Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos.

Albert Einstein

– Capítulo Treze –

Pedido Inesperado

- Me responda uma coisa. – começou Voldemort a encarando bem nos olhos – Você sabe o que é uma horcrux?

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Pronto! Estou morta­ – pensou Agatha – Acabou tudo! Ele descobriu a verdade. Talvez ainda tenha uma chance antes de morrer para que seja com dignidade, vou dar uma de louca.

- Agatha? – chamou Voldemort.

- Desculpe. – disse Agatha balançando a cabeça – Dei uma viajada – cala a boca ­– Eu acho que devo ter ouvido falar, o nome não me é estranho. O senhor quer que eu pesquise sobre o assunto?

- Não é necessário. – disse Voldemort se levantando para começar a andar pela sala, Agatha apenas o observava, atenta a qualquer movimentação estranha – Eu soube o que fez com o Lúcio.

- Me perdoe Milorde. – disse Agatha temerosa – Foi sem pensar.

- Eu penso em fazer uma coisa há muito tempo Agatha, desde que eu soube que você é herdeira de Ravenclaw para ser mais exato.

- O senhor pretende se livrar de mim? – Não dá idéia mulher.

- Por que eu ia querer me livrar de você? – perguntou Voldemort com um sorriso sinistro.

- Não sei. – respondeu Agatha desconfortável – O que o senhor pensa em fazer?

- Tenho que manter alguém que seja poderoso e fiel ao meu lado. – disse Voldemort sério ainda andando pela sala.

- Todos somos fiéis Milorde. – disse Agatha um pouco mais aliviada – Todos estamos ao seu lado.

- Você não entendeu. – disse Voldemort parando de andar para encarar Agatha – Quero alguém ao meu lado que não seja para mim como um comensal.

- Desculpe. – pediu Agatha confusa – Não consegui seguir a linha de raciocínio.

- Agatha. – disse Voldemort sério – Eu uni você e o Draco, se eu te pedisse deixaria dele?

Agatha abriu e fechou a boca tantas vezes antes de responder que ela até parecia um peixe fora d´água.

- Milorde. – começou Agatha calmamente – Se me dissesse que seria o melhor pra mim ou simplesmente por que o senhor quer. Sim, eu deixaria do Draco se o senhor pedisse.

- Quero uma companheira o meu lado Agatha. – disse Voldemort finalmente – E eu escolhi você, a herdeira de Ravenclaw.

Agatha gelou, não podia ser real o que acabara de ouvir, o cara que tinha idade de ser avô dela queria... não, isso não tá certo. Voldemort nunca precisou disso, por que ele quer agora? Ela devia ter entendido errado.

- O senhor quer que eu seja a sua companheira? – perguntou Agatha finalmente – O senhor quer que eu seja como uma espo...

- É exatamente isso. – terminou Voldemort, ele não conseguiria ouvir a palavra esposa – Você aceitaria de boa vontade Agatha?

Ela paralizou outra vez, tinha que pensar rápido, se livrar dessa e o deixar feliz ao mesmo tempo. Agatha se perguntava no que ele estava pensando quando teve essa idéia, com certeza em coisa boa não era, ela tinha que tomar cuidado.

- Antes de responder. – começou Agatha cuidadosa – Eu queria deixar as coisas claras, por que não gostaria de mentir para o senhor – Voldemort assentiu e ela continuou com o mesmo cuidado nas palavras – Se o senhor pedisse, sim, eu deixaria o Draco para ficar com o senhor, mas, não por que eu sinto alguma coisa e sim por que o senhor é meu superior e lhe sou fiel. Eu ficaria com o senhor, por saber que eu teria mais poder sobre os comensais do que tenho hoje ao lado de Draco. É somente por sede de poder, não por sentimentos.

- Você é ambiciosa. – afirmou Voldemort.

- Sou. – disse Agatha firme.

- Eu sei que não terá sentimentos. – disse Voldemort – Eu mesmo não os tenho. É só uma questão de união de poderes.

- Claro. – disse Agatha controlada – Será somente por isso. Eu queria pedir uma coisa.

- Pode falar.

- Não contaremos ao Draco ainda. – disse Agatha escolhendo bem as palavras – Nós estamos prestes a dominar a Rússia e eu não quero que nada dê errado.

- Você tem toda razão minha cara. – disse Voldemort sibilante.

- Milorde, só mais uma coisa. Como poderei ficar ao seu lado, sendo que é imortal e eu não? – perguntou Agatha inocentemente. “Cartada de mestre, é agora que ele vai desistir dessa loucura”.

