Corações Perdidos escrita por Kuchiki


Capítulo 1
I - Encontrando você...


Notas iniciais do capítulo

Narrado por Mônica.
Aproveitem!



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Prólogo:


Ele me ensinou que para chorar, temos que um dia sorrir, me mostrou que o inesperado é melhor que o óbvio, que às vezes o proibido é muito mais gostoso que aquilo que se passa com tranquilidade, que as pessoas permitem acontecer.


Que odiamos aqueles que um dia amamos tanto que o amor não coube no peito, ou que talvez essas pessoas dessem motivos para nós odiá-las. Ensinou-me que a vida vale à pena.

Cada passo deve ser vivido como uma vitória, porque simplesmente é.

Que contrariar é normal, simplesmente uma opinião que não está de acordo com as dos outros.

Que os desafios não têm graça se não há nada para impedir nossa felicidade.

Que sempre teremos um objeto de amor que nos liga a esse mundo.

Que a maldade não é nada mais, nada menos que a bondade deturpada daqueles que não se contentaram em viver do jeito que são. Que fizeram escolhas erradas, que caíram da escada da vida no meio do caminho, que perderam pessoas importantes, que não viram outra saída sem ser essa.


Enfim, ele me ensinou que o ato de amor não se compra ou vende. Que é muito melhor dar do que receber... Que tudo pode estar à maré contra, menos ele.


Amor. Apenas por amor.


__x__x__




Primeiro capítulo.


ERA meu primeiro dia na escola. Em uma nova vida.


Tio Mauro me dava uma carona para escola, já que ia trabalhar logo depois. Eu ia com meus dois primos.


Ele dirigia sem olhar para mim, enquanto eu o olhava, pelo espelho do carro. Tratava-me como uma inocente criança, que não sabia nada da vida. Tia Marcela – Minha tia por casamento -, sempre que me via apertava minhas bochechas e me chamava de bebê. Isso, para uma adolescente de 17 anos é constrangedor. Coloquei meus fones de ouvido, "Made of Stone", da banda Evanescence tocava na rádio. Música que combinava perfeitamente com meu estado de espírito. Na verdade, acho que todas as músicas deles combinavam comigo nesse meu momento.


Bom, já pedi várias e várias vezes que parassem com isso, já que conheço mais a vida do que muita gente. A crueldade sempre esteve ao meu lado, parece que tudo nesse mundo está contra mim.


Desde que meus pais morreram naquele maldito acidente, perdi todas as minhas razões de viver. Sofro de depressão, sempre na base de vários remédios, mas não tem um capaz de me salvar. É como se todo o meu mundo tivesse acabado. Isso é a minha ruína. Tudo aconteceu há cinco anos. Quando eu ainda era praticamente uma criança, 13 anos.


Lembro-me muito bem da cena, a pior da minha vida. Eles, antes de ir embora, acredito que para o céu, me falaram o quanto eu fui e sempre serei importante para eles, o quanto me amavam e sempre amariam, à qualquer distância. Existem sentimentos como o próprio amor - Que é o mais forte deles – que vencem até a morte, ela não é capaz de destruir, de acabar com tudo, com todas as lembranças, brincadeiras, palhaçadas e sorrisos.

Existem laços que são mais fortes que o impossível.


Fiquei em coma por algum tempo, já que eu também estava lá quando tudo aconteceu, tudo por uma distração. Queria morrer também. Tentei, mas me impediram, duvido que se a dor fosse deles me impediriam.


Fui para casa, meus avós cuidaram de mim. Escondiam sua dor para me poupar disso, mas era inevitável, para quê tentariam? Desde pequena tentam poupar de me machucar, de ter um joelho ralado e lágrimas escorrendo pela face. Isso tudo é idiotice já que não vão me impedir de sofrer, porque é impossível sobreviver em um mundo como esse sem sentir a dor. Choramos, sim, porque a dor não cabe no peito.


Fugiam dessas conversas tristes comigo.


Hoje, eles estão em um asilo, meus tios acharam que estavam um pouco velhos para cuidar de uma “criança” – Como eles me chamam - Eu estava indo para São Paulo.


