Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr
Notas iniciais do capítulo
Boa noite gente, valeu mesmo pelos reviews. Desculpe se a fic não está excedendo as expectativas de vcs, ando meio desanimada, mas, espero sinceramente que vcs curtam esse capítulo.
Bjos.
O medo é o pai da moralidade.
– Capítulo Vinte e Dois –
Pazes
Agatha encarou Voldemort de volta, enquanto esse se levantava lentamente, ele agora olhava as suas próprias mãos e tocava em seu rosto, Agatha estava paralisada do outro lado do local. A transformação dera certo. “E pelo jeito o cara malhava antes de fazer à primeira horcrux... pensamento errado Agatha, foco no trabalho.”
- Como estou? – perguntou Voldemort voltando a encarar Agatha.
- Veja o senhor mesmo. – disse Agatha pegando um espelho de mão em cima da mesinha e entregado a ele.
Voldemort pegou o espelho e se admirou nele, por longos segundos, depois ele voltou a encará-la, Agatha não sabia por que estava ofegante se quem passou pela transformação foi ele, talvez fosse o medo que ainda a dominava.
- O que você achou? – perguntou Voldemort, sua voz agora estava mais firme e forte.
- Está incrível Milorde. – disse Agatha outra vez com a voz trêmula.
Voldemort se aproximou dela ficando apenas com um palmo de distância, suas respirações muito próximas, ele se encurvou para encarar o seu rosto, os olhos safiras encararam os esmeraldas.
- Pra você agora é Tom, minha senhora. – disse Voldemort a fitando, ele ia falar mais alguma coisa, quando houve uma batida na porta.
- Entre. – disse Agatha rapidamente e Voldemort se afastou dela.
Draco entrou no aposento e se surpreendeu quando olhou para Voldemort. Eles se fitaram como que fazendo reconhecimento.
- Wou! – exclamou Draco finalmente – Milorde?
- Sou eu mesmo Draco. – disse Voldemort, com sua voz clara e firme.
- A transformação foi um sucesso milorde. – disse Draco espantado, ele realmente não acreditava que funcionaria tão bem.
- Fico satisfeito que tenha gostado Draco. – disse Voldemort com um sorriso de lado.
- Ve-verdade. – disse Agatha gaguejando. “Por que tinha que gaguejar justo agora? Por quê?”.
- Quando vai se apresentar assim para os outros comensais? – perguntou Draco lançando um olhar de censura a Agatha – Temos que comemorar.
- Depois veremos isso Draco. – disse Voldemort – Mas sim, faremos uma comemoração quanto a isso. Preciso ficar apresentável.
- Quer que eu corte o seu cabelo? – perguntou Agatha de repente.
Voldemort sorriu.
- Eu mesmo faço isso. – disse ele com um sorriso zombeteiro.
- Ok. – disse Agatha – É necessário que o senhor tome um gole da poção uma vez por dia durante trinta dias contando a partir de amanhã, por que senão o senhor volta a ter a aparência de antes.
- Irei tomar. – disse Voldemort a encarando.
Agatha fez um movimento com a varinha apontando para o caldeirão, ele sumiu deixando em seu lugar trinta vidrinhos com um líquido cor de bronze dentro.
- Acho que assim fica mais fácil para o senhor. – disse Agatha sorrindo bobamente.
- Muito obrigado. – disse ele agora com um sorriso cínico.
- Que tal nós irmos querida? – disse Draco com os braços cruzados.
- Mas já? – perguntou Agatha como se fosse uma criança que tivessem levando ela embora de um parque de diversões.
- Ouviu o Lord. – disse Draco firme – Ele não está apresentável, precisa se trocar.
- Ah! Claro. – disse Agatha se precipitando pela porta – Se precisar me chame milorde.
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Draco encarava sua esposa que estava sentada na cama se fingindo de distraída, ela não olhava Draco de volta. Ele sinceramente nunca pensou que teria um rival à altura, não que Draco se achasse o bonitão... tudo bem, ele se achava, mas, na sua cabeça, sua mulher o amava não? Ele reparou em como Voldemort olhava para ela, e não era apenas admiração, isso não, porem o que mais o incomodou, foi à forma como Agatha ficou nervosa perto dele.
- Você vai admitir ou não? – perguntou Draco encostado na parede do quarto com as mãos no bolso da calça.
- Admitir o que? – perguntou Agatha inocentemente.
- Que você estava secando o Lord. – disse Draco calmamente.
- Eu não estava secando o Lord! – exclamou Agatha.
- Você estava sim. – insistiu Draco – “Quer que eu corte o seu cabelo?” O que foi aquilo?
- Só estava sendo a serva prendada que eu sempre fui. – disse Agatha aborrecida.
