O Tempo Irá Dizer escrita por analauragnr


Capítulo 37
Ônibus


Notas iniciais do capítulo

Música que acompanha o capítulo:>Decode - Paramore

http://www.youtube.com/watch?v=crS6rhKs9aA



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Cascão havia compreendido tudo o que sua amiga havia lhe dito, palavra por palavra. Não era difícil realizar o desejo dela, sabia exatamente como agir, o que dizer, o que fazer. Enquanto ele permanecia calado, aguardando uma segunda ordem da comilona. “Espera eu dizer que poderá começar, preciso verificar uma coisa!”, “Espera eu dizer que poderá começar, preciso verificar uma coisa!”. Aquela frase norteava-o, ao mesmo tempo que queria saber o que exatamente ela queria, hesitava, temia que seria algo ruim, muito ruim.

 

(Ah meu pai santo, o que essa cabeçuda está querendo de mim... Humm, acho que sei...).

 

Magali vasculhava em sua mochila, à procura de sua sacola de lanches, a qual sempre trazia inúmeras guloseimas, pois sua mania de comer bastante pode ter amenizado, não cessado. Quando a achou, lá se encontrava um chiclete falso, o qual havia uma barata de plástico no conteúdo, um pacote de balas e... A Há! Era o que ela precisava, era isso,. Perfeito, mais do que perfeito, pensava. Ela abria um sorriso malicioso, e sim, estava tramando.

 

Cascão, ao notar os dentes de Magali reluzirem diante de seu campo visual, ele também abria o seu. Soltava um breve suspiro e mexia cautelosamente sua mão esquerda. Contornava o assento eficientemente, devagar, devagar, bem devagar. Calculava cada pequeno movimento que fazia, não poderia falhar, não poderia ser rápido e nem lerdo. Teria que ser no segundo certo, nem um milésimo a mais, nem um a menos. Não queria assusta-la e nem ser rejeitado. Apressava os movimentos, mais sempre com cautela.

 

Chegara a milímetros da mão solta de Magali, a qual vazia pequenos movimentos. Hesitou por um instante. Mas já estava tão perto e não fora atrapalhado, porque esquivar agora? Cascão pusera sua mão na dela, o ardor de seu corpo emergia, ardia em Magali. Ela corava, mas não havia tirado a mão, decidira aproveitar somente alguns instantes, mas logo a libertou, para aproximar-se dele mais uma vez

 

- Eu vou agir primeiro. Quando eu der uma tossidinha, lembre-se, SR, SR...não se esqueça. – as palavras dela soavam como música a ele.

 

- Fica de boinha que vai dar tudo certo.

 

Sendo assim, Magali virava ligeiramente o rosto para a direção de sua melhor amiga, a qual estava de cara feia, o rosto na direção oposta a Cebola. Ela ouvia seu MP4 atentamente, esquecendo o monde que a rodeava.

 

How can I decide what's right? When you're clouding up my mind Can't win your losing fight all the time Not gonna ever own what's mine

 

- Mô...

 

When you're always taking sides You wont take away my pride No not this time Not this time

 

- Mônica... – Magali cutucava-a sem para, mas ela permanecia indiferente.

 

How did we get here? I use to know you so well

 

- MÔNICA !!! ACORDA!!!

 

- Ai, que foi... Ah, Magali é você, pensei que fosse...ah! deixa pra lá!

 

- Quer chiclete?

 

How did we get here? Well, I think I know  

- Tudo bem – Mônica pegava um deles com as mãos, revelando-se a seguir...a “barata”

 

- AHHH!!! – com esse grito ele procurou o que havia de mais próximo para agarrar.

 

Ela apertou o braço de Cebola com vontade, estava apavorada, tinha pavor a baratas. Cebola levara um susto abrupto, fazendo-o mexer abruptamente a cabeça, batendo em sua amiga logo em seguida. A cena fora cômica, exceto aos dois. Magali e Cascão riam com vontade, o som ecoava por todo o ônibus.

 

The truth is hiding in your eyes And its hanging on your tongue

 

Cebola e Mônica trocaram um olhar rápido, raivoso, penetrante e... assustado. O que estava havendo?

 

- KKKKK! – continuava rindo Magali e Cascão.

 

- Engraçado, né?

 

- Desculpa Mô. COF COF.

 

Just boiling in my blood,

 

Essa era a hora.

 

- Care...caham, Cebola, lembra que você me contou que uma vez você pescou uma sereia?

 

But you think that I can't see

 

- Hãã, AH! Lembro sim! É verdade, ela era “Enolme”. Eu e a Mônica a vimos, era tão bonita, “glaciosa”...

 

What kind of man that you are If you're a man at all Well, I will figure this one out on my own

 

- Mas esse IDIOTA aí – dizia Mônica, interrompendo Cebola – queria fazer dela um marionete, esquecendo completamente o lado humano dela.

