocando algo mais propicio para uma caça ao tesouro. Tênis All star preto e surrado, uma jeans escura e uma camiseta branca com o símbolo da paz em preto. Prendeu os 

cabelos em um rabo alto e voltou a sala. Holmes continuava na mesma posição de antes, ergueu o olhar quando a jovem reapareceu, se admirando com a rapidez que ela trocara de roupa.

- Precisamos do livro que eu tenho em minha casa. - Ela disse, olhando-o. - Vamos. - Jen disse, se virando e descendo as escadas. Não demorou muito para escutar seus passos serem seguidos pelos do jovem consultor.

A viagem de táxi não demorou muito. Em poucos minutos a dupla de investigadores já estava na antiga casa de Jennifer Mars. Ela colocou a chave na fechadura e girou, abrindo a grande porta branca e deixando Sher entrar. Mars fechou a porta atrás de si, trancando-a.

- Vamos a biblioteca. - Ela disse, guiando o amigo detetive para a sala mais ao leste da casa.

Era um cômodo iluminado por varias lâmpadas, e haviam três poltronas, cada uma fazendo par com uma mesinha redonda, no centro da sala. Ao redor, prateleiras cheias de livros, e na parede a direita, ficava uma lareira que a muito não era utilizada. Jen abriu a sala com certo receio, e se demorou a entrar.

Sherlock por sua vez, entrou rapidamente, analisando o lugar como se pudesse obter informações da poeira ali existente. E havia muita. Então a loira entrou, correndo seus olhos para a prateleira da parede mais ao fundo. Ela caminhou devagar até lá, se agachando a procura de um livro pequenino, surrado, de capa azul marinho com estrelas e um garoto de roupa verde acompanhado de uma garota de camisola branca, dois garotos, um de óculos de cartola e o outro agarrado a um urso e uma pequena fadinha loira. Ao fundo se via o Big Ben iluminado. Ela o encontrou, e quando o segurou entre as mãos, se guiando para a poltrona do centro, sua poltrona, ela sentia carregar uma tonelada em mãos.

- Quer que eu... - Sherlock começou a falar, se aproximando da jovem e colocando sua mão direita sobre o ombro esquerdo de Jen. Ela ergueu o olhar, encontrando os olhos azuis de Holmes.

O que devia acalmá-la apenas deixou-a mais preocupada.

Poderia eu, estar amando Sherlock Holmes?

Mas aquele não era momento para pensar em sentimentos, ainda mais, no amor. O perigoso amor. Ela ignorou os pensamentos, muitos até depravados e se voltou para o livro. Abriu cuidadosamente a capa, passando pelo mapa fictício de Neverland e buscando a página 50. 

Ela correu seus olhos pela página, procurando qualquer indicio de escrita. De inicio não encontrou nada, mas quando já estava desistindo, bem no canto, se lia em uma letra cursiva: 10 graus e 47 minutos.

Ótimo, eu nem lembro mais como era aquele maldito mapa...

- Eu realmente não quero jogar. - Ela disse em voz alta, desejando que seus pais escutassem e lhe dessem uma luz, entregando logo o prêmio final. Jen não tinha nem tempo e nem vontade de caçar tesouro algum.

- Isso é uma coordenada? - Sherlock perguntou. Jennifer apenas suspirou em resposta.

- Não é uma simples coordenada Sher. É uma coordenada para essa casa. Eles criaram um mapa para essa casa. O ponto zero era a mesa de jantar...

- E o ponto 10 graus? - Ele pediu.

- Não lembro... teremos que achar o mapa. Vamos, ele deve estar em meu quarto. - E ambos se levantaram, indo em direção ao cômodo azul da casa.

Ao mesmo tempo em que a caça acontecia, um pouco distante dali, um homem de trinta anos esperava ansioso pelo fim da “brincadeira”, quando poderia finalmente roubar da dupla o tesouro e conquistar o mundo. Mas, mesmo que o prêmio fosse considerável, a alguns dias ele já percebera que, mais do que roubar a senha e invadir os bancos, ele tinha a missão de destruir a vida de seu arquiinimigo. Sherlock Holmes não sabia, mas Jim Moriarty havia visto o beijo e sabia exatamente qual era o mais novo ponto fraco do jovem consultor.

Jennifer Mars, a garota dos olhos claros, sorriso meigo e mente brilhante.

Mas que insistia em acreditar em sentimentos.

- Achei! - Gritou Sherlock Holmes, desdobrando uma grande folha de papel, já amarelada com o tempo. Ali se via uma planta de todo o terreno da casa Mars. Jennifer se aproximou de Sher, sentindo seu perfume emanar e entorpecer sua mente e membros, deixando-a como gelatina, deixando-a com desejo. Um desejo que nunca seria saciado.

