The Puzzle escrita por Paulie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

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–Ah, Calipso, o que tem na caixa? – Annabeth, curiosa, perguntou.

–Que caixa? – ela se confundiu antes de finalmente lembrar. – Ah, a caixa. Bem, é uma surpresa pra vocês.

–Oba! – Silena respondeu de imediato, batendo palmas – O que é?

Recebeu de soslaio uma advertência de Thalia pelo olhar, que claramente a alertava para tomar cuidado. “Calipso possivelmente é QC” queria dizer. Silena percebeu sua tolice e tornou-se menos eufórica.

Calipso sorriu para as amigas, e abriu a caixa. As quatro ergueram-se nos joelhos, tentando dar uma espiadinha na caixa. Dentro, quatro pequenas bonequinhas foram dispostas de forma a parecerem estar sentadas, usando como apoio as quinas da caixa.

–Silena... – Calipso disse entregando uma bonequinha de cabelos negros à amiga – Katie... – a de cabelos acastanhados foi entregue – Annabeth... – foi a vez da boneca loira – E Thalia... – os olhos azuis elétricos da boneca se destacavam.

Cada uma das garotas recebeu a sua boneca boquiaberta: eram perfeitas ‘elas’ pequenas. Cada detalhezinho, até mesmo o estilo das roupas. Annabeth tentou formar uma frase, mas apenas conseguiu balbuciar sílabas sem sentido.

Katie foi quem conseguiu se recuperar do choque inicial primeiro.

–Obrigada Cali, são uma graça. Não precisava de nenhum presente.

–É claro que precisava, bobinha. – Calipso sorriu mais uma vez – Para relembrar os velhos tempos, e mostrar que mesmo agora, eu não esqueci nenhuma de vocês. Olha só – ela disse olhando a tela do celular – já é tarde, tenho de ir.

Todas as cinco se levantaram e se despediram de Calipso com um beijinho no rosto, fechando a porta da casa em seguida. Nenhuma quis dizer nada, até que o silêncio ficou extremamente desagradável.

–As bonecas são, literalmente, fofas e apavorantes, ao mesmo tempo. – Thalia concluiu.

–Quer dizer, tudo bem, podemos estar exagerando. – Annabeth não parava de balançar a cabeça em afirmativa enquanto dizia – Mas... Sinceramente, não confio mais em Calipso.

–Isso. – Kate concordou.

Elas continuaram a pensar em voz alta, subindo as escadas para o quarto de Silena. Sentaram-se na cama, e o assunto já tinha se tornado mais uma baboseira que todas as adolescentes comentam: fofocas, garotos e tudo mais.

Quando já estavam arrumando a cama, uma batida na porta as dispersou da conversa.

–Pode entrar. – Silena gritou.

–Acho que colocaram o meu pijama para você. – era Drew, a irmã dela, quem chamava.

–Vou ver. – abriu o guarda-roupa e pegou um conjuntinho rosa de uma gaveta – Aqui.

Drew fechou a porta e voltou para o seu quarto. Então, Katie foi até sua mochila e a abriu, para pegar seu próprio pijama. Algumas folhas dobradas saíram junto com a roupa.

–Que isso Katie? – Annabeth perguntou.

–Ah, é mesmo. Quase me esqueci. Uma nova música que compus, talvez vocês queiram dar uma olhada, podemos gravar final de semana, se vocês gostarem.

Thalia segurou a folha, com Annabeth e Silena empoleiradas em seus ombros, lendo cada uma de um lado.

–Ficou ótima Katie. A Groove vai amar e... – Thalia arregalou os olhos quando percebeu o que tinha falado.

É claro! Haviam se esquecido, mas o ‘amanhã’ era O grande dia. O dia que iriam – ou melhor, que a The Puzzle iria – ao estúdio Groover.

–Sua mãe está lembrada, Si? – Annabeth perguntou.

–Acho que sim... – ela saiu do quarto para conversar com a mãe e logo retornou – Sim, está. Nossos disfarces já estão prontos também. De manhã ensaiamos a música nova, caso eles peçam para mostrarmos algo novo, e às duas estaremos lá.

Elas sorriram e deram um ‘abraço grupal’, sussurrando umas as outras um “Vai dar tudo certo”.

***

Emma, Claire, Luna, Phoebe foram deixadas em frente ao prédio Groove (wow, era realmente grande e bonito), enquanto Helene (Afrodite) foi estacionar o carro. Elas se aproximaram da porta de vidro, que se abriu automaticamente para elas.

Entraram no grande salão de entrada, com seus saltos ecoando a cada passo pelo mármore polido do chão. “Isso é realmente chique”, Katie olhava admirada para tudo.

Uma mulher com um terninho realmente bonito sentava-se atrás de uma bancada de granito, conversando ao telefone enquanto digitava algo tremendamente rápido em seu notebook. Elas se apoiaram na bancada, e a mulher dirigiu a elas um olhar amigável, com um sinal de ‘esperem só um momentinho’.

