People, Mind, Mistakes And Fall escrita por Eruchan


Capítulo 3
parte 3 - too close for comfort


Notas iniciais do capítulo

Parte 3 tem um pouco de KyuMin. Então vocês me perguntam: como isso pode ter algo a ver com a história? Bom, leiam para descobrir hohoho ^^



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"Was I invading in on your secrets?"

Novembro


Yesung's point of view

Eu não me sentava nas cadeiras do balcão como seus antigos namorados. A minha mesa era a última, ao lado da janela, de onde eu conseguia assistir toda a movimentação do lugar, sem atrapalhar a minha garota. Mal podia acreditar que já estávamos juntos há tanto tempo. Saber que eu não estava sendo apenas mais um em sua lista me dava o direito de me sentir grandioso e satisfeito. Eu a amava e já conseguia declarar isso quando a tinha em meus braços, sussurrando o mesmo para mim, verdadeiramente.

E era algo que eu também notava em seu sorriso, sempre que ela me recebia no café com um selinho rápido, o que arrancava risos de seus pais. Eles sabiam que a filha tinha criado juízo. Rebeca me servia o chá gelado de sempre, esperando por uma brecha no serviço para se sentar comigo na mesa e desfrutar de uma boa conversa.

O café estava cheio ultimamente, no mês onde alguns já começam a se preparar para as férias de inverno. Nada que atrapalhasse meus encontros com Rebeca depois do expediente, quando seus pais a liberavam um pouco mais cedo para que pudéssemos passar um tempo sozinhos. Ela já conhecia cada canto da minha casa e brincava, dizendo que mudaria muitas coisas de lugar quando fosse morar comigo. Era com isso que eu sonhava todas as noites.

E vendo-a assim, dormindo depois de ter me feito perder o controle, só me deixava ainda mais apaixonado.
- Reh, acorde - eu sussurrei próximo ao seu ouvido. Ela moveu o corpo devagar, deixando escapar um bocejo - seus pais vão se zangar se você passar a noite aqui de novo.
- Eles não vão se importar - ela abriu os olhos devagar e me fitou carinhosamente - não posso ficar?

Se ela achava que eu diria 'não', estava muito enganada. Seu sorriso denunciou o que ela pretendia e eu apenas a ajudei a realizar esse desejo.

Lentamente, afastei o lençol que lhe cobria o corpo e admirei sua beleza natural, exposta em cada mínima curva. Eu tinha um tesouro nas mãos e cuidaria dele com todo o carinho que eu conseguisse acumular. Inclinei-me para beijar seu pescoço, mas suas mãos deram outra direção ao meu rosto, fazendo-me receber seu beijo apaixonado. Era muito mais sedento que o normal, muito mais intenso. Fiquei confuso por um instante, apenas tentando manter o equilíbrio. Porém, Reh me pegou de surpresa e fez com que invertêssemos nossas posições. Quando dei por mim, ela estava em meu colo, os lábios ainda insistindo em me enlouquecer. Ainda não sei como consegui me controlar, deixando que ela brincasse comigo daquele jeito. Estava fazendo o que bem entendia, sem que eu me desse ao luxo de interrompê-la. Fechei os olhos, mordendo o lábio, enquanto ela descia as carícias e os beijos por meu abdômen. Soltei um gemido alto quando ela alcançou meu íntimo, fazendo-a sorrir por saber que eu estava entregue.

Contudo, eu sempre estive.

Zhoumi's point of view

Era um jantar em família. Talvez um dos únicos no ano, vendo que era difícil reunir todos os parentes num mesmo lugar. Eu devia muito à família de Thainá, pelo apoio quando decidi me casar com ela, pela ajuda quando ainda éramos jornalistas iniciantes e não tínhamos condições de comprar o apartamento dos nossos sonhos. Consegui devolver tudo em dobro, inclusive o carinho que eles tinham por mim. Os pais dela sempre repetiam que eu deveria cuidar de Thainá para recompensá-los.

E isso eu fazia muito bem.

Já estava deitado na cama, enquanto Thainá massageava suas pernas com um creme cheiroso que me deixava animado. Talvez pudéssemos relembrar os velhos tempos, quando ela trancava a porta do quarto e nós nos divertíamos tentando não fazer barulho para que seu pai não desconfiasse de nada. Eu acordava encarando os pôsteres de seus artistas preferidos no quarto, indagando como seria se um dia tivéssemos uma filha. Talvez eu devesse fazer um alarme anti-sexo para impedi-la de aprontar como sua mãe fazia comigo. Ou apenas fingir que estava dormindo, já que Thainá entregava-se a mim porque me amava.

