Predestinadas escrita por RubyColt, Aella, Evelyn_s2


Capítulo 14
Ida ao Shopping


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap dedicado ao aniversario -atrasado- pra TOSEMIDEIAIDAI :3



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– Shopping? – perguntei confusa.

– Isto, vamos ao shopping. Vamos todas em um carro só, né? Em qual? – respondia e perguntava Evelyn ao mesmo tempo.

Sem que eu percebesse, já estavam todas em meu Jaguar C-XF preto. Entrei então no banco do motorista. Heaven, que estava no do passageiro, rapidamente colocou na sua rádio preferida, onde tocava Rehab da Rihanna. Minhas quatro amigas logo começaram a cantar.

 - Ah, sai dessa vida! Primeiro me enganam para ir pro shopping, depois entram no meu carro sem mais nem menos, e ainda ficam cantando esse lixo dentro do meu carro?! – falei, tirando sarro e trocando para meu CD do Guns N’ Roses – Me ajude aqui, Cibele! Você também gosta de Guns!

 Com isso, só eu e minha roomie cantávamos You’re Crazy dentro do automóvel. Continuamos cantando até chegarmos em nosso destino.

–-----

 - Que calor aqui dentro! – reclamava Cibele – Deviam por um ar-condicionado num edifício tão vasto quanto esse!

 -  Vamos tomar um sorvete então. – sugeria Marie já indo em direção ao MAC – Porra! Vocês não vem?

 - Eu não vou. Vou comprar umas bolsas...

 - Vou contigo, Evelyn! – exclamou Heaven, que adorava torrar dinheiro em coisas da moda igual à outra Novata.

– E eu vou comprar uns CDs... – falei.

 - Então eu vou com você, Marie. – disse Cibele, já acompanhando-a até o MAC novamente.

–-----

 - Hmmm... Acho que não tenho o Rubber Soul dos Beatles lá na Morada... – murmurei pra mim mesma.

 Se tinha uma coisa que eu amava, era passar horas nas lojas de música, ouvindo os CDs, vendo as novidades, discutindo com fã do Eminem... Era o céu para mim estar lá. Parecia que eu estava cercada pelos meus heróis...

 - O-olá moça. P-posso ajudá-la com a-alguma coisa? – virei-me em direção à voz masculina, um tanto sensual mesmo estando atrapalhada, ao meu lado.

Quando me deparei a perfeição à minha frente, acabei derrubando a meia-dúzia de CDs que segurava. Ficamos nos encarando por cerca de um minuto. Ele tinha cabelos completamente negros, lisos, um pouco compridos e desgrenhados. Seus olhos de um castanho não tão claro mas não tão escuro me olhavam com uma certa admiração. Seu rosto perfeito alegava que ele tinha menos de vinte anos.

 - Jesse, o que está acontecendo aqui? Não vai ajudar a cliente?

 Saímos de transe com uma voz mais grave e mais velha. Olhei para a figura atrás de mim. Ele usava o mesmo colete de trabalho que o menino à minha frente. Seu crachá dizia: “Subgerente Max”.

 Então nós dois nos abaixamos para pegar os CDs ao mesmo tempo. Nossas mãos pousaram uma na outra na tentativa de pegar um dos CDs. Nos olhamos, um rosto a milímetros do outro, sem nos mexer.

 - Cof, cof.

Mais uma vez ouvimos o Subgerente. Apressamo-nos a pegar os CDs e nos levantamos. Assim que arrumamos tudo, Max se retirou.

 - Uhm, então... Você vai levar o Rubber Soul?

– V-vou...

– Eu recomendo também o Revolver... Tenho um aqui... – ele falou pegando o CD e me dando.

– É, eu conheço todos os CDs dos Beatles... Mas só tinha o Help. Obrigada.

 - D-de nada... – disse corando.

Ele então me acompanhou até o caixa e foi ele quem me atendeu.

– Meu nome é Jesse, só pra constar. – falou enquanto empacotava meus CDs.

 - Uhum. E o meu é Bruna...

 - Bruna... E-eu tava pensando se você não gostaria de... Ah, sei lá, tomar um sorvete aqui comigo um dia desses... Daí posso te mostrar umas bandas incríveis que quase ninguém conhece. – continuava falando – Se você estiver a fim, estou aqui sempre...

Um encontro? Nem pensar. Eu sei que ele era lindo e perfeito para mim mas, eu já tinha problemas demais e tinha coisas demais para fazer... Porém, minha curiosidade falou mais alto que minha responsabilidade.

 - Quais bandas, por exemplo? – perguntei. Eu com certeza devia estar com aquela minha cara de cachorrinha pidona.

– B-bem, tem Whitesnake, The Cult, Queensrÿche… Não são tão conhecidas…

 - Hah! Eu conheço! David Coverdale é um ídolo, desde a época que ele estava no Deep Purple! Adoro The Cult, os melhores CDs são Ceremony e Sonic Temple...

– Wow, você realmente tem bom gosto, hein! – ele riu – E Queensrÿche, conhece?

– Sim, adoro Someone Else, Damaged e I Don’t Believe in Love...

