Depois de horas eu consegui achar uma roupa decente, ou seja, uma roupa que a Marie não tenha pintado com
tinta rosa, minha tinta rosa! Após me trocar sai do meu quarto deixando-o
vazio, já que a Bruna havia me largado no quarto, saído com sua gata pensando
no humano dela.

– Nem ficou para me ajudar a encontrar uma que a Marie não tenha estragado! – falei para mim mesma e
comecei a andar rumo a minha primeira aula, Literatura...

Não que eu esteja me queixando, longe disso, eu adorei saber que tenho aula com o professor Kyouya todo dia, e eu também sempre fui bem nessa matéria... Mas o problema e a Marie, sempre ela, a garota sempre consegue ficar na carteira atrás de mim, e sempre que acabo suspirando sem querer pelo professor ela me da um tapa na cabeça lazarento de forte, e o pior e que eu não consigo segurar os suspiros, ele e muito lindo, com aqueles cabelos negros, até mais negros que os de Marilyn Manson, um cantor que eu e a Bruna chamamos de Divo, com seus olhos castanhos lindos que são meio escondidos pelos seus óculos, que diferente de quando são usados pelos nerds que eu a Bruna e a Marie zuamos, fazem ele parecer mais maduro e sexy....

“Cibele! Recomponha-se!
Você não é assim!” eu falava para mim mesma no pensamento.

Continuei andando rumo a sala, tentando não pensar em nada, logo cheguei na sala e vi que ele ainda não havia chegado, diferente das minhas amigas que já estavam todas ali, fui andando para perto delas quando vi que só tinha mais um lugar vago, e que essa merda de lugar ficava na frente da Marie.

– Porra Bruna! Alem de me abandonar no quarto sozinha, sem nenhuma ajuda para achar alguma merda de roupa que a Marie não tenha estragado, você não guarda nem a porra do lugar na sua frente?!

– Desculpa Cibele...Mais a Marie me obrigou a isso! – respondeu ela se defendendo

– Senta lago aqui Cibele! E eu não estraguei suas roupas porra nenhuma! Eu as deixei mais lindas... Rosa e lindas! – falou a Marie

– Lindo o caralho! Além de você estragar as minhas roupas, você fez isso com as minhas tintas! – eu respondi e logo depois fui obrigada a me sentar, porque o professor entrou na sala, lindo como sempre é claro!

– Boa noite alunos! – ele disse e todos nós respondemos e daí ele começou a aula.

Enquanto o professor falava, eu tentava não suspirar, o que eu não consegui muito bem, o que resultou em vários tapas da Marie na minha cabeça durante praticamente alguns minutos da aula.

Já cansada, e com a cabeça doendo, dos tapas da Marie, parei de prestar atenção na aula e no professor, bom tentei não ficar muito ligada as coisas que ele fazia durante a aula, peguei meu caderno e comecei a desenhar, meus desenhos não são aquela maravilha....mais servem para me distrair muitas vezes, sempre que eu acabava um desenho eu começava a olhar para o teto, para fora, para os objetos da sala até eu descobrir o que desenhar, até que só sobrou as pessoas, olhei para turma e vi que não dava para desenhar ninguém, então só sobrou ele, o professor, para desenhar, pensei se devia ou não desenhar ele, depois de um tempo pensando decidi desenhar, ele não vai ver o desenho mesmo. Então eu passei a desenhar ele, sempre olhando para cima, o observando para conseguir o desenhar bem. Em uma das vezes que eu olhei para cima para o ver, o professor encarou bem a minha pessoa, fazendo o meu coração bater mais rápido, não sei quanto tempo ficamos nos encarando, só sei que para mim foi muito, muito tempo! E que nesses prováveis meros segundos eu me senti como nunca na minha vida, pensando assim senti meu rosto começar a queimar e ouvi as garotas,principalmente a Marie, rirem da minha cara, eu ainda estava sentindo meu coração acelerado quando ele olhou novamente perto de onde eu estava, provavelmente confuso pelas risadas das garotas, logo depois ele se virou para o outro lado da turma e eu sem querer soltei um suspiro baixo, que infelizmente a  Marie ouviu e me deu um tapa na cabeça, novamente.

Se passaram mais alguns minutos de aula, em que eu não prestei a mínima atenção, e nesses minutos o professor continuou a falar coisas que provavelmente eu já ouvi com o meu pai Damien, então eu continuei desenhando no meu caderno e a Marie continuou me batendo.

– Acabou a aula, todos podem sair...Menos a Senhorita Maslin! – o professor disse e as garotas, principalmente a Marie de novo, começaram a rir

Logo depois que todos se mandaram da sala, a Marie por ultimo me mandando um olhar malicioso claro, eu peguei tudo que era meu da minha mesa e fui falar com o professor.

