Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano.

Voltaire

– Capítulo Dez –

Natasha Novgorodseva

- É sério Agatha. – disse Draco quando voltara pra casa – Você precisa pegar a taça no cofre da Bella, temos que apressar um pouco as coisas.

- Mas e a horcrux de Rowena? – perguntou Agatha, eles estavam no quarto, Agatha segurava Jacob no colo que parecia brincar bem alegre com os brincos de sua mãe.

- A gente vai ter que tentar descobrir o mais rápido possível. – disse Draco com a aperência cansada – Se não fizermos algo depressa, a Ordem vai voltar pra Europa e pode ser o fim deles.

- Eu farei o possível pra pensar em algo. – disse Agatha abatida – Eu vou descobrir o que é essa horcrux, eu tenho que descobrir. Mas agora eu preciso te contar uma coisa... Entra – disse Agatha olhando para a porta do quarto, ninguém a abriu, mas, um elfo aparatou dentro do quarto.

- O que quer? – perguntou Draco aborrecido.

- É que uma mulher acabou de aparecer na sala com uma chave de portal. – explicou Jink assustado – Jink não sabe quem é.

- Draco. – disse Agatha se levantando abruptamente da cama, Jacob levou um susto – Você não me disse que ela viria hoje.

- Eu agendei a chave de portal para daqui a três dias. – disse Draco irritado.

- Então o que ela faz aqui?

- Vamos até a sala descobrir. – disse Draco respirando profundamente.

Eles saíram do quarto e desceram as escadas. Sentada confortavelmente em uma poltrona, estava uma mulher alta, com o corpo esguio, seus cabelos loiros, caiam em grandes e perfeitos cachos até as costas, seus olhos eram azuis. Ela usava um vestido preto muito justo que transparecia mais suas curvas, e em seus lábios um batom vermelho. Natasha Novgorodseva era de dar inveja a qualquer uma. Ela levantou rapidamente quando avistou Agatha e Draco descendo as escadas.

- Draco! – exclamou Natasha se precipitando para abraçá-lo – Agatha querida – disse ela agora virando para olhar uma Agatha muito irritada, mas, um sorriso pairava sobre seu rosto, porém, por dentro ela estava pelando, se ela tivesse o poder do fogo, agora era o momento de usá-lo.

- Natasha. – disse Agatha o mais doce possível – Não a esperávamos hoje.

- É eu sei. – disse Natasha tirando a capa deixando o seu fabuloso corpo e também a marca negra em seu braço, mais a amostra – Eu resolvi tudo na Rússia e achei que poderia vir mais cedo. Alterei a chave de portal e vim.

- Dá próxima vez manda um recado...

- Agatha. – disse Draco entre os dentes.

- Quer beber alguma coisa? – perguntou Agatha prestativa.

- Eu adoraria. – disse Natasha com um grande sorriso para Agatha que retribuiu forçadamente.

- Segura o nosso filho querido. – disse Agatha frizando às palavras “nosso” e “filho” – Vinho não é?

- Sim. – respondeu Natasha alegre – Que bom que se lembrou.

- Sente-se, por favor, Natasha. – disse Draco pegando Jacob no colo – Então como estão as coisas?

- Estão perfeitas Draco. – respondeu Natasha observando Agatha trazer o seu cálice de vinho – Obrigada querida. Eu deixei a embaixada bem vulnerável, poderíamos atacar amanhã se quisesse, e também temos comensais o suficiente ao lado da Ordem.

- Excelente. – disse Draco tantando impedir que Jacob puxasse o seu cabelo – Por que talvez tenhamos que apressar as coisas.

- O que houve? – perguntou Natasha confusa.

- A Ordem quer voltar para a Europa e tentar lutar contra Voldemort. – explicou Agatha se sentando ao lado de Draco.

- Ok. – disse Natasha – Então precisam dominar logo a Rússia. Vocês podiam acabar com isso essa semana mesmo.

- Não é tão simples assim. – disse Agatha irritadiça.

- Temos que fazer algo antes de começar a luta. – explicou Draco lançando um olhar de censura a Agatha que fingiu não ver.

- Me deixa adivinhar. – disse Natasha bebericando o vinho – Aquilo que Dumbledore pediu aos herdeiros.

- Você está sabendo demais Natasha. – disse Agatha o mais doce possível.

- Draco me contou, depois que você foi embora. – explicou Natasha alegre.

- Contou é? – disse Agatha olhando para Draco que a essa altura já estava se sentindo incomodado – Imagino que vocês devem ter conversado muito depois que eu voltei para a Inglaterra.

