The Puzzle escrita por Paulie


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Hey pearls!

Quero agradecer muito a todos que não me abandonaram, dar boas-vindas aos novos leitores, e dizer que amo vocês, pessoinhas que comentam.
Ah, ainda queria pedir às pessoinhas que não comentam que, por favor, comentem. Essa fic não é só minha. Vocês podem opinar sobre o rumo da história, sugerir, criticar. Essa é a NOSSA fic.

Enjoy!



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Seguiam não mais dois grupos de quatro, mas um só grupo de oito, esquecendo todos os tipos de problemas.

O parque era um daqueles que não tinha lá muita coisa: uma pequena montanha-russa, um carrinho bate-bate, um daqueles brinquedos que ficam rodando as pessoas, uma barca vinking, uma casa mal-assombrada, alguns carrinhos de lanche e... Você já entendeu.

Como era de dia, as luzes dos brinquedos não estavam funcionando, mas, mesmo assim, eles não pareciam ter sido os únicos a terem a ideia de cabular aula. Havia legiões de adolescentes, todos em grupos, que faziam filas bem grandes para andar em qualquer brinquedo - não, espere, acho que o carrossel não tem uma fila tão grande assim.

Os oito amigos - alguns mais-que-amigos entre eles - ficaram parados por um tempo, como se esperassem alguém para dar-lhes um empurrão. Possivelmente não viria ninguém, fato que levou Travis a tomar uma iniciativa:

–Bem, eu vou em algum brinquedo legal. Você vem, Katie? - eles ainda estavam de mão dadas, e ele ergueu as sobrancelhas, esperando a resposta.

A garota não respondeu, apenas acenou com um risinho tímido no rosto.

–Vamos lá Si - Charles puxou a mais-que-amiga rumo a algum lugar do parque.

–Ai, não acredito! Aqui tem uma gaiola!! - Percy exclamou - Vem!

Ele não esperou resposta de Annabeth, apenas a empurrou para seguir junto a ele.

–Ah, ótimo, sobramos novamente. - Thalia comentou com Nico.

–Quer ir na barca viking enquanto isso? - o garoto deu de ombros.

–Vamos lá...

Silena e Charles andavam sem rumo, enquanto dividiam uma maçã do amor recém-comprada.

–Hey, Si? - o garoto chamou atenção da menina, passando seus dedos nas costas da mão dela, fazendo pequenos círculos.

–Oi?

–Eu queria te perguntar uma coisa... Todos os garotos, e as garotas também, tem nos implicado bastante. Mas, acaba que, nós ainda não nos beijamos, não é mesmo? Naquele dia na escola, as meninas nos interromperam. Na sua casa, nós apenas ficamos vendo TV até dormir... E eu estava tentando esperar a hora certa, sabe. Acontece que eu não sei quando é essa hora, só sei que eu não aguento mais esperar. Eu gosto muito de você, e mesmo sem ter te beijado, por mim já te namorava e...

Foi a garota que fechou seus grandes olhos azuis e o beijou. Foi ela que, mesmo ali, no meio de muitas pessoas, supriu o espaço entre eles e simplesmente encostou seus lábios no dele.

E foram ambos que quase explodiram de alegria, tornando concreto o que, para ambos, teria ocorrido a muito tempo - se não houvessem tantas interrupções.

A menina abriu seus olhos, e olhou para o amado:

–Por favor, não hesite em me beijar, sempre que quiser.

–Assim, eu não pararia de te beijar, princesa - ele colocou uma mecha do cabelo da garota atrás da orelha. - Seria cedo de mais ou impróprio eu dizer que não preciso de nem mais um beijo para decidir que quero te ter ao meu lado sempre? Para tomar a decisão que eu quero que você seja a única garota que eu beijarei de hoje em diante? Namore comigo, por favor, Silena Beaureugard, e me faça o cara mais feliz desse mundo.

–Você está falando sério Charlie? - ela sorriu e passou os braços ao redor do pescoço do rapaz - Sim, sim, sim. Eu namoro, claro que namoro, meu lindo.

Desta vez, foi o garoto quem a beijou. Não foram em nenhum brinquedo mais, ficaram somente ali, estando na companhia um do outro.

Annabeth se sentia estranha. Na noite do Verdade e Consequência, Percy a beijou com tanto amor, e a tratou como se realmente gostasse dela. Depois, eles se distanciaram e, não sei, parecem ter perdido toda o progresso que haviam conseguido.