–Então... – ela disse desligando o telefone, no mesmo instante que Afrodite adentrava no salão – Vocês devem ser a The Puzzle, certo?

–Sim – Afrodite entregou o cartão que lhe fora dado por David.

–Certo, certo. Sou Mary. Por favor, me acompanhem. – ela se dirigiu para o elevador, apertando o botão do 15º andar.

Músicas de elevador sempre são um tédio, mas por incrível que pareça, a música que tocava não era ruim. Na verdade, era excelente. Notando a animação das meninas com a música, Mary sorriu.

–É uma das bandas que a Groove é a produtora. Realmente boa, não?

Com um apito, as portas se abriram. Elas se viram em um luxuoso cômodo.

–É aqui a sala do Sr. Malcolm, ele é o produtor. Podem se sentar aqui, logo ele as chamará. – com um sorriso, ela bateu na porta do seu chefe, avisando da presença das meninas, e retornou para o elevador.

Elas se sentaram em adoráveis pufes azuis, e Silena e Afrodite puseram-se a ler revistas, Annabeth a ler um livro que havia trago dentro da bolsa, Thalia a olhar os ponteiros do relógio e Katie a cantarolar a nova canção baixinho, olhando pelas enormes janelas de vidro.

A porta foi aberta e dela saiu um homem muito alto com um terno cinza. Ele abriu os braços e se aproximou delas.

–The Puzzle! – ele sorriu, cumprimentando cada uma com um abraço, e Afrodite com um aperto de mão – Vamos, entrem, entrem, não se acanhem.

Entraram na sala dele (que realmente era maior que qualquer outra sala particular que elas já entraram) e se sentaram em cadeiras confortáveis frente à mesa dele.

–Então... Suas músicas são realmente ótimas, quem as compõe? – ele sorriu amigavelmente.

–Eu, senhor. – Katie disse, acanhada.

–Clarie, são excelentes. Você tem um talento nato. Caso vocês assinem o contrato, irei disponibilizar um dos nossos melhores compositores para algumas aulas com você, talvez você possa aprender algo com ele.

–Obrigada, senhor Malcolm, realmente obrigada. – ela sorriu.

–A senhora é quem as acompanha, certo Helene?

–Sim, sou.

–Ótimo. O que ofereço é o seguinte, um contrato inicial de um ano, podendo ser refeito posteriormente por mais tempo. Ele oferece apoio musical em produções de cd’s, e posteriormente dvd’s, produção das garotas para clipes e auxílio nas novas canções. Organização de eventos como show’s e grandes festas. Pedimos em troca os direitos de todo e qualquer envolvimento das garotas, e exclusividade. O talento de vocês é eminente, e pretendemos trabalhar com vocês.

Ao dizer isso, entregou o contrato para a Helene, que o leu com atenção, junto com Luna.

–Então... – Thalia perguntou – Antes de assinar esse contrato, quero me certificar de uma coisa. Nós ainda poderemos decidir o que cantaremos ou não, o que vestiremos ou não, e se faremos ou não alguma aparição?

–Sim, Phoebe. Serão instruídas por nossa produtora, mas ainda terão a liberdade de dar o julgamento final.

–Irá atrapalhar de algum modo os nossos estudos? – Annabeth perguntou – Porque você sabe, ainda somos estudantes e tudo mais.

As outras três lançaram um olhar de “é sério que você está preocupada com isso?” para a amiga, que somente deu de ombros.

–Não, Luna. Não podemos e nem queremos isso. Estudos sempre são o mais importante.

Olharam ansiosas para Afrodite – afinal, ela era a adulta responsável, a que também teria de assinar ali no canto inferior do contrato – e ela acenou positivamente: realmente parecia um bom início de carreira.

Elas olharam uma pra outra e sorriram, e pegaram a caneta, começando por Silena. Ela quase escreveu um S bem grande naquela linha, e se lembrou a tempo: não sou Silena, não agora, sou Emma.

As outras também escreveram sem nome, e por último, Afrodite escreveu um elegante Helene ali, e Sr. Malcolm também assinou. Sorriram um para o outro, e apertaram as mãos.

–Mary ligará para vocês, para marcar a primeira sessão no estúdio. Fotografias para divulgação da banda, ensaios das músicas, novas produções e um cd. Possivelmente, se o cd for bem sucedido, teremos um show no próximo mês, quem sabe.

As garotas saíram do prédio, todas eufóricas: não eram mais uma bandinha de internet qualquer, agora tinham um produtor e tudo mais. Afinal, talvez tudo pudesse dar certo, apesar de QC.

Então, no passeio público, no meio de todas aquelas pessoas apressadas que iam para algum lugar, elas se abraçaram e sorriram, alheias até mesmo a alguns que as reconheceram. Estavam felizes, e nem QC poderia interromper o momento delas.

–Garotas – Annabeth disse – Em breve, todos nos conhecerão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem sua opinião (:
Um grande beijo,
Paulie.