Trabalhar para os humanos é o cúmulo sabia? Despertar as 1h30 da tarde é um disparate contra minha humilde pessoa! Agora aqui estou eu andando nessas já tão conhecias ruas, depois de ser acordada por aquele horrendo som que a Bruna tem o disparate de chamar de musica.

Bom, além disso, não tenho nada a reclamar, meu trabalho somente é horrendo por dois motivos, a parte de acordar cedo, e a parte mais horrível de todas, ter que ajudar todos que entram na loja, não importando o sexo e idade.

Ou seja:

Sem ficar só dando em cima de humanos – ou vampiros a loja não tem preconceito e pode entrar todas as espécies – do sexo masculino que sejam beldades. E isso para mim é um disparate contra o meu jeito de ser... E sim eu uso bastante a palavra disparate, é a minha palavra favorita, algum problema? Bom voltando

Nessas ruas de Tulsa que eu já havia a tanto tempo atrás decorado pelas caminhadas em busca de promoções de roupas e sapatos com as garotas, que mesmo só pensando nos “caras muito gatos (CMG como a Heaven apelidou)” que entrariam na loja, mesmo que não fosse eu a atende-los ainda podia olhar não? Cheguei a frente do estabelecimento do meu quase-inferno-pessoal-das-quase-férias sem nenhum problema e provavelmente com mais rapidez que as garotas chegariam nos seus próprios infernos pessoais. Entrei na loja e rapidamente fui atendida por um homem alto e musculoso que pelo crachá na camisa se chamava Sebastian.

–   Bom dia! Você seria a senhorita Cibele? – disse Sebastian e depois dessa pequena frase direcionada a mim, minha mente já estava em choque, pois depois de passar metade dos meus 17 anos morando com pais gays e seus amigos eu aprendi a diferenciar os homens que importam para meus pais aos do que os que me importam.

Cara, que desperdício de homem, serio, não que eu tenha algum tipo de preconceito, hello honey... meus pais são gays como poderia ter preconceito? Mais essa espécime de macho era muito desperdício para jogar no time dos meus pais, ele era muito – muito­ – gato!

–   Sim, sou eu – respondi amigavelmente.

–   Eu sou Sebastian, muito prazer, e você senhorita Cibele será minha ajudante.

–   Huum, e o que eu devo fazer Sebastian?

–   Pode me chamar de Sebby, bom, você ira me seguir e fazer e pegar tudo que eu ou o cliente pedir, ok?

–   ok, entendido, guardado e salvado chefinho! – disse com ironia e ele riu.

Então ele me mostrou o como, quando e aonde da loja e depois de um tempo  nós abrimos a loja, tive uma pequena impressão que o dia seria um saco, porque era o dia da promocinha aka promoção feminina, e só podia entrar mulheres na loja e o único “homem” que trabalha lá. Depois de horas naquele inferno meu anjo salvador, lindo, gostoso mais gay, me libertou dizendo que me buscaria na House of Night amanha, eu disse que não precisava porque eu tinha o meu lindo bebê... Mais ele disse que iria do mesmo jeito, então tive que aceitar né?

Agora aqui estou eu andando novamente nessas ruas tão conhecidas em direção a HoN, pensando se devo ou não devo contar para o sebby que eu sei o segredo dele... e que se ele quisesse eu podia apresentar uns amigos solteiros dos meus pais para ele.

Quando estou quase na House of Night vejo três garotos praticamente da minha idade correndo pela outra rua e uma garota de mais ou menos seis anos correndo atrás deles com uma bola nas mãos, eu realmente nunca gostei de pirralhos mais aquela ali me encantou, não sei por que, provavelmente por ter seis anos e já estar correndo atrás de garotos, como eu era na idade dela, e mais nova, e continuo sendo... Mais vamos ignorar o meu passado.

Continuei andando pelo meu caminho que, para a minha surpresa, também era a dos pirralhos, mais de repente acontece o inesperado, a bola da menina cai das mãos dela e rola ate o meio da rua, e a garota foi atrás da bola sem os pirralhos verem, e eu travo no meu lugar, completamente congelada de medo pela mini-eu, bem quando a minha miniatura estava chegando perto de seu objetivo, a bola, vem um humano correndo com a velocidade elevada de prováveis 200km/h, e quando o carro está perto dela, eu grito com toda a força que eu tenho pra ela sair da rua, fechando meus olhos pela força e sinto como se uma ventania passasse por mim na direção dela.