Lá, no interior, existe um pequeno bairro chamado Limoeiro, morarei em uma rua com o mesmo nome. Será melhor para mim, mesmo eu mesma não achando.

Deixo meus avós aqui no Rio, minha cidade natal.

Só os visitarei agora nas férias. Vou sentir saudade. Muita saudade. De tudo.


Eu estaria bem morando sozinha, só que não daria muito certo, porque sou menor de idade, não conseguiria trabalho, ter dinheiro para me sustentar. Suspirei.


Esse seria meu penúltimo ano da escola, já que nunca repeti.


Odeio incomodar as pessoas, por mais que eles me avisassem por telefone que eu não sou um incômodo, sei que sou. Pois eu não pagarei minhas contas e alguém terá que cuidar de mim. Já prometi que vou arrumar um emprego assim que completar 18, eles não concordam, dizem que eu preciso estudar ainda mais e ter uma boa carreira. – Olhei para fora da janela do carro - Me dei conta, já havíamos chegado.

– Tomou seu remédio hoje? – Perguntou calmamente meu primo Cebola.

– Sim. – Respondi limpando as lágrimas. Magali também veio. Sua irmã.


– Você está bem, amiga? – Perguntou colocando meu cabelo atrás da orelha.


– Sim. – Respondi calmamente tirando sua mão de meu cabelo. Despedimo-nos do pai deles e fomos para nossa sala. Eu já estava matriculada antes de chegar.


Eu sentia todos os olhares sobre mim, uns riam de minha aparência morta outros comentavam que eu era nova ali.


Eu queria encará-los, colocá-los contra parede e perguntar "Qual é o meu problema?" mas não tinha força. Não liguei para o fato, de umas patricinhas me ofenderem, ou outras garotas me empurrarem. Tenho muita coisa melhor para fazer do que ouvir isso. Minha atenção é preciosa e não é qualquer um que rouba. Eu não olhava para isso, não dava a mínima para ser o novo brinquedinho da classe.


Nos últimos anos, meu estilo mudou completamente. Vestia-me com cores alegres, vestidos, minha cor favorita sempre foi vermelho, a do amor, da paixão. Agora, estou sempre de preto, com roupas que não chamam atenção, fora de moda. Desde que meus pais morreram, eu não ligo nem para a minha aparência. Tem dias que eu não como, e não sinto falta do que perdi. Eu já perdi tudo mesmo. Tanto faz. Não ligo também de ser chamada de desleixada.


Sentei-me na mesa que escolhi, porém logo vi que já tinha dono. Ou melhor, dona. Outra patricinha.


– Sai daí ô dentuça, esse lugar é meu. – Mal educada essa garota.


– E se eu não quiser? - Intimidei.


– Sai por bem ou por mal? – Perguntou. Magali fez um gesto para mim sair. Levantei-me e fui para o fundo.

Todos me olharam novamente.


– O que foi? Vocês não têm mais o que fazer não? Tem que cuidar da minha vida? - Disse grossa para todos.


O sinal bateu. As aulas começaram. Uma atrás da outra, uma mais chata que a outra. Tudo cada vez mais complicado. E eu não conseguia me concentrar direito. Tudo me fazia lembrar deles.

Se eu tivesse morrido, tudo seria mais fácil. Será que isso é destino?


__x__x__


Na hora do intervalo, de aproximadamente 15 minutos. Corri como outros alunos até a cantina do lugar, quase sendo atropelada por meus colegas de sala. Lá, fiquei aproximadamente 5 minutos. Depois de comprar uma Coca-Cola, fui para a mesa mais distante no refeitório.