- Você nem imagina o quanto. – disse Natasha tomando um gole considerável de vinho.

- Natasha você deve estar cansada. – disse Draco de repente.

- Não, Draco, eu estou bem. – disse Natasha sorridente.

- Jink. – chamou Agatha irritada, o elfo apareceu ao seu lado e fez uma reverência exagerada – Peça a Bella que venha até aqui, preciso falar com ela urgente. Depois que você voltar, prepare o quarto de hóspedes para nossa convidada.

- Sim, Sra. Malfoy. – disse o elfo e desaparatou em seguida.

- Me desculpe Natasha é que eu tenho assuntos mais importantes a tratar. – disse Agatha se levantando e indo em direção ao escritório.

- Espero que tenhamos tempo para conversar depois. – disse Natasha vendo Agatha desaparecer por um corredor e batendo uma porta com força em seguida.

_____

- Com licença Doutora. – disse Bella entrando no escritório, Agatha ofereceu um lugar para que Bella se sentasse de frente a ela. – Fiquei preocupada quando me chamou. Houve alguma coisa?

- Não. Nada que eu não possa resolver. – disse Agatha superior – Eu te chamei aqui, por que quero te pedir um favor pessoal.

- Pode dizer. – disse Bella curiosa.

- Eu preciso que você me empreste o seu cofre em Gringotes. – disse Agatha naturalmente.

Bella abriu e fechou a boca várias vezes antes de responder.

- Eu acho que não entendi.

- Deixa eu te explicar. – disse Agatha como se tivesse contando um segredo. – Eu tenho algumas jóias de estimação, e uma que eu gostava muito desapareceu. Estou desconfiando da babá de Jake, então eu quero guardar as outras jóias em um lugar seguro.

- Por que não manda ela embora? Joga uma maldição nela para que aprenda. – sugeriu Bella.

- Não quero nada radical. – disse Agatha calmamente – O fato é que eu não tenho certeza se foi ela ou se foi eu que coloquei em outro lugar. Eu posso parecer perversa, mas, não quero acusar ninguém sem provas, enfim, preciso guardar as minhas jóias até ter certeza de que estou certa.

- Por que não guarda no seu próprio cofre? – perguntou Bella, ela não podia emprestar o seu cofre assim, pra alguém.

- Bella. – disse Agatha com um sorriso debochado – Esqueceu que eu fui deserdada? Eles me deserdaram por que não compreendem como eu compreendi que o nosso sangue deve ser preservado.

- E o cofre do seu marido?

- Não quero envolver Draco em problemas domésticos. – disse Agatha calma – Mas se você não confia em mim Bella, eu entendo...

- Não, não é isso. – disse Bella rapidamente – É claro que pode usar o meu cofre, me diz quando e nós vamos até lá.

- Perfeito Bella. – disse Agatha satisfeita – Eu sabia que podia contar com você. Só uma coisinha, não conta nada pra ninguém, imagina se isso chegar aos ouvidos de Draco, ai ele se estressa e desconta na garota sem eu ter certeza se foi ela mesma.

- Não se preocupe. – disse Bella prestativa.

- A propósito Bella. – disse Agatha, ela possuía em sua face um sorriso maldoso, ela não podia resistir, depois de tudo que Bella fez, foi ela quem torturou os Longbottom que fez com que Neville crescesse vendo os pais em um hospital – Seu marido volta hoje não é?

- Sim. – respondeu Bella cuidadosa.

- Talvez eu dê uma passadinha lá pra dar os parabéns pessoalmente. – disse Agatha se deleitando com a reação na face de bela – Rodolfo foi ótimo.

- Acho que não é necessário. – disse Bella se levantando – Possivelmente ele estará cansado.

- É verdade. – disse Agatha batando na própria testa – Quem sabe outro dia. Vou fazer uma poção fortificante especialmente pra ele, eu mando pelo meu elfo.

- Obrigada. – disse Bella abrindo a porta – Com licença.

Agatha respirou fundo.

- Uma horcrux a menos. – disse Agatha para si mesma quando Bella fechou a porta.

Agatha distraidamente pegou algo no bolso de suas vestes, uma pulseira de ouro com pedras de esmeraldas, brilhou na palma de sua mão, ela continha as iniciais A.R. Era a pulseira que Agatha havia comprado no mesmo dia que comprara uma igual para Gina e Hermione.

- Eu não sou um monstro. – disse Agatha mirando a pulseira – E eu não vou virar um.