– I Don’t Believe in Love é muito irada. Sempre tô ouvindo... Mas não sei se posso dizer o mesmo que essa música. (N/A: cantada horrível! x.x) – ele ficou me olhando intensamente por um bom tempo – Mas você vem um dia né? Ou uma noite... – falou rindo e olhando para minhas tatuagens.

Nesse momento minha razão voltou.

 - Foi mal, mas não dá... Agora desculpe mas tenho que encontrar minhas amigas antes que elas me matem por demorar... A-até! – e saí apressada, deixando-o atônito na frente da loja.

Fiquei um pouco deprimida após isso. Mas nunca ia dar certo, ele era humano! E humanos são, bem, humanos! Era realmente uma pena...

–-----

– Comprei essa bolsa linda da Gucci! – mostrava Evelyn.

– E eu comprei essa jaqueta de couro chiquérrima com a Evelyn! – falava Heaven.

 - A Marie comeu dois Sundays de morango e um McFlurry...

– Eu ofereci tá Cibele! Você que não quis! – todas riram – E o que você fez Bruuh?

– Pirei. Simplesmente pirei!

 - Por quê? Você não gosta dos Beatles? – perguntou Heaven, fuçando meus CDs enquanto caminhávamos pelo shopping.

– Tá louca? Amo! *-* Mas na verdade pirei por causa do vendedor... – elas me encaravam como que pedindo mais informações – O nome dele era Jesse e foi ele quem me ajudou a escolher os CDs... – continuavam me encarando – E ele quis que eu fosse passar uma tarde aqui no shopping com ele...

– Isso aê Bruna!

– O cara tá caidinho...

– Puta-que-pariu!

– Hum, pegadora hein...!

Esperei os “elogios” pararem.

– Mas não vou. – completei.

– O quê?! Por quê? – perguntou Cibele.

– Porque ele é humano...

– É, humanos são toscos mesmo. – falou Evelyn, que odiava não só crianças, mas humanos também.

– Eu discordo. Acho que não importa sua raça, se você gostou dele, o dê uma chance!

– Cacete Heaven! Você e seus conselhos tocantes... – resmungava Marie.

Enquanto elas falavam de outro assunto, refleti sobre o que Heaven falara. Talvez ela tivesse razão. Eu odiava ser tratada diferente e até ser ignorada em bibliotecas, shows, restaurantes, etc; só por ser Novata. Então não era justo eu discriminar o garoto.

– Olhem o que temos aqui! São as Anjinhas da Noite! Que coincidência encontrá-las aqui! Como vão as compras?

 Parei meu debate interno e virei-me para encarar aquela voz falsa e escrota. Era quem eu achei que fosse, a mulher com mechas de urina no cabelo e uma cagada de passarinho na testa: Kassandra.

– Estão ótimas! Estamos procurando alguma alma para você, mas está difícil. – ouvi Evelyn.

Mas não vamos desistir! – disse Cibele.

– Nós queremos achar uma promoção pague 1 leve 2. Assim você leva uma para você e outra pro Kalona, lá nos quinto dos infernos! – Marie riu com o que falei.

 - Suas vadiazinhas! Não aprenderam a ter respeito com os mais velhos?

– Heh, ela não respeitou o pai dela quando fez necrofilia com ele... – resmungou Marie baixinho, só para eu ouvir.

– Ca-caralho! Ne-necrofi-filia! – explodi em risadas, feito doida no meio do shopping. Mal conseguia falar. – Porra Ma-arie! Como você sabe essa pal... – não consegui falar. Foi muito hilário! Logo Marie também estava se matando de rir comigo.

– Como ousam falar assim de mim e meu pai! – pelo jeito não fomos só nós duas que ouvimos... – Vão pagar, malditas!

Meu corpo, de repente, começou a doer, arder e fraquejar. Não era só eu, vi de canto-de-olho Marie cair de joelhos e gemendo ao meu lado. Não demorou muito para eu mesma desabar sobre o piso de granito do shopping. Olhei para minhas amigas, sem poder me mexer. Elas estavam chocadas demais para ajudar.

– Vocês vão morrer aqui e agora! – grunhiu a híbrida.

Vi então, voando em minha frente, um vulto de cabelos negros, portando-se então de forma defensiva. Era o Jesse. Ele então tacou seu colete na cara da vilã, fazendo-a se desconcentrar, ou seja, fazendo eu e a Novata Vermelha conseguirmos nos mover novamente.

– J-Jesse?

– E aê Bruna. Você me deu um fora, então eu vim tentar de novo. – ele piscou pra mim e não pude deixar de rir, mas nós dois continuávamos preocupados com a mulher que, a pouco, tentara me matar.

– Humano nojento! Você morre primeiro! – grunhiu Kassandra.

 - Nem mais um passo! – grunhi de volta – Toque nele e morra!

Ela riu e deu um passo em nossa direção. Eu, sem hesitar, parti pra cima.

– Água, eu a invoco! – nem movimentei meus braços, estava tão brava que mandei toda a água do bebedouro ali perto com a mente, arrebentando o mesmo.