Eu estava sentada sozinha na mesa, longe de todos. Magali me convidara várias vezes até desistir, eu precisava de mais tempo sozinha, para avaliar tudo o que eu fiz, todas as escolhas certas e erradas, isso se tornou uma rotina, todos os dias eu me isolava de todos em casa, quando ainda morava com meus avós, desde o desastroso acidente. Estava cá com meus pensamentos quando olhei para as outras mesas, meus olhos ficaram inertes. Para se sentar-se à mesa dos populares, tem que ser rico, bonito, inteligente e encantador. Todos ali pareciam semideuses de tão belos. Tão sedutores, tão tudo. E eram felizes, eu os invejava nisso. Sou considerada masoquista para alguns, mas já deixei claro que ninguém normal gosta de sofrer. - Só de vê-los sorrir, eu sentia uma pontada no peito por também não estar assim, sem querer fazer nada na vida, sei que isso é ruim, mas tudo o que mais desejava era ser uma pessoa normal. De não ter amadurecido tão cedo. Porque sou uma adulta em corpo de adolescente.


Até que o vi abraçando a patricinha, aquilo doeu mais do que eu tivesse levado 100 facadas no peito. Eu não conseguia parar de olhá-lo.


Cabelos louros, olhos claros, grandes e expressivos. Seu corpo estava em forma, malhado, era como um anjo, tão perfeito quanto. Sua voz, que era escutada de longe, se ouvia como o som mais lindo do mundo, grave, forte, de homem. - Sorri de canto - Sua gargalhada era gostosa, melhor que a de um bebê. Parecia que eu estava desligada do mundo, meus olhos seguiam todos os seus movimentos, eu precisava saber quem ele é e porque tira tanto minha ateção. Nunca vi garoto tão bonito. Nunca nenhum chegaria aos seus pés. Eu não comia, entrei em algum tipo de transe que não ouvia mais nada ou ninguém, acho que depois de um tempo, a patricinha loura viu aquilo que estava acontecendo e deu um doce beijo apaixonado nele. O que me deixou em pedaços. O mesmo ficou totalmente vermelho depois que se separaram, já que tudo aconteceu na frente de seus amigos. Os outros riam como se tivesse graça. Como se o amor fosse engraçado.

O que eu não esperava era que a sensação de vê-lo com outra pudesse ser das piores, eu não o conhecia, nada sabia dele. E nunca me daria uma chance, porque meu tipo não combina com o dele. Ai, o que estou pensando? Como pensei anteriormente, não o conheço. Todos os meus sonhos foram quebrados pela morte.


Ela, a loura que o beijou me olhava vitoriosa. A comparei com uma cachorra já que marcou o terreno nele. - Sorri.


– "Eu devo estar ficando maluca..." - Sussurrei, logo mordi o lábio inferior. O olhei mais uma vez, ele, reparou. Sorriu de volta e eu fiquei corada, extremamente corada, abri um sorriso de orelha a orelha. Não aguentando mais aquela situação, a bruxa saeparou nossos olhares. Abaixei a cabeça. Levantei-me e fui para mesa em que os amigos de Magali e Cebola estavam sentados.

Sentei-me em um lugar vazio ainda em silêncio. Todos ali me olharam e estranharam a roupa que estava vestida.


Dei uma mordida no sanduba, e continuei do mesmo jeito.


– Gente, essa é minha prima Mônica. - Se levantou e envolveu seus braços em meu ombro. Deu um doce beijo em minha testa. - Ela é do Rio. Só que aconteceu... - Deu uma pausa e pôs as mãos na boca, Cebola cruzou os braços. - Entendi o que estava falando demais. - Mô, amiga, me perdoe.


– O que foi? - Disse uma garota de cabelos encaracolados, muito bonita por sinal. Resolvi responder em seu lugar, a mesma já chorava no ombro de seu namorado, Quim.


– Meus morreram há cinco anos. Meus avós, pais do meu pai, cuidavam de mim. Só que meu tio achou que eles já estavam velhos demais, então queria que eu viesse morar na casa deles. E como ainda sou menor de idade tenho que estudar. - Falei como se aquilo tudo fosse normal.


– Eu sinto muito... Eu não esperava por isso. É que a Magal chora por qualquer coisa então... - A interrompi.


– Tudo bem, eu te entendo. Também perguntara em seu lugar. Só peço para não falar dessas coisas comigo já que mexe muito com meu coração. E com a minha memória. - Lhe pedi.