- Jen? - O moreno de olhos azuis a chamou. - Jennifer? - Ela levantou o olhar do mapa e Holmes pode perceber uma quantidade considerável de lágrimas se aglomerando nos olhos claros da loira. - Está tudo bem? - Jennifer então percebeu que seus olhos estavam marejados e os secou com a palma da mão, abrindo um meio sorriso e dizendo:

- Eu? Claro que está tudo bem. - então ela voltou a olhar o mapa, indicando com o dedo o pátio. - Olha, é aqui que devemos ir. - Então, Jennifer e Sherlock se guiaram para o pátio, e por todo o caminho Jen apenas queria poder não sentir o que sentia. Ela sempre acreditou que amizade e carinho fossem reais, mas o amor era algo que mais parecia um mito, como os contos de fadas que ela lia quando criança, do que uma realidade. Essa seria sua resposta a algumas semanas caso alguém lhe perguntasse se o amor é real, já agora... Agora ela apenas abaixaria a cabeça e diria que o amor tem nome, endereço e um celular muito “badalado”.

Chegaram ao pátio, contando os 47 minutos e chegando em baixo da árvore onde Jennifer Mars costumava se sentar para ler. Mesmo com apenas quatro anos, Jen lia mais que muitos adultos, e tinha seus lugares de paz e tranqüilidade. Ambos começaram a analisar a árvore e encontraram uma pequena estrela entalhada na madeira. Seguindo a estrela poderia se ver um pequeno corte, como se ali, alguém, algum dia, tivesse retirado e deixado a árvore oca.

- Você acha que temos...

- De abrir? - Ela complementou. - Sim, acho que sim. Só espero que seja o fim da caça, não tenho mais tanta vontade de fazer essas brincadeiras, já não sou mais uma criança. E no final, esses jogos não me trouxeram nada.

- Nada? Não é o que eu diria Jennifer. - Sherlock comentou, tirando o canivete do bolso e começando a tirar o pedaço colado da madeira.

- O que? Tudo isso serviu de que na minha vida? Já quase fui morta algumas vezes, vezes de mais para alguém que tem apenas 17 anos. Além de ter sido estuprado duas vezes, seqüestrada, enganada e se você não percebeu ainda, eu não sou bem a miss simpatia na escola. Do que tudo isso me adiantou? Esse dom, tudo isso que sou capaz de saber observando, tudo isso que eu aprendi apenas.. Apenas machucou as pessoas ao meu redor, apenas me machucou.

- Sem isso nunca teríamos nos encontrado, minha cara. - Ele disse, parando totalmente de abrir o esconderijo da próxima pista e encarando os olhos claros como água de Jennifer. Ela congelou, sabendo que, pelo menos uma vez, o dom havia sido algo bom. Havia lhe trazido alguma felicidade, mesmo que remota e completamente fora dos parâmetros normais.

Alem de pouco saudável.  

- Eu... Nós... Sherlock... - Ela não sabia o que dizer, e Holmes se aproximava da loira, desejando seus lábios, querendo-os. Mas antes que ambos realizassem o que tanto desejavam, o telefone de Sherlock soou.

Quando o barulho avisando que uma mensagem chegará soou, o casal acordou do transe. Jennifer se afastou, ficando vermelha como um pimentão e coçando a cabeça. Holmes apenas pegou o celular do bolso, um pouco irritado.

Não dormirei no 221B essa noite, seja bom para Jennifer. J.W.

- Jonh passará a noite com Mary. - Ele disse. Jennifer havia pego o canivete, que estava caído na grama, e estava terminando de tirar a madeira colada na árvore.

- Bem, ele que ficará sem saber do desfecho desse mistério. - Ela disse, tirando um envelope pardo de dentro do buraco oco da árvore.

- Esse é o fim? - Sherlock perguntou. Ele bem que não queria admitir, mas adorou a caçada. Talvez mais por ter ficado tanto tempo com uma Jennifer menos protegida, mais aberta a uma conversa pessoal do que a velha amiga, que era tão cientifica quanto o jovem consultor.

- É o que eu espero, - ela disse, abrindo o envelope com cuidado. Ela sentiu apenas uma fina folha branca e a tirou com cuidado. Mas, o que parecia ser o fim de tudo, era apenas mais uma pista. Ou talvez o fim do caminho, já que dentro do envelope havia uma folha em branco. Ou quase. Para ser sincera, havia um pequeno desenho no canto esquerdo e superior da folha. Era uma pequena vela.

- Como eu temia. - Ela disse, brava. - Mais uma pista.

- Uma pista... À vela! Tem algo escrito ai com tinta invisível, eu presumo? - Jennifer concordou. - Esperto! Seus pais, eu teria adorado conhecê-los. - Jen abriu um meio sorriso.

- Bem, vamos, há algumas velas na cozinha. - E então, a dupla entrou novamente na casa, mas agora, havia uma garota muito irritada com a perseguição pela verdade e um homem muito irritado... Consigo mesmo. 


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