– Nossa! Oo Tadinho do bebedouro... – ouvi Jesse murmurar pra si mesmo, atrás de mim agora.

Percebi que, junto com a água, ondas sonoras pretas indo em direção a Kassandra. Quando estas a atingiram junto com a massa de água, ela caiu para trás uns quatro metros, gemendo de dor.

– Que merda é essa?!

– Não sei Marie, mas gostei. Deve ser a minha habilidade oculta, que nem você fica invisível e tal...

– V-vagabunda! – murmurava a híbrida, tentando se levantar.

Foi então que apareceu um menino, alto e loiro, de mais ou menos uns 16 anos. Ajoelhou-se ao lado de Kassandra.

– Minha Mestra, não perca seu tempo. Temos coisas a fazer, mais importantes que isso. Venha, Mestra. – ajudou-a a se levantar.

– Tem razão, Eros. – virou-se para nós – É bom vocês desejarem nunca mais cruzar caminhos comigo. Se eu ver vocês mais uma vez, será a sua morte! – se virou e saiu do shopping com o tal de Eros.

Nós então, ignorando os “telespectadores”, decidimos ir embora também.

–-----

 Chegamos ao estacionamento e fomos até meu Jaguar. Jesse veio junto.

– Uhm, então Bruna... – chamou minha atenção, o menino.

– Vai lá Bruuh. O gatênho (N/A: Felipe Neto Mode On) quer falar com você em particular... – disse Cibele, e em seguida me empurraram para detrás de uns carros, onde Jesse me seguiu.

– Puta merda, que escroto esses dois! – ouvi a voz reclamona de Marie lá do meu carro – Odeio essas coisas!

– O que essa sua amiga ‘Marie’ tem, hein? – perguntou o garoto, irritado.

– Problemas, muitos e muitos problemas...

– E então, eu falei que ia tentar de novo... – falava nervoso e brincalhão, ao mesmo tempo – S-sai comigo...?

 Ele era lindo, fofo, protetor, tinha mais ou menos minha idade e era alguém com quem eu me daria muito bem. E, que nem a Heaven falou, não tinha nada de mais nele ser um humano se eu gostava dele. E acho que gostava, mais até do que deveria.

– Tá. Eu saio contigo...

– Hah, sabia. – ela piscou pra mim, brincando – Quando?

– Sei lá... Não tem nenhum show que vai ter por aí...?

– Ter tem, do Evanescence... Você gosta?

– Tá doido?! Amo! Amy Diva! *-* Tenho até uma gata com o nome de uma música deles!

– Ótimo! – nós dois rimos – É sábado que vem. Daí te pego na House of Night, - olhou para minhas tatuagens quase completas – vamos no show w te levo pra comer alguma coisa, que achas?

– Adorei! – falei sorrindo – Quanto que é o ingresso e que horas é?

– Pare com isso! Eu que pago! É às 8h da noite, mas sempre é bom chegar uma hora e meia antes. Então te pego as 6h e chegamos lá às 6h30. Agora vamos porque acho que suas amigas querem ir embora...

 Ele me acompanhou até o carro, com o som ligado, tocando Sweet Child O’ Mine. Pensei se era mera coincidência, ou se minha roomie já tinha planejado isso.

 - É, essa música é mesmo linda... igual a você, – me pressionou ao Jaguar e me beijou. O beijo foi curto, mas ousado e delicioso – Seet love of mine! – cantou só para mim, em ritmo a música – Até.

– A-a-até...

Praticamente despenquei no banco do motorista, e é claro que os “Wohoo’s” começaram.

– Caralho! Mal se conhecem e já tavam se comendo! Na nossa frente ainda! – elas riram enquanto eu taquei meu casaco na Marie, fazendo-a calar a boca.

Liguei o carro e dirigi até a HoN, pensando nele o tempo todo.

–-----

– Conte para nós duas o que vocês decidiram! – pediu minha roomie com a Whisper ao seu lado na cama. Estávamos só nós três no quarto, prontas para dormir.

– Bem, ele me convidou para ir no show do Evanescence sábado que vem, e depois me levaria para jantar. Tenho certeza que você ia gostar dele, Whisper!

– Ele que vai pagar tudo?

– Tudo... Não sei nem quanto que é o ingresso... – respondi pensativa – Será que pode dar certo, nós dois? Já estou cansada dos otários de antes... Realmente gostei dele...

– Olha Bruuh, - falou me abraçando - se você o ama, vai conseguir dar um jeito disso funcionar! Agora vamos dormir porque passar a tarde no shopping não é moleza.

– Miuur!

– Viu! A Whisper concorda comigo sobre você e o Jesse! – a gata então se enfiou embaixo das minhas cobertas, junto comigo.

Passou alguns minutos e Cibele já estava dormindo, e eu mesma mal estava consciente.

Sonhei que estava no show com o Jesse e que ele havia sido Marcado. Pois é, parecia que eu estava apaixonada. Só espero que ele não seja bêbado, idiota ou só pense em meu corpo e não em mim, como os outros...


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Notas finais do capítulo

Bluna pegadora~~~~
tehee :3



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