– O que você quiser. Acho que seremos ótimas amigas. - Sorriu. - Meu nome é Marina, seu nome é muito bonito Mô, se é que eu posso te chamar assim. - Falou sem graça.


– Claro pode, Má. Adorei o apelido, me lembra uma velha amiga minha, Irene. Ela foi a primeira a me chamar assim. Hoje em dia perdemos contato já que ela se mudou para outro país, dificilmente me liga. - Respondi do mesmo jeito e sorrimos uma para a outra. - É, vamos ser ótimas amigas. O sinal bateu e todos nós fomos para a sala.


Mais e mais aulas chatas. E que eu não conseguia absorver a mensagem que o professor me passava, e isso me preocupava já que morria de medo de repeti o ano, de tirar nota baixa, sempre fui uma garota exemplar. Antes de vir para cá, antes do acidente, quando eu ainda vivia no Rio com os meus pais, era a líder da minha turma, que defendia contra tudo, aquela que sempre teve força sobre humana, que de repente, estava mudada por completo. Era agora uma jovem fraca que não sabia o queria, que era uma perdida nesse mundo tão grande, tentando sempre escolher o caminho certo. Que sempre fica na tentação do errado. Eu não era assim. Tudo é mais fácil quando somos crianças...


Ele chegara logo depois. Uma garota de maria-chiquinhas, ruiva de olhos verdes babava por ele. De tanto ouvi-la sussurrar seu nome, acabei ouvindo.


– Toni? O nome dele é Toni? – Sussurrei sorrindo de cabeça baixa me esquecendo completamente da matéria. O resto da aula foi assim. Eu babando por ele. Suspirando, tentando chamar sua atenção. Não sei, mas de alguma forma, acho que isso mexeu um pouco com a cabeça do meu primo Cebola, já que ele foi para casa sozinho e com um mal-humor terrível. Dos infernos. Magali foi atrás, na tentativa de acalmá-lo.


Eu continuei lá, na biblioteca. Procurava por livros que ajudassem com os estudos. Pesquisava quando uma figura de topete e olhos escuros me cumprimentou:


– Tchau! Vou para a sala. - Olhei para ele. Era um garoto bonito, olhos pequenos e expressivos. Negros, combinavam perfeitamente com seu cabelo. Sua camisa, branca, quebrava a cor. Calça jeans moderna com corrente e tênis azul escuro, estilo "All Star".


– As aulas já acabaram faz tempo. - Respondi estranhando.


– E daí? Qual é o problema de eu chegar agora? É proibido? - Falou como se aquela nossa conversa fosse normal.


– Você não entendeu. - Eu disse. - Para que você vem para escola se as aulas já acabaram?


– É mais legal. Porque eu gosto. - Respondeu, se sentando do meu lado. - Mas se as aulas já acabaram, o que faz aqui? Quer ser como eu?


– Eu tenho dificuldade com algumas matérias. Eu precso tirar notas altas. - Respondi mordendo o lábio inferior.


– Não é melhor ficar em casa? Lá, você se diverte. O que que tem não passar na escola? Eu não estou nem aí. - Falou.


– É claro que é importante, seu doido. Assim você não sera nada na vida. Se não se importa com isso, o que faz aqui? - Perguntei já impaciente.


– Estou fazendo o que não se espera de mim, vim para cá para mostrar o quanto estou interessado na matéria, menos não estando. - Cocei a cabeça. O que?


– Você tem uma lógica de louco.


– Isso não é ótimo? - Sorriu.


– Não sei. - Respondi ainda confusa. - Você é diferente.


– E é isso que faz de mim uma pessoa especial. - Cruzou os braços e se sentou na mesa comigo. Ri. - Qual é a graça? - Perguntou.


– Você tem algum problema mental. - Abri a primeira página do livro.


– Não concordo. - Falou.


– Por que? - Perguntei.


– Acho que você ainda não entendeu, não sou igual a todos. Os outros têm a mesma opinião sempre, querem tudo sem sem fazer nada, já eu luto pelos meus objetivos. Não consigo nada sem esforço. A mesma coisa aqui na escola. - Falou. Continuei aqui, pensativa.