Com amor, não se pode evitar certas atitudes.

Saí de meu devaneio, quando senti as mãos de minha esposa deslizarem calmamente sobre meu peito, avisando que ela estava pronta para mim. Beijou meus lábios uma vez e me deixou.
- O que foi? - eu quis saber. Estava sentindo que ela parecia estranha.
- Nada - respondeu.

Como psicólogo eu era um ótimo editor chefe, mas conseguia saber que ela estava mentindo.
- É sério, o que você tem? - mostrei a minha preocupação. Toquei seu rosto e a vi fazer bico.
- Chanji não tirou os olhos de você a noite inteira - ela disse.

Qual não fora a minha surpresa ao descobrir que uma de minhas 'empregadas' na editora era prima de Thainá? E ainda por cima, Chanji, a tão deplorável garota que achava que podia me comprar com ofertas indecentes. Tentei ao máximo me manter longe dela, mas era como se me seguisse. E eu já estava entendendo a sua intenção.
- Eu sei que ela é sua prima, mas preciso te contar uma coisa - eu decidi abrir o jogo. Seria melhor compartilhar a verdade antes que Chanji dividisse uma mentira - no escritório, ela erra demais...
- Ela é meio lenta mesmo - Thainá riu fraco. Eu respirei fundo antes de continuar.
- Sim, mas quando ela erra, ela me procura - eu disse calmamente - e me pede desculpas de uma forma... não profissional.
- Ela se oferece? - Thainá perguntou diretamente, me assustando. Acho que percebeu que eu não esperava esse tipo de afirmação - ah, desculpe, querido, eu a conheço desde sempre...
- Não está com ciúmes? - eu quis saber - não quer me matar? Nem nada?
- Você aceitou alguma desculpa dela? - ela me perguntou e eu neguei - você abriu o zíper pra ela? - neguei veementemente - então não, não estou enciumada.
- Nossa - eu estava surpreso. Pela expressão que ela estava fazendo, parecia que estava tão mordida...
- Eu não gosto dela exatamente por isso - Thainá disse - e quando ela ri parece que está fingindo orgasmo.

Não controlamos nosso riso e colocamos todos os defeitos possíveis na coitada. Eu estava aliviado por isso. Talvez Thainá combinasse comigo até nesse sentido.

Siwon's point of view

Eu estava em seu apartamento mais uma vez, arrumando a mesinha de centro da sala com as coisas que eu tinha levado. Eram apenas bolachas e geléias que eu sabia que eram as preferidas de Marie.

Ia lá quase todos os dias para conversar com ela. Depois daquele ataque no colégio, ela havia se afastado por um tempo, enquanto dava a chance de seu aluno se recuperar. Dizia que Jeodong era um bom garoto e que ele deveria ter a chance de se formar. Que ele poderia ter outro professor de quem gostasse. No meu ponto de vista, Marie estava errada. Ela fazia um ótimo trabalho e não merecia ficar longe disso apenas por causa de uma criança.

Mas não adiantava contradizê-la. Mesmo depois de um mês, ela ainda parecia chateada com o ocorrido. Já conseguia sorrir e dormir sem os remédios, mas ainda não tinha criado coragem de voltar a dar aulas.
- Todos estão com saudade de você - eu me referia aos outros professores - mandaram lembranças, aliás.
- Obrigada - Marie sorriu. Estava diferente e eu pude notar - Siwon-si, obrigada por vir sempre.

Era algo que ela repetia todas as vezes que nos víamos. Mas, para mim, era um prazer ser seu amigo.
- Eu nunca quis tocar no assunto - eu comecei. Tinha pensado tanto sobre aquilo - mas você deve saber como eu sou.
- É, eu descobri - ela disse. Deixou a pequena colher, que estava usando para pegar geléia, no pratinho sobre a mesa, e passou a me fitar - e eu sou realmente grata pelo que está sentindo, mas...
- Não, espera - eu sabia que ela iria me negar novamente, mas queria que fosse diferente dessa vez - por favor, me escute primeiro.

Queria mostrar à ela que eu estava sofrendo por guardar aquilo comigo. Queria que ela entendesse que eu precisava de alguém do meu lado. Alguém que não fosse apenas um consolo ou uma mulher que precisasse de mim como um boneco. Não. Eu a queria como a mulher da minha vida.
- Eu me aproximei de você pra que você pudesse me notar, não como o cara que todos conhecem, mas sim como o homem que você conhece - eu disse, um pouco confuso - assim como eu notei você. Sempre tão linda, tão calma e honesta. Eu me encantei por você desde que vi seu apego por seu trabalho, sua dedicação... Talvez eu tenha me mostrado frio e irritantemente popular, mas eu não sou assim.
- Você me trata diferente - Marie falou - eu sempre percebi isso, eu só... Tive medo do que as pessoas poderiam dizer sobre nós...
- Não se importe com isso - eu disse. Marie então tocou meu rosto e sorriu, fitando-me de uma maneira tão mais gentil e feliz... Estava me deixando completo - se importe com o que eu vou te dizer...
Ela fechou os olhos e seu rosto chegou perto o bastante para que eu sentisse a ponta de seu nariz tocando o meu.
- Eu te amo.