- Prendada? – disse Draco irônico – Quantas servas, você já viu cortando o cabelo do Lord?
- Isso é ridículo. – disse Agatha desconfortável– Ele nem tinha cabelo.
- Agatha. – disse Draco levantando uma sombracelha.
- Ok. – disse Agatha se dando por vencida – Eu admito, eu estava secando o Lord, mas, foi completamente inocente.
Draco sorriu de lado, por mais que Agatha o deixasse maluco com as suas súbitas mudanças de humor, ele não conseguia ficar bravo com ela, os seus sentimentos eram bem mais fortes que isso.
- Tudo bem. – disse Draco se aproximando dela para se sentar ao seu lado – Eu também sequei ele.
Agatha o olhou espantada.
- Qual é. – disse Draco – Ele está realmente atraente.
Agatha sorriu, ela queria levantar dali e voltar a ser fria com ele como antes, mas, era quase impossível fazer isso por muito tempo, uma vez alguém lhe disse para deixar o orgulho de lado. Então se Draco a traísse Agatha o perdoaria? A resposta era sim, ela o amava mais do que tudo no mundo, e achava que não poderia mais viver sem ele.
Ela inclinou a cabeça e deitou no ombro dele, imediatamente Draco começou a afagar seus cabelos, o toque dele ainda mexia com ela mesmo depois de tantos anos.
- Draco. – chamou ela baixinho.
- O que?
- Você já me traiu alguma vez? – perguntou Agatha já sabendo a resposta, seu coração batia rápido, ela sabia que se decepcionaria.
Draco levantou o rosto de Agatha com as suas duas mãos e olhou em seus olhos, ele parecia chateado, talvez chateado em admitir alguma coisa.
- Agatha. – começou Draco em voz baixa – Eu sei que as minhas atitudes na escola não foram às melhores.
- É, você ficava com uma garota diferente toda semana, dormiu com metade das garotas de Hogwarts, sua primeira vez foi num armário com a monitora da Sonserina...
- Ok. – interrompeu Draco – Eu fiz tudo isso, mas, é por que eu não havia encontrado uma pessoa como você. Eu odeio falar de sentimentos, mas, Agatha o que eu sinto por você é forte o suficiente para impedir que eu fique com outras, e acredite oportunidades não me faltaram.
- Você ta falando sério?
- Mas é claro. – disse Draco sério – Não confia em mim?
- Qual o nome desse sentimento forte que você tem por mim? – perguntou Agatha em voz baixa.
- Aquele mesmo sentimento forte que você tem por mim. – disse Draco cínico – E que nunca me disse.
- *Touché. – disse Agatha desanimada – É que Natasha me disse umas coisas, eu fiquei com isso na cabeça.
- Natasha. – disse Draco respirando fundo – Eu tive que contar umas coisas pra ela, ela é muito curiosa, eu tive que ceder algumas informações sobre nós dois, só assim a convenci de vir pra cá.
- Por que ela queria saber de nós dois? – perguntou Agatha irritada – Na verdade ela queria é saber de você, se nós estamos bem ou não, pra ela dar o bote.
- Que seja. – disse Draco desinteressado – Mas ela não me interessa desde que nós dois ficamos juntos ninguém mais me interessou.
- Eu fui uma idiota né? – disse Agatha deprimida – Me desculpe.
- Então. Você ainda vai continuar me evitando? – perguntou Draco com um sorriso malicioso – Sabe, já faz dias...
- Não. – disse Agatha se afastando dele – Eu não to muito afim.
- Eu fiz alguma coisa que você não gostou? – perguntou Draco se aproximando dela outra vez – Fui egoísta em algum momento?
- Não, não é isso. – explicou Agatha – Eu acho que estou um pouco nervosa com os acontecimentos e eu não consigo me concentrar, me desculpe.
Draco respirou fundo, ele nunca havia passado por algo assim antes, ele sempre foi acostumado com mulheres fazendo tudo o que ele pedia, e agora ser rejeitado era como receber uma facada em seu ego.
- Ok. – disse Draco compreensivo – Eu não vou forçar se bem que eu poderia.
- Obrigada. – disse Agatha respirando aliviada, ela não queria contar nada para ele ainda, qualquer notícia por melhor que fosse, poderia alterar o modo de pensar de Draco, e talvez os planos dessem errado, Agatha precisava o manter frio e calculista diante da situação e não esquentar o seu coração.
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*Touché é uma expressão de origem francesa que é utilizado na Esgrima quando se elimina o adversário. Significa “Tocado” literalmente, pode ser usado também para expressar o término de um argumento ou uma discussão que por si, já alega fim.
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