O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Trinta e Quatro –

Hogwarts

Harry e a Ordem aparataram nas mediações de Hogwarts, os outros comensais que estavam hospedados na cidade Sem Nome, tiveram que atender ao chamado de Voldemort isso incluía Malkia e Simon.

Eles se aproximaram da entrada, como Draco prometera Hogwarts estava sem as proteções, então eles poderiam entrar sem problemas. Rony como sempre estava ao lado de Harry, seguido por Gina e Hermione, Gina insistiu em ir alegando que os herdeiros tinham que ficar juntos, então Hermione bateu o pé e disse que também iria.

Antes que a Ordem fizesse menção de entrar nos terrenos de Hogwarts, eles viram um vulto de uma pessoa alta se aproximando deles, ao chegar mais perto, os cabelos escuros e os olhos cor de mel entraram em destaque, o homem usava vestes cumpridas e escuras.

- Quem é você? – perguntou Harry com a varinha em punho, os bruxos da Ordem que estavam à frente fizeram o mesmo.

- Eu vim ajudar. – disse o homem serenamente tirando uma carta do bolso e entregando a Harry – Meu nome é Matthew Goldstein. Você deve reconhecer essa letra.

- Não sabia que Agatha conhecia um padre. – disse Harry cínico reparando no colarinho branco do padre – Um padre bruxo.

- Ela escreveu que a batalha seria hoje aqui em Hogwarts. – explicou ele – Pediu novamente para eu me esconder, mas, eu resolvi vir e ajudar a derrotar esses seres das trevas, afinal de contas também é o meu mundo.

Harry o avaliou por um momento e por fim seu rosto suavizou.

- Ok. – disse Harry mais tranqüilo – Gina você poderia?

Gina assentiu com a cabeça, e apontou a varinha para a ponta das vestes do padre, onde um detalhe em verde se fixou ali, o padre não era um comensal, mas, essa era uma maneira de ele não se atacado injustamente pela Ordem.

- Agora vamos. – disse Harry firmemente, e eles atravessaram os terrenos da escola.

Tudo parecia calmo, calmo até demais, enquanto eles se aproximavam das grandes portas de carvalho que ficavam na entrada da escola, quando entraram no lugar, Harry se sentiu novamente em casa, aquela felicidade e ânimo de que tudo estaria bem voltou com força total dentro de si.

Alguns bruxos da Ordem resolveram ficar do lado de fora da escola, caso vissem algum movimento estranho, os outros seguiram em frente, eles foram caminhando lentamente, fazendo o mínimo de barulho possível em direção ao salão principal.

- Espera. – disse Kingsley antes que Harry pudesse empurrar a porta do salão principal – Está muito quieto. Como vamos saber se isso não é uma armadilha?

- Simplesmente por que foi me informado por pessoas que estiveram do nosso lado todos esses anos se arriscando ao lado de Voldemort. – disse Harry irritado – Isso basta pra você?

- Você acha que ele já está em Hogwarts? – perguntou Arthur hesitante.

- Não. – respondeu Harry – Eu acho que chegamos antes ou esse lugar estaria lotado de comensais. Vamos entrar e esperar ou enfrentar quem tiver ai dentro.

Harry empurrou a grande porta do salão principal, e ele e a Ordem adentraram o local, ao fundo na mesa dos professores, estavam sentados, a Profª McGonagall, a Profª Sprout, o Profº Slughorn, Madame Hooch, o Profº Flitwick, a Profª Sibilia, Profª Sinistra e Aleto e Amico Carrow e no lugar que Dumbledore havia ocupado durante tanto tempo, estava sentado Snape com um sorriso cínico. Ele parecia não ter se surpreendido com a presença da Ordem como os outros professores que estavam assustados quando os bruxos apareceram. Obviamente Snape fez uma reunião estratégica com os professores no salão principal sabendo que a Ordem viria.

- Então você finalmente resolveu dar as caras Harry Potter. – disse Snape sarcástico – Mas que grande honra e que grande audácia a sua.

Disse Snape agora pegando a sua varinha e se levantando da mesa para se aproximar de Harry.

- O que faz aqui? – perguntou Snape quando já estava a uns cinco metros de distância de Harry – Veio se entregar? Viver isolado foi demais para o grande Harry Potter? Ou será que o “Eleito” não se acha forte o suficiente para o Lord?

- Sou forte o suficiente para te enfrentar. – Harry cuspiu as palavras.

- Tem certeza? – perguntou Snape sarcástico – Não tem ninguém pra morrer por você dessa vez.

Então Snape ouviu uma movimentação estranha atrás de si, mas, não se atreveu a desviar os olhos de Harry, foi quando a Profª McGonagall veio rapidamente e se pôs na frente de Harry.

- Ele tem sim. – disse Minerva com a varinha em punho – Não se atreva a tocar nele.

- Eu não me atreveria. – disse Snape friamente também apontando a varinha pra ela – O próprio Lord fará isso.

Foi então que McGonagall começara a jogar feitiços em Snape, este apenas se protegia dos feitiços sem revidar, machucar Minerva era o que ele menos queria no momento, Snape se atreveu a dar uma olhada para a mesa dos professores, Aleto e Amico estavam presos por algum feitiço lançado mais cedo, então antes que mais algum feitiço fosse lançado, Snape desaparatou do salão principal. Minerva nesse momento encarou Harry e sorriu, um sorriso que Harry nunca havia visto antes.

- O senhor demorou, Sr. Potter. – disse ela simplesmente.