E não poderia estar me sentindo melhor. Ser correspondido daquela maneira, tendo-a em meus braços e sentindo prazer em amá-la, era indescritível.

Sungmin's point of view

Normalmente eu não deixaria o meu ciúme chegar àquele nível, mas me vi na necessidade de aceitar o convite de Kyuhyun e ter uma conversa sobre as suas pretensões. Ele tinha se aproximado demais de Lilah e isso me deixava aflito e cheio de raiva. Dividir as horas com ele estava sendo terrivelmente torturante, afinal, quando minha namorada não estava comigo, estava com aquele cara. Ensaiando, tendo aulas... Mas próxima, sorrindo e conversando com ele.

- Você tem ciúmes quando me vê com a Lilah, não é? - Kyuhyun perguntou, como se não soubesse a resposta. Estava sendo irônico.
- Você me incomoda - eu respondi grosseiramente. Ele riu.
- Que bom - talvez eu devesse dar um soco na cara dele - era exatamente isso o que eu queria.

Sem que eu tivesse tempo de desviar de seu ataque, ele se projetou até mim e me pegou pelo colarinho da camisa, empurrando-me até a parede da sala de canto. O horário e a proteção sonora da sala não permitiam que ninguém notasse o que estava acontecendo ali. E, por um instante, eu senti medo.
Kyuhyun era maior que eu e era mais forte do que eu pensava. Eu tentei afastá-lo, mas me senti tão indefeso que não consegui pensar em mais nada a não ser no mal que ele poderia fazer com a Lilah. Se ele me machucava com aquela facilidade...

- Aprenda, Sungmin - ele disse, fitando meus olhos enquanto um meio sorriso despontava em sua face - aprenda que garotas são doces e que as perdemos facilmente.
- O que está fazendo? - eu estava quase gritando quando ele empurrou minha cabeça para trás, fazendo-a dar de encontro com a parede violentamente. Senti-me tonto, perdendo totalmente o controle. Kyuhyun largou minha camisa e segurou um de meus braços, impedindo-me de continuar relutando contra seu corpo.

E então ele pareceu estar ficando louco.

Espalmou com força a mão livre em meu peito, fazendo-me erguer meu rosto. Eu sentia dor na cabeça pela batida anterior e de repente, senti seus lábios quentes me invadindo com ardor. Arregalei os olhos sem conseguir me mover. O que ele estava fazendo? Desceu os beijos até meu pescoço, arfando enquanto meu corpo estremecia com o toque. Paralisado, eu só conseguia pensar que ele me mataria.

- O que me diz sobre o seu ciúme agora, Sungmin? - o modo como dizia meu nome bem perto de meu ouvido me deixava estranhamento excitado - eu vou te mostrar como eu faço pra deixar a sua Lilah feliz.
- Seu... - pensei em todos os nomes sujos possíveis, mas nenhum fazia sentido para mim. Não quando senti que a mão de Kyuhyun descia por meu abdômen e logo se fechava em meu membro, sobre minha roupa. Ele continuou provando minha pele enquanto impulsionava seu corpo contra mim no mesmo ritmo em que movia sua mão, arrancando um gemido de minha garganta.
- É assim que ela se sente - ele soltou um riso abafado - não é bom, Sungmin?
Mordi o lábio para não emitir mais nenhum som, mas estava sendo quase impossível.
- Grite pra mim como ela faz - ele me provocou ainda mais, soltando-me e imediatamente me puxando para seus braços. Senti as respostas em seu corpo, seu quadril forçando o meu, enquanto eu fechava meus olhos sem saber o que fazer - vire-se.

O ódio que eu sentia me enfraquecia ao invés de me fortalecer. E eu me mataria por isso.


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Notas finais do capítulo

Bom, essa é a penúltima parte. Espero que não esteja tão ruim. Eu sei que as coisas parecem ter acontecido rápido demais, até mesmo por esse pov do Minnie aí, mas neah, passaram-se dias... MUITA coisa rola em um mês uashasuasah o que acham que pode ter acontecido pra cada pov ter esses tipos de atitude? hohoho
Tomara que curtam, okay? *-*