Nameless escrita por Guardian


Capítulo 6
Keehl


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora ó__ò Antes foi pela preguiça (e por não ter respondido os reviews), e agora eu estou doente, fui parar no hospital e... Enfim. Só estou postando hoje porque amanhã é feriado e eu não tenho aula xD
Esse capítulo é inteiramente um flashback do Mello, em terceira pessoa (curtinho, verdade, mas se tudo der certo, posto a continuação amanhã mesmo ~)



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 Em Winchester, no Sul da Inglaterra, era o local onde havia se estabelecido uma das mais ricas e importantes famílias inglesas desde várias gerações anteriores. A família Keehl.

 O líder de toda aquela fortuna, Sr. Keehl, de fato parecia ser a personificação de um tradicional lorde inglês nos tempos modernos, como se parado em um tempo que sequer era dele. Na questão da seriedade, porte, severidade com o seguimento de etiqueta e normas, fossem da sociedade ou pessoais.

Sua esposa, porém, fugia do esterótipo de mulher da alta sociedade. Não era fútil, alienada, e apesar de possuir um grande orgulho sim, mantinha sua arrogância sob controle. A verdade era que a Sra. Keehl era mais inteligente do que muitas de sua classe faziam questão de ser, e também não possuía um dos melhores temperamentos para se lidar.

 O filho mais velho, Christopher Keehl, talvez fosse o mais distinto membro da família. Era o mais calmo, controlado, dscreto, e apesar de ser sempre forçado a participar das festas formais, eventos e encontros providenciados pela fama e importância do sobrenome que possuía, até o ponto que não lhe trouxesse problemas ou aborrecimento, o fazia com um sorriso sincero nos lábios.

 E claro, havia o pequeno Mihael Keehl. O filho mais novo, agitado, inteligente e cheio de opniões sobre tudo, desde muito cedo. Se do pai havia herdado os cabelos loiros e os olhos azuis, da mãe havia ganho o temperamento. Talvez fosse até um pouco pior.

 Em sua opinião, a presença rara do pai não lhe era nem um pouco revelante. Sabia que ele era um homem importante e ocupado, e não se importava com isso. Mais para frente, anos à frente na verdade, já como adulto, acrescentaria o pensamento de que o pai não passava de um hipócrita. Ou talvez nem pensasse isso de verdade, apenas dizia a si mesmo que sim, em meio ao turbilhão de sentimentos - raiva, medo, tristeza, decepção - que o invadiram em determinada ocasião.

 Já a mãe, apesar de quase nunca demonstrar abertamente, deixava claro que não era indiferente aos filhos. Longe de ser uma esposa submissa, nem ao marido nem ao dinheiro, era a “parceira” do Sr. Keehl, em questão de trabalho e importância social. E Mihael a respeitava por isso. Um profundo e sincero respeito.

 Agora Christopher... Ahhh, Christopher era especial para o jovem Mihael. O irmão era o principal alvo de admiração e afeto do mais novo. Era o que passava mais tempo com o herdeiro mais jovem, aquele que ensinava coisas à ele, aquele que se não pudesse ser chamado de irmão, poderia muito bem ser chamado de amigo. Mihael não tentava esconder de ninguém que não gostaria de se adequar ao molde que seus pais esperavam, e o único motivo dele não se rebelar totalmente contra todas as regras e exigências - como era sua vontade -, era Christopher. Apenas pelo irmão, ele se controlava.

 Porém, certo dia, esta família que não era perfeita, mas invejável e respeitada, sofreu um grande abalo. O maior de toda sua história.

 Aconteceu quando Mihael tinha 11 anos de idade.

 Estavam os quatro membros da família, em uma das raras ocasiões em que ficavam todos juntos, em uma das muitas salas dos andares superiores da mansão. No segundo andar, especificamente. Era uma sala de leitura, a maior delas, e também o lugar ideal para se acender a lareira no inverno. Mas como não era inverno, ela permanecia desativada.

 O Sr. Keehl estava sentado em sua poltrona, lendo algum grosso livro de Análises Econômicas e Políticas, enquanto a Sra. Keehl estava próxima dele, na mesa de trabalho ao lado, escrevendo em uma espécie de agenda. Christopher e Mihael estavam no canto oposto, no meio de uma disputa de xadrez. Chris dizia que aquilo era útil para exercitar, não o raciocínio, já que era um prodígio, mas sim a paciência do irmãozinho.

 Era uma rara tarde em silêncio na casa, quando...

 Um grito no andar inferior pôs um fim à esta tão incomum paz. Parecia ser uma das empregadas.

 Mihael ergueu o olhar, sem entender, e estava prestes a se levantar para ir ver o que tinha acontecido, quando o irmão o segurou pelo braço. Viu ele e os pais se entreolharem receosos, sérios.

 Não entendia o que estava acontecendo.

 Mas iria entender em breve.

 Infelizmente.


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Notas finais do capítulo

...
É, eu realmente adoro terminar nessas partes xD
Agora, queria agradecer mais uma vez e dizer à Reira o quanto a recomendação LINDA dela me deixou feliz *--------*