– Você acabou de falar que não se importa com estudo. - Suspirei e bati com a mão na testa. - Qual é o seu nome, garoto?


– Tenho 17 anos. E isso foi antes. Agora eu já mudei de opinião. - Respondeu.


– Quantos anos tem? - Perguntei ainda mais irritada com ele.


– Do Contra. Acho que já está mais que na cara. - Abriu também a primeira página de seu livro. - E o seu?


– Mônica. - Falei em um tom um tanto nervoso, estava quase quebrando minha própria caneta. Copiava a explicação no meu caderno.


– Odeio esse nome. - Retrucou.


– Que bom... - Suspirei mais uma vez. O fitei, nos olhos, tentanto desvendá-lo. Era como um quebra-cabeça, eu tinha que saber de alguma forma, mesmo não sendo de meu interesse.


– O que tanto olha em mim, jovem? - Perguntou cavalheiro.


– Você, apesar de louco é legal. É a única pessoa que não transpassa nada em mim. Não consigo pensar como você é por dentro. - Respondi.


– E isso é bom?


– Imagina... - Sorrimos novamente.


– Você que é diferente, Mô. É como eu. - Falou.


– Sou? Nunca reparei... - Respondi.


– Eu tenho certeza. Você é diferente de todas as garotas que conheci, a única que não ficou entediada depois de conversar cinco minutos comigo. - Chegou mais perto e acariciou meu rosto, me sentindo levemente corada.


– Não DC, você é legal, só temos que ter um jeitinho próprio de falar com você. Você é superlegal. O único garoto que não é da minha família que olhou para mim. Obrigada. Não sabe como preciso de apio agora. Não sou o tipo de pessoa que se destaca quando passa na rua, nem que se acha, que conta vtória por qualquer coisa. Tento ser na maior parte do tempo humilde. Mas tem sido difícil, já que me esnobam por não ser da "turma", por não curtir as mesmas coisas que eles. - Desabafei. - Desde que meus pais morreram isso aconteceu, perdi meus amigos, aqueles que deviam estar agora aqui comigo me dando apoio. Acho até que amigos verdadeiros não existem quando precisamos deles. Quando é para ir ao cinema com a gente pagando, eles vão em uma boa. Mas quando é para simplesmente ceder o ombro para o próximo, se fecham, vão embora. Não sabe o quanto isso me feriu também.


– Você é uma boa pessoa, não merece passar por isso. - Pela primeira vez, não me contrariou.


– Por que não me contrariou agora? - Perguntei.


– Porque existem coisas impossíveis de contrariar. - Acariciei seu rosto.


– Você vem amanhã para a escola?


– Não.


– E vem no horário?


– Se é para não te ver, não venho.


– Obrigada. Você que é uma boa pessoa. - Olhei para o relógio e suspirei.


– Vou me atrasar para a janta, amanhã nós nos falamos aqui. - Em um impulso, o abracei, nossos corpos, ambos quentes, se tocaram como céu e mar.


– Até depois de amanhã. Oi, Mô.


– Oi! - Respondi do mesmo jeito e descolei nossos corpos.


Saí de lá ofegante, como se tivesse corrido quilômetros enquanto continuava parada. Se a Magali me visse assim, faria logo um interrogatório.


A minha sorte é que a casa era perto da escola, que mesmo eu vindo mais cedo de carro, não era preciso. Apenas uma carona, já que ele ia trabalhar mesmo. Cada passo meu me fazia lembrar do dia de hoje, do piti da patricinha comigo, com todos me olhando como seu eu fosse de outro planeta, do meu flerte com Toni e com meu esquisito, sem sentido e inesquecível encontro com Do Contra.

Acho que podemos ser grandes amigos. Será?


Continua...






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Notas finais do capítulo

Se leu, comenta aí, vai? Diz o que achou. Mesmo que seja para dizer que ficou horrível. Plis! Sua opinião é importante!
Obrigada!
Beijos!