Ajeitando os óculos no rosto, ela olhou para o Percy que caminhava ao seu lado. Seus olhos verdes pareciam tão alegres por estar ali, como uma criança ao comprar um grande doce. Seus cabelos negros desciam-lhe pela testa, e aquela blusa verde certamente valorizava ainda mais sua beleza.

A fila para a gaiola estava grande, mas Percy parecia disposto a ir naquele brinquedo, custasse o que fosse. O sol batia forte em suas cabeças, e Annabeth começou a suar com aquele moletom.

–Hun... Percy?

–Oi?

–Você poderia segurar minha blusa enquanto eu tiro meu moletom? - ela disparou.

Ele fez uma cara de surpreso.

–Claro gatinha - ele pôs suas mãos na base da regata da garota, e podia sentir sua respiração suave através do movimento de sobe e desce do seu tórax.

A garota dos olhos acinzentados amarrou seu moletom na cintura, enquanto murmurava um obrigada ao garoto.

A fila aos poucos foi diminuindo, e nesse tempo, o dos olhos verdes fazia qualquer comentário aleatório somente para que o silêncio não reinasse. Ao chegar a sua vez, Annabeth sentou-se em uma das cadeiras e fechou a segurança sobre si. Percy sentou-se ao seu lado, também lacrando o feiche de segurança.

–Annabeth? Posso te perguntar uma coisa?

–Claro. O que houve? - ela ajeitava o cabelo enquanto isso.

–Meu beijo foi tão ruim para você me evitar nos dias depois?

–Eu? Te evitar? - ela riu - Você está brincando, não está?

O brinquedo começou a funcionar, e a garota fechou as mãos em punhos, para que não houvesse perigo de ficar com medo. Contudo, o dono dos cabelos negros que a encantava percebeu o gesto, e pôs sua mão cobrindo a em punho.

Perdendo sua compostura orgulhosa de não demonstrar medo, Annabeth abriu sua mão, e deixou que os dedos do garoto abraçassem sua mão.

Ao final do funcionamento do brinquedo, o estômago da dona dos olhos acinzentados estava embrulhado. Não pela extrema movimentação que fazia sua visão girar, mas pela sensação que o dono dos olhos esverdeados provocava nela.

Ao descer pela escada de metal, assim que tocou seu pé no chão, o menino que vinha logo atrás dela a rodou pela cintura e tascou um beijo na sua boca.

–Isso - ele sussurrou a ela - é para aprender a não me evitar mais. E isto - ele deu outro beijo nela - é para te dizer o quanto você é linda.

Katie e Travis estavam na fila do carrinho bate-bate. As risadas ecoavam por toda a parte ali perto, englobando os transeuntes em uma esfera de alegria. Porém, não era as risadas o motivo de alegria daqueles dois, e sim o aconchego que a mão do outro provocava no seu íntimo.

–Ei, linda? - Travis a cutucou com o ombro - Acho que você está meio longe de mim.

–Isso tudo é medo de perder no bate-bate Stoll? - um sorriso travesso se passava pela boca da garota.

–De onde veio tanta formalidade, Gardner? - ele fez uma cosquinha na barriga da menina. - E por que estava indo tão bonita para a escola? De salto, essa saia bonita...

–Eu gosto de usar saias e vestidos. E não é um salto... É um anabella. Não me faça parecer uma daquelas nojentinhas...

–Te deixa mais alta, não deixa? Então é salto. - ele concluiu a explicação de sua lógica 'traviense'.

–Nem tudo que reluz é ouro, meu caro. Ou melhor dizendo... Nem tudo que te deixa mais alta é um salto.

–E você ainda acha que vai conseguir me ganhar no bate-bate?

–Por que não?

–Primeiro: mulher no volante. Segundo: mulher de salto no volante. Terceiro: ninguém ganha do príncipe da parada aqui.

–Pois saiba que, se você é o príncipe, eu sou a rainha. - Katie piscou para o garoto, que retribuiu com um selinho.

Não era grande coisa, não mesmo. Mas aquele simples sentimento fez uma música completa surgir no pensamento de Katie. “Quando chegar em casa, completo ela. Creio que a Groove irá gostar”, foi o que a garota pensou.

–Por que está sorrindo assim, princesa? – Travis cutucou a bochecha da garota.