Quando abro os olhos, vejo ela encostada na parede com os olhos esbugalhados, o mesmo com os muleques que tinham congelado no lugar deles. Eu viro para ver o carro ainda correndo em direção ao seu caminho como se nada tivesse ocorrido em segundos atrás, enquanto eu tentava matar o cara do carro com os olhos os garotos descongelaram e correram para ajudar o menina a se levantar.

“Nyx, por favor, eu lhe rogo, não deixe aquele verme humano impune!” pedi a deusa, para que aquele ser seja punido pelos seus atos.

– Hey! Moça vampira! – gritou um dos garotos do outro lado da rua – A Meggie quer falar com você

Como era a mini-eu que gostaria de falar comigo, nem pensei duas vezes antes de atravessar a rua em direção ao grupo de pirralhos. Somente para ver um dos garotos me olhando de cara feia que começou a dar passos para trás a cada um meu que me deixava mais perto deles.

“Ótimo! um garoto preconceituoso e feio, que mal gosto esse a da minha copia hein? Bem médio... Os outros ate que dão pro gasto... Mais ainda são pirralhos e eu não sou uma pedo-bear”

–         Que foi garoto? Ta fazendo careta por quê? - Eu disse, e os outros deram uma cara de desaprovação para ele – Você sabe que cara feia normalmente significa fome não é? E bem pela sua cara agora parece que você não come faz milênios! Mais pêra ae, PARA TUDO! Essa é a sua cara normal? Mil desculpas... Mas pela Deusa, como você é feio pía!

Mal tinha terminado de falar o garoto já estava de um vermelho que deixa tomates na lama e os outros estavam quase rolando no chão de tanto rir. Bem isso que dá passar anos junto com Marie, você aprende a humilhar qualquer tipo de pessoa em segundos, e sem dar uma brecha para ela responder.

–         Moça vampira, muito obrigada por me salvar do carro – disse Maggie

–         Opa, opa, opa! Que disse que fui eu que te salvei? A única coisa que eu fiz foi gritar para você sair da rua! E pode me chamar de Cibele.

–         Ok! Cibele, esses são meus amigos David e Paul, aquele que fugiu era meu irmão Dan, mais não ligue para ele, ele é sempre assim...

–         Prazer David e Paul... – eu disse dando um dos meus famosos sorrisos para eles, mais um leve, só pra sacanear, já disse que não sou uma pedo porra.

–         Mais vamp..quer dizer Cibele....

–         Foi você sim quem salvou a Meg....

–         Quando você gritou para ela sair da rua...

–         O vento em volta de você ficou mais forte...

–         E daí foi tudo em cima da Meg e a empurrou para fora da rua...

–         E isso foi...

–         IRADO!

–         Sim, sim, foi isso que aconteceu... – disse Meggie, eu ainda estava muito tonta por ficar balançando minha cabeça do Paul para o David enquanto eles falavam

–         Mais...mais, não pode, nem sou uma vampira completa ainda....

–         Mais foi caramba!

–         Mais, mais... AH! Merda esqueci totalmente disso – gritei olhando para o relógio – A Marie me mata se eu não chegar lá nesse exato momento agora!!Bye Meg, David e Paul, a-m-a-r-i-a ficar para convencê-los de que não fui eu que salvei a Meg, mais eu prezo pela minha vida, e por isso tenho que correr para a House of Night antes que a Marie decida me espancar por não estar lá para ver ela indo para o trabalho dela, vejo vocês qualquer dia para continuar essa discussão – disse já correndo para a House of Night.

–         Tchaaaaaau! – gritaram os três juntos

Eu corri o mais rápido possível para a House of Nigh pensando no que aconteceu hoje, e com um medo imenso de morrer antes de descobrir como a Meggie foi parar no outro lado da rua, mais a Marie era mais importante, eu prezo mais pela minha vida do que esse mistério.