- Me desculpe. – pediu Harry esperando que fossem retirados pontos da Grifinória.

- Que bom que veio. – disse Minerva sincera – O que quer que façamos?

Harry pensou por um momento em uma melhor resposta, dizer que estava esperando Voldemort no momento não seria boa idéia, pois, primeiro teriam de achar a última horcrux e destruir as outras para depois enfrentá-lo.

- Nós esperávamos torturar Snape até que falasse sobre o esconderijo de Voldemort. – respondeu Harry hesitante – Mas como Snape fugiu, eu acho que Voldemort já deve saber e está vindo pra cá.

- Então vamos enfrentá-lo. – disse a Profª Sinistra se aproximando.

- Na verdade eu preciso fazer algo antes. – disse Harry rapidamente – Eu não posso enfrentá-lo ainda.

- Não estamos entendendo Harry. – disse Simas que estava próximo.

- Nós viemos aqui com o intuito de destruí-lo. – argumentou Jorge irritado – Eu sou o mais interessado nisso.

- E vamos...

- Eu entedi. – disse Narcisa apreensiva – Tem haver com Dumbledore, ainda é o que ele pediu.

- Exatamente. – disse Harry aliviado.

- Perfeito. – disse Minerva – Então vamos colocar outros feitiços de proteção na escola, para atrasá-lo.

- Só um minuto. – pediu Gina arrastando Harry para longe deles, Rony e Hermione junto.

- Harry, eles não podem colocar outros feitiços de proteção em Hogwarts. – disse Hermione urgente – Se eles fizerem isso Draco e Agatha não vão conseguir tirar os feitiços e entrar.

- Mas se eu não deixar eles vão desconfiar. – disse Harry nervoso – Eles já deviam estar aqui.

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Ao lado de fora de Hogwarts em seus arredores, se posicionavam rapidamente inúmeros comensais, lobisomens, dementadores e gigantes a espera de um sinal para invadirem. Draco e Agatha estavam à frente, um de cada lado de Voldemort, eles observavam de longe a escola que ainda mantinha muitas de suas luzes acesas.

- Parece tudo normal. – disse Voldemort com a voz arrastada – Nenhuma movimentação estranha, eu acho que fui enganado Draco.

- De forma alguma milorde. – disse Draco seguro sem desviar o olhar da escola – Tenho certeza que ele está ai.

- É melhor. – ameaçou Voldemort – Por que se for informação errada eu terei um conselheiro a menos, e você Agatha será viúva – disse Voldemort com um sorriso cínico para Agatha.

- Não se preocupe milor...

Agatha foi interrompida por Snape que acabara de aparatar ao lado deles, ele estava ofegante como se tivesse fugido.

- O que houve Severo? – perguntou Draco sério.

- Potter e a Ordem. – respondeu Snape imediatamente – Eles invadiram Hogwarts, prenderam os irmãos Carrow, os professores se voltaram contra mim.

- Quantos são? – perguntou Voldemort, era visível a fúria de seu olhar.

- Eles possuem muitos. – respondeu Snape. – Não tantos, quanto nós temos, mas, parecem bem treinados.

Voldemort puxou Agatha pelo braço e se afastaram dos comensais.

- Vou dizer a eles que entrem e tragam Potter a mim. – disse Voldemort sério – E você, minha senhora ficará aqui comigo.

- Não milorde. – disse Agatha com urgência – Eu preciso entrar, isso é questão de honra.

- Você está grávida.

- Eu duelo melhor que qualquer um deles. – disse Agatha – E Potter nunca me machucaria, mesmo eu sendo uma traidora.

- Se passou muito tempo. – disse Voldemort, seus olhos azuis agora estavam pretos de dilatados.

- Eu sei. – respondeu Agatha calmamente – Mas pessoas como o Potter não mudam. Temos mais chances de trazê-lo aqui se eu for junto, estamos perdendo tempo milorde.

- Está bem. – disse Voldemort por fim.

Eles voltaram para perto dos comensais.

- Tragam o Potter pra mim. – ordenou Voldemort.

Em seguida Draco e Agatha atravessaram a barreira primeiro e os outros foram correndo atrás, foi só o tempo de um pouco menos da metade de comensais, dementadores e lobisomens passarem para que gritos de dor do outro lado fosse ouvidos.

- O que aconteceu? – perguntou Agatha assustada vendo os outros comensais feridos na parte de fora da barreira.

- Parece que foi colocada outra espécie de proteção. – disse Draco avaliando – Mas nós temos o suficiente, vamos logo.

Draco fez sinal para que os comensais que ficaram para fora aguardassem e fez outro sinal para que os outros o seguissem, eles andaram rápido quase correndo até a entrada da escola, onde estavam posicionados alguns bruxos da Ordem.

- Presas. – rosnou Grayback com um olhar faminto para cada bruxo de sentinela.

Agatha pensou em dizer a ele para não morder ninguém, mas o que adiantaria agora? A Ordem e os comensais começaram a duelar imediatamente, enquanto Draco, Agatha e outros bruxos entravam na escola. Eles seguiram depressa para a entrada do salão principal e Draco a abriu, Agatha ao seu lado e os comensais, alguns dementadores e lobisomens atrás deles.

A Ordem e os comensais se encararam raivosos, Harry, Rony, Gina e Hermione a frente da Ordem e Draco e Agatha a frente dos comensais, Draco e Harry trocaram olhares, sim a grande batalha iria começar.