Cebola, talvez pela primeira vez na sua vida, conseguiu realizar um plano infalível até o fim, sem ninguém o interromper. Ele e Mônica se envolveram em um beijo curto, porém meigo, doce e apaixonado. O momento foi perfeito para ambos, estavam muito felizes. Entretanto, o ranger da porta, anunciando a chegada de Cascão e Magali, cortando o clima.
- Aê, foi malz a demora... É que a cabeçuda quis dar uma de fortona e carregar o saco sozinha!
- Fica quieto na sua, bestão. Pelo menos eu as trouxe - ela apontava para a sacola - Ai, eu preciso de água - dizia saindo correndo para a cozinha.
- Isso que dá querer bancar a fortona! HAHAHAAH!! - ria Cascão.
(Esses dois aprontaram alguma coisa...ê Magali...) - pensava Mônica.
Minutos depois, todos estavam sentados na mesa, fazendo os cartazes para o trabalho de Ciências.
- Bom, já fizemos quase tudo, só falta o DNA, que já desenhei. Você pode pintar para mim, Magali?
Mônica olhava para sua amiga com aquele olhar malicioso, já conhecido da Magali. Percebendo isso, sua amiga lhe retribui, olhando-a da mesma maneira, deixando Mônica corada.
- Ô cabeçuda, vai logo! Não temos o dia todo!- ele se moveu para perto dela - Pera ae que eu te ajudo!
- Nem vem, tontão. Eu sei fazer isso sozinha.
- Ei, vocês dois, parem! - interrompia Mônica - E Cascão, ajuda ela, o quanto antes terminarmos, melhor.
- Viu, eu venci! Até a Mônica concorda! HEHEHE!!!
Após ter dito aquilo, Mônica desviou o olhar dos dois, deixando-os mais à vontade. No mesmo instante, o seu celular vibrava. Era uma mensagem.

--Mensagem 1--
15:34

Ei, fica comigo? :D

[De: Cebola]
-------------------------

Mônica virou seu rosto para o seu amigo. Soltou um sorriso de orelha a orelha e sussurrou:
- Vou pensar no seu caso....
Magali havia visto a cena sem querer e deu uma risadinha abafada.
(Aí tem coisa...)
Mas ela era interrompida pelo Cascão.
- Dá pra ajuda ou ta difícil?
- Fica quieto, vai. Eu to fazendo minha parte!

Nesse instante, sem que eles percebessem, as mãos de Magali e Cascão se tocaram. Ambos as afastaram na mesma hora, deixando Magali vermelha.
(Ai, esse bestão...)
Aquela tarde passava rapidamente e logo havia entardecido, o pôr-do-sol dava as caras.
- Gente, não é por nada não, mas já ta um pouco tarde.
- É, eu já tava vazando mesmo. Falô, Mônica, falô, cabeçuda!
- Tchau, bestão!
Mônica havia soltado outro risinho abafado, fazendo Magali beliscar o seu braço.
- Ai?
- Dá pra parar, Mô?
- Tá bom, nervosinha.
Cebola se aproximava das duas meninas.
- Tchau, Magá! A gente se vê!
- Tchau, Cê.
Agora ele virava-se para Mônica. Ele pensava: qual seria a melhor forma dele se despedir dela: dando um abraço, um selinho ou um beijinho no rosto? Por causa da dúvida, ele apenas disse adeus e piscou para ela, deixando-a corada. Mônica havia ficado sem jeito, o seu coração disparava. Ela nada disse, apenas acenou para ele, toda derretida.
Depois do Cebola sair e fechar a porta, Magali virava-se para sua amiga, fitando-a com “aquele” olhar e disse:
- Amiga - ela puxava Mônica para perto dela - ME CONTA T-U-D-O ! Detalhe por detalhe! E vê se não me enrola, viu?
Magali, como toda melhor amiga, percebeu que ocorreu algo entre sua amiga e Cebola. Dessa forma, ela colocou Mônica contra a parede, para que a mesma contasse tudo o que tinha acontecido entre ela e o Cebola.

Fim do 14º capítulo