Jamás Abandoné escrita por Lety Paixão


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão ao abandono da fic, fui afastada da escrita por ordens medicas, não podia digitar nem escrever sem sentir dor, o tratamento demorou e o colégio atrapalhou na organização do tempo para volta as fic. Mas agora estou de férias, melhor, e tempo livre total para a historia. Estou escrevendo mais de NCIS, acredito que a categoria pode crescer por aqui.



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De nuevo yo (de nuevo yo)

Novamente, eu (Eu de novo)

De nuevo tú (de nuevo tú)

Novamente você (você de novo)

 Nunca sabemos onde podemos estar, mesmo que se planeje um roteiro ou se siga uma rotina, não estamos imunes ao que a vida quer nos oferecer em certos momentos. Talvez não estejamos prontos para esta oferenda, mas o que vier pode nos prepara para uma surpresa futura.

 Engraçado em pensar nisso, porque nunca foi o do tipo que acreditou que tudo acontece por um motivo, que o destino já esta traçado ou que pudemos fazer nosso próprio caminho. Preferir levar o que acontecia a mim como simples fatos que precisam ser superados, no fundo acho que tinha medo de ir tão longe a meus pensamentos e não gosta do que concluir, era simplesmente mais fácil ir levando a vida sem se preocupa com o amanhã. Mas apenas era, porque quando se tem algo que vale a pena lutar e se sacrificar o amanhã passar a ser a maior preocupação do hoje.

 Eu achei meu algo, minha família. Sou o típico clichê que é solitário em casa e faz do trabalho e as pessoas que lá reside sua casa alternativa, onde cada uma delas se torna um membro familiar que nunca teve ou que perdeu. Trágico? Talvez para os que vêem de fora, porém para os de dentro, como eu, é que nós faz nunca se cansar de levantar a cada queda.

Ou talvez seja realmente trágico, minha única família que me restou é meu pai e eu nunca sei onde está, trabalho no mesmo lugar a dez anos e com as mesmas pessoas, estou solteiro, meus relacionamentos nunca acabam bem, preencho meu tempo livre com filmes e pizzas, a garota que eu gosto é a minha parceira e ficar com ela é a mesmo que decepcionar a única pessoas que nos últimos anos posso chamar de pai.

 Parabéns Dinozzo, está é a sua vida, e sabe a melhor parte? Eu não trocaria ela por nada.

-Você deveria dormi. –Olhei para quem me dirigia às palavras e deixei meus pensamentos para trás. Ziva segurava um travesseiro com um lençol e tentava não deixar transparecer o cansaço em sua expressão.

-Eu que deveria te disser isso. -Lhe disse pegando as coisas de sua mão e arrumando no sofá, não pretendia dormi, a visão de quase a perde varias vezes em um mesmo dia me atormentava, mas achando que eu fosse descansar podia a fazer tentar dormi novamente.

-Sai da minha cama.

-Sua cama está no quarto. –Rebati ignorando seu olhar para mim, mas sorria, já sabia aonde ia nos levar.

-Tony eu falo serio sai do meu sofá agora.

-Agente David creio que você esqueceu que eu sou o agente especial e não recebo ordens de você. –Provoquei deitando no sofá vendo a raiva em seus olhos, sorri e ela contra atacou.

-Minha casa, minhas regras. –Falou empurrando minhas pernas e sentando ao meu lado, provavelmente estudando o melhor ângulo para me derruba totalmente no chão. –Você não fez tanta questão do sofá em Paris.

-Tinha planos mais interessantes em Paris. –Disse recordando de nossa missão e de nosso quarto com uma única cama de casal, percebi que Ziva fazia o mesmo. –Ainda tenho sua foto.

-De biquíni? Eu vou te mata Tony.

-Essa também, mas estava falando da que tirei em Paris.

-Vai usar contra mim também?

-Essa não. –Respondi e antes que ela pudesse me pergunta o porquê eu completei: - Esta é especial, e não é todo mundo que deve ter acesso ao especial.

-Especial? O que tem de especial na foto?-Ela perguntou curiosa relaxando mais no sofá. Não pretendia responder e a deixar ainda mais com vontade de saber o que buscava, mas só de vê-la mais calma e esquecendo do porque de estarmos juntos conversando normalmente decidir que deveria lhe contar, também com a esperança de que minha palavras fossem lhe ajuda a superar o que tinha acontecido.

-Você. –Respondi simplesmente como se fosse a coisa mais obvia do mundo, pelo menos para mim é.

-Não entendi. Eu? –Suspirei e lhe disse:

-Era nossa primeira missão juntos depois da Somália, só eu e você como se fosse comum. Mas não era, depois que você voltou tivemos que nos achar, nos perdoa pelo passado e fingindo que nada aconteceu. Mas naquele dia parecia que estava tudo como era antes, estávamos brincando, flertando e quando te vi sendo só você mesma alheia ao mundo eu vi o quando tínhamos mudado, mas isso me deixou feliz, porque eu vi que tínhamos voltados a nossa parceria e eu cheguei a acredita que nunca mais ia te perder.

-Tony.... –Não a deixei continua e prosseguir com minha confusão.  

-Você não tem idéia de como eu estava feliz, você estava do meu lado como esperei durando os três messes que estivemos longe, você estava viva e sorrindo, eu só queria registrar esse momento, mas a foto no fim não foi necessária porque todos os dias quando chego no trabalho e te vejo sinto a mesma felicidade. Cheguei a pensar que era porque já tinha perdido muitas pessoas, como a Kate, mas é diferente com você.