– O que houve professor Kyouya? – perguntei

– O que houve e que pelo o que eu percebi você não prestou nem um pouco de atenção na minha aula inteira – respondeu ele

– Me desculpe professor, por não prestar atenção e pelo o que a minha amiga fez antes de ontem com o senhor, prometo que não ira acontecer novamente...

– Como assim? O que fizeram comigo?

– A esquece...Bom posso ir  agora?

– Não, ainda não, antes eu quero ver o seu caderno... – ele disse

Gelei!

– E..p-porque vo-você quer ver o m-m-meu cad-caderno? – gaguejei

– Porque eu quero ver o que você desenhou de tão importante que fez você não prestar atenção na minha aula...

E... FUDEU!!

Derrotada eu entreguei meu e ele começou a folheá-lo,, quando ele chegou no ultimo desenho ficou com o semblante serio e eu comecei a procurar um lugar para esconder a minha cara. Ele soltou um suspiro pesado e me encarou, eu que já estava corada e com vontade de morrer fiquei com mais vontade ainda!

– Eu já tinha imaginado isso... Mas preferia que fosse só a minha imaginação mesmo – disse ele meio calmo me olhando, senti meu coração se apertar pelo o que ele disse

– e po-porque v-você diz isso? – perguntei – sei que não sou aquele ser lindo como uma atriz ou uma top-model, mais também não sou aquele ser horrendo....

– Não foi isso que eu quis dizer...é só que você e uma aluna e eu sou um professor – ele disse e eu o fitei com uma cara mista entre felicidade e duvida

– Como assim?! Você tipo...

– gosto de você? Sim, mas como já disse você é uma aluna e eu um professor!

– Mais eu não sou uma aluna normal! – falei exasperada apontando para as minhas tatuagens

– Não deixa de ser uma aluna, Cibele eu sou um professor..preciso ter um minimo de ética...

Com essas palavras abaixei minha cabeça e fiquei olhando para o chão, senti as lagrimas invadirem meus olhos e escaparem sem permissão, continuei olhando para o chão tentando, em vão, não deixar ele me ver chorando.

– Você está chorado? –
perguntou ele e eu respondi mexendo minha cabeça negativamente – não precisa
chorar...por favor, não é que eu não gosto de você, eu só não quero nos meter
em problemas.

– Você gosta de mim? – falei levantando o meu rosto para olha-lo

– nunca disse que não gostava! – respondeu ele

– mais então...

– então vamos fazer assim – ele me interrompeu – porque você não tem umas “aulas” comigo? Como se fosse um trabalho extra?

– aulas? Não é má idéia já que sou tão horrível em literatura... – falei quase tendo um treco de tão feliz, estava parecendo até aquela personagem baixinha de
crepúsculo que e a mulher daquele loiro com cabelos de miojo e cara linda de
dor...

– Ah sim! Você é horrível em minha matéria e não presta a mínima atenção – falou ele sorrindo – Bom agora você está liberada para ir

Eu sorri para ele e tentei pegar meu caderno de volta, porem ele não deixou e puxou ele mais para perto, o abriu e arrancou a folha aonde ou tinha desenhado ele, depois ele olhou para mim e devolveu o caderno.

– Esse aqui fica comigo...antes que pergunte porque, os motivos são que eu não quero que ninguém veja e desconfie e quero algo seu para ficar comigo o dia todo... – disse ele – pode ir.

Peguei o caderno das mãos dele, tentando não pular e/ou chorar de felicidade com tudo que estava acontecendo e fui em direção da porta, quando eu estava quase abrindo ela me sinto puxado pelo professor e depois ele me beijando, no começo fiquei surpresa mais depois voltei ao normal e comecei a retribuir o beijo, aos poucos começamos a ficar sem ar até que tivemos que nos separar, ficamos nos olhando até que percebi que já estava na hora de ir, não estava pronta para morrer nas mãos da Marie ainda....

– mal posso esperar para as nossas “aulas” – ele disse

– eu também, falando nisso quando será a primeira? – perguntei sorrindo

– logo, agora vá antes que suas amigas desconfiem de algo – ele respondeu e voltou para a sua mesa, quando consegui sair as sala, meio zonza de felicidade, encontrei as quatro garotas envolta da parede que da para a sala de literatura.

– Garotas! – gritei e elas olharam assustadas para mim

– Ah! Cibele Pegadora! – disse Marie rindo

– Bonito hein?! Ouvindo e vendo a conversa alheia! Até você Heaven?!Quem diria... – falei e me virei rumo ao meu quarto para ver se la eu consigo me acalmar um pouco e consigo pensar em tudo que aconteceu hoje... Sim eu tenho mais algumas aulas para ir..mais eu não estou nem ai....