Ela não percebeu que sorria, até que foi alertada. Contudo, ao contrário do que se previa, ela não fechou o sorriso, e sim o aumentou ainda mais. Sua vida estava ótima, estava maravilhosa: ela tinha um cara que – ao que tudo indicava – gostava dela, bem ao seu lado; tinha uma banda que estava tendo sucesso e, sobretudo, tinha pessoas que a amavam.

QC morreria de inveja se a visse naquele momento, abraçando o garoto pelo pescoço, e murmurando um ‘obrigada, por tudo’ ao seu ouvido.

Thalia e Nico estavam na fila, comentando bobagens, até que chegou a sua vez. O garoto queria sentar na ponta, aquela bem lá no alto, enquanto ela preferia sentar no meio, bem no meio.

–Qual é, está com medo? – ele não esperou resposta, se encaminhou direto para a ponta, e foi seguido por uma garota receosa.

O rangido do atrito do fundo da barca com a borracha do freio indicou o início do funcionamento do brinquedo. No começo devagar, acelerou cada vez mais, até a garota não aguentar mais.

Ela rangia os dentes, com o estômago embrulhado, firmando tanto os pés no assoalho fraco da barca, que o esforço de não gritar – ou passar mal em pleno ar – não passou despercebido pelo menino.

–Thalia? – ele murmurou – Está tudo bem?

–Está sim – o suor frio de aperto escorria pela pele da garota.

–Você... Ãn... Tem medo de altura ou algo assim?

–Se você contar a alguém, eu te mato. – disse entre dentes. – Vai demorar pra acabar?

–Não... Eu acho. É só, ãn, respirar fundo. Você está mesmo bem?

–Olha se eu pareço estar bem. – os nós dos dedos de sua mão estavam branco de tanto apertar o metal de apoio.

–Hey, está tudo bem. Fica calma. Só não... Passa mal aqui.

Ele continuou a acalmar ela até que voltassem em segurança ao chão – quando isso aconteceu, claro, ela correu para o banheiro, onde, bem... Você não quer saber.

Quando todos já estavam reunidos novamente, podiam sentir um clima melhor entre todos. Silena e Charlie radiavam alegria, Annabeth e Percy estavam tão carinhosos um com o outro, Katie e Travis estavam distribuindo sorrisos e Thalia e Nico pareciam ser cúmplices de um acontecimento fatal.

Todos decidiram, então, fazer uma última atividade, juntos.

–Que tal a casa mal assombrada? – Nico sugeriu, evitando brinquedos que envolvessem grandes alturas.

–É, uma boa – Percy concordou (possivelmente estava pensando em abraçar a garota que estava ao seu lado).

Encaminharam-se para a diversão e – por sorte – puderam entrar todos na mesma rodada, sem ter de esperar tanta fila. Cada vagão do pequeno trem acomodava duas pessoas – puxa, que coincidência – e Thalia e Nico, por sobrarem, acabaram por sentarem juntos novamente.

–Deixe-me adivinhar – Nico sussurrou – Medo de fantasmas também?

–Quanta graça...

–Vou ter de te abraçar? – olhando para os amigos, que estavam a sua frente, deu um pequeno sorriso maroto – Meus amigos nem disfarçaram, já abraçaram suas amigas, antes mesmo de começar o tour.

–Quer tanto assim me abraçar di Angelo? – foi a vez da garota soltar um risinho.

–Você que parece precisar de alguém para te proteger.

–Não preciso de alguém para me proteger – o orgulho ditou sua frase, e ambos ficaram rindo durante o passeio, zombando das tentativas de susto que havia dentro da casa.

Quando saíram do brinquedo, resolveram que já era hora de ir embora – talvez passar no shopping para um almoço repleto de frituras e porcarias. O celular de Travis, então, apitou; seguido pelo de Percy, Nico e Charles.

Os quatro ‘sacaram’ seus celulares do bolso, olhando a mensagem que haviam recebido.

–Que estranho – Percy comentou – sem número.

–Que mensagem sem pé nem cabeça – Travis coçava a cabeça.

–“Perguntem às suas queridinhas o que sabem sobre as The Puzzle. Xx” – Charles leu.

–O que diacho é ‘xx’? – Nico comentou.

As meninas entreolharam-se. QC não podia ter mandado para os meninos. Foi quando olharam seus celulares.

“Eu avisei. Andem na linha, ou todos saberão.

E, melhor, vocês não terão mais seus gatinhos, ownt.

Xx

–QC”


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Notas finais do capítulo

E aí, compensei minha falta temporária? :3

Deem sinal de vida, sunshines.

Até o próximo, prometo que não demora.

Xx