-Por quê?

-Essa é a parte difícil de falar. –Admitir, não ouse a olhar, as palavras que sempre temi, mas sempre lhe quis disser parecia se travar em minha garganta não porque tenho duvidas, disso jamais terei, mas o temor da rejeição me impede de seguir a diante.

-Tony. –Ziva me chamou, eu ignorei, mas senti sua mão em meu queixo me puxando gentilmente em direção ao seu olhar e se não fosse pela certeza de que estávamos seguros teria temido ao ver as lagrimas que escapavam de seus olhos.

-Ziva eu sin... –Sua mão em meus lábios não me deixaram continuar, mas suas palavras explicaram sua ação que me fez sorri por trás de sés dedos.

-Eu não sinto pelo que disse. E não sinto por isso.

Se mais alguma coisa deveria ter sido dirá ou explicada não havia mais tempo, porque nada mais podia ser proferido enquanto nossos lábios se juntavam dançando um só ritmo. O beijo foi diferente do que ocorreu no necrotério, lá estávamos tomados pelo calor do momento, sem qualquer consciência de nossos atos, mas agora era possível sentir a sincronia de nossas ações, a confirmação de todas nossas duvidas e a realização do que sonhávamos.

-Zi... –Murmurei quando nos separamos em busca de ar, sua mão ainda estava em meu rosto e era possível sentir o calor de sua pele sobre a minha em um toque tão singelo.

Queria me juntar a ela novamente e como se tivesse lido meus pensamentos assim Ziva fez, só que com mais intensidade do que antes, o calor parecia circula pelo meu corpo e toda minha consciência do porque de agentes cercando sua casa desapareceram de minha mente, tocá-la era a única coisa que conseguia pensar. 

 E desta forma o beijo se aprofundou, minha mão pousou em seu rosto em uma tentativa de lhe trazer para mais perto de mim, se possível. Antes que percebesse havia a deitado no sofá, que ironicamente os dois queriam ter posse, e ela não se após quando meus lábios escorregaram para sua nuca. De repente era como se as imagens de Paris tivessem tomado vida naquele momento.

-Pare. –Ziva sussurrou quando minhas mãos escorregaram para bainha de sua camisa e começaram a subi-la. –Não posso continuar.

-Por quê? –Perguntei sem raiva de sua decisão, mas apenas querendo entender.

-Você realmente quer assim? Tem mais de uma dezena de agentes lá fora porque um cara quer me matar, sinceramente ainda me sinto culpada e com raiva de mim e to cansada de sempre ser assim comigo, eu quero fazer as coisas direito Tony eu quero algo permanente, não quero te magoa, mas eu também não quero mais me machuca e quando tudo isso acaba sou eu que vou tentar seguir em frente.

-Você ainda não entendeu Zi? Você é a única para mim. –Disse tentando espanta todos seus temores, eu a entendia e ela tinha razão, não era o momento, mas haveria um, porque jamais vou deixar mais ninguém a tirar de mim.

-Mesmo que Gibbs se opunha?

-Eu uso meu charme. –Ela riu. –Não duvide de minha capacidade.

-Eu não duvido, mas não será necessário, ele aceitou.

-Como? –Perguntei surpreso com a revelação.

-Na verdade ele nunca foi necessariamente contra, ele só não ficou feliz de ter acontecido naquele momento, ele disse que agimos inconseqüentemente e se fosse só do momento? Poderia nos afetar, foi um risco grande não só para nos como para a equipe. Ele ficou decepcionado e com razão. –Eu concordei, mas perguntei:

-Isso não responde como ele pode apoiar agora.

-Ele só acha que não é o momento certo, mas como aconteceu devemos enfrentar e parar de tentar seguir em frente fingindo que esta tudo bem, ele só teme por nos Tony, ele teme que não estejamos prontos, você é o filho dele, ele só quer te proteger.

-De você?

-De nós. Eu aprendi com meus erros, eu amo o Gibbs como nunca amei meu pai, mas não vou deixar mais ninguém comandar minha vida independente quem for. Você pode bater de frente com Gibbs muitas vezes, porque vocês são iguais, você que me proteger, mas é você quem já machucou sem coração diversas vezes. Eu perdi pessoas é diferente. Gibbs só quer que tenhamos certeza, porque ele que te ver sorrindo e não fingindo um sorriso.

 Não a questionei mais. Não havia pensado por este ângulo quando discutir com Gibbs, jamais pensaria.

-O que foi? –Ela perguntou me vendo imerso em minha própria confusão.

-É que... –Não conseguir explicar, ela sorriu, ela entendia.

-Venha temos que descansar, ainda estamos em um caso.

 Resolvi a obedecer, não havia mais o que pensar, eu havia tomado minha decisão, Ziva tinha tomado a dela e Gibbs a dele. Não me sentia como se tudo estivesse em seu lugar, não estava, ainda havia muito a ser feito, não fazia idéia de como ia ser com Ziva quando o cretino que a queria pegar fosse detido, mas sabia o que ia fazer em diante, o que sempre fiz: Apenas viver esperando o próximo dia.

Siempre evitándonos a oscuras

Sempre nos evitando no escuro

Y al final se ve la luz

E, finalmente, há luz

Se ve la luz

Se vê a luz


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