 

- Ah, Fala sério, Mônica.... eu a cuidaria com muito carinho.

 

(I'm screaming "I love you" so But my thoughts you can't decode)

 

Antes que a discussão tomasse rumos mais perigosos, os quais Magali temia, ela cutucara Cascão, mostrando-o a “arma secreta”. Ele assentia, pegando-a nas mãos, analisando. Soltara um sorriso malicioso, pegara uma delas e...jogara em Mônica.

 

Uma “minhoca comestível” estava diante do corpo da dentuça. Era arroxeada, gosmenta e...parecia mesmo uma minhoca. Bingo! Magali havia acertado! NA MOSCA...correção, na minhoca. A comilona sabia que o maior medo de sua melhor amiga era de minhocas, pois as achava gosmentas, estranhas, enfim, detestava.

 

How did we get here? I use to know you so well

 

Ao notar o indesejável ser inanimado, Mônica entrara em desespero completo. UMA MINHOCA!!! UMA MINHOCA!!! Não!! Agindo instintivamente, fugindo de seu “predador” voraz, dera um salto, apertando mais uma vez, com uma força bem maior (quase a esmagava), o braço do “troca-letras”, dera um salto, caindo em seu corpo quente, seus lábios a centímetros do dele.

 

How did we get here? Well, I think I know

 

Ela sentia seu estômago revirar, uma forte fisgada na espinha, o coração palpitar, um homérico desejo de tê-lo só para si, usufruir de seus lábios de mel, seus beijos doces e...mas, espera aí! Ah não, era mais um plano de sua amiga comilona. A vontade de Mônica era pega-la pela gola da camisa e dizer poucas e boas. Como teve a audácia de tentar aproximar ele de Cebola? Era inaceitável, já que ele era comprometido com sua rival. Embora o mundo conspirasse contra ela, tudo dera errado, ela permanecia inerte, aproveitando cada arrepio, cada fisgada, cada olhar correspondido.

 

Do you see what we've done? We're gonna make such fools of ourselves

 

Cebola também sentia seu corpo arrepiar, o coração acelerar, as adagas perfurando-o. Era uma sensação ao, sentia saudades dela. A falta daquele calor humano, daquele imensurável emoção que havia entre eles, o entrelace. Seu corpo implorava, suplicava, ordenava atitudes. Correção, uma apenas... Mexer seu rosto, tocar nos lábios da dentuça, sentir todo aquele calor, fazer a dança que mais gostava... Mas, não! Não... ela era mentirosa, uma “traidora”, NÃO !!

 

- Cebola, eu... – as palavras falharam

 

Do you see what we've done?

 

- Mulheres... – objetava Cebola, como havia feito anos atrás, quando fora pescar com Mônica, aonde havia encontrado uma sereia.

 

We're gonna make such fools of ourselves

 

 

 A lembrança veio veloz como um raio, invadindo-o. Como aqueles momentos eram bons, divertidos, engraçados, alegres e tão emocionantes. Sentia outro arrepio na espinha. Mas, ao invés de realizar seus desejos e devaneios, ele a empurrava, fechava a cara e lhe fitava raivosamente, o qual fora retribuído. Mônica, mesmo querendo que tudo acontecesse, sentia que os planos de Magali não surtiriam efeito, já que ele ainda acredita na versão da Denise.

 

How did we get here? I use to know you so well How did we get here? Well, I use to know you so well I think I know I think I know There is something that I see in you It might kill me I want it to be true

 

O ônibus havia estacionado com uma brusca freada, arremessando todos para frente, fazendo-os bater a cabeça fortemente, deixando-os tontos. Todos saíram conversando alegremente, entusiasmados para ver de perto um laboratório e observar através de microscópios as várias células que lá estariam.

 

Quando todos haviam evacuado o veículo, o professor anunciava:

 

- Todos, por aqui – apontava para uma sala bem clara e limpa – entrem em silêncio, aqui é um entidade séria, por favor, não façam barulho... vocês irão adorar o passeio.

 

A turma entrava na sala, um instrutor a postos, aguardando a chegada deles.

 

- Boa tarde a todos – todos assentiram, respondendo da mesma maneira – Preparados? – ouvia-se um SIM em uníssono.

 

- então vamos lá! - o instrutor apontava para os microscópios, escolham seu microscópio e apertem os cintos – ele sorria ao terminar a frase.

 

Todos obedeceram a ordem e caminhavam, cada qual com seu par, a um dos objetos de pesquisa ali presentes.

 

Fim do 37º capítulo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Música que acompanha o capítulo:>Decode - Paramore

http://www.youtube.com/watch?v=crS6rhKs9aA





História da Turma da Mônica A Sereia do Rio... para quem quiser saber mais, aqui está o vídeo da historia:

http://www.youtube.com/watch?v=9KZh3ZbtHYI
http://www.youtube.com/watch?v=dTy1GE93obY

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