- Por isso perguntei se sabe o que é uma horcrux. – explicou Voldemort com a voz arrastada – Quando criada uma horcrux, ela guarda parte da sua alma nela mesma, então caso alguém te mate, uma outra parte sua ainda vive então você pode voltar. Criaremos uma horcrux para você, mas, para que sua alma se rompa, terá de matar alguém.

- É muita informação de uma vez. – disse Agatha pálida se lembrando do sonho que teve na escola – Desculpe, eu estou meio enjoada. Por que eu fui escolhida Milorde?

- Por que além de ser poderosa. – disse Voldemort indiferente – É a minha serva mais fiel.

- Bella, não vai gostar de saber disso. – comentou Agatha.

- Não contaremos para ninguém ainda. – disse Voldemort – Antes quero que faça uma coisa pra mim.

- Claro Milorde.

Voldemort foi até a mesa da escrivaninha e tirou um livro de dentro de uma gaveta, abriu em uma página marcada e entregou a Agatha.

- Quero que me faça essa poção. – disse ele mostrando com o dedo – uma vez você me disse, por que eu não tentava reaver o meu verdadeiro rosto. Acho que essa é à hora não?

Agatha começou a ler a preparação da poção, nada como ela tinha visto antes, era complicado e demorado. Mas só de saber que ela não ia mais precisar olhar para aquela cara de cobra dele, já era uma vitória.

- Eu preciso conseguir esses ingredientes primeiro, eu não os tenho. – disse Agatha ainda lendo o livro.

- Eu já os consegui. – disse Voldemort – Pode começar amanhã.

- Perfeito. – disse Agatha se levantando para pegar seu sobretudo – Posso levar o livro para estudá-lo?

- Fique a vontade. – disse Voldemort a encarando.

Agatha ficou quieta, ela estava muito constrangida com o pedido de Voldemort, e ela queria sair correndo dali e gritando pela sua mãe.

- Milorde. – disse Agatha com a cabeça baixa. – Eu espero que não queira que aconteça nada entre a gente até eu me separar do Draco, eu sou fiel a ele, da mesma forma que serei fiel ao senhor.

- Não se preocupe. – disse Voldemort friamente – Eu não pensei nessa possibilidade.

- Obrigada. – disse Agatha – Com licença.

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- O que aconteceu? – perguntou Draco preocupado, quando Agatha entrou no quarto deixando o livro em uma mesinha. Ele estava sentado perto da cabeceira da cama ainda sem camisa, seu corpo definido fez Agatha se arrepiar por um instante.

- Você não vai acreditar. – disse Agatha nervosa – Ele ficou louco.

- Brigou com você por causa do Lúcio?

- Quem dera que ele tivesse feito isso. – disse Agatha e novas lágrimas começaram a brotar em seus olhos.

- Então?

- Ele me perguntou se ele pedisse, eu deixaria você para ficar com ele. – disse Agatha de uma vez só, esperando a reação de Draco.

- Espero que tenha dito que sim. – disse Draco sério.

- Mas é claro que disse sim. Quem você acha que eu sou? – disse Agatha agoniada.

- O que será que ele está aprontando? – disse Draco pensativo, ele não parecia nem um pouco incomodado com o pedido de Voldemort, na opinião de Agatha.

 - Ele quer fazer uma horcrux pra mim e quer que eu faça uma poção pra ele ter o rosto de volta...

- Calma, calma. – disse Draco a abraçando – Você só precisa enrolar ele até descobrirmos o que é a outra horcrux.

- Você acha fácil não é? – perguntou Agatha indignada.

- Agatha, você não entende? – disse Draco esperançoso – Agora que sabemos que você tem a confiança de Voldemort, você pode tirar dele qual é a outra horcrux.

- Tem razão. – disse Agatha enxugando as lágrimas – Mas ele é muito esperto. Estou com medo Draco.

- Não precisa ter medo. – disse Draco calmamente – Eu estou com você, não vou deixar ele te tocar. Confia em mim?

- Claro que confio. – respondeu Agatha.

- Referente à babá maluca...

- Seja gentil Draco!

- *Eu sou fisicamente incapaz de ser gentil. – disse Draco sarcástico.

- O que tem ela? – perguntou Agatha aborrecida.

- Agora que tal descer e apartar a briga daquelas duas que já faz mais de horas, Jacob dormiu no colo da Isabella. – disse Draco sorrindo de lado.

- Como você consegue ser tão frio diante da situação? – perguntou Agatha se jogando na cama.

- Alguém precisa ter a cabeça fria. – disse Draco mirando a esposa – Quer saber – disse Draco se jogando em cima dela – Deixe elas brigando lá embaixo, a gente precisa terminar uma coisa aqui.

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*Frase de Dr. House.